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domingo, 26 de janeiro de 2020

SAIBA COMO O CAMPO DE EXTERMÍNIO EM AUSCHWITZ SE TORNOU O CENTRO DO HOLOCAUSTO NAZISTA

Tropas soviéticas libertaram Auschwitz em janeiro de 1945 — Foto: Getty Images/BBC

Em 27 de janeiro de 1945, tropas soviéticas entraram cautelosamente em Auschwitz.

Primo Levi, um dos mais famosos sobreviventes, estava deitado em uma tenda médica com escarlatina quando os libertadores chegaram ao campo de extermínio nazista, na Polônia.

Soldados lançavam "olhares estranhamente desconcertados aos corpos espalhados, às cabanas surradas e aos poucos de nós ainda vivos", escreveria mais tarde Levi, judeu italiano que relatou o período em que passou ali em É Isto Um Homem? (1947).

"Eles não nos cumprimentaram ou mesmo sorriram. Pareciam oprimidos não apenas pela compaixão, mas pelo... sentimento de culpa de que tal crime pudesse existir."

"Nós vimos pessoas magras, torturadas, exaustas", descreveu o soldado soviético Ivan Martynushkin sobre a libertação do campo de extermínio. "Podíamos ver por seus olhares que estavam felizes de serem salvos daquele inferno."

Em menos de quatro anos, a Alemanha nazista matou ao menos 1,1 milhão de pessoas em Auschwitz. Quase 1 milhão eram judeus.

Aqueles deportados ao complexo foram mortos em câmaras de gás, trabalharam até a morte ou foram assassinados em experimentos médicos. A vasta maioria morreu no campo de extermínio Auschwitz-Birkenau.

Seis milhões de judeus foram mortos no Holocausto, a campanha nazista para erradicar a população judaica na Europa, e Auschwitz está no centro do genocídio.

O que foi o Holocausto?

Quando os nazistas chegaram ao poder em 1933, eles começaram a arrancar propriedades, direitos e liberdades do povo judeu. Depois da invasão alemã à Polônia em 1939, os nazistas começaram a deportar judeus da Alemanha e da Áustria para a Polônia, onde criaram guetos para separá-los do resto da população.

Em 1941, durante a invasão alemã na União Soviética, os nazistas começaram de fato a campanha de extermínio. Eles falavam da invasão como uma guerra racial entre os povos germânico e judeu, como a que ocorreu entre os povos eslavos e Roma.

Grupos de soldados alemães chamados de Einsatzgruppen foram destacados para massacrar civis em territórios conquistados no Leste Europeu. Até o fim de 1941, eles haviam matado 500 mil pessoas. Quatro anos depois, o total de assassinados chegou a 2 milhões de pessoas, sendo 1,3 milhão de judeus.

Dentro das linhas de combate, os comandantes nazistas testavam maneiras de matar em massa. Eles temiam que o fuzilamento de pessoas fosse muito estressante para seus soldados, e então passaram a desenvolver maneiras mais eficientes de assassinato.

Furgões experimentais de gás foram usados para matar pessoas com deficiência intelectual na Polônia no início de 1939. Fumaças venenosas eram lançadas em compartimentos fechados para matar quem estava dentro. No inverno de 1941, os nazistas construíram câmaras de gás em Auschwitz.

Em janeiro de 1942, líderes nazistas se encontraram para coordenar a matança em escala industrial. Ao fim da Conferência de Wansee, como ficou conhecida a reunião, eles acertaram qual seria a "solução final para a questão do povo judeu": matar a população judaica inteira na Europa, cerca de 11 milhões de pessoas, a partir do extermínio e do trabalho forçado.

O que era Auschwitz?

Originalmente, Auschwitz era uma instalação militar no sul polonês. A Alemanha nazista invadiu e ocupou a Polônia em setembro de 1939 e, em maio de 1940, transformou o local em uma prisão para presos políticos.

A instalação, que tem a infame mentira "O Trabalho Liberta" inscrita em alemão no portão de entrada, passou a ser conhecida como Auschwitz 1.

Com o avanço da guerra e do Holocausto, o regime nazista ampliou o lugar.

Os primeiros prisioneiros a serem mortos com gás foram soviéticos e poloneses em agosto de 1941.

Os assassinatos começaram em um novo campo, Auschwitz 2-Birkenau, no mês seguinte. Esse se tornou um local com enormes câmaras de gás onde centenas de milhares de pessoas foram mortas até novembro de 1944. Os corpos eram, então, queimados em um crematório.

A companhia química alemã IG Farben construiu e operou uma fábrica de borracha sintética em Auschwitz 3-Monowitz. Outras empresas privadas como Krupp e Siemens-Schuckert também operavam fábricas em regiões próximas, a fim de usar prisioneiros como trabalhadores escravizados.

Tanto Primo Levi quanto o prêmio Nobel da Paz Elie Wiesel sobreviveram ao campo de concentração de Monowitz.

Quando Auschwitz foi libertado, havia mais de 40 campos e subcampos.

Como Auschwitz funcionava?

Pessoas de todas as partes da Europa eram amontoadas em trens sem janelas, banheiros, assentos ou comida, e levadas para Auschwitz.
Ali, elas eram imediatamente divididas entre quem poderia trabalhar e quem deveria ser morto imediatamente.

O segundo grupo era obrigado a tirar a roupa e sentar sob chuveiros.
Guardas usaram pelotas de Zyklon B para matar pessoas nas câmaras de gás Foto: Getty Images/BBC
Nazistas cremavam vítimas em fornos Foto: Getty Images/BBC
Guardas do chamado "Instituto de Higiene" então despejavam o poderoso gás Zyklon-B nas câmaras seladas e esperavam as pessoas morrerem. Isso durava 20 minutos. As paredes espessas não eram, no entanto, capazes de abafar os gritos daqueles que se sufocavam ali dentro.

Depois os chamados Sonderkommandos outros prisioneiros, geralmente judeus forçados a trabalhar para os guardas removiam próteses, óculos, cabelos e dentes artificiais antes de arrastar os cadáveres para os incineradores. As cinzas eram enterradas ou usadas como fertilizantes.

Pertences dos mortos e dos enviados para o trabalho eram levados para triagem em uma parte do campo conhecida como "Canadá" — assim chamada porque o país era visto como uma terra de abundância.

Quem eram as vítimas?

Os guardas da SS tentaram esconder seus crimes quando as tropas soviéticas se aproximaram e tentaram destruir seus extensos registros de prisioneiros — dificultando a quantificação total do número de vítimas.

Estudos acadêmicos concordam que, no total, cerca de 1,3 milhão de pessoas chegaram a Auschwitz dentre as quais 1,1 milhão morreram lá.

Judeus de toda a Europa controlada pelos nazistas constituíam a grande maioria das vítimas. Quase um milhão de judeus foram assassinados em Auschwitz.

Um exemplo específico foi a população judaica da Hungria. Em apenas dois meses, entre maio e julho de 1944, a Hungria transportou 437 mil judeus para Auschwitz.
Tantos judeus húngaros foram mortos em tão pouco tempo que os corpos das vítimas foram jogados em covas perto do campo e queimados Foto: Getty Images/BBC
Dezenas de milhares de judeus húngaros eram enviados para Auschwitz todos os dias. Três quartos deles foram mortos na chegada.

Cerca de 75 mil civis poloneses, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, 25 mil ciganos dos grupos Roma e Sinti, bem como homossexuais e prisioneiros políticos também foram mortos pelo Estado alemão no complexo de Auschwitz.

O que aconteceu quando Auschwitz foi libertado?

As autoridades alemãs ordenaram a suspensão dessa prática e a destruição das câmaras de gás e crematórios no final de 1944, quando as tropas soviéticas começaram a avançar para o oeste. O estoque de objetos de valor roubados no setor Canadá foi enviado para a Alemanha logo depois.

Determinados a apagar as evidências de seus crimes, os nazistas ordenaram que dezenas de milhares de prisioneiros restantes marchassem para o oeste, para outros campos de concentração, como Bergen-Belsen, Dachau e Sachsenhausen. Os que estavam doentes demais para andar foram deixados para trás; quem não conseguia acompanhar a marcha era morto.

As forças soviéticas encontraram apenas alguns milhares de sobreviventes quando entraram no campo em 27 de janeiro de 1945, junto com centenas de milhares de roupas e várias toneladas de cabelo humano. Mais tarde, os soldados lembraram que tiveram que convencer alguns sobreviventes de que os nazistas haviam realmente ido embora.

Elie Wiesel disse em um discurso para marcar o 50º aniversário da libertação que os crimes nazistas em Auschwitz "produziram uma mutação em escala cósmica, afetando os sonhos e esforços do ser humano".

"Depois de Auschwitz, a condição humana não foi mais a mesma. Depois de Auschwitz, nada será igual."

AUTOR: BBC

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

CONHEÇA AS ADOLESCENTES HOLANDESAS QUE SEDUZIAM E MATAVAM NAZISTAS

Hannie Schaft e as irmãs Truus e Freddie Oversteegen eram adolescentes quando os nazistas ocuparam a Holanda Foto: Noord-Hollands Archief via BBC

Durante a Segunda Guerra Mundial, a ocupação nazista da Holanda levou três adolescentes a se tornarem ferozes combatentes da resistência.

Hannie Schaft tinha 19 anos e as irmãs Truus e Freddie Oversteegen apenas 16 e 14 anos, respectivamente, quando os nazistas ocuparam seu país, em 10 de maio de 1940.

Truus e Freddie Oversteegen nasceram na cidade de Schoten - agora parte de Haarlem - e cresceram sozinhas com a mãe, uma mulher de profundas convicções antifascistas.

Em entrevistas com a antropóloga Ellis Jonker, coletada no livro "Under Fire: Women and World War II" (Sob o Fogo: Mulheres e a Segunda Guerra Mundial), de 2014, Freddie Oversteegen lembrou que sua mãe as incentivou a fazer bonecas para crianças que sofreram na Guerra Civil Espanhola, e que, no início dos anos 30, se ofereceu como voluntária na International Red Aid, uma espécie de Cruz Vermelha Comunista para prisioneiros políticos em todo o mundo.

Embora vivessem na pobreza, a família recebeu refugiados da Alemanha e Amsterdã, incluindo um casal judeu, uma mãe e um filho que passaram a viver no sótão de sua casa.

Quando os nazistas invadiram a Holanda, os refugiados foram transferidos para outro lugar, pois os líderes da comunidade judaica temiam uma possível incursão policial devido às conhecidas tendências políticas da família Oversteegen.
Hannie Schaft deixou faculdade de Direito e se uniu à resistência Foto: BBC

"Todos foram deportados e mortos", disse Freddie Oversteegen a Jonker. "Nunca mais tivemos notícias deles. Ainda fico muito emocionada, toda vez que falo sobre isso."

As duas irmãs e sua amiga Hannie Schaft, uma jovem ruiva que abandonou a faculdade de Direito depois de se recusar a jurar lealdade à Alemanha, eram membros proeminentes da resistência.

Todas as três são lembradas por sua técnica de atrair colaboradores nazistas para a floresta e depois executá-los.

Célula especial

Quando a ocupação começou, as irmãs Oversteegen passaram a desempenhar pequenas tarefas para a crescente resistência clandestina. Distribuíam panfletos ( "A Holanda deve ser livre!") e colavam cartazes antinazistas ( "Para cada homem holandês que trabalha na Alemanha, um alemão vai para o front").

Acreditava-se que a resistência holandesa era uma tarefa masculina em uma guerra de homens. Se as mulheres se envolvessem, provavelmente não fariam nada além de entregar panfletos ou jornais anti-alemães.
Holanda ficou sob ocupação nazista de 1940 a 1945. A imagem mostra a libertação da cidade de Arnhem. Foto: Getty Images via BBC

Mas os esforços das irmãs Oversteegen atraíram a atenção de Frans van der Wiel, comandante do Conselho de Resistência clandestino de Haarlem, que as convidou para integrar sua equipe, com a permissão de sua mãe.

"Acho que elas eram apenas adolescentes tímidas. A guerra logo as transformou em mulheres corajosas", diz Martin Menger, filho de Truus Oversteegen.

As irmãs Oversteegen eram oficialmente parte de uma célula de resistência composta por sete pessoas, que cresceu em 1943 com a incorporação da Schaft.

Mas as três meninas trabalhavam principalmente como uma unidade independente, seguindo instruções do Conselho da Resistência, de acordo com Jeroen Pliester, presidente da Fundação Hannie Schaft.

Assim, Truus e Freddie Oversteegen e Hannie Schaft foram exceções: três adolescentes que pegaram em armas contra os nazistas e os "traidores" holandeses nos arredores de Amsterdã.

"Era atípico que meninas participassem da resistência armada e, principalmente, executassem traidores, algo que essas três adolescentes fizeram", diz Liesbeth van der Horst, diretora do Museu da Resistência Holandês.

Pouco tempo depois, o papel delas passou a ser mais ativo, envolvendo ação direta.

"Mais tarde, ele (comandante Frans van der Wiel) nos disse o que realmente tínhamos que fazer: sabotar pontes e linhas ferroviárias", disse Truus Oversteegen em sua conversa com Jonker.

"Dissemos a ele que gostaríamos de fazer isso." E aprender a atirar, atirar nos nazistas", acrescentou.

As adolescentes geralmente se encarregavam dos colaboradores nazistas locais.
Hannie Schaft virou ícone da resistência feminina Foto: BBC

"Mais do que os alemães, essas jovens executaram principalmente traidores holandeses, simplesmente porque costumavam ser uma ameaça ainda maior do que os nazistas", diz Truus Menger, filha de Truus Oversteegen.

Segundo o próprio relato de Truus, foi sua irmã Freddie quem primeiro atirou e matou alguém. "Foi trágico e muito difícil, e depois choramos por isso", disse.

"Não acreditávamos que nos adaptaríamos, ninguém nunca se adapta, a menos que você seja um verdadeiro criminoso ... Você perde tudo. Envenena as coisas bonitas da vida."

Remy Dekker, filho de Freddie, acredita que isso aconteceu quando sua mãe tinha 15 ou 16 anos.

"Ela executou uma mulher que, de acordo com a resistência, queria passar os nomes de todos os judeus de Haarlem para os serviços de inteligência nazistas", diz Dekker.

"Minha mãe se aproximou dessa mulher em um parque e pediu seu nome para confirmar sua identidade. Depois que ela o fez, ela atirou nela."

Talvez em sua ação mais ousada, as três adolescentes aproveitaram sua aparência jovem e inofensiva para atrair seus alvos em tabernas ou bares. Eles foram convidados a "dar um passeio" na floresta e, então, "executados".

"Tivemos que fazer isso", disse Truus Oversteegen a um entrevistador.
A célula em que os três adolescentes operavam se encarregava dos colaboradores nazistas holandeses Foto: BBC

"Era um mal necessário matar aqueles que traíam pessoas boas". Quando questionada sobre quantas pessoas ela havia matado ou ajudado a matar, se recusou a respondeu: "Ninguém perguntaria nada disso a um soldado".
"Levar os nazistas e traidores para a floresta foi uma coisa brilhante, porque eles pensavam que estavam flertando com as adolescentes", diz Dekker.

"Obviamente nada aconteceu na floresta. Antes que eles tentassem beijá-las, eram mortos."

No entanto, nem todas as execuções seguiram o mesmo esquema.

"Às vezes elas matavam suas vítimas enquanto andavam de bicicleta, para que pudessem fugir rapidamente", diz Martin Menger. "Essas execuções não envolviam flerte".

Ícones da resistência feminina
Captura de colaboradores nazistas na Holanda, em 1945 Foto: Getty Images via BBC

Schaft, cujos cabelos ruivos a tornavam reconhecível pelos nazistas, foi capturada e executada em 17 de abril de 1945. Ela tinha 24 anos.
Apenas 18 dias depois, a Holanda foi libertada.

Aproximadamente três quartos da população judia holandesa foi morta durante a ocupação.

"Quando era criança, com apenas 8 anos, tínhamos um livro de história na escola sobre uma garota ruiva Hannie Schaft", lembra Dekker.

"Enquanto eu lia, minha mãe começou a chorar. Ela me disse que tinha sido amiga dela durante a guerra e que havia sido morta pelos alemães."

"Ela mencionava a guerra e Hannie com frequência. Isso permaneceu com ela durante toda a vida, o fato de que ela sobreviveu à guerra e Hannie não."

As irmãs Oversteegen sobreviveram à guerra e tiveram uma vida longa.

Em 1996, elas criaram a Fundação Hannie Schaft , para promover o legado de sua amiga.

"Schaft se tornou o ícone nacional da resistência das mulheres", disse Pliester, diretora da Fundação.
Freddie Oversteegen atirou pela primeira vez em uma pessoa com 15 ou 16 anos Foto: Arquivo pessoal de Remy Dekker via BBC

Após a guerra, Truus Oversteegen trabalhou como artista, fazendo pinturas e esculturas inspiradas em seus anos de resistência e escreveu suas memórias. Ela morreu em 2016.

Sua irmã Freddie disse à Vice em 2016 que enfrentava os traumas da guerra "casando e tendo filhos". Ela morreu em 2018.

Nas entrevistas, Freddie Oversteegen costumava falar sobre a sensação física de matar, não a sensação de puxar o gatilho, mas a inevitável agonia que se seguia à morte de suas vítimas.

"Sim", disse ela a um entrevistador, de acordo com o jornal holandês IJmuider Courant, "eu mesma atirei com uma arma e os vi cair. E o que está dentro de nós naquele momento? Você quer ajudá-los a se levantar".

AUTOR: BBC/G1

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

SAIBA COMO OS BRITÂNICOS USARAM O HUMOR PARA DESAFIAR HITLER NA ALEMANHA

Adolf Hitler Foto: Getty Images via BBC

Era tarde da noite em Londres, em 1940, e o exilado austríaco Robert Lucas estava escrevendo em sua mesa. Bombas caíam na cidade todas as noites, o Exército liderado por Hitler avançava pela Europa e a invasão da Inglaterra tinha se tornado uma possibilidade factível.

Apesar de as sirenes de ataques aéreos e, como ele disse, "o barulho do inferno das máquinas de guerra" disparando ao seu redor, Lucas estava focado no trabalho: "lutar pelas almas dos alemães". Ele estava compondo uma mensagem de rádio destinada aos cidadãos do Terceiro Reich. Mas ela não era um apelo apaixonado para que eles desistissem do Führer: era uma tentativa de fazê-los rir.

Lucas trabalhava para o Serviço Alemão da BBC desde setembro de 1938. No início, o objetivo do Serviço Alemão era quebrar o monopólio nazista na transmissão de notícias do Terceiro Reich.

Os nazistas não conseguiram impedir que ondas de rádio estrangeiras cruzassem a Alemanha, mas podiam criminalizar quem ouvisse "emissoras inimigas". Eles fizeram isso assim que a guerra eclodiu. Muitas pessoas foram presas e sentenciadas à morte. Os alemães corajosos o suficiente para desrespeitar a lei tinham que tomar cuidado com os delatores, que podiam ser simples bisbilhoteiros ou até vizinhos mal intencionados. Assim, muitos ouviam a BBC embaixo de cobertores.
Mas por que você escolheria transmitir mensagens engraçadas nas terríveis circunstâncias de uma guerra? Fazer piadas para manter o moral em alta dos soldados e da população da Grã-Bretanha era uma estratégia bem-sucedida e foi implementada particularmente bem na BBC em tempos de guerra. Mas fazer isso para os inimigos? E, de qualquer forma, quem arriscaria a vida ouvindo esse tipo de coisa?

De fato, quando Lucas começou a escrever o programa de piadas e sátiras, chamado de Die Briefe des Gefreiten Adolf Hirnschal, "não fazia ideia se haveria pelo menos 50 pessoas na Alemanha ouvindo". Ele falou "no escuro sem eco", como mais tarde descreveu. O fato de seu programa - juntamente com outras duas séries de sátiras, chamadas Frau Wernicke e Kurt und Willi - terem sido encomendados em 1940, revela a ousada abordagem experimental adotada pelo Serviço Alemão da BBC em seu início.

Faltava ao serviço a equipe, o equipamento e a organização necessários para abordar adequadamente a tarefa diária de contra-propaganda. Além disso, este era um território desconhecido. O rádio ainda era relativamente novo e transmitir ao inimigo era uma completa novidade. Isso trouxe um espírito de criatividade e aventura às realizadores. Também era verdade que, em 1940, havia um sentimento de desespero generalizado. "Tudo bem, é melhor tentarmos", disse Lucas à BBC, na época.

Os programas satíricos contavam com uma coalizão improvável entre a BBC, oficiais de propaganda britânicos e exilados alemães - ou falantes da língua. Por um lado, as autoridades britânicas insistiram que a mensagem do Serviço Alemão deveria soar "tão inglesa quanto o pudim de Yorkshire (condado no norte da Inglaterra)". Mas também precisava demonstrar um conhecimento íntimo da psique alemã - por isso, a contribuição dos exilados. Porém, o relacionamento nem sempre foi fácil: como um "estrangeiro inimigo", Lucas e seus companheiros exilados eram frequentemente vistos com suspeita.

Perdido na tradução

O conteúdo peculiar dos programas deve ser entendido no contexto dessa curiosa aliança. Adolf Hirnschal é uma série de cartas fictícias escritas por um cabo alemão a sua esposa enquanto está na linha de frente na guerra. O protagonista lê as cartas ao seu companheiro de luta antes de serem postadas.

Na superfície, Adolf Hirnschal é dedicado ao seu "amado Führer". No entanto, são tão exageradas suas exclamações de lealdade que a intenção é clara: expor a superficialidade e a mentira do discurso nazista. Em sua primeira carta após a guerra ser declarada na Rússia, em 1941, ele conta à esposa como recebeu as notícias de seu tenente de que eles estão sendo transferidas para a fronteira russa:

"Eu pulo de alegria e digo: 'Senhor tenente, solicitando permissão para expressar que estou tremendamente satisfeito por estarmos agora confraternizando com os russos. Nosso amado Führer já não disse em 1939 que nossa amizade com os russos é irrevogável e irreversível? '

Assim, Hirnschal expõe a hipocrisia da política de Hitler em relação à Rússia, tudo coberto pela "lealdade absoluta". Esse foi um método que Bruno Adler - um historiador e escritor alemão que havia fugido para a Inglaterra em 1936 - usou para compor outra personagem, a Frau Wernicke.

A protagonista é uma dona-de-casa de Berlim, uma mulher de bom coração e tagarelada, que, por meio de loucos monólogos, reclama de injustiças, racionamentos e contradições da vida cotidiana durante a guerra, o tempo todo exibindo um forte senso comum.

Ao justapor seu apoio pseudo-ingênuo ao nazismo e as duras realidades da vida em guerra que ela descreve, as intenções subversivas de Adler são claras. Em um caso, Frau Wernicke pergunta à amiga por que ela está tão chateada, mas logo responde à própria pergunta:

"Só porque seu marido teve que fechar seus negócios e porque seu filho agora está na Wehrmacht (forças armadas alemãs). E porque sua filha, Elsbeth, tem que fazer um segundo ano obrigatório de trabalho estatal. E porque você não tem mais uma vida familiar? Por isso você não está feliz".
Comediante Tommy Handley, que estrelou It’s That Man Again Foto: BBC

Kurt und Willi também foi roteirizado por Bruno Adler. O programa é uma série de diálogos entre dois amigos: o antigo professor e o segundo oficial do Ministério da Propaganda alemão. Enquanto discutem os eventos da guerra bebendo cerveja em um bar de Berlim, Kurt assume o papel do ingênuo alemão médio. Willi é um oportunista cínico e imoral, vazando para o amigo os mais recentes subterfúgios, truques e tolices inventados pelo Ministério da Propaganda.

Esses programas tinham um senso de humor que provavelmente não façam tanto sentido quando traduzidos do alemão - e também quando transpostos do rádio para a escrita comum. E, é claro, há a influência do tempo. Mas eles levantam questões que, já naquela época, eram objeto de intenso debate.

As atrações poderiam realmente ter algum efeito? A sátira poderia ser usada como uma arma que converteria os alemães para o lado britânico da guerra? Teriam o poder de fazer alguém desejar o fim da guerra? Eles foram mesmo apropriados para o momento? O diretor de transmissões europeias da BBC, Noel Newsome, tinha suas dúvidas. Referindo-se a uma transmissão de Kurt und Willi em 1944, ele escreveu:

"Se isso fosse engraçado e divertido, só poderia ter servido ao propósito lamentável de aliviar a tensão na Alemanha... Se Kurt und Willi não era realmente engraçado, o recurso era uma perda de tempo precioso em qualquer caso. No rádio local, os alemães [...] não devem fazer piadas quando sintonizam Londres."

Havia dúvidas sobre as virtudes da propaganda satírica desde o início. O primeiro experimento com humor no Serviço Alemão foi transmitido no dia da mentira em 1940. Os produtores tiveram que tranquilizar os oficiais de propaganda da Electra House, onde funcionava um dos comandos de guerra, de que a transmissão de Der Führer Spricht, uma paródia de Hitler escrita e executada pelo exilado austríaco Martin Miller, permaneceria uma exceção. O que, como sabemos, não aconteceu.

Outros programas de humor se seguiram, e logo os russos entraram em cena. A Rádio Moskau experimentou formatos semelhantes, um dos quais - Frau Künnecke Will Jarnischt Gesagt Haben - era uma quase uma cópia de Frau Wernicke. Mas nenhum desses programas foi transmitido com tanta regularidade como Hirnschal, Frau Wernicke e Kurt und Willi. Eles foram transmitidos - semanalmente ou quinzenalmente - durante a maior parte da guerra, do verão de 1940 até 1945.

Mas quem estava ouvindo o Serviço Alemão e o que eles acharam dele? Segundo Robert Lucas, uma "enxurrada de cartas de agradecimento" chegou dos ouvintes do Serviço Alemão assim que a guerra terminou. "As transmissões de Londres me salvaram do suicídio durante os dias mais negros da guerra de Hitler", afirma uma carta dos arquivos da BBC. Outra pessoa diz: "É graças à BBC e somente à BBC que eu tive força moral para não ser cúmplice".

Muitas das cartas destacavam os programas de sátiras: "Vocês também nos trouxeram um humor que tornou o insuportável suportável para nós", escreveu um ouvinte, enquanto outro expressou admiração por "quão bem vocês entendem a alma do povo".

Talvez essas cartas forneçam uma justificativa suficientemente boa caso você se questione se Charlie Chaplin agiu certo ao produzir o filme O Grande Ditador depois que soube das atrocidades empreendidas pelos nazistas. Há diversas obras do tipo. Neste domingo (15/9), uma sátira sobre o período nazista, Jojo Rabbit, venceu o Festival de Toronto, considerado uma prévia do Oscar.

O filósofo alemão Theodor Adorno insistia que a sátira antifascista falhava em compreender ou descrever a realidade e, pior ainda, ignorava ou banalizava a gravidade do nacional-socialismo. Porém, há quem diga que o riso nos lembra do que significa ser humano. A mera existência dos programas satíricos não mostrava fé no intelecto e, acima de tudo, na humanidade da platéia?

"Como qualquer outra tirania, o nazismo não tinha humor", escreve Robert Lucas. Olhando para trás agora, talvez esse tenha sido o principal sucesso dos programas pioneiros de sátira do Serviço Alemão. Pois essa era uma área em que os nazistas não tinham nada a oferecer e não podiam competir.

E mesmo que os monólogos absurdos de Frau Wernicke ou Adolf Hirnschal fossem ouvidos por um número relativamente pequeno de alemães, mesmo que nem sempre fossem tremendamente engraçados, que eles proporcionavam conforto e talvez iluminação a alguém era a prova de que a missão de Lucas de "lutar por as almas dos alemães" não foi completamente em vão.

AUTOR: BBC

sábado, 7 de setembro de 2019

VEJA A ESTÁTUA DE HITLER GUARDADA EM SEGREDO NO PORÃO DO SENADO FRANCÊS

O busto de Hitler foi exposto ao público durante a Ocupação em Paris GETTY IMAGES

Há 75 anos, o Senado francês mantém um segredo embaraçoso.

Escondido no porão, de paradeiro conhecido apenas por alguns poucos iniciados, está um busto de Adolf Hitler.

'Sinos nazistas' colocam igrejas no centro de polêmica na Alemanha

O livro nazista de anatomia que ainda hoje é usado por cirurgiões

Nesta semana, a existência do busto foi revelada graças a uma investigação do jornal Le Monde. Também foram achados uma bandeira nazista de 3m x 2m e vários outros documentos e itens da época da Ocupação (período da Segunda Guerra em que a França foi ocupada pelas tropas alemãs).

O repórter Olivier Faye disse que ouviu de uma fonte a informação de que uma estatueta de Hitler havia sido mantida no Senado desde o final da Segunda Guerra Mundial, quando o palácio era a sede da força aérea alemã (Luftwaffe).

Depois de muita resistência das autoridades, ele finalmente recebeu a confirmação do principal arquiteto do Senado, Damien Déchelette, que lhe perguntou: "Como você descobriu?"

Por que o busto ainda estava escondido?

A história exata de como o busto e a bandeira foram guardados nas entranhas de um edifício público tão importante permanece um mistério. Mas o resumo dos eventos provavelmente pode ser adivinhado com bastante precisão.

Em agosto de 1944, Paris estava tumultuada quando o exército alemão se rendeu às tropas do exército francês e da Resistência.
O general nazista Hugo Sperrle ocupou o escritório do palácio durante a Segunda Guerra Mundial GETTY IMAGES

No palácio de Luxemburgo, funcionários da Luftwaffe em fuga deixaram para trás um cenário de caos, com paredes quebradas e móveis em pilhas. O mesmo acontecia no prédio vizinho, conhecido como Petit Luxembourg, então residência do comandante da força aérea alemã Hugo Sperrle, e agora do presidente do Senado, Gérard Larcher.

Segundo o historiador Cécile Desprairies, para os franceses libertadores foi um momento de êxtase. "As bandeiras foram tomadas como troféus. Os prédios foram saqueados. Os libertadores levaram o que podiam. O mercado negro de mercadorias nazistas floresceu - e, de fato, ainda existe".

Em algum momento, na desordem, alguém no Palácio de Luxemburgo deve ter deixado de lado o busto de Hitler e a bandeira. Eles estavam encobertos e escondidos no porão, e o conhecimento de sua existência foi repassado ao longo dos anos entre um pequeno grupo de funcionários, depois que o prédio retomou suas funções como Senado.
Paris estava em caos quando a ocupação nazista terminou, em agosto de 1944 GETTY IMAGES

Procurados pelo Le Monde, nenhum serviço ou ex-senador se disse ciente do tesouro nazista. Mas, como afirmou uma autoridade (pedindo anonimato) do Senado a Olivier Faye, "os senadores vêm e vão". Eles não são os verdadeiros repositórios da tradição do edifício.

"Imagino que, de vez em quando, os conhecedores os vislumbrem, para se irritar um pouco", diz Olivier Faye.

O que mais sobrou da Guerra?

Menos secreto - mas ainda pouco conhecido e certamente fora dos limites para os visitantes - é um bunker subterrâneo de concreto nos jardins do Petit Luxembourg. Foi construído antes da guerra como um abrigo antiaéreo para parlamentares e foi usado possivelmente como escritório ou para armazenamento pelos alemães.

O bunker é, por si só, uma fascinante cápsula do tempo, contendo curiosidades como um "ciclomotor" para carregar baterias no caso de um blecaute, roupas de proteção de borracha para ataques de gás e um aparelho de rádio.

Há também duas relíquias militares alemãs: uma caixa contendo um aparelho de respiração e outra contendo uma lamparina a gás.

Em resposta às perguntas do Le Monde, o Senado finalmente produziu um inventário do que diz serem todos os itens alemães em sua posse. Estes também incluem um grande número de documentos e vários itens de mobiliário estampados com a águia do Terceiro Reich.

O que fazer com essa herança nazista complicada agora se tornou uma questão delicada.

O presidente do Senado, Gérard Larcher, ordenou uma investigação. Um destino provável é o novo Museu da Libertação de Paris, na Place Denfert-Rochereau, cuja peça central é o bunker de comando subterrâneo usado pelo chefe da Resistência Henri Rol-Tanguy.

AUTOR: BBC NEWS

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

VOCÊ SABIA? HITLER REUNIU UM GRUPO DE GAROTAS PARA TEREM FILHOS, UMA DELAS FEZ UM RELATO CHOCANTE

Muitos sabem que os nazistas cometeram atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial, mas poucos conhecem as infindáveis histórias e ideias malucas que, naquela época, pensavam que eram boas. 

Uma dessas histórias foi vivenciada por Hildegard Trutz.
Wittyfeed

É necessário entender, primeiro, que a Alemanha sofreu muito depois da Primeira Guerra Mundial, principalmente por causa das punições impostas pelos países que a derrotaram, entre eles Inglaterra, França e Estados Unidos. 

Por essa razão, o humor do povo alemão naquela época não era o melhor e a alternativa nazista apareceu em resposta a esse mal-estar.
Pinterest

Por essa razão, Hildegard Trutz, uma garota de 18 anos, ficou encantada com toda a parafernália que os nazistas criaram. Em 1933 ela se juntou ao Bund Deutscher Mädel, o equivalente à juventude feminina de Hitler, e aos 18 anos uma de suas líderes se aproximou dela. “Se você não sabe o que fazer, por que não dar um filho ao Führer?”, disse.
AP

Fazia pouco tempo que havia sido criado o projeto Lebensborn, onde os nazistas procuravam criar uma “máquina perfeita” para a “produção” de bebês. Para isso, selecionavam mulheres que estivessem dentro dos parâmetros desejados (o que incluía não ter antepassados judeus). Essas mulheres deveriam ter relações sexuais com oficiais nazistas, que também cumpririam com os padrões do Führer. 

Quando estivessem grávidas, seriam enviadas para um castelo de luxo com todo o conforto para ter uma excelente gravidez.
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Hildegard cumpria todos os requisitos, e embarcou nesta missão em nome do Führer. Antes de começar, ela foi obrigada a assinar um contrato onde renunciava ao bebê, e o entregava para os cuidados do Estado.

Todos os oficiais ficavam em uma sala e elas podiam iniciar uma conversa com qualquer um que elas quisessem. “Todo mundo era muito alto e forte, com olhos azuis e cabelos loiros”, disse Trutz.
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Depois de escolher o homem, que elas nem sabiam o nome, o momento exato do período fértil de cada garota era esperado e o homem era mandado para o quarto.

“Como o pai do meu filho e eu acreditamos plenamente na importância do que estávamos fazendo, não tivemos nenhuma vergonha ou inibição de nenhum tipo”, comentou Hildegard.
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Ela dormiu com o rapaz por três noites seguidas, e depois disso ele teve que estar com outras mulheres.

Trutz engravidou e foi enviada para a maternidade. No dia do nascimento, ela recusou qualquer ajuda para ter o pequeno, já que “nenhuma boa alemã deveria querer injeções para amortecer a dor”, de acordo com os conceitos da época. Ela permaneceu com a criança por duas semanas e depois ele foi enviado para uma casa especial. Nunca mais voltou a ver seu filho, nem o pai.
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Pensou em ter mais filhos, mas se apaixonou com um jovem oficial e se casou. Ao contar o que havia feito, seu marido não gostou muito da ideia, mas como tudo foi feito pelo Führer, acabou aceitando.

Durante o III Reich nasceram 20 mil crianças a partir desta prática. Muitas foram adotadas depois da guerra, mas os arquivos foram destruídos
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AUTOR: Upsocl.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

CONHEÇA OS CRIMES DA "NOIVA NAZISTA", CONDENADA À PRISÃO PERPÉTUA POR 10 ASSASSINATOS, NA ALEMANHA

Beate Zschäpe esteve no centro de um dos mais longos julgamentos da história moderna da Alemanha REUTERS

Após cinco anos de julgamento na Alemanha, uma mulher de 43 anos que ficou conhecida como "a noiva nazista", enquanto membro de uma gangue neonazista que operou durante 11 anos no país, foi considerada culpada por 10 assassinatos com motivação racial.

Beate Zschäpe era a principal ré em julgamento pelo assassinato de oito turcos, um cidadão grego e uma policial entre os anos 2000 e 2007.

A decisão do tribunal estadual de Munique a sentencia agora à prisão perpétua.

A relação ente os assassinatos foi descoberta por acaso em 2011, depois que um roubo frustrado revelou a existência do grupo neonazista - e célula terrorista - chamado National Socialist Underground (NSU).

Zschäpe, de 43 anos, integrava o grupo ao lado de dois homens com quem dividia um apartamento na cidade de Zwickau, no leste da Alemanha.
Identificados como Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, os dois morreram em uma espécie de pacto de suicídio, após uma tentativa de assalto a banco.

Um incêndio no apartamento que dividiam - aparentemente em uma tentativa de destruir provas - levou Zschäpe a se entregar.

"Oi, eu sou Beate Zschäpe, a mulher que vocês procuram há dias", disse ela a um policial, por telefone, em 8 de novembro de 2011. Segundo o jornal alemão Augsburger Allgemeine, o agente que respondeu à chamada disse que não sabia nada sobre o caso e encerrou a ligação. Horas depois, acompanhada do advogado, a mulher se entregou em uma delegacia da cidade de Jena, onde havia passado a infância.
Foto divulgada pela polícia em 2009, datada de 2004, mostra Zschäpe e Böhnhardt juntos

Os sete anos de atuação da NSU expuseram graves deficiências no monitoramento de neonazistas pelo Estado alemão, e levou a um inquérito público para investigar como a polícia fracassou em descobrir o plano de assassinatos.

Mais de 600 testemunhas foram ouvidas no tribunal de Munique, fazendo deste julgamento um dos maiores na história da Alemanha pós-guerra.

Outros quatro acusados ​​também receberam penas de prisão por terem ajudado a gangue neonazista. Ralf Wohlleben foi condenado a 10 anos por auxiliar e encorajar os assassinatos - foi ele quem obteve a arma silenciada usada nos crimes. Carsten Schultze, um adolescente na época, foi considerado culpado de entregar a pistola e o silenciador à gangue. Foi condenado a três anos.

André Eminger recebeu uma pena de dois anos e seis meses por ajudar ao grupo terrorista. Holger Gerlach foi condenado a três anos por dar sua certidão de nascimento e outro documento de identidade a Uwe Mundlos.
Pistola Ceska e silenciador teriam sido usados na maioria dos assassinatos GETTY IMAGES

Mesmo antes do veredicto, o advogado de defesa de Zschäpe já disse que ela recorreria contra qualquer pena de prisão perpétua.

Durante o julgamento, a mulher negou ter participado dos assassinatos, alegando que só soube deles após terem sido cometidos por Mundlos e Böhnhardt.
Como atuou a 'noiva nazista'

De acordo com um artigo publicado em 2013 pela Deutsche Welle, a mãe de Beate Zschäpe não sabia que estava grávida até buscar atendimento em um hospital para o que pensava ser um problema nos rins.

As duas nunca tiveram um bom relacionamento e Zschäpe foi cuidada pela avó durante anos.

Ainda segundo o artigo, ela entrou em uma gangue de jovens aos 14 anos e, dois anos, depois conheceu Uwe Mundlos, que se tornou seu primeiro namorado e parceiro nos primeiros roubos de dinheiro e cigarros.

Mundlos foi para o serviço militar, e Uwe Böhnhardt, seu melhor amigo, teve um caso com Zschäpe.

Mas a história não foi motivo de conflito e os três passaram a viver juntos no apartamento em Zwickauer a partir de 2008.

Mundlos era apontado como o cérebro do grupo, Böhnhardt como o encarregado das armas e Zschäpe como responsável por cuidar do apartamento.

Após a morte da dupla, ela pegou uma lata de gasolina e ateou fogo ao apartamento, fugindo em seguida. Dias depois, acabou se entregando à polícia.
Quem foram as vítimas?

O caso da NSU engloba 10 assassinatos, dois atentados a bomba em Colônia, que deixaram mais de 20 pessoas feridas, e 15 assaltos a banco.

As vítimas dos assassinatos foram principalmente turcos, alvejados com uma pistola CZ 83 ao longo de sete anos.
Imagens de oito das 10 vítimas do grupo: (na parte de cima, da esquerda para a direita) Enver Simsek, Abdurrahim Ozudogru, Suleyman Taskopru e Habil Kilic e (na parte de baixo, da esquerda para a direita) Yunus Turgut, Ismail Yasar, Theodorus Boulgarides e Mehmet Kubasik FOLHETO DA POLÍCIA ALEMÃ

Um grego identificado como Theodoros Boulgarides também foi morto em 2005.

A última vítima foi Michèle Kiesewetter, uma policial alemã baleada e morta quando estava sentada dentro de uma viatura, em um intervalo do serviço em 2007.

A relação entre os assassinatos só seria descoberta anos depois.
Por que os assassinatos ficaram anos sem solução?

A polícia suspeitava que os assassinos fossem turcos étnicos nas comunidades das vítimas, o que lhes rendeu o apelido de "os assassinos do Bósforo", em referência ao famoso canal que leva esse nome em Istambul, na Turquia. Parte da imprensa alemã também chegou a usar o termo depreciativo "assassinos doner" - em referência ao doner kebab, um prato típico turco feito de carne assada.

Investigadores cogitavam a hipótese de parte das vítimas ter sido morta em acertos de contas por envolvimento em atividades criminosas - alegações que já foram retiradas do processo.

As famílias das vítimas, seus advogados e ativistas têm demonstrado frustração há muito tempo com o fragmentado sistema de policiamento da Alemanha, com 16 jurisdições diferentes para os 16 Estados.

Eles acreditam que o racismo institucionalizado dificultou a investigação e o julgamento.
Abdulkerim Simsek (à esquerda) e Gamze Kubasik são filhos de vítimas assassinadas pelo grupo em 2000 e 2006 respectivamente EPA

Em particular, apontam para a agência de inteligência doméstica BfV, acusada por eles de ter destruído e editado arquivos relacionados à célula terrorista depois que ela se tornou conhecida, em 2011, além de ter protegido informantes pagos no submundo neonazista.

Abdulkerim Simsek tinha 13 anos quando seu pai, um florista e primeira vítima da NSU, foi morto em 2000.

Ele disse à mídia alemã que ver o corpo do pai baleado foi "o pior dia" de sua vida.

Ele e parentes de outras vítimas acreditam que há mais envolvidos nos crimes ainda em liberdade e que deveriam ser levados a julgamento. "Havia alguém com conhecimento local observando todas as vítimas", disse Simseks ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

"Esse espião e outros apoiadores da NSU ainda estão soltos por aqui. E isso me incomoda muito."
Questões não respondidas

Jenny Hill, correspondente da BBC News em Berlim, observa que Zschäpe estava sorrindo e relaxada nos minutos que antecederam o anúncio de sua sentença à prisão perpétua. A mulher falou apenas duas vezes ao longo dos cinco anos de julgamento.

"Mas, embora as sentenças condenatórias provavelmente sejam bem-vindas pelas famílias das vítimas, nem esses processos, nem uma série de investigações oficiais responderam a questões fundamentais", diz Hill.

"Como e por que os assassinos escolheram suas vítimas?", questiona ela e vai além: "Por que as autoridades alemãs - que dependiam de informantes pagos de dentro da comunidade neonazista e são acusadas de racismo institucionalizado - aparentemente fazem tão pouco para protegê-los?"
Como a NSU foi apanhada?

Em 2011, um DVD incomum foi recebido por algumas agências de notícias alemãs contendo uma espécie de confissão do grupo pelos crimes que havia cometido.

O dispositivo mostrava imagens manipuladas junto ao famoso personagem do desenho animado Pantera Cor-de-Rosa, em que o grupo exibia mensagens se vangloriando dos assassinatos, além de imagens dos atentados.
Os neonazistas se vangloriavam dos assassinatos em um vídeo de confissão com a Pantera Cor-de-Rosa GETTY IMAGES

Em 4 de novembro do mesmo ano, Mundlos e Böhnhardt roubaram um banco em uma cidade alemã, como parte de uma série de assaltos semelhantes que haviam praticado. Desta vez, porém, a polícia conseguiu segui-los até uma van em que haviam se escondido.

Apesar de estar armada, a dupla não resistiu - e foi encontrada morta no interior o veículo. Investigadores acreditam que Mundlos atirou em Böhnhardt antes de se matar.

Zschäpe, então a única sobrevivente do trio da NSU, supostamente ateou fogo ao apartamento onde os três moravam em Zwickau. Ela se entregou poucos dias depois.
Beate Zschäpe teria incendiado o apartamento que o grupo dividia em um imóvel em Zwickau, para destruir provas. Várias, porém, foram encontradas GETTY IMAGES

Contudo, o dano que o incêndio causou no imóvel não destruiu tudo - e os investigadores encontraram uma cópia do DVD da Pantera Cor-de-Rosa, ligando o trio ao nome da NSU e aos assassinatos.

A arma que teria sido usada nos assassinatos também foi encontrada nos escombros.

O público saberia a partir de então que uma célula neonazista havia operado impunemente por 11 anos, matando 10 pessoas - e que havia permanecido durante todo esse tempo desconhecida pela polícia.

Uma indignação pública generalizada se seguiu a isso, juntamente com várias investigações parlamentares que exigiram maior vigilância das atividades neonazistas.

Em julho de 2015, o Parlamento alemão aprovou um conjunto de reformas dando maior poder ao BfV para evitar que as falhas na investigação desse caso se repitam.

Esse conjunto de reformas incluiu mudanças importantes no uso de informantes pagos, conhecidos como "V-Leute".

AUTOR: BBC

quarta-feira, 27 de junho de 2018

VIOLADORES E PSICOPATAS: A MACABRA E DESCONHECIDA TROPA QUE ADOLF HITLER CRIOU COM UMA SÓRDIDA MISSÃO

As guerras são sangrentas, e apesar de que às vezes nos queiram ensinar outra coisa, não há heróis nem vilãos. Se há algo que a história – e em particular o século XX – nos ensinou, é que ninguém termina vitorioso realmente durante estes conflitos, e são as vidas humanas a principal perda para a humanidade.

Mas hoje lhes falarei de um grupo de homens que seguramente são a maldade em pessoa, e talvez sejam até mesmo o próprio substantivo. Se trata da brigada SS-Sturmbrigade Dirlewanger, o esquadrão mais temido da Segunda Guerra Mundial.

O grupo nasceu no Parlamento Alemão, foi aprovado por Himmler e Hitler, e em um princípio seria conformado por criminosos, – que podiam trocar suas penas por anos de serviço durante a guerra – mas não qualquer um, se não que caçadores furtivos. A razão? Eram especialistas com armas e sabiam se esconder e rastrear na natureza. Seu objetivo? Lutas urbanas e anti-guerrilhas.

Mas com os caçadores não seria suficiente, por isso logo “rechearam” com outros criminosos de todo tipo: ladrões, assassinos, incendiários, estupradores e até mesmo psicopatas. E então, com 300 soldados, a coisa começou a sair de controle.

A brigada era dirigida por Oskar Dirlewanger, um ex militar condecorado da Primeira Guerra Mundial, com fortes nexos ao nazismo e antecedentes criminais: duas violações, uma delas a uma garota de 14 anos.

O esquadrão “salto para a fama” quando foi enviado para deter a Revolta de Varsóvia, na Polônia. E ali foi onde demonstraram todo o sadismo que levavam consigo, na Matança de Wola – a mais sangrenta da história da Polônia. Em apenas duas semanas massacraram 40 mil civis, entre os quais se encontravam 500 crianças que, por ordem de Dirlewanger, foram assassinadas a golpes para economizar munição.

Assassinaram pacientes nos hospitais, injetaram estricnina – um veneno para pássaros e roedores – em mulheres para vê-las convulsionando até a morte, estupravam sem piedade e reuniam as vítimas em edifícios abandonados para depois incendiá-los. Crueldade absoluta.

Apesar disso, tiveram grandes perdas. Chegaram a Varsóvia com 800 homens e perderam 2700, dos quais muitos chegaram como reforços. Por seu “heroísmo”, Dirlewanger recebeu uma Cruz de Ferro e seu batalhão foi ampliado a 4 mil homens. Mas o ódio que geraram fez com que o General a cargo da Polônia pedisse seu translado, então logo foram enviados a Bielorrússia. Em ocasiões, outras brigadas precisavam rodeá-los para que não seguissem perpetuando crimes nas regiões que assolavam.

Ali massacraram 30 mil civis, ainda que inclusive hajam cifras que apontam aos 120 mil. Mas o carma existe e é poderoso, e a brigada foi enviada – quando a guerra estava terminando – a linha de combate, para se enfrentarem com o Exército Russo.

E devido a sua inexperiência, foram aniquilados, e os 700 que ficaram se entregaram aos Aliados norte-americanos em maio de 1945. E Dirlewanger? Foi ferido em batalha, capturado pelos franceses e enviado a prisão militar de Altshausen, baixo a custódia de soldados polacos. Ali o reconheceram por suas atrocidades e o torturaram por vários dias, até a morte.
Aqui se faz, aqui se paga.
AUTOR: MISTÉRIOS DO MUNDO

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O QUE ACONTECEU COM OS NEGROS ALEMÃES DURANTE O NAZISMO

Adolf Hitler e Heinrich Himmler revistam tropas das SS (Foto: Associated Press)

A história das perseguições nazistas contra minorias étnicas, linguísticas, religiosas e políticas, bem como outras partes da população alemã, é bem conhecida, documentada e relembrada nos livros de história do mundo inteiro.

Entretanto, há uma categoria específica de vítimas cujo destino trágico foi pouco contado e muitas vezes não é incluído nos grupos perseguidos por Adolf Hitler.

É o caso dos cidadãos alemães negros que viviam na Alemanha antes da tomada de poder do Führer.
Comunidades históricas

Quando Hitler chegou até a Chancelaria do Reich, em 1933, havia milhares de negros que viviam na Alemanha, embora o exato número nunca tenha sido calculado por censos. As estimativas, portanto, variam muito, dependendo do historiador.

A comunidade alemã negra ainda estava se formando em 1933. Na maioria das vezes eram famílias de alemães de primeira geração, ou seja imigrantes africanos com crianças nascidas na Alemanha, mas que ainda não tinham atingido a maioridade.

Nesse sentido, a comunidade negra alemã da época era semelhante à da França e do Reino Unido – ou seja, formadas, principalmente, por famílias de homens e mulheres vindos das colônias africanas e asiáticas desses impérios.

O núcleo desta pequena comunidade era formado por um grupo de homens africanos e de suas esposas alemãs. Essas pessoas vieram principalmente das colônias africanas pertencentes à Alemanha entre 1884, o ano de fundação do império colonial alemão, e 1919, quando Berlim, no tratado de Versalhes que decretou o fim da Primeira Guerra Mundial, perdeu todos os seus territórios ultramarinos.

Além disso, havia entre 600 e 800 filhos nascidos de relacionamentos entre mulheres alemãs e soldados das tropas coloniais francesas. Batalhões constituídos, em sua maioria, embora não completamente, por africanos.

Essas unidades militares faziam parte das tropas de ocupação que Paris enviou à Renânia, uma área industrial no oeste da Alemanha, para impor a cumprimento do Tratado de Versalhes.

As tropas francesas se retiraram somente em 1930, e a região foi desmilitarizada, até que Hitler enviou tropas alemãs em 1936, violando o Tratado de Versalhes.

Esta comunidade negra alemã estava dispersa em toda a Alemanha e era ligada, em muitos casos, a associações e organizações comunistas e antirracistas.

Leis de Nuremberg
As leis raciais de Nuremberg de 1935, as chamadas "leis para a proteção do sangue e da honra alemãs" – que privaram os judeus alemães de sua nacionalidade e lhe proibiram de se casar ou de ter relações sexuais com pessoas do "sangue alemão" – também foram aplicadas à nascente comunidade negra na Alemanha.

Essas pessoas foram, de fato, consideradas de "sangue estrangeiro" e sujeitas às leis de Nuremberg.
A partir desse momento, apesar de os negros alemães terem nascido na Alemanha e serem filhos de cidadãos alemães, a concessão de cidadania a essas pessoas tornou-se impossível. Os nazistas chegaram a lhe entregar passaportes, chamando-os de "negros apátridas", negros sem pátria.

Isso deixou impossível para eles achar um emprego formal. Alguns foram usados como trabalhadores forçados e classificados como "trabalhadores estrangeiros" durante a Segunda Guerra Mundial.
Outros foram usados como figurantes e atores de filmes de propaganda nazista sobre as colônias africanas perdidas pela Alemanha. Estes tipos de empregos tornaram-se uma das poucas fontes de renda disponíveis para essas pessoas.

Em 1941, as crianças negras foram oficialmente excluídas das escolas públicas de toda a Alemanha, mas a maioria sofreu abusos raciais em suas salas de aula muito antes disso. Alguns foram forçados a sair da escola e nenhum foi autorizado a cursar universidades ou escolas profissionais.

Entrevistas e memórias escritas por homens e mulheres negros alemães, assim como reivindicações de compensações econômicas apresentadas depois do fim da Segunda Guerra Mundial, testemunham essas experiências compartilhadas por muitos negros alemães.

Livros como "Black Germany – The Making and Unmaking of a Diaspora Community, 1884–1960" (Alemanhã negra – A criação e a destruição de uma comunidade da diáspora, 1884-1960, sem tradução para o português), dos professores Robbie Aitken, da Universidade Sheffield Hallam, e Eve Rosenhaft, da Universidade de Liverpool, contam essa história.

Nazistas preocupados
O medo nazista do risco de "poluição racial" levou a um dos principais crimes cometidos por Hitler contra esta comunidade: a esterilização.

Os casais chamados "mistos" foram obrigados a se separar. Quando uma mulher alemã branca solicitava uma licença-maternidade ou ficava grávida de um alemão nascido na África, o parceiro era imediatamente forçado a se esterilizar.

Em 1937, uma operação secreta nazista foi além: cerca de 400 crianças negras da Renânia foram esterilizadas contra a vontade de seus pais. Por causa dessas perseguições, muitos negros fugiram da Alemanha.

Entretanto, poucos alemães de origem africana foram realmente internados em campos de concentração. De acordo com as últimas pesquisas históricas, não mais de 20 membros da comunidade negra alemã foram levados em lager nazistas e somente uma pessoa morreu no programa de extermínio de pessoas com desabilidades, dentro do programa que os nazistas chamaram de “Aktion T4”.

O único alemão negro que foi enviado para um campo de concentração, não por razões políticas, foi Gert Schramm, internado em Buchenwald por causa da cor de sua pele aos 15 anos, em 1944. Ele escreveu um livro "Ein schwarzer Deutscher erzählt sein Leben" ("Um alemão negro conta de sua vida", sem tradução em portugês), relatando sua experiência dramática.

A maioria dos alemães negros foi preso por razões políticas ou pelo chamado “comportamento antissocial”, como a homossexualidade.

De acordo com os nazistas, a própria cor da pele identificava uma pessoa pertencente a esta comunidade como um sujeito "diferente" dos outros alemães. Por isso, uma vez presas, essas pessoas não eram mais liberadas.

Um comportamento que mostra como, mais do que vítimas de uma perseguição nazista, a comunidade negra alemã foi perseguida pelo racismo espalhado nas sociedades europeias da época.

AUTOR: G1

sexta-feira, 31 de março de 2017

7 PESSOAS FAMOSAS QUE PODEM TER FORJADO AS PRÓPRIAS MORTES

A morte é uma de nossas certezas na vida. Mesmo que não seja um ato frequente na vida e cotidiano das pessoas, forjar a própria morte é algo bem presente no mundo.

Várias seriam os possíveis motivos para que uma pessoa forjasse a sua morte para se ver livre das outras pessoas, pode ser por conta de dívidas, envolvimento criminoso ou se safar de alguma coisa.

Algumas teorias apontam algumas mortes de pessoas famosas que possivelmente podem ter sido forjadas por algum apontamento em específico.

Astros da música, personalidades da história, princesas, confira a listinha que separei para você com algumas pessoas famosas que podem ter forjado as próprias mortes:

1 – Michael Jackson
Michael Jackson morreu aos 50 anos de idade depois de passar por uma parada cardíaca e ser levado às pressas para o hospital UCLA Medical Center, em Los Angeles. De acordo com o portal G1, “a morte de Jackson foi confirmada pelo porta-voz do Instituto Médico Legal de Los Angeles, Fred Corral, em entrevista à rede de TV CNN. “Posso dizer neste momento que fomos informados por investigadores do Departamento de Polícia de Los Angeles Oeste que Jackson foi levado (…) para o hospital. Ao dar entrada, estava sem os sinais vitais e foi declarado morto por volta das 14h36 esta tarde [18h36, horário de Brasília]”, declarou Corral à CNN.” Jackson cai na mira das teorias da conspiração sobre celebridades que podem ter forjado a própria morte.

Uma filmagem publicada no Youtube mostra uma possível entrada do astro no hospital em que foi dada a sua morte. Um médico afirma que eles ainda estava vivo quando chegou ao hospital, apesar dos relatórios oficiais afirmarem que ele morreu muito antes da chegada da ambulância até a sua casa.

2 – Abraham Lincoln
Abrahan Lincoln levou um tiro na parte de trás da cabeça por alguém que achava que ele era um cara tirano. E tudo isso enquanto ele participava de uma peça. Mas algumas teorias querem apontar que talvez ele possa ter forjado a sua morte. De acordo com o grunge, “por um lado, todos os médicos que o examinaram tinham relatos contraditórios de como a bala entrou em sua cabeça. Além disso, ele supostamente tinha sonhos por três noites seguidas de seu próprio assassinato. Sabemos disso porque ele contou a todos sobre isso – talvez preparando-os para o que estava prestes a acontecer. Finalmente, Na noite da peça, disse a seu guarda-costas, Crook, ” Adeus “. Aquela noite foi a única noite em que Lincoln nunca disse isso a ele – todas as outras vezes, tinha sido, “Boa noite.”

Então por que ele fingia sua morte tão logo depois de ser reeleito? Fácil – porque muitas pessoas o queriam morto, não apenas um ator. Seu “assassinato” ocorreu apenas cinco dias após o fim da Guerra Civil. Usando sua morte como capa para se esconder faz muito sentido para alguém que metade do país odeia. Há muitas poucas pessoas – mesmo pessoas muito zangadas – que tentam matar caras mortos. “Boa noite.” Então por que ele fingia sua morte tão logo depois de ser reeleito? Fácil – porque muitas pessoas o queriam morto, não apenas um ator.”

3 – Elvis Presley
Ícone no mundo do rock and roll, algumas teorias apontam que ele poderia ter forjado a sua própria morte por diversos fatores. O the Grunge aponta que “há uma tonelada de razões para pensar que ele pode não ter realmente morrido. Por um lado, ele teria sido visto quase todos os lugares – o tempo todo . Talvez isso seja apenas o desejo de pessoas desesperadas para o Rei ainda estar vivo.

Mas e quanto a relatos de que ele estava suando em seu funeral? (Você não pode suar quando você está morto.) E quanto ao fato de que sua autópsia está selada e ninguém a leu? Além disso, o patrimônio líquido de Presley ‘ S se tornou maior depois que ele morreu, porque você não pode dar start ao trem da nostalgia se as pessoas vêem você o tempo todo. Isso é uma abundância de razões para pensar que ele pode não ter realmente morrido quando todos acreditam que ele fez.”

4 – Princesa Diana
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, “a conclusão do inquérito sobre as mortes da princesa Diana e de Dodi al Fayed, ocorridas em 1997, aponta que o casal morreu devido a um “trágico acidente”. ‘Nossa conclusão é que, de acordo com evidências das quais dispomos, não há sinais de conspiração ou de assassinato contra os ocupantes do veículo. Foi um trágico acidente’, afirmou Lord Stevens, ex-chefe da Scotland Yard, que liderou a investigação sobre as mortes.”

A teoria da conspiração sobre uma possível forjada em sua morte, no portal grunge, conta que “mesmo antes de morrer, Di ainda disse que estava prestes a recuar completamente da vida pública. Um fato interessante é que seu motorista discute que o carro não estava indo tão rapidamente como todos diziam. Além disso, o motorista normal do carro não foi usado, e o oficial de segurança que estava lá está envolto em mistério. Algumas pessoas nem acreditam que ele existe.”

5 – Tupac
De acordo com o portal G1, “Tupac tinha apenas 25 anos quando levou uma série de tiros em Las Vegas, nos Estados Unidos, na noite de 7 de setembro de 1996. Ele havia acabado de assistir a uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Sheldon. Quando o veículo no qual o rapper estava parou em um semáforo, outro carro chegou ao lado e uma pessoa disparou várias vezes em direção a Tupac. Ele ficou internado por seis dias, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no dia 13 de setembro. Os culpados pela morte do rapper nunca foram encontrados, embora uma matéria publicada pelo “LA Times” sugira que uma gangue de Compton chamada Southside Crips tenha sido a responsável pelo crime.”

Segundo o grunge, “Pac morreu supostamente, filmado em um carro dirigido por Suge Knight, antes de ser levado para o hospital onde ele finalmente morreu.” e que Suge Knight apareceu na mídia dizendo que “não, isso não aconteceu, cara.” porque Tupac fingiu a própria morte para evitar uma sentença de prisão.” Será que ele forjaria a própria morte para fugir da cadeia?

6 – Adolf Hitler
A história conta que Hitler morreu junto com Eva Braun em uma situação de guerra e todo o resto você já viu na escola. Mas uma teoria aponta que ele pode ter forjado a sua morte e escapado com sua esposa para a Argentina ou em algum outro lugar, mas para isso queimaram corpos e mataram pessoas para conseguirem escapar. A teoria aponta que “De acordo com um ex-agente da CIA que acredita que Hitler fingiu sua morte. Ele escapou da justiça e viveu uma vida longa e frutífera, sem que ninguém soubesse que um dos homens mais odiados do planeta ainda estava vivo.”

7 – Kurt Cobain
De acordo com o portal G1, Kurt Cobain se matou em 8 de abril de 1994. “O corpo do vocalista e guitarrista do Nirvana, que tinha 27 anos quando morreu, foi encontrado na estufa de sua casa.”

Uma teoria aponta que provavelmente ela possa ter forjado a sua morte e que o amor em que vivia não teria influenciado sua morte, possivelmente, pois ” a maioria dos que conheciam o casal afirma que o amor nunca teria ferido Cobain e que os dois estavam verdadeiramente apaixonados.

Não há nenhuma chance. E daí a outra resposta? Existe uma chance de que as pessoas pegaram na evidência correta – a nota final apressadamente rabiscada – mas levada para a luz errada? Em vez de ser prova de que o amor o matou, há uma chance de que os dois trabalhem juntos para fingir sua morte? Todas as teorias da conspiração alegam que o amor estava agindo de forma irreverente ou hostil ou qualquer outra coisa se encaixaria perfeitamente, como as afirmações de que o amor nunca o teria magoado.”

O que você achou destes curiosos casos? Mande seu comentário!

AUTOR (ES): vanityfair, Globo.com, mirror, G1londonnet, Folha de São Paulo, newsweek, deseretnews, express, newsweek, HaciendaCalaDor, grunge
IMAGENS: revistadonna, headsup. sping.revistavirtual, newyorker

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