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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

SUICÍDIO NOS EUA: O 'PACTO DO SILÊNCIO' QUE ESTÁ MATANDO POLICIAIS

David Betz (à esq.) com o pai, Dave Betz - DAVE BETZ

A morte de nove policiais de Nova York neste ano levou familiares, policiais e políticos a procurarem culpados. Mas o suicídio é um problema mais profundo, enraizado na cultura policial. O que há por trás dessa situação?

Enquanto acelerava o carro em uma manhã fria e cinzenta de fevereiro, o coração de Dave Betz estava disparado. Como policial havia 32 anos, ele estava acostumado a perseguições de carros.

Mas, naquela manhã, ele era um pai procurando por seu filho. Dave recebeu uma ligação no início da manhã com o recado de que seu filho David, de 24 anos e também policial, não havia aparecido para o seu turno de trabalho.

Depois que ele desligou o telefone, abriu a porta do quarto do filho, onde encontrou o suporte da arma - mas sem a arma dentro.

"Liguei para meus colegas, dizendo: 'não tenho um bom pressentimento sobre isso'".
Ao atravessar o estacionamento vazio do Boston Sports Club, Dave viu o carro do filho, com as janelas embaçadas, escondido em um canto distante, atrás de um imponente prédio de concreto. Enquanto caminhava para a parte da frente do carro, o treinamento policial veio à mente.

"O raciocínio de um policial - luta ou fuga - surgiu como reação", disse ele. "A morte é algo que ninguém gosta de ver. Você simplesmente não quer ver, sabe? Você precisa, mas é o membro da família de alguém."

"Ele estava dentro do carro dele, sentado, com o telefone no colo. E eu sabia, sabe? Mas eu não queria saber", diz ele, enquanto sua voz baixa.

Tocava música country no rádio do carro quando Dave, vestido com calça de pijama e camiseta, viu que o filho estava morto.

David Betz morreu em consequência de tiro disparado por ele mesmo, sem deixar nenhuma explicação sobre o que o levou a isso, diz o pai. Ele está entre centenas de policiais nos Estados Unidos que tiraram suas próprias vidas e deixaram uma série de perguntas sem respostas.

"Eu sempre pensei que era capaz de perceber as coisas e saber se alguém precisa de ajuda", diz Dave. "Mas eu não consegui ver isso no meu filho, sabe. Isso me entristece".
No estacionamento onde encontrou o filho, Dave mostra uma foto deles juntos - DAVE BETZ

Um estudo de 2018 mostrou que mais policiais morreram por suicídio do que exercendo sua atividade profissional nos Estados Unidos. Os pesquisadores dizem que os policiais correm um risco maior de suicídio do que em qualquer outra profissão, devido a uma combinação de fatores: estresse intenso, pressão para ocultar sofrimento emocional e acesso fácil a armas de fogo.

Em cada 100 mil pessoas, 13 morrem por suicídio, quando é considerada a população geral. Mas esse número sobe para 17 em 100 mil quando são considerados apenas os policiais, segundo a Ruderman Family Foundation.

Em 2018, 167 policiais cometeram suicídio. Neste ano, foram 130 nos primeiros 8 meses, de acordo com o Blue Help, um grupo de prevenção de suicídios da polícia de Massachusetts que acompanha o tema.

Esses números consideram apenas os suicídios confirmados. Alguns especialistas da área dizem que o número real pode ser ainda maior, pois algumas famílias optam por não relatar a causa da morte ou descrevê-la como acidental.
Problema velado

Recentemente, a cidade de Nova York se tornou foco de atenção nos Estados Unidos quando se fala nesse assunto. O chefe do Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), James O'Neill, disse, em junho, que havia uma crise de saúde mental. Na ocasião, a cidade enfrentava o suicídio de nove policiais.

"Precisamos mudar essa cultura", disse ele. "Precisamos garantir que nossos policiais tenham acesso a cuidados de saúde mental para que possam se manter bem e fazer o trabalho que desejam".

Mas a crise continuou.

Robert Echeverria, de 56 anos, morreu por ferimento a bala feito por ele mesmo em agosto, apenas um dia depois que o policial Johnny Rios, de 35 anos, cometeu suicídio.

A irmã de Robert, Eileen Echeverria, disse à BBC que entrou em contato com a área de assuntos internos do departamento policial sobre preocupações com a saúde mental de seu irmão várias vezes - sendo a mais recente em junho, antes da morte dele.

O departamento disse que investigaria, mas as armas do policial, que estava havia 25 anos na corporação, foram devolvidas a ele em dois dias. Eileen culpa o alto escalão pelo suicídio.
Chefe do Departamento de Polícia de Nova York, James O'Neill - GETTY IMAGES

"O Departamento de Polícia de Nova York está quebrado em muitos níveis. Não é o mesmo, os oficiais costumavam ser respeitados", disse ela à BBC News antes de encontrar o vice-comissário de relações com funcionários.

O Departamento de Polícia de Nova York diz que a morte de Echeverria está em investigação.

"Precisamos mudar isso", diz ela.

Cidades e estados de todo o país estão abalados por problemas semelhantes. Califórnia, Flórida, Nova York e Texas relataram pelo menos 10 suicídios policiais no ano passado, de acordo com a Blue Help.

No início deste ano, o Departamento de Polícia de Chicago, a segunda maior força do país, com 13 mil policiais, também foi forçado a enfrentar sua onda de suicídios policiais.

A tragédia levou ao lançamento de uma campanha de saúde mental, que disponibilizou o dobro do número de terapeutas disponíveis para os policiais, bem como uma campanha em vídeo mostrando oficiais experientes - incluindo o superintendente, Eddie Johnson - admitindo suas próprias lutas com a saúde mental.

O presidente Donald Trump autorizou até US$ 7,5 milhões (R$ 30 milhões) em subsídios por ano para prevenção de suicídios policiais, exames de saúde mental e treinamento, à medida que departamentos em todo o país trabalham para reduzir os números.

Mas o problema não é exclusivo dos Estados Unidos. Uma tendência semelhante está aparecendo em outros países onde os policiais usam armas de fogo.

No Brasil, só no Estado de São Paulo, 35 policiais militares tiraram a própria vida em 2018, um aumento de 84% em relação a 2017, segundo dados divulgados em fevereiro pela Ouvidoria da Polícia.

No ano passado, a França teve uma taxa de suicídio 36% maior entre a polícia do que a população em geral, e neste ano 64 policiais já se suicidaram.

Para comparação, cerca de 20 policiais tiraram suas próprias vidas no Reino Unido entre 2015 e 17, de acordo com o departamento de Estatísticas Nacionais do Reino Unido. Ao contrário da França, a maioria da polícia britânica não carrega armas.

Quase dois terços de todas as mortes por armas de fogo nos Estados Unidos são suicídios, de acordo com dados do grupo Everytown.

Embora seja menos provável que as pessoas tentem suicídio com uma arma (6% de todas as tentativas), a característica mortal das armas torna a morte mais provável. Cerca de metade dos suicídios envolvem armas de fogo.

Pelo menos seis das nove mortes na polícia de Nova York envolveram uma arma, muitas delas a própria arma de serviço.

Por que o suicídio é tão alto na polícia?

John Violanti, um veterano da polícia americana com 23 anos de experiência e professor da Universidade de Buffalo focado no estresse policial e na saúde mental, aponta a natureza do trabalho como parte da equação que leva ao suicídio. "Eles veem crianças abusadas, cadáveres, acidentes de trânsito horríveis", aponta.

"Se você tem que vestir um colete à prova de balas antes de ir para o trabalho, isso é uma indicação de que você já tem a possibilidade de ser baleado ou morto e que sua família tem a mesma probabilidade. Portanto, todas essas coisas pesam muito na mente e, com o tempo, afetam os policiais."

Mark DiBona, de 33 anos, veterano da polícia e porta-voz da Blue Help, experimentou na pele o desenvolvimento de transtorno de estresse pós-traumático no trabalho.

Ele se voluntariou a trabalhar por três semanas em Nova York, quatro dias após os ataques de 11 de setembro, e lembra que seus pesadelos começaram logo depois. Esse trauma, agravado por outras experiências - incluindo responder a um incêndio no carro com um passageiro preso dentro -, levou à sua depressão.

"Eu queria morrer. Eu me sentia um fracasso", diz ele.

Sentado no banco da frente do carro, Mark escreveu uma carta raivosa ao departamento de polícia e uma carta de desculpas para sua mãe e esposa, antes de colocar a arma na boca.

Por sorte, outro policial apareceu em seu carro para intervir antes de ele puxar o gatilho.

Mas ele - junto com muitos oficiais - acredita que uma das maiores barreiras na busca de ajuda é o estigma.

"Carregamos uma arma, carregamos um bastão, usamos um colete à prova de balas. Tudo isso para nos proteger fisicamente", diz ele. "Precisamos disso. Mas temos muito pouco treinamento quando se trata de nos proteger mentalmente".

Parte desse estigma vem da perpetuação da cultura do machismo no trabalho policial, uma noção que Janice McCarthy está trabalhando para mudar ao treinar oficiais em prevenção de suicídios e por meio de sua organização Care of Police Suicide Survivors (Assistência aos sobreviventes de suicídio policial).

O marido de Janice, Paul, se matou em julho de 2006, após 21 anos de carreira como capitão da polícia do estado de Massachusetts. Ele sofreu transtorno de estresse pós-traumático depois de três acidentes de carro.
Janice McCarthy passou os últimos 13 anos após a morte do marido defendendo o treinamento em saúde mental para os policiais

"Hipervigilância" faz parte do trabalho quando se trata de trabalho policial, diz Janice. "É esse sentimento de que você está pulando para fora da pele."

"Os policiais têm muita adrenalina... quase como usar droga", lembra ela do marido. "Mas o problema é que você não pode voltar para casa e desligar. Ele não dormia. Ele não podia realmente se envolver em uma conversa."

"Eles são cuidadores. Eles estão acostumados a cuidar de todos os outros. Ele trocava pneus furados, salvou bebês recém-nascidos prematuros. 

Ele não pôde se salvar porque ninguém lhe deu o luxo de dizer 'o que há de errado?' ou perguntar 'você está bem?'"
Paul McCarthy, marido de Janice, com o filho Christopher - JANICE MCCARTHY

Ela ajudou parlamentares de Massachusetts a elaborar um projeto de lei para exigir treinamento em saúde mental para os policiais em exercício. O projeto, após quatro anos, ainda não foi aprovado.

Mas ex-policiais e defensores da prevenção do suicídio dizem que oferecer terapia e treinamento é apenas parte da batalha.

O medo de perder sua arma

A ideia de que a identidade de um policial está ligada à sua arma é um estigma que os especialistas não conseguem decifrar.

"Uma questão sobre o trabalho policial é que quanto mais tempo você acumula de trabalho, mais ele consome sua identidade", diz Mark enquanto descreve a importância do distintivo e da arma de um policial.

Chris Prochut era o terceiro no comando em Bolingbrook, um subúrbio a sudoeste de Chicago, quando seu departamento de polícia recebeu atenção internacional devido a uma investigação de um assassinato que envolvia um oficial.

Ele foi encarregado de lidar com os repórteres, que pediam detalhes sobre o ex-sargento Drew Peterson, acusado de assassinar sua terceira e quarta esposas - a última delas ainda desaparecida.

"Eu pensei que poderia lidar com isso porque é isso que os policiais fazem. Eu posso resolver isso", lembra o agora defendor de treinamento em saúde mental e instrutor de prevenção de suicídios. "Imaginei que poderia mudar a imagem pública do nosso departamento de polícia."

Sob imensa pressão e dormindo pouco, o caso corroeu a mente de Chris.
Chris Prochut planejou seu próprio suicídio até sua esposa e colegas interromperem seu plano - CHRIS PROCHUT

"Eu chegava em casa com minha família e não queria estar com eles", lembra ele.

Por insistência de sua esposa, Chris procurou ajuda e acabou tomando remédios para ajudar a aliviar a angústia. Mas a dor não parou. Foi quando ele decidiu tirar a própria vida.

"Na minha cabeça, não havia outra opção, porque eu já tinha tentado terapia. Tentei medicação. Eles não funcionam para mim, mas posso entender isso."

Ele escolheu uma área arborizada onde queria tirar a vida, em uma cidade próxima, um movimento deliberado para que seus colegas não precisassem investigar a morte de um deles.

Quando estava com o plano definido, a esposa de Chris descobriu e interveio. Ela chamou os colegas do marido, que, no meio da noite, o levaram a um hospital para tratamento psiquiátrico.

A lei do estado de Illinois previa que Chris perdesse o porte de arma de fogo depois que fosse liberado do hospital. Aí ele acabou perdendo o emprego.

Chris e a família deixaram Illinois depois de perder a casa, mudando-se para Hartford, Wisconsin, onde agora ele trabalha na sede da rede de lojas Kohl, bem como com a polícia estadual na prevenção de suicídios.
A esposa de Chris descobriu os planos do marido de se suicidar - CHRIS PROCHUT

Desde então, as leis mudaram em Illinois, permitindo aos proprietários de armas um período de carência de 60 dias para manter o cartão de proprietário de armas de fogo enquanto um pedido de renovação é processado.

Parte do objetivo é incentivar os policiais a procurar tratamento em saúde mental sem medo de perder o distintivo - exemplo que Chris espera que possa ser seguido em outros lugares.

Mas o ex-policial também quer que sua história mostre que há vida após a polícia.

"Levei alguns anos para perceber que existe vida após o trabalho na polícia, mas você precisa estar aqui. Você precisa estar aqui para que melhore", diz ele.

"Perdi minha arma e perdi meu emprego, mas estou aqui e estou bem."
A vida continua

De volta ao cemitério em Boston, o filho mais novo de Dave, Cameron, fica perdido perto do túmulo de David, com a voz embargada enquanto luta para falar sobre seu irmão, seu herói.

Cameron usa símbolos em homenagem a seu irmão - pulseiras de prevenção de suicídio e um ponto-e-vírgula tatuado no pulso esquerdo, um símbolo usado para aumentar a conscientização sobre lutas de saúde mental e prevenção de suicídio, para mostrar que a vida continua.

"A vida para eles continua. A vida para nós continua de uma maneira diferente", diz Dave sobre outros policiais.

Grande parte da vida de Dave também é uma homenagem para seu filho. Seu escritório é cheio de imagens de David e do resto de sua família, ao lado de relíquias e lembranças com símbolos ocultos para manter viva a memória de David.

Uma imagem de nuvens sobre o túmulo do filho, no formato do número oito - o número da sorte de David - fica emoldurada ao lado das botas e uniforme de polícia que o jovem usava. Os braços de Dave estão tatuados com o número favorito do filho e uma mensagem no antebraço, feita com a letra de David, de um cartão do dia dos pais que lhe foi entregue em junho, antes de ele falecer.
Dave Betz fez uma tatuagem que reproduz mensagem deixada pelo filho no Dia dos Pais

A morte por suicídio pode deixar a familiares e amigos perguntas sem resposta sobre o que poderia ter sido feito de diferente para evitar a tragédia.

"Ser um sobrevivente do suicídio de um familiar nos faz integrar um grupo ao qual nunca quisemos pertencer", diz Janice.

"Se alguém morre por suicídio, há muitas coisas que as pessoas enxergam e elas querem encontrar sua própria idéia do que deu errado. É da natureza humana tentar descobrir algo, colocá-lo nessa caixinha e guardá-la. "

Mas, para esse grupo de sobreviventes, falar com policiais e tentar ajudá-los é uma maneira de preencher o vazio deixado pelos familiares que se mataram.

Para os policiais que escondem suas batalhas, Janice tem uma mensagem: "Se você não é policial amanhã, quem é você?"

"Você é marido? Você é pai? Você precisa ser multidimensional e precisa se cuidar emocionalmente", ela declara.

"Eu gostaria que eles soubessem que são mais que um policial e que a vida deles significa mais que esse trabalho".
Se você está deprimido e tem pensamentos suicidas, ligue para o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188. As ligações são gratuitas para todo o Brasil.

AUTOR: BBC

sábado, 31 de agosto de 2019

MISTÉRIO: O QUE TEM ESSA ILHA JAPONESA DE TÃO ASSUSTADOR

O que tem esta ilha japonesa de tão assustador? - Anualmente, cerca de 100 cadáveres são encontrados na floresta japonesa de Aokigahara, o que faz do local um dos pontos de suicídio mais populares do mundo. © Getty Images
Localização - Aokigahara situa-se a aproximadamente duas horas de Tóquio, de carro. A floresta encontra-se no flanco noroeste do monte Fuji. Getty Images

Anualmente, cerca de 100 cadáveres são encontrados na floresta japonesa de Aokigahara, o que faz do local um dos pontos de suicídio mais populares do mundo. A floresta parece esconder uma história negra, que surpreende até os mais corajosos.
'Mar de Árvores' - Por ter uma grande número de árvores e uma densa vegetação, Aokigahara também é conhecida por 'Mar de Árvores'. Getty Images
Filme de terror - O silêncio existente no local, aliado à vegetação densa e à ausência de luz e vento, fazem de Aokigahara um local extremamente sinistro. Getty Images
Ponto de suicídios - A floresta é um dos pontos de suicídio mais populares do mundo. Getty Images
Romance - Aokigahara foi romantizada no livro 'Kuroi Jukai', de Seichō Matsumoto. O livro conta a história de um jovem apaixonado que comete suicídio na floresta. Getty Images
Livro - Como se um livro não fosse suficiente, Wataru Tsurumi descreve Aokigahara no seu livro, 'O Manual Completo de Suicídio', como "o local perfeito para morrer". Getty Images
'Seppuku' - No Japão, o suicídio não carrega o mesmo estigma que no ocidente. 'Seppuku', também conhecido por 'harakiri', era um ritual de suicídio samurai. Até ao final da Segunda Guerra Mundial, este tipo de suicídio era considerado honroso. Shutterstock 
Cultura suicida - Yoshinori Cho, autor de 'Why do People Commit Suicide,' referiu que ainda existem vestígios no Japão da antiga cultura suicida. Getty Images
Muitos suicídios - O Japão tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo. Getty Images
Prevenção de suicídios - Algumas das medidas implementadas em Aokigahara incluem o aumento de patrulhamento, a instalação de câmaras de segurança e a colocação de diversos sinais com mensagens positivas. Getty Images
As razões por trás dos suicídios - Acredita-se que a depressão seja a principal causa dos suicídios. Por norma está ligada ao desemprego e a problemas financeiros. Getty Images
Demografia - As vítimas dos suicídios costumam ser homens, na casa dos 50 anos. No entanto, o número de homens com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos tem vindo a aumentar. Getty Images
Época dos suicídios - É em março que acaba o ano fiscal no Japão. Devido a isso não é coincidência o facto do pico de suicídios em Aokigahara ocorrer durante a primavera. Getty Images
Métodos de suicídio - A maior parte das pessoas que comete suicídio na floresta opta por enforcar-se nas árvores. Getty Images
Métodos de suicídio - A morte por overdose de drogas, geralmente através da ingestão de comprimidos para dormir, é o segundo método de suicídio mais popular. Getty Images
'Ubasute' - A antiga prática japonesa do 'ubasute' consistia em abandonar um elemento idoso, num local remoto, para que este morresse. Isto era feito para que os membros mais novos da família sobrevivessem. Getty Images
'Ubasute' - Apesar de muitos referirem que trata-se de uma lenda, a floresta de Aokigahara era alegadamente usada para esta prática. Getty Images
'Yūrei' - 'Yūrei' são a versão japonesa dos fantasmas do ocidente. Muitos acreditam que a floresta está assombrada por estes espíritos, que vagueiam pelo local enquanto atormentam os visitantes. Getty Images
Patrulhas - Anualmente, elementos da polícia e voluntários patrulham a área à procura de cadáveres. Estas buscas ocorrem desde 1970. Getty Images
Cadáveres - No início da década de 2000, entre 70 a 100 cadáveres eram anualmente recuperados da floresta. Getty Images
Números omitidos - Numa tentativa de desencorajar o suicídio, o governo japonês parou de revelar o número de corpos encontrados. Getty Images
Acampamento - Apesar de ser permitido acampar na floresta, as patrulhas de prevenção de suicídio suspeitam das pessoas que viajam sozinhas e que carregam tendas, uma vez que é provável que estas estejam a contemplar o suicídio. Por norma, os elementos da patrulha tentam falar com estes viajantes. Getty Images
Fita adesiva - A floresta é de tal forma densa, que os visitantes usam fita adesiva para marcar o caminho. Perder-se em Aokigahara pode ser fatal. Getty Images
Sem rede - O solo de Aokigahara é rico em ferro magnético, o que por norma afeta as comunicações. Telemóveis, GPS e até bússolas podem não funcionar na floresta. Getty Images
Ajuda - É por isso que a fita adesiva é uma uma ferramenta extremamente importante para que o visitante não se perca. Chamar por ajuda pode ser inútil. Getty Images
Não saia do caminho - Caso opte por visitar a floresta, certifique-se de seguir os caminhos marcados. Poderá deparar-se com alguns elementos perturbadores, caso opte por vaguear pela floresta. Getty Images
Mistério - Apesar de muitas teorias, a razão que leva tantas pessoas a cometer suicídio na floresta permanece um mistério. Getty Images
Nem tudo é desgraça e melancolia - No entanto, nem todos os visitantes de Aokigahara contemplam o suicídio. Muitas pessoas visitam a floresta para desfrutar de vistas fantásticas sobre o monte Fuji. Veja também: Salton Sea, do paraíso ao purgatório. Shutterstock

AUTOR: NOTÍCIAS AO MINUTO

domingo, 24 de junho de 2018

CONHEÇA OS 7 LUGARES MAIS MISTERIOSOS DA TERRA

Muitos são aqueles que consideram os locais misteriosos algo definitivamente intrigante, sendo que até mesmo faria de tudo, entrando inclusive em perigos, para conhecê-los.

Esses lugares misteriosos podem ser encontrados em qualquer canto do mundo, ao passo que a maioria de nós, provavelmente, vive ao lado de um. 

A seguir você verá 7 lugares que são especialmente assustadores, quer por sua aparência ou por sua associação com o lado sombrio da vida.

Esses lugares foram considerados os 7 pontos mais misteriosos da Terra. Veja só:

7 – Cane Hill Lunatic Asylum
Cane Hill foi um hospital psiquiátrico em Croydon, Londres, que ficou em uso até 1991, quando todos, simplesmente, se levantaram e saíram de lá. Alguns dos pacientes foram transferidos para outros locais seguros, mas o hospital e muito do equipamento médico permanece no local até hoje, ainda abandonados.

6 – Centralia
Em 1962, em Centralia, Pensilvânia, um grupo de bombeiros incendiou uma mina abandonada para limpar a cidade. Ironicamente, este fogo abriu caminho para os recessos mais profundos e incendiou uma mina de carvão abandonada. Isso fez queimar tudo, até as ruas vazias da cidade. O perigo se esconde por todos os cantos de Centralia – gases venenosos, estradas colapsando e fogo em qualquer lugar são apenas alguns exemplos.

5 – The Gates of Hell
The Gates of Hell é um buraco de 328 pés de largura que se encontra no Turquemenistão. Um acidente de perfuração soviético de 1971 causou o vazamento de gases perigosos. Então, cientistas perceberam que a melhor solução era queimá-los, porém o local está pegando fogo até hoje e pode ser visto a quilômetros de distância.

4 – Santuário de Tophet
O Santuário de Tophet está localizado na Tunísia. É o lar de milhares de túmulos de crianças, o que levou os historiadores a especular que elas podem ter sido vítimas de sacrifícios humanos nos tempos púnicos. É possível que as crianças tenham sido sacrificadas e depois tenham sido consumidas devido à fome na região naquele momento.

3 – Actun Tunichil Muknal, a Caverna da Donzela de Cristal
A Caverna da Donzela de Cristal é encontrada em Belize e abriga os restos dos esqueletos e artefatos arqueológicos dos maias. O achado mais fascinante deste local foi a donzela de cristal – uma jovem que foi vítima de sacrifícios humanos. Seus ossos calcificados brilham como um cristal, tornando-a mais assustadora do que seu próprio esqueleto.

2 – Pripyat
Pripyat é uma cidade fantasma ucraniana. Foi fundada para abrigar os trabalhadores de Chernobyl e, depois do desastre nuclear, foi abandonada. As visitas são permitidas, mas sua estadia deve ser curta: ela ilustra a aterradora realidade do que uma guerra nuclear poderia fazer à Terra.

1 – Aokigahara, a floresta do suicídio
Aokigahara é uma floresta perto do Monte Fuji, no Japão. Sua fama vem do fato de que este é um lugar incrivelmente popular para cometer suicídio e, como você pode ver nas fotos acima, a paisagem do local é assustadora. 

Anualmente existe buscas coletivas pela floresta pela recuperação de cadáveres.

Você teria coragem de visitar algum desses locais?

AUTOR: MISTÉRIOS DO MUNDO

CONTRA SUICÍDIOS, A IMPORTÂNCIA DO APOIO SOCIAL E DO CUIDADO COM A SAÚDE DA MENTE

Depressão e transtornos mentais estão fortemente associados ao suicídio; no Brasil, há mais de 11 mil casos por ano, segundo Ministério da Saúde GETTY IMAGES

Nana Calimeris até hoje se vê diante de momentos em que fica mais retraída e isolada, suscetível a sensações de grande desilusão - e a pensamentos de suicídio.

Aos 43 anos, a escritora enfrenta a depressão e a ansiedade desde a adolescência, época em que começou a desenvolver "uma vontade muito grande de morrer".

"Me sentia uma pessoa horrível. A sensação era a de que eu estava respirando o ar que deveria ser de outro ser humano."

Casos recentes de grande repercussão de suicídio em colégios e universidades, bem como a morte de celebridades como o chef e apresentador Anthony Boudain e a designer Kate Spade - ambos no auge de suas vidas profissionais -, evidenciam a importância em falar sobre o tema e diminuir o estigma em torno da saúde mental.

Os números também são alarmantes: a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, totalizando quase 800 mil mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde.

No Brasil, segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, são mais de 11 mil suicídios por ano, e alguns especialistas temem que haja uma subnotificação de casos.

Não é possível saber o que está por trás de cada uma dessas histórias, uma vez que o suicídio é multicausal, ou seja, não há um único fator ou culpado.

Mas especialistas apontam que, em grande parte dos casos, há um histórico de transtornos mentais, diagnosticados ou não: depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade, borderline (de comportamento impulsivo e compulsivo), entre outros.

"Não é possível reduzir o suicídio a uma única causa, mas a depressão causa uma disfunção dos neurotransmissores do cérebro. É parte de um conjunto de fatores psicológicos, culturais, físicos e bioquímicos", diz à BBC News Brasil Daniel Martins de Barros, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC), em São Paulo.
Momentos de isolamento e crise grave requerem atenção médica imediata; é importante estar atento GETTY IMAGES

Associados a essas doenças estão os chamados "Ds": além da depressão, há "o desespero, desamparo de grupo social, desesperança, desemprego, divórcio e dependência química. Quanto mais 'Ds', maior é o risco de suicídio", explica à BBC News Brasil o psiquiatra Fabio Gomes de Matos e Souza, coordenador do Programa de Apoio à Vida (Pravida) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Diante disso, dizem os especialistas, é preciso sempre cuidar da saúde mental com o mesmo empenho que nos ensinaram a ter com o restante do corpo.

Corpo saudável

E isso começa por "ter uma vida saudável mesmo: sono adequado, alimentação adequada, atividades físicas e evitar o isolamento social", explica Daniel Barros.

"Os exercícios físicos aumentam as substâncias do prazer - a seratonina, a dopamina e a noradrenalina -, que ficam em níveis baixos em pessoas deprimidas", agrega Souza, do Pravida. "Então as atividades físicas funcionam como um escudo protetor. A meditação, a ioga, a natação e o exercício na academia ajudam o corpo a ter mecanismos fisiológicos de combate à depressão."

Foi o que Nana Calimeris aprendeu ao longo da convivência com a doença: ela usa a ioga e a meditação para ajudar a conter a ansiedade.

"Aprendi a respirar e a lembrar que as crises de ansiedade são cíclicas e passam", conta à BBC News Brasil.

"Algumas crises são longas. Mas, com a respiração (da meditação), elas duram menos e eu consigo distinguir meus pensamentos. Isso traz a consciência de que a angústia talvez seja fruto da minha imaginação. Tem hora que dá certo, tem hora que não dá."

O momento mais crítico da doença de Nana foi aos 28 anos, quando ela se viu prostrada na cama com uma crise de depressão profunda. "Eu não via saída para lidar com aquela dor", conta.

Nana tentou se matar, ingerindo uma dose cavalar de medicamentos. Felizmente, sua mãe a viu desacordada e a levou ao hospital.

Hoje, ela não espera mais chegar ao fundo do poço: "Quando começo a ter ideias suicidas, a sensação de que não tenho possibilidade de aceitação, ou quando me jogo na comida, vou na mesma hora ao médico, porque sei que não estou legal".

A partir daí, com a ajuda do psiquiatra, ela dosa os medicamentos e os combina com terapia. "Nenhum deles resolve (o meu problema) separadamente."
Transtornos mentais alteram a química do cérebro e podem causar disfunção na liberação de neurotransmissores específicos GETTY IMAGES

'Guardiões da vida'

Um apoio crucial para Nana vem do filho de 18 anos, que aprendeu a distinguir os momentos em que a saúde da mãe não está bem.

"Ele vê quando eu começo a me isolar, quando deixo de sair, e me alerta", conta Nana.

Da mesma forma, pessoas atentas a sinais de isolamento de quem está ao seu redor podem ajudar na prevenção ao suicídio, explica Souza, do Pravida.

Ele tem ajudado na formação de "guardiões da vida" em escolas, instituições públicas e empresas cearenses.

"Trata-se de um grupo atento e treinado para identificar pessoas que estejam faltando, se isolando, chorando. E que se perguntem: 'será que que ela está deprimida? Vou falar com ela'", diz o psiquiatra.

"É preciso ter esses guardiões também dentro da família, que percebam quando é hora de conversar, de levar (o parente) para uma avaliação médica, para que dê tempo de tratá-lo."

Os sinais a prestar mais atenção são, segundo Souza e Barros:

- Mudanças de comportamento e perda de interesse pelas coisas de que a pessoa gostava;

- Crises de choro, ideias pessimistas e de nulidade;

- Comportamentos compulsivos ao extremo;

- Pessoas que perderam alguém de que tenham grande dependência emocional;

- Pessoas que já tenham histórico familiar de depressão e suicídio.

Casos assim têm de ser "avaliados imediatamente", adverte Souza. Mas como distinguir tristezas passageiras de casos de alta gravidade?

"Na dúvida, considere aquela pessoa em perigo", opina o psiquiatra. "Pode ser uma tristeza, pode não ser. É bom buscar uma avaliação de um especialista em saúde mental. É melhor ter certeza, porque não podemos arriscar aquilo que não podemos (nos dar ao luxo de) perder."
'Guardiões da vida' em escolas, famílias e empresas podem ajudar a identificar pessoas que estejam vulneráveis à depressão GETTY IMAGES

Rede de proteção social

Ao longo do tratamento, as redes de apoio social têm um papel fundamental para pessoas com doenças mentais.

"Tenho amigos que são imprescindíveis", relata Nana. "Fez toda a diferença para mim ter um amigo virtual com quem eu falava por Skype em momentos difíceis. Ele me ouvia mesmo quando eu me repetia; ele lia os textos que eu escrevia. São pequenas coisas que fazem muita diferença."

Nesses momentos, o que um amigo deve ou não dizer?

Para Nana, os amigos ajudam ao serem genuinamente presentes.

"É querer saber de verdade como você está, e não apenas querer ouvir um 'estou bem'. É dizer 'estou aqui'. Tenho um amigo que me traz uma lembrancinha sempre que viaja, e é algo que me toca profundamente", diz.

"O que não ajuda, nos momentos de depressão, é dizer 'vamos sair, vamos tomar um sol'. Não adianta. A gente não falaria isso para alguém doente de câncer, então não adianta falar para alguém doente de depressão."

A escritora e psicanalista Paula Fontenelle, autora de Suicídio: O Futuro Interrompido - Guia para Sobreviventes, acha que devemos evitar meias palavras se estivermos preocupados com um amigo deprimido.

"Uma amiga me telefonou certa vez, e notei que ela estava ligando para se despedir de mim. Perguntei sem rodeios se ela estava pensando em tirar a própria vida. Ela desatou a chorar e contou que sim, que já havia planejado tudo", diz Fontenelle, que acabou conseguindo que a amiga buscasse tratamento, no qual está até hoje.

"É preciso ser direto e ouvir sem julgamento, porque não tem certo ou errado nessas horas. O que a pessoa quer é acabar com a própria dor, não necessariamente morrer. E como a dor é muito grande e muita gente não tem com quem conversar, se você abre a porta para um diálogo, já está ajudando muito."
Há tratamento para transtornos mentais e ele é capaz de salvar vidas, diz psiquiatra
Na juventude, drogas e excessos digitais GETTY IMAGES

Mundialmente, o suicídio já é a segunda maior causa de mortes de jovens entre 15 e 29 anos. E, no Brasil, pesquisas indicam que a morte autoinfligida de crianças de 10 a 14 anos aumentou 65% entre 2000 e 2015.

É preciso lembrar que o cérebro juvenil está exposto a um desequilíbrio no amadurecimento: o hipocampo e a amígdala, regiões cerebrais responsáveis pelos sentimentos e pelo armazenamento de emoções, amadurecem mais rapidamente que o córtex pré-frontal, responsável pela regulação emocional e de impulsos. Essa disparidade dura até os 25 anos de idade.

"Temos de ensinar isso aos mais jovens: o seu cérebro ainda está sendo gestado", opina Souza, do Pravida. "Quanto mais saudável o cérebro, menos vulnerável ele estará à depressão e ao suicídio. E por isso é tão importante evitar álcool e drogas. Há uma percepção de que a maconha é inócua, mas ela favorece a depressão, a esquizofrenia e o suicídio."

Essa faixa etária enfrenta ainda outro desafio moderno: a excessiva valorização da vida digital em detrimento das relações presenciais.

"Existe um desequilíbrio grande e uma ausência de espaços para desabafar e conversar, em vez de apenas olhar a 'revista digital' do Instagram, onde você não vê quem está mal ou sofrendo, porque essas pessoas estão sozinhas em seus quartos", diz o psiquiatra.
Abuso de substâncias químicas é um fator de risco para o suicídio - mesmo a maconha, percebida como inócua, pode favorecer a depressão e a esquizofrenia GETTY IMAGES

Proteção e diagnóstico

Por fim, Souza destaca o papel das políticas públicas de prevenção, algo que passa por diminuir o tabu em torno das doenças mentais e aumentar a proteção em edifícios e espaços públicos e privados - por exemplo, grades em pontes e estações de metrô, redes protetoras em varandas públicas ou ao redor de escadarias.

"Há quem diga, 'ah, mas quem quer se matar vai encontrar um modo'. Mas como o suicídio tem um componente muito forte de impulsividade, a dificuldade de acesso já vai ter um impacto", opina Souza.

O Ministério da Saúde tem uma "agenda estratégica" de combate ao mal, com a meta de reduzir em 10% a mortalidade por suicídio até 2020 por meio de "ampliação da vigilância, prevenção e atenção integral", mas Souza opina que são necessárias campanhas de saúde pública mais amplas, a exemplo do que é feito com doenças infecciosas.

"O Brasil tem campanhas sistemáticas contra a dengue, que matou 200 pessoas no ano passado. Pelo suicídio morreram quase 12 mil", compara.

Do ponto de vista clínico, ele defende um prontuário único para pacientes do SUS, que permitisse acompanhar o histórico de saúde mental de pacientes e a dosagem de medicamentos receitados - evitando algo comum, que é um paciente obter o mesmo medicamento tarja preta de vários médicos e acabar tendo em mãos uma dose potencialmente mortal.

E ele ressalta que é possível, sim, tratar a depressão e a intenção suicida. "Não nos deixemos levar pelo 'não tem jeito'. Tem tratamento sim, e é eficaz", diz.

Nana Calimeris se diz um exemplo disso. Nos últimos anos ela passou a se dedicar à carreira de escritora, e seu livro A Biblioteca de Alexandria tem como personagem principal uma jovem que convive com a depressão.

"E pensar que eu estava disposta a ir embora sem ter realizado esse sonho de ser escritora", pondera. "Por isso acho que é preciso sempre falar em prevenção. As pessoas julgam: 'mas essa pessoa tinha tudo; por que ela se matou?'. Vai ver que ela se matou porque não deu conta. O suicídio existe e precisamos falar a respeito."

* O Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Se você está em busca de ajuda, ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br. (Até 30 de junho de 2018, o CVV atende pessoas de Maranhão, Bahia, Pará e Paraná no número 141; após essa data, o atendimento ao país inteiro migrará para o 188.)

AUTOR: BBC

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