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sábado, 13 de setembro de 2014

O HOLOCAUSTO BRASILEIRO

Nós ouvimos falar muito do holocausto nazista, onde milhões de judeus foram mortos, mas nosso país também teve sua cota de assassinatos em massa:
O MANICÔMIO DE BARBACENA
Na cidade mineira de Barbacena, no ano de 1903, foi construído um manicômio, que tinha capacidade para abrigar 200 pacientes com problemas psiquiátricos. O local, conforme o tempo foi passando, começou a abrigar mais e mais pessoas.

Contudo muitos pacientes sem problemas mentais acabavam sendo internados. Pessoas de influência, como políticos, delegados e outros, começaram a determinar que gente sã fosse internada. Assim o local ficou superlotado, cheio de pessoas sem doença alguma, mas que acabavam ficando presas por ordens de outros.
O HOLOCAUSTO
Nos seus piores dias, o manicômio chegou a abrigar mais de 5 mil pessoas. Mulheres, homens e crianças viviam sem nenhum tipo de separação. Muitos não tinha roupas para vestir. 

Todos os dias, as 5 hora da manhã, todo mundo tinha que acordar, depois de passar a noite em um sala com centenas de pessoas e sem camas.

Até as 7 horas da noite, todos os pacientes ficavam, obrigatoriamente, no pátio exterior, passando fome e frio. Pela falta de roupas e inexistência de separação de sexo, o lugar era promíscuo, com pessoas transando no meio de todo mundo, outras fazendo suas necessidades pelo pátio e brigas até a morte eram comuns.
Como praticamente não existia alimentação, muitas pessoas comiam ratos, pombos e qualquer coisa que pudessem encontrar. 

Água de esgoto era bebida e calcula-se que, na pior época desse local, mais de 10 pessoas morriam todo dia, isso incluía crianças, homens, mulheres…

Os empregados, que cuidavam do local, abusavam dos pacientes, estuprando mulheres e mal tratando homens. Além disso, os trabalhadores lucravam com a morte. 

No registro do manicômio foram encontrados dados relativos a venda de quase 2 mil corpos para faculdades de medicina, totalizando um montante, que nos valores de hoje, ficaria perto dos 600 mil reais.
MORTES
Mais de 70% das pessoas que iam parar nesse manicômio não tinham nenhum problema mental. Elas eram, na verdade, enviadas por outros motivos e normalmente morriam lá dentro. 

Em alguns casos gays e negros eram jogados nesse local, por não se encaixarem na sociedade da época.
Pelos registros e dados recolhidos em entrevistas e investigações, acredita-se que mais de 60 mil pessoas tenham sido mortas entre 1903 e 1980 no manicômio de Barbacena. 
A esmagadora maioria era de “pacientes” que não eram doentes mentais.

E, até hoje em dia, ninguém foi culpado ou está sendo investigado pelos gigantescos crimes feitos no local, que ainda está aberto.

O Brasil, mesmo que pouco divulgado, também tem suas histórias macabras e crimes inimagináveis.

AUTOR: MINILUA

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A TRÁGICA HISTÓRIA DA MENINA ARACELI; UM CRIME BÁRBARO E IMPUNE

Há exatamente 38 anos, a menina Araceli Cabrera Sanches Crespo era assassinada em Vitória, Espírito Santo, em um dos mais brutais crimes da história do Brasil. O corpo, desfigurado e com marcas de tortura e abuso sexual, foi encontrado quase uma semana depois, e a data de sua morte tornou-se Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, através de lei sancionada pelo Congresso Nacional em 2000.

A data foi escolhida pela brutalidade com que o assassinato foi cometido. A menina, que estava próxima a completar nove anos, foi espancada, estuprada e drogada, e teve os mamilos e a vagina dilacerados a dentadas. Seu corpo foi encontrado em um terreno baldio, queimado e desfigurado com ácido, para dificultar sua identificação. Seus algozes pertenciam a famílias tradicionais e muito influentes no estado, razão pela qual tanto a Justiça como a Polícia foram negligentes e, inclusive, corruptas.

Araceli, nascida em 2 de julho de 1964 em Vitória, e morta em 1973, com apenas oito anos e dez meses de vida, era a segunda filha do eletricista Gabriel Crespo e da boliviana Lola Cabrera, na época radicada no Brasil. A garota morava com os pais e com o irmão maior, Carlinhos, em uma casa modesta da cidade de Serra, vizinha da capital capixaba, em uma rua que nesse tempo tinha o nome de São Paulo, mas hoje chama-se Rua Araceli Cabrera Crespo, em homenagem a menina.

O assassinato de Araceli, que nunca foi esclarecido e cujos culpados jamais foram punidos, estremeceu a população de Vitória, gerou indignação nacional e foi tema de várias publicações no jornalismo e na literatura. 

A mais famosa delas foi o livro “Araceli, Meu Amor”, de José Louzeiro, lançado em 1975. Trinta anos depois, foi a vez dos então estudantes Tatiana Beling e Diego Herzog realizarem o curta-metragem Caso Araceli, A Cobertura da Imprensa, no qual enfocavam o tratamento dado pela mídia ao caso.

Cronologia do crime

No dia 18 de maio de 1973, Araceli saiu mais cedo da escola, a pedido da mãe, que escrevera um bilhete para a professora. A menina se dirigiu então a um edifício levando um envelope, que continha — sem que ela soubesse — drogas para ser entregues a um grupo de rapazes, filhos de famílias ricas e importantes da cidade e que eram conhecidos por seu gosto em realizar orgias regadas a narcóticos, álcool e sexo.

Ao chegar ao lugar indicado por Lola, que era quem provinha de drogas aos jovens, Araceli se deparou com os rapazes, que já se encontravam sob os efeitos da cocaína. Estes a atacaram e a mataram com requintes de crueldade, deslocando seu queixo com socos e lacerando a dentadas seus mamilos, parte da barriga e sua vagina. Segundo uma testemunha, antiga amante de um dos envolvidos, Araceli foi violentada e dopada com uma forte dose de LSD, à qual não resistiu; exames periciais constataram depois que a menina foi também asfixiada.

O corpo da garota foi encontrado nu e desfigurado, seis dias depois do crime, em um terreno baldio. Antes, o cadáver havia sido levado para o bar de Jorge Michelini — a quem supostamente a droga estava dirigida, e cujo sobrinho, Dante, estaria envolvido no crime — e deixado por vários dias no freezer do lugar, localizado em uma movimentada rua da cidade. Tudo isto foi feito sem nenhum cuidado em evitar testemunhas, tamanha a certeza da impunidade dos assassinos e seus cúmplices. Finalmente, um ácido corrosivo foi jogado sobre os restos mortais da menina para dificultar sua identificação.

Apesar de Gabriel Crespo ter reconhecido o corpo da filha por um sinal de nascença, a certeza veio em um dia em que ele levou o cachorrinho de estimação da menina, Radar, ao Instituto Médico Legal (IML). Ao chegar ao local, o animal — que tinha recebido esse nome porque sempre a localizava — se dirigiu imediatamente à geladeira e passou a arranhar a gaveta em que se encontrava o cadáver de sua dona. Este permaneceria ainda dois anos e meio no IML, antes de ser enviado para uma autópsia no Rio de Janeiro e posteriormente sepultado, em 1976.

Os principais suspeitos do crime foram Paulo Constanteen Helal (o Paulinho) e Dante Michelini Júnior (o Dantinho): o primeiro, filho de um latifundiário membro da maçonaria capixaba; e o segundo, herdeiro de um rico exportador de café. De acordo com versões não confirmadas, ambos organizavam festas nas quais se drogavam e violentavam menores em apartamentos mantidos unicamente para esse fim. Lola, que era irmã de traficantes de Santa Cruz de la Sierra — para onde se mudou anos depois, deixando para trás marido e filho — havia utilizado a filha como ‘mula’, talvez sem intuir seu destino.

Embora houvesse testemunhas contra os dois jovens, Paulinho e Dantinho foram absolvidos em um último julgamento, em 1991, e atualmente nada mais pode ser feito, já que o crime prescreveu. Segundo Louzeiro, mais de dez pessoas que poderiam ajudar a desvendar o caso foram mortas, entre elas o sargento José Homero Dias, assassinado com um tiro nas costas, quando estava próximo a finalizar as investigações. Ainda de acordo com o escritor, os acusados tornaram-se “pais de família católicos, senhores acima de qualquer suspeita” e suas famílias continuam “donas do Espírito Santo” até hoje, quase quatro décadas depois do assassinato que chocou o Brasil.

AUTOR: PAIR

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