Eu tenho certeza que você não sabe todos os mistérios que não foram desvendados até hoje, mas a partir de agora toda essa dúvida irá ser sanada. Marte parece um lugar desolado e empoeirado. O planeta vermelho coloca muitas questões para as mentes mais inteligentes o estudarem. Há muito que aprender com os projetos que a NASA tem em andamento.
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terça-feira, 23 de março de 2021
SAIBA DE 5 MISTÉRIOS DE MARTE QUE AINDA NÃO FORAM RESOLVIDOS; VÍDEO
FOTO: YOUTUBE
FONTE: UMA CURIOSIDADE
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021
SAIBA DE 7 SEGREDOS DA NASA, EM QUE VOCÊ PODE OU NÃO ACREDITAR
A NASA é a Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço, ligada ao governo norte-americano. Segundo o órgão, seus materiais em vídeo com descobertas sobre o espaço são publicados imediatamente, sem nenhum tipo de alteração. Será mesmo? Ou será que os funcionários escondem algo para nosso próprio bem?
O MUNDO REAL 21, reuniu alguns acontecimentos interessantes sobre a NASA. Segredos que, segundo adeptos de teorias da conspiração, a instituição adoraria esquecer. E é pouco provável que possamos encontrar razões para tanto mistério. O que você acha? Leia o post e dê sua opinião.
1. Interrupção de uma transmissão. Por quê?
youtube
Foram detectados alguns casos em que a NASA interrompeu transmissões ao vivo quando um objeto misterioso apareceu na tela. Oficialmente, foi dito que o sinal tinha se perdido, mas adeptos da teoria da conspiração consideram a atitude como proposital, pois envolveria informações confidenciais. Poderia ser uma coincidência ou vontade deliberada de desligar a transmissão? Ninguém consegue responder de forma exata.
2. Gravações da aterrissagem na Lua intencionalmente eliminadas
wikipedia
Infelizmente, as gravações originais dos primeiros passos da humanidade na Lua, em 1969, foram perdidas dos arquivos da NASA. No entanto, o órgão pensou numa solução e procurou uma empresa de Hollywood chamada Lowry Digital, especializada em recuperar filmes antigos. Os especialistas restauraram as gravações dos vídeos e as entregaram uma emissora de TV em 1969. Hoje, no site da NASA, é possível ver os históricos filmes rodados na Lua com uma qualidade muito melhor que antes. Mas é óbvio que os historiadores consideram um crime o fato de os originais terem se perdido. E nós concordamos com eles. Na redação do Incrível, alguns acreditam que o homem pisou, de fato, na lua. Mas alguns duvidam.
3. Operação Paperclip
wikipedia
A Operação Paperclip foi um programa realizado pelo Serviço Secreto dos EUA para retirar cientistas nazistas do Terceiro Reich e levá-los para trabalhar para os norte-americanos, logo após a Segunda Guerra Mundial. O resultado disso foi a criação da NASA. Verdade seja dita, boa parte dos fundadores eram cientistas americanos. Mas outros tantos eram desertores do nazismo. Incrível, não? De forma geral, os cientistas se dedicavam à construção de naves espaciais. Por outro lado, detalhes sobre a "Paperclip" continuam um mistério até os dias atuais.
4. A NASA esconde restos de uma civilização
youtube
Um prato cheio pra quem gosta de teorias da conspiração. Esta versão foi proposta pelo especialistas em Ciências Geológicas russo Alexandr Nikolaevich Portnov. Em 26 de novembro de 2011, a NASA lançou o rover Curiosity. A missão foi completada com sucesso e o rover enviou à Terra diversas fotografias, entre elas algumas misteriosas. Contudo, a agência é cuidadosa com o que será disponibilizado para o público. Segundo a opinião de Portnov, o Curiosity deveria ter enviado muito mais imagens do que as que conhecemos agora. Como a informação não foi divulgada em sua integralidade, talvez a NASA tenha muito o que esconder.
5. Existem ETs na Lua?
youtube
O Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) foi lançado em 2009, e desde então envia à Terra imagens muito interessantes que adeptos das teorias da conspiração classificaram como uma prova de vida na Lua. Os integrantes da SecureTeam10 deram especial atenção a uma formação circular na superfície lunar, afirmando que poderia se tratar de uma base extraterrestre. Mas talvez seja apenas uma formação natural.
6. Um OVNI perto do Sol?
youtube
No site oficial da NASA e da Agência Espacial Europeia, onde são publicadas imagens em tempo real do Sol, um blogueiro enxergou um objeto estranho junto ao astro e publicou suas impressões no YouTube. Logo após, o objeto foi eliminado da página oficial. Por quê? Infelizmente, não existe até agora uma explicação satisfatória.
7. Por que o avião norte-americano X-37B voou ao espaço sem uma explicação da NASA?
bbc
Que tipo de programa militar mandou o mini-transbordador X-37B ao espaço aparentemente sem nenhuma explicação? Muitas hipóteses já foram discutidas, mas nenhuma confirmada. Oficialmente, o X-37B estava testando um motor iônico (foi algo que causou furor, pois até então considerava-se que um motor desse tipo não poderia funcionar sob o efeito Hall).
A estranheza surgiu com o fato de que o avião não é mencionado em relatórios da NASA. O projeto foi declarado confidencial ao ser entregue à Agência de Projetos Avançados de Investigação de Defesa e à Força Aérea dos Estados Unidos.
FONTE: incrivel.club
sexta-feira, 3 de janeiro de 2020
A EXPLORAÇÃO DE URANO E NETUNO VOLTA A SER ALVO DE PROJETOS INTERNACIONAIS
Netuno visto pela Voyager 2 Foto: Divulgação/Nasa/JPL
AUTOR: G1
Depois de mais de 40 anos “esquecidos”, os gigantes Urano e Netuno voltam à cena com a proposta de duas missões interplanetárias. E, como era de se esperar, a China marca presença.
Este ano – e certamente os próximos quatro ou cinco anos – será focado na reconquista da Lua, com os projetos de missões tripuladas e construção de bases. Mas também serão anos dedicados a estreitar a exploração científica de Marte. Por enquanto, nada mais ambicioso do que recolher amostras do solo para envio à Terra, mas com foco também em futuras missões tripuladas.
Enquanto isso, as ideias de explorar planetas mais distantes vão surgindo e algumas delas, felizmente, já estão se concretizando. Em especial nas fronteiras do Sistema Solar.
Nos planetas mais distantes
As sondas Pioneer 10 e 11 e as Voyagers 1 e 2 fizeram um tour pelo Sistema Solar, estudando os gigantes gasosos distantes. Em especial a Voyager 2, que além de Júpiter e Saturno, estudou os planetas mais distantes Urano e Netuno, no final da década de 1980.
Desde então, Júpiter e Saturno ganharam missões próprias, com sondas orbitando seus sistemas por anos a fio: Júpiter teve a sonda Galileo e, atualmente, a Juno e Saturno foi estudado pela sonda Cassini por mais de 10 anos. Mas parou nisso. Urano e Netuno ficaram esquecidos desde então.
As conversas para construir uma missão de reconhecimento de Netuno começaram a convergir nos últimos dois anos e, em julho do ano passado, surgiu uma proposta concreta.
Este ano – e certamente os próximos quatro ou cinco anos – será focado na reconquista da Lua, com os projetos de missões tripuladas e construção de bases. Mas também serão anos dedicados a estreitar a exploração científica de Marte. Por enquanto, nada mais ambicioso do que recolher amostras do solo para envio à Terra, mas com foco também em futuras missões tripuladas.
Enquanto isso, as ideias de explorar planetas mais distantes vão surgindo e algumas delas, felizmente, já estão se concretizando. Em especial nas fronteiras do Sistema Solar.
Nos planetas mais distantes
As sondas Pioneer 10 e 11 e as Voyagers 1 e 2 fizeram um tour pelo Sistema Solar, estudando os gigantes gasosos distantes. Em especial a Voyager 2, que além de Júpiter e Saturno, estudou os planetas mais distantes Urano e Netuno, no final da década de 1980.
Desde então, Júpiter e Saturno ganharam missões próprias, com sondas orbitando seus sistemas por anos a fio: Júpiter teve a sonda Galileo e, atualmente, a Juno e Saturno foi estudado pela sonda Cassini por mais de 10 anos. Mas parou nisso. Urano e Netuno ficaram esquecidos desde então.
As conversas para construir uma missão de reconhecimento de Netuno começaram a convergir nos últimos dois anos e, em julho do ano passado, surgiu uma proposta concreta.
A missão Trident, em alusão ao tridente de Netuno, foi apresentada numa conferência de ciências planetárias nos EUA.
Mosaico de Tritão Foto: Divulgação/Nasa/JPL
A proposta é que a agência espacial dos EUA (Nasa) financie uma missão da classe Discovery dentro dos preceitos de “melhor, mais rápida e mais barata” que tem a "New Horizons" como um recente sucesso.
A missão, aliás, seria nas mesmas bases da "New Horizons" que fez um sobrevoo em Plutão e Caronte em 2015: a Trident irá fazer um sobrevoo rápido por Netuno e Tritão, sua enigmática lua.
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A proposta é que a agência espacial dos EUA (Nasa) financie uma missão da classe Discovery dentro dos preceitos de “melhor, mais rápida e mais barata” que tem a "New Horizons" como um recente sucesso.
A missão, aliás, seria nas mesmas bases da "New Horizons" que fez um sobrevoo em Plutão e Caronte em 2015: a Trident irá fazer um sobrevoo rápido por Netuno e Tritão, sua enigmática lua.
Em geral, é assim que as missões evoluem, com uma missão de sobrevoo de reconhecimento inicial e um mapeamento preliminar, para depois partir para uma missão para orbitar e, quem sabe, pousar no objeto.
A missão Trident seria equipada com instrumentos muito parecidos com os que fazem parte da "New Horizons" para obter o máximo de informações no menor tempo possível.
E o sobrevoo promete ser ainda mais empolgante: depois de uma viagem de quase 10 bilhões de quilômetros, a nave vai fazer uma rasante de apenas 500 quilômetros sobre Tritão! Isso é o equivalente a acertar um alvo de meio milímetro de largura em Londres, disparando uma arma em Porto Alegre!
Um dos objetivos principais é estudar Tritão em detalhes. Quando a Voyager 2 passou, ela não foi capaz de mapear por inteiro o seu hemisfério norte e o que foi visto na parte sul deixou mais perguntas do que respostas.
Mais sobre Netuno e Tritão
Tritão tem as características de um planeta anão formado no Cinturão de Kuiper e que foi capturado por Netuno. Mas também tem características de um mundo composto de muito gelo que poderia ter se formado ali mesmo, junto com Netuno. Além disso, o mapa mostrou uma calota polar no hemisfério sul, mas nenhuma evidência de que exista uma calota semelhante no polo norte.
Mas o mais empolgante: Tritão poderia ter um oceano subterrâneo! Essa lua de Netuno foi incluída no rol de corpos celestes chamados de “Mundos Oceânicos” que são: Ganimedes, Europa, Titã, Encélado, Plutão e Caronte.
Isso foi novidade até para mim, mas, de acordo, com a equipe da missão Trident, proposta pelo Instituto Lunar e Planetário no Texas, Tritão tem todas as premissas para possuir muito gelo e, com sua composição geológica e proximidade de Netuno, o gelo poderia se transformar em água no subsolo, mantendo-se nessa condição se existir amônia misturada a ela.
O objetivo da rasante de 500 km acima da superfície de Tritão é atravessar sua tênue atmosfera para analisá-la.
Após o sobrevoo, a Trident vai poder passar pela sombra de Netuno e Tritão, para procurar plumas de vapor d’água no satélite, como as encontradas em Encélado e mais recentemente em Europa. Quem vai responder a questão sobre a existência ou não do oceano, entretanto, será uma séria de instrumentos que vão estudar o campo magnético de Tritão.
Participação chinesa e datas da Trident
Além da Nasa, quem está também se preparando para visitar Netuno é a China e, como sempre, com objetivos bem mais ambiciosos. Além de passar a uma distância de mil quilômetros de Netuno, a missão que tem o nome provisório de IHP-1, vai lançar uma sonda para penetrar sua atmosfera.
Depois disso a IHP-1 vai fazer um sobrevoo de um objeto do Cinturão de Kuiper para finalmente seguir para fora do Sistema Solar. A intenção é fazer como as Voyagers e manter a nave estudando a heliosfera, a bolha de plasma que envolve o Sistema Solar.
Apesar de as ideias estarem ainda no campo das propostas, elas têm data marcada para virarem realidade. Para que isso tudo seja possível, as missões precisam partir entre 2024-2026 para aproveitar um alinhamento planetário favorável, economizando-se combustível.
Por exemplo, sendo lançada entre 15/04 e 05/05, a Trident levaria 12 anos para chegar até Tritão, mas antes passaria de novo pela Terra por mais três vezes, uma vez perto de Vênus e uma vez por Júpiter. Nessa rápida escala em Júpiter, a configuração das órbitas seria muito ideal para estudar Io, sua lua vulcânica.
A Trident tem até data para chegar, se respeitar a janela de lançamentos: 28 de junho de 2038 e, tal qual a "New Horizons", passaria mais um ano transmitindo os dados para a Terra. Tomara que a Trident seja aprovada logo, pois seis anos para montar e lançar uma missão dessas não é muito tempo e eu gostaria muito de ver seus resultados.
A missão Trident seria equipada com instrumentos muito parecidos com os que fazem parte da "New Horizons" para obter o máximo de informações no menor tempo possível.
E o sobrevoo promete ser ainda mais empolgante: depois de uma viagem de quase 10 bilhões de quilômetros, a nave vai fazer uma rasante de apenas 500 quilômetros sobre Tritão! Isso é o equivalente a acertar um alvo de meio milímetro de largura em Londres, disparando uma arma em Porto Alegre!
Um dos objetivos principais é estudar Tritão em detalhes. Quando a Voyager 2 passou, ela não foi capaz de mapear por inteiro o seu hemisfério norte e o que foi visto na parte sul deixou mais perguntas do que respostas.
Mais sobre Netuno e Tritão
Tritão tem as características de um planeta anão formado no Cinturão de Kuiper e que foi capturado por Netuno. Mas também tem características de um mundo composto de muito gelo que poderia ter se formado ali mesmo, junto com Netuno. Além disso, o mapa mostrou uma calota polar no hemisfério sul, mas nenhuma evidência de que exista uma calota semelhante no polo norte.
Mas o mais empolgante: Tritão poderia ter um oceano subterrâneo! Essa lua de Netuno foi incluída no rol de corpos celestes chamados de “Mundos Oceânicos” que são: Ganimedes, Europa, Titã, Encélado, Plutão e Caronte.
Isso foi novidade até para mim, mas, de acordo, com a equipe da missão Trident, proposta pelo Instituto Lunar e Planetário no Texas, Tritão tem todas as premissas para possuir muito gelo e, com sua composição geológica e proximidade de Netuno, o gelo poderia se transformar em água no subsolo, mantendo-se nessa condição se existir amônia misturada a ela.
O objetivo da rasante de 500 km acima da superfície de Tritão é atravessar sua tênue atmosfera para analisá-la.
Após o sobrevoo, a Trident vai poder passar pela sombra de Netuno e Tritão, para procurar plumas de vapor d’água no satélite, como as encontradas em Encélado e mais recentemente em Europa. Quem vai responder a questão sobre a existência ou não do oceano, entretanto, será uma séria de instrumentos que vão estudar o campo magnético de Tritão.
Participação chinesa e datas da Trident
Além da Nasa, quem está também se preparando para visitar Netuno é a China e, como sempre, com objetivos bem mais ambiciosos. Além de passar a uma distância de mil quilômetros de Netuno, a missão que tem o nome provisório de IHP-1, vai lançar uma sonda para penetrar sua atmosfera.
Depois disso a IHP-1 vai fazer um sobrevoo de um objeto do Cinturão de Kuiper para finalmente seguir para fora do Sistema Solar. A intenção é fazer como as Voyagers e manter a nave estudando a heliosfera, a bolha de plasma que envolve o Sistema Solar.
Apesar de as ideias estarem ainda no campo das propostas, elas têm data marcada para virarem realidade. Para que isso tudo seja possível, as missões precisam partir entre 2024-2026 para aproveitar um alinhamento planetário favorável, economizando-se combustível.
Por exemplo, sendo lançada entre 15/04 e 05/05, a Trident levaria 12 anos para chegar até Tritão, mas antes passaria de novo pela Terra por mais três vezes, uma vez perto de Vênus e uma vez por Júpiter. Nessa rápida escala em Júpiter, a configuração das órbitas seria muito ideal para estudar Io, sua lua vulcânica.
A Trident tem até data para chegar, se respeitar a janela de lançamentos: 28 de junho de 2038 e, tal qual a "New Horizons", passaria mais um ano transmitindo os dados para a Terra. Tomara que a Trident seja aprovada logo, pois seis anos para montar e lançar uma missão dessas não é muito tempo e eu gostaria muito de ver seus resultados.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
O SOL SE PREPARA PARA NOVO CICLO COM CHANCE DE MAIS ERUPÇÕES QUE PODEM AFETAR A TERRA
Mistura de duas imagens do Sol capturadas pelo observatório dinâmico da Nasa Foto: Divulgação/ Nasa/SDO
Faltam poucos dias para chegar 2020, mas ao que tudo indica o Sol já está no seu novo ciclo de vida, o ciclo 25.
Segue o fio que a história é assim:
O nosso Sol é uma estrela de tipo espectral G2 de meia idade, ainda com uns 5 bilhões de anos de vida. Estima-se que seu tempo de vida seja de 10 bilhões de anos e ao fim desse período ele deve se tornar uma gigante vermelha expulsando suas camadas mais exteriores.
Mas durante seu tempo de vida, o Sol apresenta um ciclo periódico de aumento e diminuição de manchas solares. As manchas são, na realidade, a parte mais visível do ciclo de atividade magnética da nossa estrela. Elas são observadas desde o tempo dos astrônomos chineses há quase 2 mil anos e desde o século XVII são monitoradas e contabilizadas todos os dias.
Com essa vigilância toda, sabemos que o período do ciclo de manchas solares é de 11 anos, mais ou menos, alterando períodos de baixa atividade magnética (o mínimo solar) e períodos de máxima atividade (o máximo solar).
Faltam poucos dias para chegar 2020, mas ao que tudo indica o Sol já está no seu novo ciclo de vida, o ciclo 25.
Segue o fio que a história é assim:
O nosso Sol é uma estrela de tipo espectral G2 de meia idade, ainda com uns 5 bilhões de anos de vida. Estima-se que seu tempo de vida seja de 10 bilhões de anos e ao fim desse período ele deve se tornar uma gigante vermelha expulsando suas camadas mais exteriores.
Mas durante seu tempo de vida, o Sol apresenta um ciclo periódico de aumento e diminuição de manchas solares. As manchas são, na realidade, a parte mais visível do ciclo de atividade magnética da nossa estrela. Elas são observadas desde o tempo dos astrônomos chineses há quase 2 mil anos e desde o século XVII são monitoradas e contabilizadas todos os dias.
Com essa vigilância toda, sabemos que o período do ciclo de manchas solares é de 11 anos, mais ou menos, alterando períodos de baixa atividade magnética (o mínimo solar) e períodos de máxima atividade (o máximo solar).
Durante o mínimo, o número de mancha solares é muito pequeno, passam-se semanas sem que uma sequer seja avistada. Já nos períodos de máximo é o contrário, são muitas manchas que trazem junto tempestades solares intensas.
AUTOR: G1
O estudo dos ciclos solares tem ficado cada vez mais importante para a sociedade moderna, por causa da dependência de energia elétrica e de equipamentos eletroeletrônicos. Quando ocorrem tempestades violentas há ejeção de massa coronal, uma grande nuvem de plasma, que se atingir a Terra pode causar muitos estragos.
Em geral, as tempestades no Sol causam auroras visíveis em altas latitudes terrestres, mas se houver mesmo um choque com o plasma solar ejetado, as correntes induzidas em estações de energia elétrica, satélites e equipamentos elétricos podem torrar os circuitos.
Em geral, as tempestades no Sol causam auroras visíveis em altas latitudes terrestres, mas se houver mesmo um choque com o plasma solar ejetado, as correntes induzidas em estações de energia elétrica, satélites e equipamentos elétricos podem torrar os circuitos.
Isso já aconteceu várias vezes e existe até um plano de contingência para essas épocas, a fim de minimizar os estragos.
Imagem de 2018 mostra registro da aurora boreal na Finlândia Foto: Alexander Kuznetsov/Reuters
Atualmente o Sol está em seu período de mínimo saindo do ciclo 24 e entrando no ciclo 25.
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Atualmente o Sol está em seu período de mínimo saindo do ciclo 24 e entrando no ciclo 25.
Não é fácil saber exatamente quando termina um ciclo e começa outro, ou melhor, a transição entre um e outro não é abrupta. Ainda mais no atual ciclo.
Esse é um dos mínimos mais mínimos já registrados.
No início de 2019 o Sol vinha se comportando como o esperado pelos modelos, mas no meio do ano o número de manchas despencou. Somando os dias em que nenhuma mancha foi observada no atual ciclo, temos o total de 948.
Esse é um dos mínimos mais mínimos já registrados.
No início de 2019 o Sol vinha se comportando como o esperado pelos modelos, mas no meio do ano o número de manchas despencou. Somando os dias em que nenhuma mancha foi observada no atual ciclo, temos o total de 948.
Esse é o terceiro menor registro desde 1856! Apenas nos mínimos em 1878 (1028 dias) e 1913 (1015 dias) a atividade solar foi mais baixa.
Mesmo o pico do atual ciclo já foi fraco: o máximo teve muito menos manchas do que o pico do ciclo 23. Aliás essa característica vem sendo observada pelo menos nos últimos 3 ciclos: o pico do ciclo é menor do que o pico anterior.
Ninguém sabe ao certo o que se passa no interior do Sol para dizer por que isto está acontecendo. O mais provável é que seja um ciclo natural do Sol e que, se tivéssemos registros precisos obtidos há mais tempo, veríamos esse comportamento peculiar.
Não sabemos as causas, mas desconfiamos dos efeitos. As baixas contagens de manchas solares fazem com que a temperatura global diminua.
Mesmo o pico do atual ciclo já foi fraco: o máximo teve muito menos manchas do que o pico do ciclo 23. Aliás essa característica vem sendo observada pelo menos nos últimos 3 ciclos: o pico do ciclo é menor do que o pico anterior.
Ninguém sabe ao certo o que se passa no interior do Sol para dizer por que isto está acontecendo. O mais provável é que seja um ciclo natural do Sol e que, se tivéssemos registros precisos obtidos há mais tempo, veríamos esse comportamento peculiar.
Não sabemos as causas, mas desconfiamos dos efeitos. As baixas contagens de manchas solares fazem com que a temperatura global diminua.
A relação entre ambos é intermediada pela magnetosfera terrestre que permite a passagem de mais partículas carregadas, inclusive raios cósmicos. Já está provado que a incidência maior de raios cósmicos favorece a formação de nuvens que por sua vez refletem a luz do Sol. No fim das contas, com uma menor incidência de luz solar na superfície, o planeta acaba esfriando.
Existe um período entre 1645 e 1715 em que o número de manchas solares registradas foi muito pequeno. Pequeno mesmo. Por exemplo, em 1640 e 1670 nenhuma mancha foi registrada no Sol! Durante esse período, conhecido por Mínimo de Maunder, a temperatura média na Europa foi mais baixa do que o usual.
Existe um período entre 1645 e 1715 em que o número de manchas solares registradas foi muito pequeno. Pequeno mesmo. Por exemplo, em 1640 e 1670 nenhuma mancha foi registrada no Sol! Durante esse período, conhecido por Mínimo de Maunder, a temperatura média na Europa foi mais baixa do que o usual.
A coincidência entre os dois fatos levou muita gente a associar as duas coisas. Ainda que não haja consenso entre os pesquisadores de que realmente haja uma relação de causa-consequência neste caso, muita gente acredita que o motivo das baixas temperaturas esteja de fato relacionada com a baixíssima atividade solar.
Essa semana já apareceu uma mancha com as características esperadas para o novo ciclo. Em outras palavras, o ciclo 25 de fato está para começar.
Como a transição é bem discreta, é possível que 2020 ainda seja um ano com pouquíssimas manchas, podendo até mesmo bater 2019 que registrou 277 dias sem manchas.
Estaremos aqui para conferir!
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Imagem divulgada pela Nasa em 2016 mostra uma mancha solar gigante. A região do Sol onde a mancha foi encontrada está sendo chamada de 'monstro benevolente' pelos cientistas. Foto: AP/Nasa
sexta-feira, 22 de novembro de 2019
UM ESTUDO CONFIRMA EXISTÊNCIA DE ÁGUA, EM 'EUROPA' UMA DAS LUAS DE JÚPITER
Imagem composta mostrando pluma observada em Europa. Foto: Ilustração/Nasa
No começo da semana saiu a notícia sobre o mapa geológico de Titã, a maior lua de Saturno e a segunda maior de todo o Sistema Solar.
No começo da semana saiu a notícia sobre o mapa geológico de Titã, a maior lua de Saturno e a segunda maior de todo o Sistema Solar.
Na mesma edição da revista "Nature Astronomy" em que foi publicada essa pesquisa, um outro resultado tão importante quanto o mapa de Titã também foi publicado. Nesse caso, um resultado sobre uma das luas de Júpiter.
Há algumas décadas que se especula a existência de água em Europa, a menor das luas descobertas por Galileu Galilei em 1609. Em 1999, a sonda Galileo que orbitou o sistema Joviano determinou que havia uma substância fluida de condutividade elétrica muito alta.
Há algumas décadas que se especula a existência de água em Europa, a menor das luas descobertas por Galileu Galilei em 1609. Em 1999, a sonda Galileo que orbitou o sistema Joviano determinou que havia uma substância fluida de condutividade elétrica muito alta.
Levantamentos gravimétricos, pesquisa que mede a intensidade da gravidade, mostraram que Europa não deveria ter um núcleo rochoso simples.
Não é por coincidência que a vida na Terra tenha se baseado em água, ela deve ser a substância mais abundante do universo. Hidrogênio e oxigênio são os elementos mais abundantes no universo. Na verdade, o hélio é o segundo mais abundante, depois do hidrogênio, mas ele não se combina com nenhum outro elemento para formar uma molécula estável.
Ao invés disso, deveria ter um núcleo rochoso muito provavelmente recoberto por uma capa de uma substância líquida.
Mais tarde, observações em Terra e no espaço feitas pelo Hubble mostraram plumas enormes sendo expelidas em Europa.
Europa vista pela sonda Galileo Foto: Nasa
O cenário apontava mesmo para um oceano subterrâneo e sobre ele, uma crosta de gelo com espessura de 10-15 km que protegeria o oceano de evaporar para o espaço.
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O cenário apontava mesmo para um oceano subterrâneo e sobre ele, uma crosta de gelo com espessura de 10-15 km que protegeria o oceano de evaporar para o espaço.
De tempos em tempos uma fratura, ou rachadura, nesta crosta faria a água jorrar violentamente para o espaço, formando gêiseres. Assim que escapasse da proteção da crosta a água evaporaria formando uma pluma de neve e vapor.
Bom, você sabe que um cenário montado com hipóteses razoáveis e que se encaixam é muito bom para se explicar um fenômeno, mas nada se compara a uma comprovação direta. E era isso que faltava para o cenário de Europa.
Bom, você sabe que um cenário montado com hipóteses razoáveis e que se encaixam é muito bom para se explicar um fenômeno, mas nada se compara a uma comprovação direta. E era isso que faltava para o cenário de Europa.
Nessa segunda feira, Lucas Paganini e um time de mais 6 pesquisadores publicaram os resultados de uma campanha de 17 observações de Europa feitas no Havaí.
Usando um espectrômetro, um instrumento que separa as componentes da luz, Paganini e seus colaboradores conseguiram identificar a presença de vapor d’água em uma das plumas de Europa.
A identificação foi bem sutil, das 17 observações feitas isso só foi possível em uma delas. Ainda assim, o volume calculado de água expelida na forma de vapor seria suficiente para encher uma piscina olímpica em poucos minutos!
E se você nos acompanha aqui no blog já sabe o porquê de tanto alvoroço com esse resultado. Se alguém quiser detectar vida fora da Terra deve começar sua procura por locais que tenham água. Não gelo e nem vapor, água líquida mesmo.
A identificação foi bem sutil, das 17 observações feitas isso só foi possível em uma delas. Ainda assim, o volume calculado de água expelida na forma de vapor seria suficiente para encher uma piscina olímpica em poucos minutos!
E se você nos acompanha aqui no blog já sabe o porquê de tanto alvoroço com esse resultado. Se alguém quiser detectar vida fora da Terra deve começar sua procura por locais que tenham água. Não gelo e nem vapor, água líquida mesmo.
O motivo é muito simples, a vida como conhecemos se desenvolveu com a água como o meio líquido que, entre outras coisas, intermedeia as trocas de substâncias ao nível celular.
Então um bom começo para a procura é justamente “ir atrás da água”, ou “follow the water” como aparece nas páginas de astrobiologia da NASA.
Representação artística da sonda Europa Clipper sobrevoando a capa de gelo de Europa. Foto: Nasa
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Não é por coincidência que a vida na Terra tenha se baseado em água, ela deve ser a substância mais abundante do universo. Hidrogênio e oxigênio são os elementos mais abundantes no universo. Na verdade, o hélio é o segundo mais abundante, depois do hidrogênio, mas ele não se combina com nenhum outro elemento para formar uma molécula estável.
Uma outra possibilidade é ter metano ou etano líquido para fazer o mesmo papel, como eu mencionei no post abaixo.
Como Europa tem um oceano abaixo da crosta de gelo, a sonda Galileo foi jogada contra Júpiter ao fim de sua missão, justamente para evitar qualquer tipo de contaminação. Estratégia igual foi usada com a sonda Cassini, para evitar que Titã fosse contaminado.
Esse resultado é fantástico, principalmente considerando que em 2023 a sonda Europa Clipper deve partir para estudar essa lua intrigante. A sonda vai carregar um conjunto de câmeras, espectrômetros e radares para investigar a camada de gelo de Europa em 45 voos rasantes.
Como Europa tem um oceano abaixo da crosta de gelo, a sonda Galileo foi jogada contra Júpiter ao fim de sua missão, justamente para evitar qualquer tipo de contaminação. Estratégia igual foi usada com a sonda Cassini, para evitar que Titã fosse contaminado.
Esse resultado é fantástico, principalmente considerando que em 2023 a sonda Europa Clipper deve partir para estudar essa lua intrigante. A sonda vai carregar um conjunto de câmeras, espectrômetros e radares para investigar a camada de gelo de Europa em 45 voos rasantes.
Essa estratégia deve dar a oportunidade de a sonda presenciar um evento de gêiser levantando uma pluma de vapor para ser estudada. Quando isso acontecer, seus espectrógrafos poderão identificar uma miríade de substâncias, inclusive alguma que identifique atividade de seres vivos abaixo do gelo.
AUTOR: G1
AUTOR: G1
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
O TRÂNSITO DE MERCÚRIO; PELA 4ª VEZ BRASIL VERÁ 'MINI ECLIPSE' DO PLANETA VIZINHO
Trânisto de Mercúrio: planeta vizinho "passa na frente" do Sol. Foto: Nasa
Nessa segunda feira (11), vai ocorrer um evento astronômico interessante e pouco conhecido, um trânsito planetário. Volta e meia eu falo aqui de trânsito planetário, mas sempre em relação a planetas de outros sistemas estelares. Isso porque esse fenômeno é uma das técnicas de detecção de exoplanetas, os planetas fora do Sistema Solar. Além do trânsito planetário, a espectroscopia de alta precisão é outra técnica bastante usada.
Mas o que vem a ser um trânsito planetário?
Um trânsito planetário é o evento que se dá quando um planeta "passa na frente" de um observador que esteja observando a estrela do seu sistema.
Nessa segunda feira (11), vai ocorrer um evento astronômico interessante e pouco conhecido, um trânsito planetário. Volta e meia eu falo aqui de trânsito planetário, mas sempre em relação a planetas de outros sistemas estelares. Isso porque esse fenômeno é uma das técnicas de detecção de exoplanetas, os planetas fora do Sistema Solar. Além do trânsito planetário, a espectroscopia de alta precisão é outra técnica bastante usada.
Mas o que vem a ser um trânsito planetário?
Um trânsito planetário é o evento que se dá quando um planeta "passa na frente" de um observador que esteja observando a estrela do seu sistema.
Com um alinhamento favorável das órbitas é possível perceber quando um exoplaneta passa na frente da sua estrela através de uma minúscula redução no brilho dela. Muita gente chama isso de "mini eclipse", já que o planeta é incapaz de bloquear toda a luz da estrela. Essa é a técnica usada pelo finado telescópio espacial Kepler, recordista de descobrimentos de exoplanetas. Essa é também a técnica usado pelo seu sucessor, o satélite TESS.
Mas não é necessário ir muito longe para se ver um trânsito planetário, apenas esperar algum tempo. Às vezes, podemos observar trânsitos de planetas no nosso Sistema Solar.
De tempos em tempos, Mercúrio e Vênus passam na frente do disco solar e podemos observar isso aqui da Terra, claro, com os devidos cuidados. Como os dois planetas ficam entre a Terra e o Sol, é natural que isso aconteça, mas é preciso condições especiais de inclinação das órbitas. Por isso esses fenômenos não são tão comuns.
O trânsito de Mercúrio é mais comum, acontecem por volta de 13-14 vezes a cada 100 anos. Já os trânsitos de Vênus são muito mais raros, com intervalos de mais de 100 anos. O último deles aconteceu em junho de 2012 e o próximo será em 2117.
O trânsito de segunda-feira deve começar às 09:35 da manhã e deve durar até às 15:04. Durante o evento, será possível ver Mercúrio como um círculo bem escuro contra a superfície iluminada do Sol.
Mas atenção! Nunca, jamais, em nenhuma hipótese olhe diretamente para o Sol! Principalmente se você tiver alguma luneta ou telescópio. As chances de uma lesão grave e permanente são imensas. Nem mesmo use soluções caseiras de vidros sujos ou radiografias, isso não filtra os raios ultravioleta.
O método mais seguro para se observar o Sol, suas manchas ou qualquer evento de trânsito como esse com uma luneta ou telescópio é fazer uma projeção da sua imagem em um anteparo claro. Galileu que não era bobo nem nada fazia isso em uma tela de pintura e desenhava as manchas que observava. Para se olhar para o Sol é necessário um bom filtro de densidade, ou seja, nada desses filtros coloridos.
Uma opção segura é procurar a famosa "lente de solda", aquele vidro escuro que cobre o visor dos capacetes e proteção usados por soldadores profissionais. Você pode encontrá-los em casas de material para construção a menos de R$ 10 cada. Se você for mesmo procurar um, compre o número 14, que significa o mais escuro de todos. Eu usei um desses no último eclipse solar total no Chile.
Os trânsitos de Vênus e Mercúrio tiveram importância muito grande na história da astronomia, foi em um trânsito de Vênus que foi possível finalmente se obter a distância Terra-Sol em 1639. O valor obtido era bem menor do que o valor atual, mas ainda assim era o melhor de sua época. Aliás, até então não havia medidas de distâncias absolutas de planetas ao Sol, apenas as distâncias relativas à Terra.
Mas não é necessário ir muito longe para se ver um trânsito planetário, apenas esperar algum tempo. Às vezes, podemos observar trânsitos de planetas no nosso Sistema Solar.
De tempos em tempos, Mercúrio e Vênus passam na frente do disco solar e podemos observar isso aqui da Terra, claro, com os devidos cuidados. Como os dois planetas ficam entre a Terra e o Sol, é natural que isso aconteça, mas é preciso condições especiais de inclinação das órbitas. Por isso esses fenômenos não são tão comuns.
O trânsito de Mercúrio é mais comum, acontecem por volta de 13-14 vezes a cada 100 anos. Já os trânsitos de Vênus são muito mais raros, com intervalos de mais de 100 anos. O último deles aconteceu em junho de 2012 e o próximo será em 2117.
O trânsito de segunda-feira deve começar às 09:35 da manhã e deve durar até às 15:04. Durante o evento, será possível ver Mercúrio como um círculo bem escuro contra a superfície iluminada do Sol.
Mas atenção! Nunca, jamais, em nenhuma hipótese olhe diretamente para o Sol! Principalmente se você tiver alguma luneta ou telescópio. As chances de uma lesão grave e permanente são imensas. Nem mesmo use soluções caseiras de vidros sujos ou radiografias, isso não filtra os raios ultravioleta.
O método mais seguro para se observar o Sol, suas manchas ou qualquer evento de trânsito como esse com uma luneta ou telescópio é fazer uma projeção da sua imagem em um anteparo claro. Galileu que não era bobo nem nada fazia isso em uma tela de pintura e desenhava as manchas que observava. Para se olhar para o Sol é necessário um bom filtro de densidade, ou seja, nada desses filtros coloridos.
Uma opção segura é procurar a famosa "lente de solda", aquele vidro escuro que cobre o visor dos capacetes e proteção usados por soldadores profissionais. Você pode encontrá-los em casas de material para construção a menos de R$ 10 cada. Se você for mesmo procurar um, compre o número 14, que significa o mais escuro de todos. Eu usei um desses no último eclipse solar total no Chile.
Os trânsitos de Vênus e Mercúrio tiveram importância muito grande na história da astronomia, foi em um trânsito de Vênus que foi possível finalmente se obter a distância Terra-Sol em 1639. O valor obtido era bem menor do que o valor atual, mas ainda assim era o melhor de sua época. Aliás, até então não havia medidas de distâncias absolutas de planetas ao Sol, apenas as distâncias relativas à Terra.
Por exemplo, sabia-se que a distância de Vênus ao Sol era de uns 70% da distância Terra-Sol, mas ninguém tinha ideia de quantos quilômetros (ou léguas na verdade) isso representava. Hoje em dia, trânsitos de Vênus e Mercúrio são usados para "calibrar" as observações de trânsitos de exoplanetas, ajudando a caracterizá-los melhor.
Para observar o evento de forma segura procure um clube de astronomia, planetário ou universidade que esteja se programando para observar o trânsito.
Para observar o evento de forma segura procure um clube de astronomia, planetário ou universidade que esteja se programando para observar o trânsito.
Em São Paulo, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) vai acompanhar desde cedo, assim como o Observatório do Valongo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Não perca, pois o próximo só em 13 de novembro de 2032! Este é o quarto deste século, com 13 trânsitos do planeta.
AUTOR: G1
AUTOR: G1
sexta-feira, 1 de novembro de 2019
SAIBA O QUE É O ROSTO ASSUSTADOR QUE FOI CAPTADO NO ESPAÇO PELO TELESCÓPIO HUBBLE
Foto de duas galáxias mostra um 'rosto' ameaçador Foto: Nasa/Agência Espacial Europeia
Parece o rosto de um fantasma ou alienígena, observando nosso planeta com seus olhos enormes e brilhantes.
A imagem acima foi capturada em junho pelo telescópio Hubble, que pertence às agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), mas só foi divulgada nesta semana, como parte das comemorações do Halloween.
"Quando os astrônomos olham as profundezas do espaço, não esperam encontrar algo olhando de volta para eles", diz o comunicado da Nasa sobre a descoberta.
Mas o fenômeno fotografado não tem nada de sobrenatural.
A imagem mostra uma colisão entre duas galáxias, mas muito mais violenta que o normal: "Uma colisão frontal titânica", afirmam a Nasa e a ESA.
'Interações incomuns entre galáxias'
O fenômeno que o Hubble capturou está listado no "Catálogo de Galáxias e Associações Peculiares do Sul", elaborado pelos astrônomos Halton Arp e Barry Madore entre 1966 e 1987, a 704 milhões de anos-luz da Terra.
É daí que vem o nome — nada assustador — do que vemos na foto: sistema Arp-Madore 2026-424 (AM-2026-424).
O catálogo em que está inserido foi criado para inventariar milhares de interações incomuns entre galáxias.
E, como seu nome indica, o AM 2026-424 apresenta certas peculiaridades.
Forma de anel
Os "olhos" do "rosto fantasmagórico" são o núcleo de cada galáxia.
Anéis de estrelas azuis jovens e discos de gás e poeira das galáxias dão forma ao rosto, nariz e boca do "espectro".
As agências espaciais enfatizam que, embora as colisões de galáxias sejam comuns na formação do universo, os choques frontais não são.
Essas colisões violentas dão origem à forma anelar do sistema.
"As galáxias em forma de anel são raras; apenas algumas centenas residem em nossa vizinhança cósmica. As galáxias precisam colidir na direção certa para criar o anel", afirmam a Nasa e a ESA.
Outra característica "frequente" da colisão entre galáxias é que uma grande se choca com uma menor e a devora, acrescentam as agências.
Mas, neste caso, o tamanho semelhante dos "olhos" do sistema AM 2026-424 sugere que as duas galáxias são aproximadamente do mesmo tamanho.
Os astrônomos estimam que esse fenômeno manterá sua aparência "assustadora" por "apenas" aproximadamente 100 milhões de anos:
"As duas galáxias vão se fundir completamente em aproximadamente 1 a 2 bilhões de anos".
AUTOR: G1
Parece o rosto de um fantasma ou alienígena, observando nosso planeta com seus olhos enormes e brilhantes.
A imagem acima foi capturada em junho pelo telescópio Hubble, que pertence às agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), mas só foi divulgada nesta semana, como parte das comemorações do Halloween.
"Quando os astrônomos olham as profundezas do espaço, não esperam encontrar algo olhando de volta para eles", diz o comunicado da Nasa sobre a descoberta.
Mas o fenômeno fotografado não tem nada de sobrenatural.
A imagem mostra uma colisão entre duas galáxias, mas muito mais violenta que o normal: "Uma colisão frontal titânica", afirmam a Nasa e a ESA.
'Interações incomuns entre galáxias'
O fenômeno que o Hubble capturou está listado no "Catálogo de Galáxias e Associações Peculiares do Sul", elaborado pelos astrônomos Halton Arp e Barry Madore entre 1966 e 1987, a 704 milhões de anos-luz da Terra.
É daí que vem o nome — nada assustador — do que vemos na foto: sistema Arp-Madore 2026-424 (AM-2026-424).
O catálogo em que está inserido foi criado para inventariar milhares de interações incomuns entre galáxias.
E, como seu nome indica, o AM 2026-424 apresenta certas peculiaridades.
Forma de anel
Os "olhos" do "rosto fantasmagórico" são o núcleo de cada galáxia.
Anéis de estrelas azuis jovens e discos de gás e poeira das galáxias dão forma ao rosto, nariz e boca do "espectro".
As agências espaciais enfatizam que, embora as colisões de galáxias sejam comuns na formação do universo, os choques frontais não são.
Essas colisões violentas dão origem à forma anelar do sistema.
"As galáxias em forma de anel são raras; apenas algumas centenas residem em nossa vizinhança cósmica. As galáxias precisam colidir na direção certa para criar o anel", afirmam a Nasa e a ESA.
Outra característica "frequente" da colisão entre galáxias é que uma grande se choca com uma menor e a devora, acrescentam as agências.
Mas, neste caso, o tamanho semelhante dos "olhos" do sistema AM 2026-424 sugere que as duas galáxias são aproximadamente do mesmo tamanho.
Os astrônomos estimam que esse fenômeno manterá sua aparência "assustadora" por "apenas" aproximadamente 100 milhões de anos:
"As duas galáxias vão se fundir completamente em aproximadamente 1 a 2 bilhões de anos".
AUTOR: G1
sexta-feira, 18 de outubro de 2019
TELESCÓPIO HUBBLE OBSERVA O VISITANTE INTERESTELAR
Cometa Borisov, o segundo cometa interestelar a visitar o Sistema Solar Foto: NASA/D. Jewitt
Um astrônomo da Universidade da Califórnia apresentou nesta semana as primeiras imagens do cometa obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.
David Jewitt observou o cometa em 12 de outubro e rapidamente processou as imagens para divulgá-las durante a semana seguinte, tamanho era o interesse dos astrônomos em geral.
E o que se viu nessa imagem? Um cometa como outro qualquer! Sim, diferente de Oumuamua, o primeiro visitante de outro sistema estelar a ser identificado, o cometa Borisov tem cauda e uma coma de poeira proeminente.
Cientistas estudam Oumuamua, o misterioso asteroide interestelar
Oumuamua também foi observado pelo Hubble quando foi descoberto em 2017, mas para a decepção geral ele não se parecia em nada com um cometa: não apresentava cauda, não parecia ter coma e muito menos jatos. Não se pode excluir a possibilidade de ele ter tudo isso, mas como ele já estava muito distante quando foi observado esses detalhes escaparam da detecção porque estavam abaixo do limite dos instrumentos. Por esse motivo sua classificação gerou um certo debate, pois na ausência de cauda ou qualquer emissão de gases, a classificação mais adequada é a de asteroide.
No caso do Borisov não restou nenhuma dúvida e além da imagem, outras características foram obtidas. Por exemplo, o composto cianeto foi encontrado nos gases da cauda do cometa. Esse composto é o mais abundante encontrado em cometas do nosso Sistema Solar. Além disso, seu brilho também é igual ao brilho de cometas típicos do nosso sistema. Como o brilho do cometa depende do material do que ele é feito e que é evaporado pela ação da luz do Sol, esse fato sugere que a composição do Borisov não deve ser tão diferente.
Jewitt diz que se ele fosse basear sua opinião a partir das informações obtidas das imagens feitas pelo Hubble, ele jamais diria que esse cometa não foi formado no Sistema Solar. Os resultados, por enquanto, não mostram nada de extraordinário. Quem denuncia sua origem são seus parâmetros orbitais.
O cometa Borisov viaja a uma velocidade de 176 mil km/h, muito mais do que a velocidade orbital da Terra em torno do Sol, que não chega a 130 mil km/h. Essa é a principal evidência de que esse cometa veio de fora do Sistema Solar. Nenhum corpo do nosso sistema poderia chegar a essa velocidade, mesmo que estivesse na longínqua Nuvem de Oort e fosse acelerado pela gravidade solar.
Jewitt, que também participou da descoberta de 20 novas luas em Saturno em outra pesquisa, está agora trabalhando nas imagens para tentar obter mais informações do seu núcleo. Analisando-se a luz refletida pelos gases do cometa e a luz espalhada pela poeira ejetada do núcleo, é possível subtrair uma da outra em processos digitais. Com isso será possível descobrir se há jatos e qual a rotação do núcleo. Jewitt aponta também que o cometa está ainda se aproximando do Sol e deverá ficar mais e mais brilhante nesse processo, o que deve ajudar nas observações.
AUTOR: G1/CÁSSIO BARBOSA
Um astrônomo da Universidade da Califórnia apresentou nesta semana as primeiras imagens do cometa obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.
David Jewitt observou o cometa em 12 de outubro e rapidamente processou as imagens para divulgá-las durante a semana seguinte, tamanho era o interesse dos astrônomos em geral.
E o que se viu nessa imagem? Um cometa como outro qualquer! Sim, diferente de Oumuamua, o primeiro visitante de outro sistema estelar a ser identificado, o cometa Borisov tem cauda e uma coma de poeira proeminente.

Oumuamua também foi observado pelo Hubble quando foi descoberto em 2017, mas para a decepção geral ele não se parecia em nada com um cometa: não apresentava cauda, não parecia ter coma e muito menos jatos. Não se pode excluir a possibilidade de ele ter tudo isso, mas como ele já estava muito distante quando foi observado esses detalhes escaparam da detecção porque estavam abaixo do limite dos instrumentos. Por esse motivo sua classificação gerou um certo debate, pois na ausência de cauda ou qualquer emissão de gases, a classificação mais adequada é a de asteroide.
No caso do Borisov não restou nenhuma dúvida e além da imagem, outras características foram obtidas. Por exemplo, o composto cianeto foi encontrado nos gases da cauda do cometa. Esse composto é o mais abundante encontrado em cometas do nosso Sistema Solar. Além disso, seu brilho também é igual ao brilho de cometas típicos do nosso sistema. Como o brilho do cometa depende do material do que ele é feito e que é evaporado pela ação da luz do Sol, esse fato sugere que a composição do Borisov não deve ser tão diferente.
Jewitt diz que se ele fosse basear sua opinião a partir das informações obtidas das imagens feitas pelo Hubble, ele jamais diria que esse cometa não foi formado no Sistema Solar. Os resultados, por enquanto, não mostram nada de extraordinário. Quem denuncia sua origem são seus parâmetros orbitais.
O cometa Borisov viaja a uma velocidade de 176 mil km/h, muito mais do que a velocidade orbital da Terra em torno do Sol, que não chega a 130 mil km/h. Essa é a principal evidência de que esse cometa veio de fora do Sistema Solar. Nenhum corpo do nosso sistema poderia chegar a essa velocidade, mesmo que estivesse na longínqua Nuvem de Oort e fosse acelerado pela gravidade solar.
Jewitt, que também participou da descoberta de 20 novas luas em Saturno em outra pesquisa, está agora trabalhando nas imagens para tentar obter mais informações do seu núcleo. Analisando-se a luz refletida pelos gases do cometa e a luz espalhada pela poeira ejetada do núcleo, é possível subtrair uma da outra em processos digitais. Com isso será possível descobrir se há jatos e qual a rotação do núcleo. Jewitt aponta também que o cometa está ainda se aproximando do Sol e deverá ficar mais e mais brilhante nesse processo, o que deve ajudar nas observações.
AUTOR: G1/CÁSSIO BARBOSA
quinta-feira, 26 de setembro de 2019
VÍDEO: SATÉLITE DA NASA REGISTRA PELA PRIMEIRA VEZ O MOMENTO QUE ESTRELA É 'DEVORADA' POR BURACO NEGRO SUPERMASSIVO
Ilustração mostra o momento em que o buraco negro "captura" a estrela, modelo é feito a partir de dados captados por satélites e são transformados em desenho Ilustração: Robin Dienel/Carnegie Institution for Science
A agência espacial norte-americana (Nasa) observou pela primeira vez o momento em que uma estrela é "engolida" por um buraco negro supermassivo. No estudo publicado nesta quinta-feira (25) pela revista "The Astrophysical Journal", cientistas defendem que descoberta é um marco para entender mais sobre este fenômeno.
Segundo os astrônomos, o que o satélite capturou foi a destruição de uma estrela por meio de efeitos gravitacionais – as chamadas "perturbações de maré", ou da sigla em inglês TDE. O fenômeno ocorre quando as forças do buraco negro supermassivo dominam a gravidade do corpo celeste o despedaçam.
De acordo com a pesquisa, a interação que recebeu o nome de ASASSN-19bt, emitiu uma luz que pôde ser identificada pelo TESS. Os cientistas explicam que em uma destruição como esta, parte do material da estrela que é "engolido" pelo buraco negro emite um disco de gás quente e brilhante.
Fenômeno é paradigma
“Apenas alguns TDE foram descobertos antes de atingirem o pico de brilho, e este foi encontrado apenas alguns dias depois que começou a clarear", celebrou em nota o astrônomo Thomas Holoien, um dos autores do estudo.
A agência espacial norte-americana (Nasa) observou pela primeira vez o momento em que uma estrela é "engolida" por um buraco negro supermassivo. No estudo publicado nesta quinta-feira (25) pela revista "The Astrophysical Journal", cientistas defendem que descoberta é um marco para entender mais sobre este fenômeno.
Segundo os astrônomos, o que o satélite capturou foi a destruição de uma estrela por meio de efeitos gravitacionais – as chamadas "perturbações de maré", ou da sigla em inglês TDE. O fenômeno ocorre quando as forças do buraco negro supermassivo dominam a gravidade do corpo celeste o despedaçam.
De acordo com a pesquisa, a interação que recebeu o nome de ASASSN-19bt, emitiu uma luz que pôde ser identificada pelo TESS. Os cientistas explicam que em uma destruição como esta, parte do material da estrela que é "engolido" pelo buraco negro emite um disco de gás quente e brilhante.
Fenômeno é paradigma
“Apenas alguns TDE foram descobertos antes de atingirem o pico de brilho, e este foi encontrado apenas alguns dias depois que começou a clarear", celebrou em nota o astrônomo Thomas Holoien, um dos autores do estudo.
Este pesquisador destacou que, por estar dentro da zona de visualização contínua do satélite TESS, o fenômeno pôde ser acompanhado com atualizações quase em tempo real, a cada 30 minutos.
Além disso, explicou que há dados dos últimos meses que podem identificar toda a trajetória do fenômeno e não só o momento de luz, algo que nunca foi feito antes e o que torna a perturbação ASASSN-19bt um paradigma nas pesquisas sobre TDE.
Composição da estrela
O cientista norte-americano comentou que observava o céu da Califórnia, na noite da descoberta, com um equipamento de espectrometria. Com os resultados captados pelo dispositivo, ele conseguirá identificar quais são os materiais que formavam a estrela destroçada.
Além disso, explicou que há dados dos últimos meses que podem identificar toda a trajetória do fenômeno e não só o momento de luz, algo que nunca foi feito antes e o que torna a perturbação ASASSN-19bt um paradigma nas pesquisas sobre TDE.
Composição da estrela
O cientista norte-americano comentou que observava o céu da Califórnia, na noite da descoberta, com um equipamento de espectrometria. Com os resultados captados pelo dispositivo, ele conseguirá identificar quais são os materiais que formavam a estrela destroçada.
Equipamentos utilizados pelo astrônomo separam os espectros da luz de um objeto ou evento celeste, com isso, há o registro dos comprimentos de onda emitidos pela estrela.
Parecido com um código de barras, o desenho da radiação eletromagnética traz informações sobre o material e a velocidade em que a estrela se deslocavam. Ele é formado assim como um arco-iris, que decompõe a luz do sol por meio de um prisma.
O que é um buraco negro?
Os buracos negros são uma enorme quantidade de massa concentrada em um espaço muito reduzido. Seu campo gravitacional é tão forte que ele atrai para si tudo o que se aproxima dele, inclusive a luz.
Astrônomos apresentam a primeira imagem de um buraco negro já registrada
Como surgem os buracos negros?
Além da colisão entre dois buracos pré-existentes, outra forma de produzir um buraco negro é quando uma estrela muito massiva (tem grande massa) deixa de emitir luz no final da sua vida. O centro dessa estrela entra em colapso e ocorre a chamada explosão supernova. Isso pode produzir um buraco negro "estelar".
Parecido com um código de barras, o desenho da radiação eletromagnética traz informações sobre o material e a velocidade em que a estrela se deslocavam. Ele é formado assim como um arco-iris, que decompõe a luz do sol por meio de um prisma.
O que é um buraco negro?
Os buracos negros são uma enorme quantidade de massa concentrada em um espaço muito reduzido. Seu campo gravitacional é tão forte que ele atrai para si tudo o que se aproxima dele, inclusive a luz.
Astrônomos apresentam a primeira imagem de um buraco negro já registrada
Como surgem os buracos negros?
Além da colisão entre dois buracos pré-existentes, outra forma de produzir um buraco negro é quando uma estrela muito massiva (tem grande massa) deixa de emitir luz no final da sua vida. O centro dessa estrela entra em colapso e ocorre a chamada explosão supernova. Isso pode produzir um buraco negro "estelar".
De acordo com a Nasa, a maioria dos buracos negros é desse tipo, ou seja, uma espécie de “objeto em colapso congelado”. Os detalhes de por que isso acontece ainda são um mistério para os cientistas.
Qual é o tamanho de um buraco negro?
Ainda há muito o que se descobrir sobre os buracos negros, mas sabemos que eles podem ter tamanhos diversos. Os buracos negros estelares, que podem ter tamanho dezenas de vezes maiores do que o nosso Sol, costumam ser menores que os supermassivos.
Um buraco negro supermassivo, por exemplo, pode ser milhões de vezes maior que o Sol. Ao mesmo tempo, essa massa gigantesca é muito compacta, e pode ocupar, por exemplo, um espaço consideravelmente menor do que o de um planeta pequeno do Sistema Solar.
AUTOR: G1
Qual é o tamanho de um buraco negro?
Ainda há muito o que se descobrir sobre os buracos negros, mas sabemos que eles podem ter tamanhos diversos. Os buracos negros estelares, que podem ter tamanho dezenas de vezes maiores do que o nosso Sol, costumam ser menores que os supermassivos.
Um buraco negro supermassivo, por exemplo, pode ser milhões de vezes maior que o Sol. Ao mesmo tempo, essa massa gigantesca é muito compacta, e pode ocupar, por exemplo, um espaço consideravelmente menor do que o de um planeta pequeno do Sistema Solar.
AUTOR: G1
quinta-feira, 12 de setembro de 2019
NOVA IMAGEM BRILHANTE DOS ANÉIS DE SATURNO É CAPTADA PELA NASA
Imagem captada pelo telescópio Hubble mostra Saturno com anéis brilhantes Foto: Nasa / ESA/ A. Simon (GSFC), M.H. Wong (Universidade da California, Berkeley) e OPAL
O mais recente registro de Saturno, feito pelo telescópio Hubble, da Agência Espacial Americana (Nasa), mostra um brilho excepcional nos anéis do planeta e detalhes atmosféricos que antes só podiam ser percebidos por naves espaciais.
A imagem foi captada em 20 de junho deste ano pela Wide Field Camera 3, quando o planeta estava a cerca de 845 milhões de quilômetros de distância.
Ela revela que uma grande tempestade captada na região do pólo norte em 2018 já se dissipou. Outro detalhe que chama a atenção é a cor do planeta. Segundo a Nasa, a coloração âmbar vêm de neblinas produzidas em reações fotoquímicas causadas pela radiação ultravioleta solar.
Também é possível de observar na imagem um misterioso padrão hexagonal, perceptível no polo norte. Segundo a Nasa, este padrão é causado por um jato de alta velocidade, e foi descoberto em 1981 pela sonda Voyager 1.
De acordo com a Nasa, esta é a segunda imagem captada em uma série anual de instantâneos feitos no projeto Legacy Atmospherees Outer Planets (OPAL).
O projeto ajuda cientistas a entender a dinâmica atmosférica dos planetas gigantes de gás do Sistema Solar.
Confira abaixo a imagem registrada em 2018
Imagem de Saturno captada pela Nasa em 2018 mostra tempestade atmosférica no pólo norte Foto: NASA / ESA /Amy Simon e time OPAL / J. DePasquale (STScI)
AUTOR: G1
O mais recente registro de Saturno, feito pelo telescópio Hubble, da Agência Espacial Americana (Nasa), mostra um brilho excepcional nos anéis do planeta e detalhes atmosféricos que antes só podiam ser percebidos por naves espaciais.
A imagem foi captada em 20 de junho deste ano pela Wide Field Camera 3, quando o planeta estava a cerca de 845 milhões de quilômetros de distância.
Ela revela que uma grande tempestade captada na região do pólo norte em 2018 já se dissipou. Outro detalhe que chama a atenção é a cor do planeta. Segundo a Nasa, a coloração âmbar vêm de neblinas produzidas em reações fotoquímicas causadas pela radiação ultravioleta solar.
Também é possível de observar na imagem um misterioso padrão hexagonal, perceptível no polo norte. Segundo a Nasa, este padrão é causado por um jato de alta velocidade, e foi descoberto em 1981 pela sonda Voyager 1.
De acordo com a Nasa, esta é a segunda imagem captada em uma série anual de instantâneos feitos no projeto Legacy Atmospherees Outer Planets (OPAL).
O projeto ajuda cientistas a entender a dinâmica atmosférica dos planetas gigantes de gás do Sistema Solar.
Confira abaixo a imagem registrada em 2018
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/1/e/IYQABzRpSDz8i4foMwlg/saturno-nasa2018.png)
AUTOR: G1
terça-feira, 30 de julho de 2019
3 NOVOS PLANETAS SÃO DESCOBERTOS FORA DO SISTEMA SOLAR POR CIENTISTAS, COM AJUDA DE SATÉLITE DA NASA
Satélite Tess, da Nasa, observa mais de 200 mil estrelas brilhantes em busca de planetas fora do sistema solar — Foto: Nasa
O satélite Tess, o "caçador de planetas" da agência espacial americana (Nasa), encontrou três novos planetas que estão entre os menores detectados fora do Sistema Solar. A descoberta foi publicada nesta segunda-feira (29) pela revista "Nature Astronomy".
O Tess (Transiting Exoplanet Survey Satellite, em inglês) foi desenvolvido pela Nasa em colaboração com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele observará uma área 20 vezes maior que o seu antecessor, o satélite Kepler. Segundo estimativas da missão, 20 mil novos exoplanetas – termo usado para os que estão fora do Sistema Solar – serão conhecidos e acompanhados por telescópios da Terra.
As novas descobertas mostram mundos com características parecidas com os encontrados no Sistema Solar.
Um dos três exoplanetas é como a Terra, um pouco maior e com uma superfície rochosa, e foi chamado de planeta b. Os outros dois, os planetas c e d, são gasosos e parecidos com Netuno, mas com cerca de metade do tamanho.
O satélite Tess, o "caçador de planetas" da agência espacial americana (Nasa), encontrou três novos planetas que estão entre os menores detectados fora do Sistema Solar. A descoberta foi publicada nesta segunda-feira (29) pela revista "Nature Astronomy".
O Tess (Transiting Exoplanet Survey Satellite, em inglês) foi desenvolvido pela Nasa em colaboração com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele observará uma área 20 vezes maior que o seu antecessor, o satélite Kepler. Segundo estimativas da missão, 20 mil novos exoplanetas – termo usado para os que estão fora do Sistema Solar – serão conhecidos e acompanhados por telescópios da Terra.
As novas descobertas mostram mundos com características parecidas com os encontrados no Sistema Solar.
Um dos três exoplanetas é como a Terra, um pouco maior e com uma superfície rochosa, e foi chamado de planeta b. Os outros dois, os planetas c e d, são gasosos e parecidos com Netuno, mas com cerca de metade do tamanho.
Eles estão localizados a 73 anos-luz de distância.
Satélite TESS foi lançado em uma parceria da Nasa com a SpaceX — Foto: Space X/Twitter
Sistema 'TOI-2070'
O novo trio está no sistema que recebeu o nome "TOI-2070". Planetas b, c e d têm aproximadamente o mesmo tamanho e, de acordo com os astrônomos do estudo, podem ser um "elo perdido" na formação de planetas, já que têm características da Terra e de Netuno. Eles orbitam uma estrela com erupções frequentes e com tempestades como o Sol.
Inicialmente, a descoberta do TOI-270 pelos cientistas causou uma expectativa grande, já que os planetas estão em uma zona com temperatura habitável, com chance de suportar água.
A descoberta de uma atmosfera muito espessa, com a criação de um forte efeito estufa, acabou desanimando a equipe. Há, ainda, a esperança de fazer novas descobertas mais "habitáveis".
"O TOI-270 é uma verdadeira Disneylândia para a ciência de exoplanetas e um dos principais sistemas já descobertos pelo Tess", diz Maximilian Günther, do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT.
AUTOR: G1
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Sistema 'TOI-2070'
O novo trio está no sistema que recebeu o nome "TOI-2070". Planetas b, c e d têm aproximadamente o mesmo tamanho e, de acordo com os astrônomos do estudo, podem ser um "elo perdido" na formação de planetas, já que têm características da Terra e de Netuno. Eles orbitam uma estrela com erupções frequentes e com tempestades como o Sol.
Inicialmente, a descoberta do TOI-270 pelos cientistas causou uma expectativa grande, já que os planetas estão em uma zona com temperatura habitável, com chance de suportar água.
A descoberta de uma atmosfera muito espessa, com a criação de um forte efeito estufa, acabou desanimando a equipe. Há, ainda, a esperança de fazer novas descobertas mais "habitáveis".
"O TOI-270 é uma verdadeira Disneylândia para a ciência de exoplanetas e um dos principais sistemas já descobertos pelo Tess", diz Maximilian Günther, do Instituto Kavli de Astrofísica e Pesquisa Espacial do MIT.
AUTOR: G1
sexta-feira, 28 de junho de 2019
A NASA ANUNCIOU NOVAS MISSÕES PARA PESQUISAR O SOL E ESTUDAR A LUA DE SATURNO
Ilustração da missão solar PUNCH da Nasa — Foto: Nasa
Essa semana a agência espacial norte americana (Nasa) decidiu que vai tirar do papel duas propostas para suas novas missões. Uma com objetivo de compreender melhor o Sol e a outra para estudar Titã.
A missão de estudo do Sol será relativamente barata, 150 milhões de dólares incluindo o preço do lançamento. Ela se constitui de quatro microssatélites que deverão orbitar a Terra a uma altitude de 500 km. Os quatro satélites estarão posicionados de tal maneira que o Sol será monitorado 24h por dia e, com a combinação das imagens de cada satélite, todo o disco solar será observado ao mesmo tempo.
Cada satélite irá carregar instrumentos específicos para medir a velocidade das partículas que o Sol emite, o vento solar, câmeras que enxergam a luz polarizada e a cora solar. Os microssatélites vão trabalhar em conjunto com a sonda Parker, a mais próxima a se aproximar do Sol e o orbitador solar da agência espacial europeia a ser lançado em 2020. Tudo isso irá fazer com que seja possível estudar e acompanhar o comportamento do Sol ao longo do seu ciclo com mapas em 3 dimensões, em lugar dos usuais mapas 2D.
E para que tudo isso?
Tudo isso visa melhorar a compreensão do Sol e melhorar as previsões de tempestades solares, por exemplo. Atividade solar intensa afeta satélites, comunicações e até mesmo a transmissão de energia elétrica na Terra. É de fundamental importância saber prever com antecedência tempestades que possam causar danos em nosso planeta.
A outra missão aprovada pela Nasa e anunciada na tarde de ontem chama-se Drangonfly, ou libélula em inglês, e tem um objetivo ambicioso: estudar Titã.
Ilustração mostra robô Dragonfly em aproximação da lua Titã — Foto: Nasa/JHU-APL
Titã é a maior lua do sistema de Saturno, é tão grande quanto um planeta e sua massa é suficiente para manter uma atmosfera densa. Sua atmosfera é composta majoritariamente por nitrogênio e um pouco de gás metano, além de frações minúsculas de hidrogênio e outros gases. Essa composição é muito parecida com o que se teoriza para a composição química da atmosfera terrestre no início do desenvolvimento da vida, quando ainda não havia oxigênio.
Além desse atrativo, a atmosfera densa faz com que seja possível manter o metano em forma líquida. Inclusive a sonda Cassini conseguiu imagens de lagos e mares de metano e, muito provavelmente, de etano também. O interessante disso é que há vários estudos mostrando que metano e etano líquidos são propícios para desenvolvimento de vida. Uma vida bem diferente da que estamos acostumados, que tem a água como meio de desenvolvimento.
Essas condições fazem de Titã um bom candidato a possuir vida, mas com uma temperatura da ordem de -175 graus Celsius não dá para esperar nenhuma estrutura complexa. As similaridades com o ambiente terrestre antigo e a existência de um meio aquoso, como os lagos de metano, fazem de Titã um alvo muito interessante para a astrobiologia.
Por isso a Nasa escolheu a missão Dragonfly em uma concorrência acirrada que se encerrou nesta quinta. A Drangonfly deve custar algo em torno de 1 bilhão de dólares, o valor de missões da classe Novas Fronteiras. Missões anteriores da mesma classe foram a New Horizons que visitou Júpiter a caminho de Plutão e a Osiris-REx que está atualmente em órbita do asteroide Bennu, mas que deve voltar à Terra com uma amostra dele.
A missão é muito interessante também do ponto de vista operacional, não apenas científico, pois a Dragonfly vai literalmente voar.
A sonda será na verdade um quadrucóptero, ou seja, um drone autônomo com 4 rotores. O drone irá chegar protegido por um escudo térmico, desacelerar por meio de paraquedas até ser lançado em sua atmosfera. É isso mesmo, o drone nem sequer chegará a pousar para começar sua missão. Voando desde a separação do módulo de entrada, o drone irá procurar um local propício para pouso.
A missão deve durar dois anos e meio, pelo menos, e deve cobrir centenas de quilômetros da superfície de Titã. Cada voo da Dragonfly terá autonomia de até 8 km. A ideia é decolar, procurar um local adequado e interessante cientificamente e pousar para estuda-lo. Não achou nada interessante? Volta para o ponto anterior e depois decola em outra direção.
A Dragonfly derrotou a missão CAESAR que propunha pousar no núcleo do cometa Churyumov-Gerasimenko, o mesmo visitado pela sonda Rosetta e o módulo de pouso Philae da agência espacial europeia ESA em 2014, para trazer uma amostra dele para estudos na Terra. Se tudo der certo, a Dragonfly deve ser lançada em 2026.
AUTOR: G1
Essa semana a agência espacial norte americana (Nasa) decidiu que vai tirar do papel duas propostas para suas novas missões. Uma com objetivo de compreender melhor o Sol e a outra para estudar Titã.
A missão de estudo do Sol será relativamente barata, 150 milhões de dólares incluindo o preço do lançamento. Ela se constitui de quatro microssatélites que deverão orbitar a Terra a uma altitude de 500 km. Os quatro satélites estarão posicionados de tal maneira que o Sol será monitorado 24h por dia e, com a combinação das imagens de cada satélite, todo o disco solar será observado ao mesmo tempo.
Cada satélite irá carregar instrumentos específicos para medir a velocidade das partículas que o Sol emite, o vento solar, câmeras que enxergam a luz polarizada e a cora solar. Os microssatélites vão trabalhar em conjunto com a sonda Parker, a mais próxima a se aproximar do Sol e o orbitador solar da agência espacial europeia a ser lançado em 2020. Tudo isso irá fazer com que seja possível estudar e acompanhar o comportamento do Sol ao longo do seu ciclo com mapas em 3 dimensões, em lugar dos usuais mapas 2D.
E para que tudo isso?
Tudo isso visa melhorar a compreensão do Sol e melhorar as previsões de tempestades solares, por exemplo. Atividade solar intensa afeta satélites, comunicações e até mesmo a transmissão de energia elétrica na Terra. É de fundamental importância saber prever com antecedência tempestades que possam causar danos em nosso planeta.
A outra missão aprovada pela Nasa e anunciada na tarde de ontem chama-se Drangonfly, ou libélula em inglês, e tem um objetivo ambicioso: estudar Titã.
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Titã é a maior lua do sistema de Saturno, é tão grande quanto um planeta e sua massa é suficiente para manter uma atmosfera densa. Sua atmosfera é composta majoritariamente por nitrogênio e um pouco de gás metano, além de frações minúsculas de hidrogênio e outros gases. Essa composição é muito parecida com o que se teoriza para a composição química da atmosfera terrestre no início do desenvolvimento da vida, quando ainda não havia oxigênio.
Além desse atrativo, a atmosfera densa faz com que seja possível manter o metano em forma líquida. Inclusive a sonda Cassini conseguiu imagens de lagos e mares de metano e, muito provavelmente, de etano também. O interessante disso é que há vários estudos mostrando que metano e etano líquidos são propícios para desenvolvimento de vida. Uma vida bem diferente da que estamos acostumados, que tem a água como meio de desenvolvimento.
Essas condições fazem de Titã um bom candidato a possuir vida, mas com uma temperatura da ordem de -175 graus Celsius não dá para esperar nenhuma estrutura complexa. As similaridades com o ambiente terrestre antigo e a existência de um meio aquoso, como os lagos de metano, fazem de Titã um alvo muito interessante para a astrobiologia.
Por isso a Nasa escolheu a missão Dragonfly em uma concorrência acirrada que se encerrou nesta quinta. A Drangonfly deve custar algo em torno de 1 bilhão de dólares, o valor de missões da classe Novas Fronteiras. Missões anteriores da mesma classe foram a New Horizons que visitou Júpiter a caminho de Plutão e a Osiris-REx que está atualmente em órbita do asteroide Bennu, mas que deve voltar à Terra com uma amostra dele.
A missão é muito interessante também do ponto de vista operacional, não apenas científico, pois a Dragonfly vai literalmente voar.
A sonda será na verdade um quadrucóptero, ou seja, um drone autônomo com 4 rotores. O drone irá chegar protegido por um escudo térmico, desacelerar por meio de paraquedas até ser lançado em sua atmosfera. É isso mesmo, o drone nem sequer chegará a pousar para começar sua missão. Voando desde a separação do módulo de entrada, o drone irá procurar um local propício para pouso.
A missão deve durar dois anos e meio, pelo menos, e deve cobrir centenas de quilômetros da superfície de Titã. Cada voo da Dragonfly terá autonomia de até 8 km. A ideia é decolar, procurar um local adequado e interessante cientificamente e pousar para estuda-lo. Não achou nada interessante? Volta para o ponto anterior e depois decola em outra direção.
A Dragonfly derrotou a missão CAESAR que propunha pousar no núcleo do cometa Churyumov-Gerasimenko, o mesmo visitado pela sonda Rosetta e o módulo de pouso Philae da agência espacial europeia ESA em 2014, para trazer uma amostra dele para estudos na Terra. Se tudo der certo, a Dragonfly deve ser lançada em 2026.
AUTOR: G1
quinta-feira, 26 de julho de 2018
SAIBA O QUE É A CANÍCULA E COMO ELA EXPLICA ESSA ONDA DE CALOR EXTREMO EM VÁRIAS PARTES DO MUNDO
Mais de 80 pessoas já morreram na Grécia em decorrência de incêndios florestais AFP
Incêndios fora de controle já deixaram mais de 80 mortos na Grécia, focos de incêndio se alastraram pela Suécia e o Círculo Polar Ártico, dezenas de mortes foram provocadas pelas altas temperaturas na Coreia do Sul e recordes de calor foram registrados na Califórnia, no Texas e na África.
De acordo com o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (GISS, na sigla em inglês), os episódios recentes são resultado de um dos meses de junho mais quentes da história - e a expectativa é que julho também registre temperaturas recorde.
É quando começa a canícula, época do ano em que o calor do verão se intensifica no hemisfério norte.
Mas esse período, que tradicionalmente se estende entre os meses de julho e agosto, tem sido particularmente escaldante neste ano.
No Canadá, as temperaturas superaram 30°C por mais de 20 dias. No Reino Unido, a onda de calor derreteu o teto do Centro de Ciências de Glasgow, na Escócia. E na Finlândia, as autoridades decretaram estado de emergência.
Incêndios fora de controle já deixaram mais de 80 mortos na Grécia, focos de incêndio se alastraram pela Suécia e o Círculo Polar Ártico, dezenas de mortes foram provocadas pelas altas temperaturas na Coreia do Sul e recordes de calor foram registrados na Califórnia, no Texas e na África.
De acordo com o Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa (GISS, na sigla em inglês), os episódios recentes são resultado de um dos meses de junho mais quentes da história - e a expectativa é que julho também registre temperaturas recorde.
É quando começa a canícula, época do ano em que o calor do verão se intensifica no hemisfério norte.
Mas esse período, que tradicionalmente se estende entre os meses de julho e agosto, tem sido particularmente escaldante neste ano.
No Canadá, as temperaturas superaram 30°C por mais de 20 dias. No Reino Unido, a onda de calor derreteu o teto do Centro de Ciências de Glasgow, na Escócia. E na Finlândia, as autoridades decretaram estado de emergência.
No Japão, onde já foram registradas mais de 60 mortes, o governo considera o calor um "desastre natural". Autoridades do México começaram a dar orientações à população sobre como enfrentar os dias de canícula.
Mas o que é esse fenômeno? E por que esse verão está tão forte no hemisfério norte?
Origem da canícula
O nome 'canícula' remete à Grécia Antiga.
Assim era chamada a época do ano em que a constelação Cão Maior alcançava uma posição central no céu, o que correspondia aos dias mais quentes do ano no hemisfério norte, conhecidos como "dias de cão", conforme explicou o astrônomo Larry Ciupik à National Geographic.
Mas o que é esse fenômeno? E por que esse verão está tão forte no hemisfério norte?
Origem da canícula
O nome 'canícula' remete à Grécia Antiga.
Assim era chamada a época do ano em que a constelação Cão Maior alcançava uma posição central no céu, o que correspondia aos dias mais quentes do ano no hemisfério norte, conhecidos como "dias de cão", conforme explicou o astrônomo Larry Ciupik à National Geographic.

A canícula tem esse nome por causa da constelação Cão Maior GETTY IMAGES
O fenômeno, que dura cerca de 40 dias até o fim de agosto, é caracterizado pela forte seca, porque é a época do ano em que a probabilidade de chuva diminui.
No entanto, embora as temperaturas aumentem historicamente nesse período, a situação deste mês de julho tem sido atípica, se comparada a anos anteriores.
A canícula de 2018 coincide com o que alguns especialistas chamam de "onda de calor global", cujos efeitos se espalharam por um grande número de países.
Múltiplas causas
Os especialistas afirmam que é difícil identificar a intensidade demonstrada pelo fenômeno neste ano, dada a complexidade dos sistemas climáticos planetários.
Para muitos, no entanto, o principal motivo é a interferência das ações humanas no clima da Terra.
"O que estamos vendo como uma anomalia é o que pode passar a acontecer com frequência daqui a 30 anos, como resultado da mudança climática", diz o meteorologista britânico Peter Stott à BBC.

Especialistas alertam que o que hoje é uma exceção pode se normalizar dentro de 30 anos AFP
Mas, embora quase nenhum especialista negue a influência da mudança climática, muitos também acreditam que o que está acontecendo agora é muito mais complexo, sendo resultado de uma combinação de fatores.
Segundo o meteorologista Tim Osborn, da universidade britânica de East Anglia, um deles é o enfraquecimento das correntes de jato - ventos que fluem do oeste para o leste e desempenham um papel fundamental na definição do clima na América do Norte e da Europa.
O especialista explica que essas correntes de ar ocorrem de sete a dez quilômetros acima da superfície da Terra e, quando se intensificam, dão origem a chuvas e tempestades.
Em contrapartida, quando enfraquecem, provocam tempo quente e seco.
"Como resultado, áreas de alta pressão atmosférica permanecem por um longo período no mesmo lugar e isso gera uma alta concentração de calor", diz Osborn.

Em muitos países da Europa, os chafarizes são um convite para se refrescar AFP
Segundo a Nasa, agência espacial americana, as correntes de jato podem estar sendo influenciadas pelas temperaturas no Atlântico Norte, que nos últimos tempos têm sido relativamente quentes nos subtrópicos e mais frias no sul da Groenlândia.
Trata-se de um fenômeno chamado de oscilação multidecadal do Atlântico (AMO, na sigla em inglês). Ele é responsável pela variação da temperatura do oceano em um intervalo de 70 anos, ao longo do qual é registrada uma temperatura máxima e mínima da superfície do mar.
Apesar da combinação de fatores, Osborn reitera que a questão da mudança climática não deve ser ignorada, quando consideradas as causas por trás dessa situação.
"Na Europa, já tivemos situações como essa algumas vezes a cada século. Agora, isso acontece algumas vezes a cada década. E não há dúvida de que a mudança climática está aumentando a probabilidade de ondas de calor", conclui.
AUTOR: BBC
sábado, 9 de dezembro de 2017
MARS 2020: O ROBÔ QUE É A APOSTA DA NASA PARA DESCOBRIR VIDA EM MARTE
Sonda do tamanho de um carro está sendo desenvolvida em um laboratório na Califórnia (Foto: Nasa)
Existe vida fora da Terra?
A Nasa, agência espacial americana, se prepara para lançar, em menos de três anos, uma sonda que vai vasculhar a superfície de Marte, coletando rochas para responder uma pergunta que povoa a imaginação da humanidade há muitas gerações.
"O que vamos aprender com as amostras coletadas durante a missão tem o potencial de responder se estamos sozinhos no universo", afirmou o cientista Ken Farley, em um comunicado recente da Nasa.
O robô Mars 2020 é peça central dessa empreitada. Do tamanho de um carro do tipo caminhonete, ele está sendo desenvolvido em um laboratório em Pasadena, na Califórnia.
Tem "corpo" bojudo, "pernas" finas e "pescoço" comprido, sobre o qual se eleva uma "cabeça" com um "olho" só.
Broca extrairá amostras do núcleo de rochas do tamanho de um bastão de giz (Foto: Nasa)
O tamanho se deve à necessidade de cruzar terrenos acidentados e transportar consigo um grande arsenal de equipamentos. Batizada temporariamente com o mesmo nome do projeto, a sonda Mars 2020 é muito parecida com outra que percorre o Planeta Vermelho desde 2012, a Curiosity.
Segundo a Nasa, cerca de 85% do seu hardware foi "herdado".
"Essa é uma grande vantagem para essa missão", afirma Jim Watzin, diretor do programa de exploração de Marte da Nasa.
"Economiza dinheiro, tempo, e, acima de tudo, reduz os riscos."
Novas tecnologias
Baseado na sonda Curiosity, novo robô terá melhorias, como um laser capaz de vaporizar rochas (Foto: Nasa)
Existe vida fora da Terra?
A Nasa, agência espacial americana, se prepara para lançar, em menos de três anos, uma sonda que vai vasculhar a superfície de Marte, coletando rochas para responder uma pergunta que povoa a imaginação da humanidade há muitas gerações.
"O que vamos aprender com as amostras coletadas durante a missão tem o potencial de responder se estamos sozinhos no universo", afirmou o cientista Ken Farley, em um comunicado recente da Nasa.
O robô Mars 2020 é peça central dessa empreitada. Do tamanho de um carro do tipo caminhonete, ele está sendo desenvolvido em um laboratório em Pasadena, na Califórnia.
Tem "corpo" bojudo, "pernas" finas e "pescoço" comprido, sobre o qual se eleva uma "cabeça" com um "olho" só.
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O tamanho se deve à necessidade de cruzar terrenos acidentados e transportar consigo um grande arsenal de equipamentos. Batizada temporariamente com o mesmo nome do projeto, a sonda Mars 2020 é muito parecida com outra que percorre o Planeta Vermelho desde 2012, a Curiosity.
Segundo a Nasa, cerca de 85% do seu hardware foi "herdado".
"Essa é uma grande vantagem para essa missão", afirma Jim Watzin, diretor do programa de exploração de Marte da Nasa.
"Economiza dinheiro, tempo, e, acima de tudo, reduz os riscos."
Novas tecnologias
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Mas o novo robô terá uma série de melhorias quando for lançado em 2020, como rodas mais resistentes, câmeras coloridas, lentes com zoom, um sistema de navegação mais preciso, maior autonomia e um laser capaz de vaporizar as rochas e o solo para identificar sua composição química.
Também contará com novos instrumentos, como um tipo especial de raio-X e um laser ultravioleta, que vão buscar bioassinaturas – características semelhantes às da Terra – em escala microscópica e em áreas tão pequenas quanto a de um grão de sal.
Ao mesmo tempo, um radar capaz de penetrar a superfície será o primeiro instrumento a analisar o subsolo de Marte, mapeando camadas de rocha, água e gelo a até dez metros de profundidade.
A sonda terá ainda uma broca para extrair amostras do núcleo de rochas do tamanho de um bastão de giz. Cerca de 35 amostras serão encapsuladas, vedadas e depositadas na superfície do planeta para que sejam resgatadas por outra missão no futuro.
"Reuniremos dados científicos de uma forma que não era possível antes", disse George Tahu, que integra a equipe da missão da Nasa.
Pouso mais preciso
Nova tecnologia direcionará sonda para áreas mais seguras e de maior interesse para cientistas (Foto: Nasa)
Além disso, está sendo criada uma tecnologia mais eficiente de aterrissagem, que fará correções no curso da descida da sonda para direcioná-la a áreas mais seguras e de maior interesse para os cientistas, minimizando a chance de erros e as distâncias a serem percorridas.
"Isso permitirá chegar a locais que eram muito arriscados para a Curiosity explorar", explica Al Chen, líder da equipe que desenvolve esse atributo da nova sonda.
Nos próximos anos, a equipe vai avaliar as vantagens e desvantagens de cada local de aterrissagem para determinar onde o Mars 2020 pousará.
"Essa é a decisão mais importante que temos pela frente", avalia Farley.
A missão pode finalmente trazer uma resposta para um trabalho que começou há duas décadas, quando a primeira sonda da Nasa pousou em Marte.
Se tudo correr conforme o planejado, a investigação obterá indícios inéditos sobre a existência ou não de vida nos primórdios do Planeta Vermelho, que hoje é inóspito.
Cientistas acreditam já ter existido uma atmosfera relativamente densa em Marte, com lagos e rios, há mais de 3,5 bilhões de anos.
AUTOR: BBC
Também contará com novos instrumentos, como um tipo especial de raio-X e um laser ultravioleta, que vão buscar bioassinaturas – características semelhantes às da Terra – em escala microscópica e em áreas tão pequenas quanto a de um grão de sal.
Ao mesmo tempo, um radar capaz de penetrar a superfície será o primeiro instrumento a analisar o subsolo de Marte, mapeando camadas de rocha, água e gelo a até dez metros de profundidade.
A sonda terá ainda uma broca para extrair amostras do núcleo de rochas do tamanho de um bastão de giz. Cerca de 35 amostras serão encapsuladas, vedadas e depositadas na superfície do planeta para que sejam resgatadas por outra missão no futuro.
"Reuniremos dados científicos de uma forma que não era possível antes", disse George Tahu, que integra a equipe da missão da Nasa.
Pouso mais preciso
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Além disso, está sendo criada uma tecnologia mais eficiente de aterrissagem, que fará correções no curso da descida da sonda para direcioná-la a áreas mais seguras e de maior interesse para os cientistas, minimizando a chance de erros e as distâncias a serem percorridas.
"Isso permitirá chegar a locais que eram muito arriscados para a Curiosity explorar", explica Al Chen, líder da equipe que desenvolve esse atributo da nova sonda.
Nos próximos anos, a equipe vai avaliar as vantagens e desvantagens de cada local de aterrissagem para determinar onde o Mars 2020 pousará.
"Essa é a decisão mais importante que temos pela frente", avalia Farley.
A missão pode finalmente trazer uma resposta para um trabalho que começou há duas décadas, quando a primeira sonda da Nasa pousou em Marte.
Se tudo correr conforme o planejado, a investigação obterá indícios inéditos sobre a existência ou não de vida nos primórdios do Planeta Vermelho, que hoje é inóspito.
Cientistas acreditam já ter existido uma atmosfera relativamente densa em Marte, com lagos e rios, há mais de 3,5 bilhões de anos.
AUTOR: BBC
sexta-feira, 1 de dezembro de 2017
NASA DIVULGA IMAGENS DO PÔR DO SOL EM MARTE
Registro do pôr do sol em Marte foi feito pela sonda Curiosity (Foto: Divulgação Nasa)
Um pôr do sol costuma ser bonito em qualquer lugar do mundo. Mas esse registro feito pela Nasa é realmente difícil de bater. Com a sonda Curiosity, a agência espacial americana conseguiu fazer imagens impressionantes desse fenômeno em Marte.
A imagem mostra o sol se escondendo em uma área mais alta na superfície do planeta vermelho e foi descoberta pelo usuário da rede social Reddit, Pluto_and_Charon.
Um porta-voz da Nasa explicou ao site IFLScience que ela foi tirada no entardecer de Marte na direção oeste-noroeste. A qualidade da imagem não foi por acaso - a agência espacial confirma que ela foi planejada em detalhes.
Algo interessante de notar na imagem é que o pôr do sol em Marte é o oposto ao da Terra. Por aqui, o céu durante o dia é azul e ao anoitecer fica vermelho, conforme a luz do sol vai passando pela atmosfera e reflete mais o final vermelho do espectro do astro.
Já em Marte, acontece o oposto. O céu durante o dia é vermelho e durante a noite é azul. Isso acontece porque a poeira é responsável por refletir a luz por lá, ao contrário do nosso planeta, onde a luz do sol é refletida nos gases da atmosfera.
A sonda Curiosity conseguiu tirar essa foto com um dispositivo Mastcam (instrumento de imagem estereoscópica multiespectral) que fica do lado esquerdo dela. Essa é uma das quatro câmeras na sonda, que costuma fazer imagens da superfície de Marte e de outros objetos espaciais de interesse científico.
Em alguns casos, porém, as fotos divulgadas acabam despertando grande interesse público - como é o caso dessa.
A sonda Curiosity está em Marte desde agosto de 2012 e, desde então, vem trazendo informações sobre o planeta vermelho para a Nasa.
Um pôr do sol costuma ser bonito em qualquer lugar do mundo. Mas esse registro feito pela Nasa é realmente difícil de bater. Com a sonda Curiosity, a agência espacial americana conseguiu fazer imagens impressionantes desse fenômeno em Marte.
A imagem mostra o sol se escondendo em uma área mais alta na superfície do planeta vermelho e foi descoberta pelo usuário da rede social Reddit, Pluto_and_Charon.
Um porta-voz da Nasa explicou ao site IFLScience que ela foi tirada no entardecer de Marte na direção oeste-noroeste. A qualidade da imagem não foi por acaso - a agência espacial confirma que ela foi planejada em detalhes.
Algo interessante de notar na imagem é que o pôr do sol em Marte é o oposto ao da Terra. Por aqui, o céu durante o dia é azul e ao anoitecer fica vermelho, conforme a luz do sol vai passando pela atmosfera e reflete mais o final vermelho do espectro do astro.
Já em Marte, acontece o oposto. O céu durante o dia é vermelho e durante a noite é azul. Isso acontece porque a poeira é responsável por refletir a luz por lá, ao contrário do nosso planeta, onde a luz do sol é refletida nos gases da atmosfera.
A sonda Curiosity conseguiu tirar essa foto com um dispositivo Mastcam (instrumento de imagem estereoscópica multiespectral) que fica do lado esquerdo dela. Essa é uma das quatro câmeras na sonda, que costuma fazer imagens da superfície de Marte e de outros objetos espaciais de interesse científico.
Em alguns casos, porém, as fotos divulgadas acabam despertando grande interesse público - como é o caso dessa.
A sonda Curiosity está em Marte desde agosto de 2012 e, desde então, vem trazendo informações sobre o planeta vermelho para a Nasa.

Céu em Marte é vermelho durante o dia e azul à noite Image caption
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
ASTEROIDE DE 5 km VAI PASSAR 'RASPANDO' NA TERRA, ANTES DO NATAL
O asteroide pode estar se desfazendo, o que explicaria o fato de ele dar origem às chuvas de meteoros |imagem artística: Nasa - JPL-Caltech
Uma rocha espacial de cerca de 5km de extensão passará "de raspão" na Terra, de acordo com as proporções espaciais.
O asteroide 3200 Phaeton deve ficar a cerca de 10 milhões de quilômetros do nosso planeta em 16 de dezembro. Pode parecer grande, mas é apenas 26 vezes a distância do nosso planeta para a Lua.
A extensão do objeto é o equivalente a quase duas vezes o tamanho da avenida Paulista, no centro de São Paulo. Equivale também à distância do estádio Mané Garrincha ao Congresso Nacional, em Brasília (DF).
Segundo a Nasa (agência espacial dos EUA), não há motivo para pânico, porém: é extremamente improvável que haja qualquer dano ao nosso planeta com a passagem do Phaeton.
Ainda segundo a Nasa, a passagem do Phaeton permitirá observações bastante precisas a partir dos observatórios de Arecibo (em Porto Rico) e Goldstone (na Califórnia). "As imagens serão excelentes para obter um modelo 3D detalhado" do objeto espacial, disse a agência espacial em comunicado.
A inspiração do nome Phaeton vem da mitologia grega. Para os gregos antigos, o deus Hélio (que representava o Sol) não andava a pé: a divindade atravessava o céu do nascente ao poente em uma carruagem, puxada por quatro cavalos. Até que um filho de Hélio, Faeton, pegou o veículo emprestado para "dar um rolê". Ele acaba perdendo o controle dos animais e quase põe fogo na Terra. Para evitar o desastre, Zeus precisa destruir a carruagem com um raio, e acaba matando Fáeton no caminho.
Uma rocha espacial de cerca de 5km de extensão passará "de raspão" na Terra, de acordo com as proporções espaciais.
O asteroide 3200 Phaeton deve ficar a cerca de 10 milhões de quilômetros do nosso planeta em 16 de dezembro. Pode parecer grande, mas é apenas 26 vezes a distância do nosso planeta para a Lua.
A extensão do objeto é o equivalente a quase duas vezes o tamanho da avenida Paulista, no centro de São Paulo. Equivale também à distância do estádio Mané Garrincha ao Congresso Nacional, em Brasília (DF).
Segundo a Nasa (agência espacial dos EUA), não há motivo para pânico, porém: é extremamente improvável que haja qualquer dano ao nosso planeta com a passagem do Phaeton.

Um radiotelescópio, do tipo que será usado para coletar informações sobre o Phaeton
Ainda segundo a Nasa, a passagem do Phaeton permitirá observações bastante precisas a partir dos observatórios de Arecibo (em Porto Rico) e Goldstone (na Califórnia). "As imagens serão excelentes para obter um modelo 3D detalhado" do objeto espacial, disse a agência espacial em comunicado.
A inspiração do nome Phaeton vem da mitologia grega. Para os gregos antigos, o deus Hélio (que representava o Sol) não andava a pé: a divindade atravessava o céu do nascente ao poente em uma carruagem, puxada por quatro cavalos. Até que um filho de Hélio, Faeton, pegou o veículo emprestado para "dar um rolê". Ele acaba perdendo o controle dos animais e quase põe fogo na Terra. Para evitar o desastre, Zeus precisa destruir a carruagem com um raio, e acaba matando Fáeton no caminho.
Asteroide ou cometa?
Os cientistas acreditam que o Phaeton seja o responsável pelas chuvas de meteoros das Geminíadas, observadas todos os anos nos dias 13 e 14 de dezembro. É que a órbita do Phaeton é muito similar às dos meteoros das Geminíadas.
Só que chuvas de meteoros geralmente são causadas por cometas - que têm uma "cauda" ou "rabo" formado por estilhaços e gelo, o que não é o caso do Phaeton. A hipótese é de que Phaeton esteja literalmente "quebrando" aos poucos, o que faz com que ele apresente atividade típica dos cometas em algumas ocasiões. Esta é mais uma questão a ser estudada agora em dezembro.
Próxima aproximação: 2050
A aparição de 2017 será a mais próxima da Terra desde a descoberta do asteroide, em 1983, diz a Nasa. É possível, assim, que o objeto fique visível até mesmo para observadores armados apenas de telescópios pequenos. Para isso, porém, é preciso que a pessoa tenha experiência nesse tipo de observação e esteja em um local escuro o suficiente (como na zona rural).

O Cinturão de Kuiper, para onde está indo a sonda New Horizons, é a origem de muitos cometas | imagem artítisca: NASA
A última passagem próxima do asteroide ocorreu em 2007.
De acordo com os cálculos da Nasa, o Phaeton só voltará a se aproximar tanto da Terra em 2050. E, em 14 de dezembro de 2093, ele passará a apenas 1,9 milhão de quilômetros do nosso planeta (o que não significa que seremos atingidos, segundo a Nasa).
Por causa da sua trajetória, o asteroide é classificado como o terceiro maior Asteroide Possivelmente Danoso (PHA, na sigla em inglês) identificado. Os outros dois são o 53319 1999 JM8 (cerca de 7 km de extensão) e o 4183 Cuno (cerca de 5,6 km).
AUTOR: BBC
sábado, 25 de novembro de 2017
NASA PREVÊ IMPACTO DE DERRETIMENTO DE GELEIRAS EM 3 CIDADES BRASILEIRAS
Belém, Recife e Rio estão entre as cidades analisadas GETTY IMAGES
O derretimento acelerado de algumas das maiores geleiras do planeta - do Ártico à Antártida - aflige cientistas em todo o mundo há alguns anos. Afinal, a previsão é que o aquecimento global continue desintegrando as grandes massas de gelo do mundo, o que deve elevar o nível dos oceanos e transformar a Terra.
Mas antes que as consequências disso sejam sentidas globalmente, algumas cidades estarão na linha de frente das mudanças. Será que a sua precisa se preocupar?
Uma nova ferramenta desenvolvida por engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo - entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém - serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo.
"A maioria dos modelos existentes é feita de um ponto de vista de alguém que está em cima do gelo, tentando entender como seu derretimento vai impactar o nível do mar em outro lugar do mundo", explicou à BBC Brasil o físico e engenheiro mecânico Eric Larour, líder do projeto.
"Mas resolvemos pensar do ponto de vista de alguém que está numa cidade costeira, tentando entender como as áreas geladas ao redor do mundo podem mudar o aumento do nível do mar ali. Por isso tivemos que usar computação reversa."
O derretimento acelerado de algumas das maiores geleiras do planeta - do Ártico à Antártida - aflige cientistas em todo o mundo há alguns anos. Afinal, a previsão é que o aquecimento global continue desintegrando as grandes massas de gelo do mundo, o que deve elevar o nível dos oceanos e transformar a Terra.
Mas antes que as consequências disso sejam sentidas globalmente, algumas cidades estarão na linha de frente das mudanças. Será que a sua precisa se preocupar?
Uma nova ferramenta desenvolvida por engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa tenta prever como 293 cidades portuárias do mundo - entre elas Rio de Janeiro, Recife e Belém - serão afetadas pelo derretimento de porções diferentes de todas as massas de gelo no mundo.
"A maioria dos modelos existentes é feita de um ponto de vista de alguém que está em cima do gelo, tentando entender como seu derretimento vai impactar o nível do mar em outro lugar do mundo", explicou à BBC Brasil o físico e engenheiro mecânico Eric Larour, líder do projeto.
"Mas resolvemos pensar do ponto de vista de alguém que está numa cidade costeira, tentando entender como as áreas geladas ao redor do mundo podem mudar o aumento do nível do mar ali. Por isso tivemos que usar computação reversa."

Pesquisadores da Nasa descobriram que quanto mais distante uma cidade está de uma massa de gelo, mais ela pode ser afetada por seu derretimento | Foto: Google Earth
O estudo reafirmou o que os cientistas vêm dizendo há algum tempo - que o aumento do nível dos oceanos não será exatamente igual em todo o mundo.
Mas trouxe também uma informação surpreendente: não é o derretimento da geleira mais próxima de uma cidade que pode oferecer problemas - é justamente a mais distante.
"Quanto mais longe você está de uma massa de gelo, mais tem que se preocupar com ela. Mas as pessoas acham que é o contrário disso", diz Larour.
"Isso tem consequências muito grandes para o planejamento das estratégias das cidades."

Como o Rio de Janeiro será afetado pelo derretimento do gelo em cada região da Antártida; azul significa que a cidade é pouco sensível ao colapso desse trecho | Foto: JPL Nasa

Como o derretimento na Antártida afeta Recife - mais vermelho significa que a cidade é mais sensível à dissolução do gelo dessa região | Foto: JPL Nasa

Belém, apesar de estar mais longe da Antártida, é sensível ao derretimento em todo o continente gelado | Foto: JPL Nasa
Como o Brasil seria afetado?
As imagens geradas pelo novo modelo, que se chama mapeamento de impressões digitais em gradiente, mostram o nível sensibilidade das cidades brasileiras ao derretimento que ocorre na Antártida, na Groenlândia e em outras 13 massas de gelo - a maiores do mundo, que incluem o Estado americano do Alaska e a cordilheira dos Andes.
Quanto mais vermelha a área do mapa, mais sensível é a cidade ao derretimento naquela parte da massa de gelo. Quanto mais azul, menos impactada ela será.
No caso da Groenlândia, por exemplo, as três cidades brasileiras serão afetadas pela desintegração de qualquer parte do gelo - principalmente Rio e Recife (veja as imagens abaixo).
Já no caso da Antártida, o Rio, mesmo estando no Sudeste, é pouco afetado pelo derretimento na parte do continente que fica mais próxima da América do Sul - justamente o local que os cientistas dizem estar entrando em colapso mais rapidamente.
A maior preocupação para as cidades brasileiras deve ser justamente a parte da Antártida que fica mais próxima da Austrália e da Nova Zelândia. Essa sim pode causar um aumento no nível do mar nelas.
Larour diz, no entanto, que essa região não parece estar sob risco de derretimento no momento.
"A mensagem é que todos devemos nos importar com as massas de gelo, mesmo as que estão mais distante de nós. Aliás, especialmente as que estão mais distantes", afirma.
Usando imagens do satélite Grace, da Nasa, os engenheiros conseguiram mostrar também quanto as massas de gelo no mundo contribuem para cada milímetro de aumento no nível do mar nas cidades. Veja como a ferramenta funciona aqui.
Segundo os dados do Grace, o mar do Rio de Janeiro aumentou aproximadamente 3,03 mm por ano até 2015, por exemplo. O novo modelo consegue mostrar que 30% desse aumento vem do derretimento da neve da Groenlândia.
Em Recife, por sua vez, esse percentual é um pouco menor, e em Belém, menor ainda - mesmo que a capital do Pará esteja, a rigor, mais perto da Groenlândia.
As imagens geradas pelo novo modelo, que se chama mapeamento de impressões digitais em gradiente, mostram o nível sensibilidade das cidades brasileiras ao derretimento que ocorre na Antártida, na Groenlândia e em outras 13 massas de gelo - a maiores do mundo, que incluem o Estado americano do Alaska e a cordilheira dos Andes.
Quanto mais vermelha a área do mapa, mais sensível é a cidade ao derretimento naquela parte da massa de gelo. Quanto mais azul, menos impactada ela será.
No caso da Groenlândia, por exemplo, as três cidades brasileiras serão afetadas pela desintegração de qualquer parte do gelo - principalmente Rio e Recife (veja as imagens abaixo).
Já no caso da Antártida, o Rio, mesmo estando no Sudeste, é pouco afetado pelo derretimento na parte do continente que fica mais próxima da América do Sul - justamente o local que os cientistas dizem estar entrando em colapso mais rapidamente.
A maior preocupação para as cidades brasileiras deve ser justamente a parte da Antártida que fica mais próxima da Austrália e da Nova Zelândia. Essa sim pode causar um aumento no nível do mar nelas.
Larour diz, no entanto, que essa região não parece estar sob risco de derretimento no momento.
"A mensagem é que todos devemos nos importar com as massas de gelo, mesmo as que estão mais distante de nós. Aliás, especialmente as que estão mais distantes", afirma.
Usando imagens do satélite Grace, da Nasa, os engenheiros conseguiram mostrar também quanto as massas de gelo no mundo contribuem para cada milímetro de aumento no nível do mar nas cidades. Veja como a ferramenta funciona aqui.
Segundo os dados do Grace, o mar do Rio de Janeiro aumentou aproximadamente 3,03 mm por ano até 2015, por exemplo. O novo modelo consegue mostrar que 30% desse aumento vem do derretimento da neve da Groenlândia.
Em Recife, por sua vez, esse percentual é um pouco menor, e em Belém, menor ainda - mesmo que a capital do Pará esteja, a rigor, mais perto da Groenlândia.

Se derretesse de uma vez e por completo, a Groenlândia aumentaria em mais de 6 metros o nível do mar no mundo, mas a água se distribui de formas diferentes | Foto: Google Earth
Por que isso acontece?
O derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, por exemplo, poderia aumentar os níveis do mar em 6,09 metros, de maneira geral, caso se liquefizesse por completo e de uma só vez. Mas as regiões da ilha estão derretendo em ritmos diferentes.
Eric Larour explicou à BBC Brasil que há três processos-chave que influem no padrão de mudanças do nível do mar no mundo. O primeiro deles é a gravidade. "Do mesmo jeito que corpos celestes como a Lua e o Sol se atraem, o oceano e o gelo se atraem, porque são massas enormes de água", explica.
"As massas de gelo são tão pesadas que, quando derretem, a gravidade em torno delas se modifica. Por isso, o oceano se afasta, seu nível decresce. O derretimento cria uma espécie de declive no oceano por muitos quilômetros."
Nessa perspectiva, é mais seguro, por exemplo, viver perto de uma grande geleira que esteja derretendo do que mais longe.
O modelo dos cientistas mostra, por exemplo, que cidades como Oslo, na Noruega, e Reykjavík, na Islândia, que estão mais próximas da Groenlândia, terão uma diminuição no nível do mar com o derretimento do gelo, não um aumento.
Além disso, o solo por baixo de uma geleira se comporta, segundo Larour, como um colchão, que se expande depois que seu dono se levanta dele pela manhã.
"O leito de rocha é comprimido pelo gelo, que é bastante pesado. Quando o gelo derrete, ele volta a se expandir verticalmente, ou seja, cresce lentamente. Se você está diante de uma praia, por exemplo, o solo 'sobe' e o mar recua", diz.
O derretimento da cobertura de gelo da Groenlândia, por exemplo, poderia aumentar os níveis do mar em 6,09 metros, de maneira geral, caso se liquefizesse por completo e de uma só vez. Mas as regiões da ilha estão derretendo em ritmos diferentes.
Eric Larour explicou à BBC Brasil que há três processos-chave que influem no padrão de mudanças do nível do mar no mundo. O primeiro deles é a gravidade. "Do mesmo jeito que corpos celestes como a Lua e o Sol se atraem, o oceano e o gelo se atraem, porque são massas enormes de água", explica.
"As massas de gelo são tão pesadas que, quando derretem, a gravidade em torno delas se modifica. Por isso, o oceano se afasta, seu nível decresce. O derretimento cria uma espécie de declive no oceano por muitos quilômetros."
Nessa perspectiva, é mais seguro, por exemplo, viver perto de uma grande geleira que esteja derretendo do que mais longe.
O modelo dos cientistas mostra, por exemplo, que cidades como Oslo, na Noruega, e Reykjavík, na Islândia, que estão mais próximas da Groenlândia, terão uma diminuição no nível do mar com o derretimento do gelo, não um aumento.
Além disso, o solo por baixo de uma geleira se comporta, segundo Larour, como um colchão, que se expande depois que seu dono se levanta dele pela manhã.
"O leito de rocha é comprimido pelo gelo, que é bastante pesado. Quando o gelo derrete, ele volta a se expandir verticalmente, ou seja, cresce lentamente. Se você está diante de uma praia, por exemplo, o solo 'sobe' e o mar recua", diz.

Apesar de estar no norte do Brasil, Belém é menos afetada pelo derretimento na Groenlândia do que Recife e Rio | Foto: JPL Nasa

Recife será apenas um pouco menos afetada pelo derretimento da Groenlândia do que o Rio de Janeiro | Foto: JPL Nasa

O nível do mar no Rio seria fortemente modificado pela dissolução das geleiras na Groenlândia | Foto: JPL Nasa
O último fator de mudança é a rotação do planeta. O engenheiro compara o planeta Terra a um pião girando em torno de seu eixo. "Assim como a Terra, o pião não só gira, mas ele também bamboleia, não faz uma rotação perfeita", diz.
"Com o gelo de uma parte da Terra está derretendo, a oscilação do planeta também muda (porque a massa em sua superfície fica distribuída de forma diferente). Isso também redistribui a água dos oceanos."
A novidade do modelo criado pela equipe de Larour é incorporar todos esses elementos no modelo de previsão, para ter mais detalhes sobre como essa redistribuição acontece.
"Outros estudos já haviam mostrado a atuação desses três fatores, mas agora podemos calcular a sensibilidade exata - numa cidade específica - do nível do mar em relação a cada massa de gelo do mundo."
O objetivo principal, diz ele, é ajudar no planejamento das principais cidades do mundo para os próximos cem anos - sabendo quais geleiras apresentam mais risco e em que velocidade elas estão derretendo, governos podem pensar em como diminuir efeitos do aumento do nível do mar.
Larour ressalta que quase todo o gelo da Terra está em algum estado de derretimento. "Algumas áreas específicas estão aumentando, mas são poucas, e também há poucas que estão no meio do caminho. A maioria está derretendo ou quebrando, liberando mais icebergs no oceano."
AUTOR: BBC
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