Por mais que você nunca tenha lido a bíblia, com certeza já ouviu falar do “número da besta“. Há muito tempo as pessoas usam o número “666” como um número maligno, e existem muitas teorias a respeito, inclusive, muitas delas vivem aterrorizando muita gente por aí.
Bom, mas será que isso está mesmo certo? A “besta” teria mesmo um número? Seria mesmo 666?
Para quem não conhece muito bem a história, ela pode ser encontrada no último livro da bíblia, o Apocalipse.
Escrito por João, um dos discípulos de Jesus, o livro final relata uma série de horrorosos acontecimentos que supostamente, assolarão a humanidade, decretando o fim do mundo.
Segundo os escritos, 4 cavaleiros chegarão à Terra trazendo guerras, fome, mortes e destruição.
Depois de muitos horrores, chegam também duas bestas, que passam a oferecer às pessoas marcas nas mãos ou na face, que serão usadas para que possam comprar e vender.
Sem as tais marcas, nada disso poderia ser feito. É exatamente nesse momento que o famoso número aparece: Seiscentos e sessenta e seis.
Bom, acontece que no ano de 2005 foi feita uma revisão em alguns escritos do livro sagrado, e descobriram que esse número não é o que verdadeiramente marca a besta.
Um antigo fragmento do Novo Testamento foi descoberto e indica que essa informação está errada. A descoberta foi feita em um antigo local egípcio, e junto a esse fragmento, foram encontrados também outros papéis muito antigos, no qual a maioria era ilegível, mas tudo indica que também fazem parte do Novo Testamento.
A história realmente impressiona. Imagine só, estamos acostumados desde sempre a escutar em letras de música, ou em sermões na igreja, ver em filmes, séries, ou em qualquer outra história que seja sobre esse número, e apenas agora a verdade é descoberta.
Curioso para saber qual é o número verdadeiro? Pois bem, tudo indica que seja 616. Exatamente! Esse númerozinho bem menos intimidador aí.
De acordo com David Parker, que é professor na Universidade de Birmingham, na Inglaterra, de crítica textual e paleontologia do Novo Testamento “Este é um exemplo de gematria, onde os números são baseados nos valores numéricos das letras nos nomes das pessoas.
Os primeiros cristãos usariam números para esconder a identidade das pessoas a quem estavam atacando: 616 refere-se ao Imperador Calígula“.
Bom, a crítica textual do Novo Testamento vive em busca de respostas. Ao contrário do que muitos pensam, temos pouquíssimos dos escritos originais, o que dá chances à dúvidas sobre o que realmente está escrito na forma como podemos ler hoje em dia, sem contar que muitos dos manuscritos que se tem conhecimento, ainda não puderam ser traduzidos.