Os mais famosos, como o Incidente do Passo de Dyatlov ou a história da colônia perdida de Roanoke, tornaram-se mundialmente famosos e geraram inumeráveis conjecturas e lendas.
Mas os eventos misteriosos que realmente aconteceram na história da humanidade não se resumem a esses dois casos.
Hoje, o MUNDO REAL 21 decidiu contar histórias menos famosas, mas não menos misteriosas e excitantes, cujos protagonistas desapareceram sem deixar vestígios.
O desaparecimento dos guardas do farol Farol na ilha de Eilean Mor/© Mary Evans Picture Library / East News
O farol, localizado na ilha escocesa de Eilean Mor, é famoso pela misteriosa história do desaparecimento de três guardas. O caso aconteceu em 1900, quando o chefe deles, Joseph Moore, se despediu de seus subordinados e foi para a estação costeira de Breasclete. Assim, em 5 de dezembro, o primeiro assistente de faroleiro, Thomas Marshall, o segundo assistente, James Ducat, e o assistente, Donald McArthur, foram deixados sozinhos na ilha.
Dez dias depois, na estação de Breasclete veio um aviso do comandante do barco a vapor “Archtor”. Os marinheiros relataram que, violando todas as instruções, o farol não estava aceso. No entanto, seja por negligência ou por mau tempo, ninguém foi à ilha verificar se tudo estava em ordem.
Joseph Moore partiu para a ilha no dia 26 de dezembro, após uma forte tempestade, mas não encontrou ninguém lá. As portas e janelas estavam fechadas, as capas de chuva dos guardas penduradas dentro do farol, as lamparinas carregadas, mas todos os relógios parados.
A única coisa que perturbou a imagem da ordem geral foi a mesa de jantar virada. Os homens não estavam em parte alguma, mas, ao mesmo tempo, Moore sabia que seus subordinados não poderiam ter deixado o farol, já que isso era categoricamente proibido pelas regras, e os desaparecidos eram experientes e responsáveis. © Mary Evans Picture Library / East News
O trio de Springfield © Springfield Police
Outra história sobre o desaparecimento de três pessoas ao mesmo tempo. Aconteceu na cidade de Springfield, EUA, em 7 de junho de 1992. Duas amigas de 19 anos, Suzanne “Suzie” Streeter e Stacy McCall, concluíram o ensino médio e tiveram uma bela noite na festa de formatura. Então, por volta das duas da manhã, as meninas foram para a casa de Suzanne, onde estava sua mãe, Sherrill Levitt. Ninguém nunca mais viu as três novamente.
A primeira a descobrir o desaparecimento foi uma amiga das garotas, Janelle Kirby, que passava pela casa com o namorado: elas iriam passar o dia num parque aquático, mas Suzanne e Stacy não haviam entrado em contato. De acordo com Janelle, a porta estava aberta, a cúpula do abajur da entrada estava quebrada, mas não a lâmpada. A casa estava vazia, exceto pelo Yorkshire terrier de Suzanne e de sua mãe. O cachorro estava muito excitado.
Inicialmente, Janelle e seu namorado não acharam que algo ruim tivesse acontecido. Por isso, e sem qualquer tipo de malícia, varreram o vidro da cúpula quebrada na entrada, possivelmente destruindo parte da evidência. Suzanne e Stacy na formatura/© Springfield Police
Finalmente, quem deu uma pista foi a sra. McCall, que não conseguiu entrar em contato com a filha por muito tempo. Ela então foi até a casa dos Streeter e encontrou a bolsa e as roupas de Stacy. A sra. McCall ouviu a secretária eletrônica e, segundo disse, encontrou uma mensagem muito estranha, mas a apagou acidentalmente.
A polícia foi informada sobre o incidente 16 horas após o desaparecimento. Os policiais não encontraram sinais de luta na casa. A investigação estava num beco sem saída até 2007, quando um agressor reincidente, Robert Craig Cox, foi preso, e disse que sabia algo sobre o desaparecimento do trio de Springfield.
Os investigadores descobriram que em 1992 Cox viveu na mesma cidade que as desaparecidas, o que significa que ele realmente poderia saber alguma coisa ou estar envolvido no desaparecimento. No entanto, Cox afirmou que ia contar tudo o que sabia após a morte de sua mãe. Até o momento, o caso não foi resolvido.
A tripulação desaparecida de “Mary Celeste” © Mary Evans Picture Library / East News
O veleiro com o nome melodioso “Mary Celeste” tinha 12 anos quando foi transferido para o novo capitão, Benjamin Briggs. Em 5 de novembro de 1872, a embarcação, sob seu controle, deixou o porto de Staten Island, em Nova York, rumo a Gênova. Além do capitão, estavam a bordo sua esposa, sua filha de dois anos e uma tripulação de sete marinheiros.
Supunha-se que o navio entregaria no seu destino o etanol pertencente à empresa Meissner Ackermann & Coin, mas o veleiro nunca chegou à Itália. Quatro semanas depois, o barco foi descoberto por um capitão que conhecia Briggs pessoalmente: David Reed Morehouse, que dirigia o bergantim “Dei Gratia”.
Morehouse encontrou o navio ileso, mas sem uma única pessoa a bordo. Tudo indicava uma evacuação urgente: os botes salva-vidas não estavam lá e a bússola foi quebrada quando tentavam removê-la apressadamente da parede. As razões que obrigaram as pessoas a deixar o navio não eram claras. © Mary Evans Picture Library / East News
A s joias do capitão e uma garrafa de óleo virada, que havia sido deixada por sua esposa na máquina de costura, refutaram a versão de um ataque pirata ou uma tempestade. A carga estava quase completamente intacta (apenas nove barris estavam faltando), e o último diário de bordo, datado de 24 de novembro, informava que o navio se aproximava da ilha de Santa Maria.
A versão mais plausível do incidente foi dada por um parente distante de Briggs: ele sugeriu que o álcool foi embalado sem ser selado, então evaporou lentamente, o que causou uma microexplosão no porão, por uma faísca acidental. Temendo outra explosão mais violenta, o capitão evacuou a tripulação com urgência, amarrando o bote salva-vidas com uma das velas à “Mary Celeste”.
Mas com a força do vento, o bote balançou para a frente e o cordame, amarrado ao barco cheio de pessoas, se esticou e rompeu. Então, talvez o bote tenha sido derrubado por uma onda, causando a morte de todos os passageiros.
Korrina Lynne Sagers Malinoski e sua filha © THE CHARLEY PROJECT
Em 21 de novembro de 1987, o proprietário de uma loja Samnerville na Carolina do Sul descobriu que sua funcionária, Korrina Lynne Sagers Malinoski, não ia trabalhar. Como não conseguiu contatá-la, ele foi à sua procura.
No caminho da casa de Korrina, o patrão encontrou seu carro. Estava fechado e estacionado perto da plantação onde o marido da mulher trabalhava. Por via das dúvidas, ele chamou a polícia e relatou o desaparecimento de uma pessoa.
Os policiais descobriram que Korrina foi vista pela última vez quando dirigia na estrada, por volta das 11 da manhã. Os guardas não descobriram mais nada. Nenhum sinal de luta foi encontrado perto do carro, e a busca pela plantação também não deu nenhum resultado.
Não houve mudança no caso até 4 de outubro de 1988, quando outro desaparecimento ocorreu: desta vez da filha de 11 anos do primeiro casamento de Korrina, Annette Deanne Sagers. A polícia esboçou como Annette deveria estar agora, e fez seu possível retrato atual./© THE CHARLEY PROJECT
O último a ver a garota foi seu padrasto. Por volta das sete da manhã, ela esperava o ônibus escolar perto da mesma plantação onde sua mãe desapareceu. Quando o motorista chegou para pegar a menina, Annette se foi. Seu padrasto não sabia que sua enteada tinha desaparecido até perceber que ela não havia retornado da escola. Então, foi até o ponto de ônibus, onde encontrou um bilhete com as palavras: “Papai, mamãe voltou, abraço nas crianças”. As “crianças” eram os irmãos da menina.
O exame revelou que o bilhete havia sido escrito por Annette. Até hoje, esse pedaço de papel ainda é a única evidência no caso do desaparecimento. Como resultado, a história gerou muitas lendas: alguns locais assumem que Korrina foi sequestrada por alienígenas e retornou por sua filha, outros acham que Annette foi levada pelo fantasma de sua mãe assassinada.
Os internautas sugerem versões mais pragmáticas. Segundo uma delas, o marido da mulher está envolvido no desaparecimento de Korrina e Annette (mas a polícia não tem nenhuma evidência para provar essa teoria). Segundo outra, Korrina tinha fugido com seu amante e alguns meses depois retornou para buscar sua filha.
O desaparecimento de cinco crianças de seu próprio quarto area52podcast
Na véspera do Natal de 1945, os proprietários de um pequeno hotel na Virgínia, Giorgio e Jennie Sodder, estavam em casa com seus nove filhos. Já eram dez horas da noite, mas a irmã mais velha, Mary Ann, presenteara brinquedos às crianças e elas não queriam ir para a cama. Deixando os filhos menores sob a supervisão da mais velha, Giorgio e Jennie foram descansar, pedindo à jovem que não ficasse até muito tarde. Os dois levaram com eles a filha de dois anos, Sylvia, que já tinha dormido.
Jennie acordou à 1h da manhã com um cheiro de fumaça. Ela correu para fora do quarto e percebeu que a casa estava em chamas. Impossibilitada de chegar perto do telefone, acordou o marido e Mary Ann, que estava dormindo no sofá da sala, e pediu a ela que tirasse a pequena Sylvia. Depois, Jennie começou a gritar para acordar as crianças, cujo quarto ficava no último andar, mas apenas as duas mais velhas saíram. Ninguém nunca mais viu as outras novamente.
Seus corpos também não foram encontrados. Os pais se recusaram a acreditar que seus cinco filhos tinham morrido no incêndio e presumiram que as crianças poderiam ter sido sequestradas pelos representantes da máfia siciliana. Sete anos depois da tragédia, os pais arrasados pregaram cartazes com fotos dos filhos, perto de casa, com pedido de informações sobre o paradeiro.
De acordo com o pai da família, eles tinham motivos para suspeitar que as crianças haviam sido sequestradas: pouco antes do incidente, um homem veio vê-lo, tentando conseguir um emprego. Quando ele viu a instalação elétrica, disse que um dia provocaria um incêndio. No dia anterior, o dono do hotel pedira que os especialistas da companhia de eletricidade verificassem a fiação e ela estava em excelentes condições, de modo que ele não deu atenção às palavras do homem.
Algum tempo depois, um vendedor de seguros foi ver Giorgio para oferecer-lhe um seguro para toda a família Sodder. Ao receber uma não, disse a Giorgio que todos os seus filhos morreriam e que seria uma vingança pelo fato do dono do hotel ter se permitido falar mal de Mussolini (Giorgio, na verdade, criticou o político muitas vezes).
Até hoje ainda não se sabe o que realmente aconteceu naquela noite na casa dos Sodder.
O Triângulo de Bennington © Wikimedia Commons
Este nome estranho foi dado aos bosques localizados ao redor do Monte Glastenbury no distrito de Bennington, no estado americano de Vermont. Neste lugar, como no famoso Triângulo das Bermudas, as pessoas desaparecem sem deixar vestígios. Há pelo menos cinco americanos que desapareceram misteriosamente no Triângulo de Bennington.
O primeiro desaparecimento ocorreu em 1945. O guarda-florestal de 74 anos, Middie Rivers, na companhia de quatro caçadores, caminhava por uma trilha turística e uma estrada. Em algum momento, Rivers avançou um pouco e seus companheiros o perderam de vista. Nada mais se sabe sobre o seu destino. De acordo com os caçadores, o engenheiro florestal experiente simplesmente não poderia se perder.
Um ano depois, Paula Welden, uma universitária de 18 anos, desapareceu neste bosque. A jovem tinha ido dar um passeio na trilha turística de Long Trail, mas nunca mais voltou. Paula era filha de um famoso arquiteto, e seu desaparecimento motivou a organização de um departamento policial até então inexistente de Vermont. As buscas, conduzidas por investigadores em Nova York, Massachusetts e Connecticut, envolveram o FBI e continuaram até 1947. Paula Welden/© Wikimedia Commons
Quase nenhum vestígio da garota foi encontrado. Então apareceu um suspeito, um dos moradores locais, que, segundo rumores, uma vez, bêbado, confessou que sabia o que havia acontecido com a moça; mas, como o corpo de Paula nunca foi encontrado, o homem não foi levado à justiça.
Três anos depois, talvez um dos mais misteriosos desaparecimentos do Triângulo de Bennington. James Tedford retornou de uma visita a seus parentes para sua casa de ônibus. A última vez que o viram foi no banco de trás do veículo, onde estavam suas coisas e uma brochura aberta com o cronograma de transporte. Foi na penúltima parada da rota. Mas James nunca chegou à última parada. Até hoje, não se sabe o que aconteceu com ele e como isso foi possível. De acordo com dados da polícia, nos últimos 50 anos apenas uma pessoa desapareceu na área do Triângulo de Bennington, que por isso hoje pode ser considerada um lugar tranquilo./© Vermont State Police
Um ano após o desaparecimento de James Tedford, Paul Jephson, de 8 anos, também sumiu na região. Ele estava viajando num caminhão com sua mãe. Em algum momento, a mulher parou o veículo e ficou distraída por alguns segundos. Foi o suficiente para a criança evaporar. Voluntários e policiais buscaram por todo o bosque à procura de Paul, mas não encontraram nenhuma pista. Frise-se que o menino usava uma jaqueta escarlate brilhante, que era muito fácil de ver.
Dezesseis dias depois, no Triângulo de Bennington, Frieda Langer, de 53 anos, que havia saído para passear na mata com sua prima, desapareceu. A mulher caiu em um riacho e ficou molhada, por isso deixou a prima para voltar ao acampamento e trocar de roupa. Nunca mais foi vista.
Com este, os casos dos misteriosos desaparecimentos no Triângulo de Bennington, terminaram.
Todas essas histórias intrigaram as pessoas por décadas. Alguns acham mais fácil dar a esses acontecimentos uma explicação mística, enquanto os mais insistentes continuam cavando os arquivos, na esperança de encontrar uma resposta.
Mas, não importa quantos anos se passaram, essas histórias não serão esquecidas, porque a natureza humana não permitirá que algo que despertou uma curiosidade tão forte nas mentes das pessoas desapareça sem deixar vestígios.
FONTE: INCRÍVEL CLUB
AUTOR: MUNDO REAL 21
Hoje, o MUNDO REAL 21 decidiu contar histórias menos famosas, mas não menos misteriosas e excitantes, cujos protagonistas desapareceram sem deixar vestígios.
O desaparecimento dos guardas do farol Farol na ilha de Eilean Mor/© Mary Evans Picture Library / East News
O farol, localizado na ilha escocesa de Eilean Mor, é famoso pela misteriosa história do desaparecimento de três guardas. O caso aconteceu em 1900, quando o chefe deles, Joseph Moore, se despediu de seus subordinados e foi para a estação costeira de Breasclete. Assim, em 5 de dezembro, o primeiro assistente de faroleiro, Thomas Marshall, o segundo assistente, James Ducat, e o assistente, Donald McArthur, foram deixados sozinhos na ilha.
Dez dias depois, na estação de Breasclete veio um aviso do comandante do barco a vapor “Archtor”. Os marinheiros relataram que, violando todas as instruções, o farol não estava aceso. No entanto, seja por negligência ou por mau tempo, ninguém foi à ilha verificar se tudo estava em ordem.
Joseph Moore partiu para a ilha no dia 26 de dezembro, após uma forte tempestade, mas não encontrou ninguém lá. As portas e janelas estavam fechadas, as capas de chuva dos guardas penduradas dentro do farol, as lamparinas carregadas, mas todos os relógios parados.
A única coisa que perturbou a imagem da ordem geral foi a mesa de jantar virada. Os homens não estavam em parte alguma, mas, ao mesmo tempo, Moore sabia que seus subordinados não poderiam ter deixado o farol, já que isso era categoricamente proibido pelas regras, e os desaparecidos eram experientes e responsáveis. © Mary Evans Picture Library / East News
O trio de Springfield © Springfield Police
Outra história sobre o desaparecimento de três pessoas ao mesmo tempo. Aconteceu na cidade de Springfield, EUA, em 7 de junho de 1992. Duas amigas de 19 anos, Suzanne “Suzie” Streeter e Stacy McCall, concluíram o ensino médio e tiveram uma bela noite na festa de formatura. Então, por volta das duas da manhã, as meninas foram para a casa de Suzanne, onde estava sua mãe, Sherrill Levitt. Ninguém nunca mais viu as três novamente.
A primeira a descobrir o desaparecimento foi uma amiga das garotas, Janelle Kirby, que passava pela casa com o namorado: elas iriam passar o dia num parque aquático, mas Suzanne e Stacy não haviam entrado em contato. De acordo com Janelle, a porta estava aberta, a cúpula do abajur da entrada estava quebrada, mas não a lâmpada. A casa estava vazia, exceto pelo Yorkshire terrier de Suzanne e de sua mãe. O cachorro estava muito excitado.
Inicialmente, Janelle e seu namorado não acharam que algo ruim tivesse acontecido. Por isso, e sem qualquer tipo de malícia, varreram o vidro da cúpula quebrada na entrada, possivelmente destruindo parte da evidência. Suzanne e Stacy na formatura/© Springfield Police
Finalmente, quem deu uma pista foi a sra. McCall, que não conseguiu entrar em contato com a filha por muito tempo. Ela então foi até a casa dos Streeter e encontrou a bolsa e as roupas de Stacy. A sra. McCall ouviu a secretária eletrônica e, segundo disse, encontrou uma mensagem muito estranha, mas a apagou acidentalmente.
A polícia foi informada sobre o incidente 16 horas após o desaparecimento. Os policiais não encontraram sinais de luta na casa. A investigação estava num beco sem saída até 2007, quando um agressor reincidente, Robert Craig Cox, foi preso, e disse que sabia algo sobre o desaparecimento do trio de Springfield.
Os investigadores descobriram que em 1992 Cox viveu na mesma cidade que as desaparecidas, o que significa que ele realmente poderia saber alguma coisa ou estar envolvido no desaparecimento. No entanto, Cox afirmou que ia contar tudo o que sabia após a morte de sua mãe. Até o momento, o caso não foi resolvido.
A tripulação desaparecida de “Mary Celeste” © Mary Evans Picture Library / East News
O veleiro com o nome melodioso “Mary Celeste” tinha 12 anos quando foi transferido para o novo capitão, Benjamin Briggs. Em 5 de novembro de 1872, a embarcação, sob seu controle, deixou o porto de Staten Island, em Nova York, rumo a Gênova. Além do capitão, estavam a bordo sua esposa, sua filha de dois anos e uma tripulação de sete marinheiros.
Supunha-se que o navio entregaria no seu destino o etanol pertencente à empresa Meissner Ackermann & Coin, mas o veleiro nunca chegou à Itália. Quatro semanas depois, o barco foi descoberto por um capitão que conhecia Briggs pessoalmente: David Reed Morehouse, que dirigia o bergantim “Dei Gratia”.
Morehouse encontrou o navio ileso, mas sem uma única pessoa a bordo. Tudo indicava uma evacuação urgente: os botes salva-vidas não estavam lá e a bússola foi quebrada quando tentavam removê-la apressadamente da parede. As razões que obrigaram as pessoas a deixar o navio não eram claras. © Mary Evans Picture Library / East News
A s joias do capitão e uma garrafa de óleo virada, que havia sido deixada por sua esposa na máquina de costura, refutaram a versão de um ataque pirata ou uma tempestade. A carga estava quase completamente intacta (apenas nove barris estavam faltando), e o último diário de bordo, datado de 24 de novembro, informava que o navio se aproximava da ilha de Santa Maria.
A versão mais plausível do incidente foi dada por um parente distante de Briggs: ele sugeriu que o álcool foi embalado sem ser selado, então evaporou lentamente, o que causou uma microexplosão no porão, por uma faísca acidental. Temendo outra explosão mais violenta, o capitão evacuou a tripulação com urgência, amarrando o bote salva-vidas com uma das velas à “Mary Celeste”.
Mas com a força do vento, o bote balançou para a frente e o cordame, amarrado ao barco cheio de pessoas, se esticou e rompeu. Então, talvez o bote tenha sido derrubado por uma onda, causando a morte de todos os passageiros.
Korrina Lynne Sagers Malinoski e sua filha © THE CHARLEY PROJECT
Em 21 de novembro de 1987, o proprietário de uma loja Samnerville na Carolina do Sul descobriu que sua funcionária, Korrina Lynne Sagers Malinoski, não ia trabalhar. Como não conseguiu contatá-la, ele foi à sua procura.
No caminho da casa de Korrina, o patrão encontrou seu carro. Estava fechado e estacionado perto da plantação onde o marido da mulher trabalhava. Por via das dúvidas, ele chamou a polícia e relatou o desaparecimento de uma pessoa.
Os policiais descobriram que Korrina foi vista pela última vez quando dirigia na estrada, por volta das 11 da manhã. Os guardas não descobriram mais nada. Nenhum sinal de luta foi encontrado perto do carro, e a busca pela plantação também não deu nenhum resultado.
Não houve mudança no caso até 4 de outubro de 1988, quando outro desaparecimento ocorreu: desta vez da filha de 11 anos do primeiro casamento de Korrina, Annette Deanne Sagers. A polícia esboçou como Annette deveria estar agora, e fez seu possível retrato atual./© THE CHARLEY PROJECT
O último a ver a garota foi seu padrasto. Por volta das sete da manhã, ela esperava o ônibus escolar perto da mesma plantação onde sua mãe desapareceu. Quando o motorista chegou para pegar a menina, Annette se foi. Seu padrasto não sabia que sua enteada tinha desaparecido até perceber que ela não havia retornado da escola. Então, foi até o ponto de ônibus, onde encontrou um bilhete com as palavras: “Papai, mamãe voltou, abraço nas crianças”. As “crianças” eram os irmãos da menina.
O exame revelou que o bilhete havia sido escrito por Annette. Até hoje, esse pedaço de papel ainda é a única evidência no caso do desaparecimento. Como resultado, a história gerou muitas lendas: alguns locais assumem que Korrina foi sequestrada por alienígenas e retornou por sua filha, outros acham que Annette foi levada pelo fantasma de sua mãe assassinada.
Os internautas sugerem versões mais pragmáticas. Segundo uma delas, o marido da mulher está envolvido no desaparecimento de Korrina e Annette (mas a polícia não tem nenhuma evidência para provar essa teoria). Segundo outra, Korrina tinha fugido com seu amante e alguns meses depois retornou para buscar sua filha.
O desaparecimento de cinco crianças de seu próprio quarto area52podcast
Na véspera do Natal de 1945, os proprietários de um pequeno hotel na Virgínia, Giorgio e Jennie Sodder, estavam em casa com seus nove filhos. Já eram dez horas da noite, mas a irmã mais velha, Mary Ann, presenteara brinquedos às crianças e elas não queriam ir para a cama. Deixando os filhos menores sob a supervisão da mais velha, Giorgio e Jennie foram descansar, pedindo à jovem que não ficasse até muito tarde. Os dois levaram com eles a filha de dois anos, Sylvia, que já tinha dormido.
Jennie acordou à 1h da manhã com um cheiro de fumaça. Ela correu para fora do quarto e percebeu que a casa estava em chamas. Impossibilitada de chegar perto do telefone, acordou o marido e Mary Ann, que estava dormindo no sofá da sala, e pediu a ela que tirasse a pequena Sylvia. Depois, Jennie começou a gritar para acordar as crianças, cujo quarto ficava no último andar, mas apenas as duas mais velhas saíram. Ninguém nunca mais viu as outras novamente.
Seus corpos também não foram encontrados. Os pais se recusaram a acreditar que seus cinco filhos tinham morrido no incêndio e presumiram que as crianças poderiam ter sido sequestradas pelos representantes da máfia siciliana. Sete anos depois da tragédia, os pais arrasados pregaram cartazes com fotos dos filhos, perto de casa, com pedido de informações sobre o paradeiro.
De acordo com o pai da família, eles tinham motivos para suspeitar que as crianças haviam sido sequestradas: pouco antes do incidente, um homem veio vê-lo, tentando conseguir um emprego. Quando ele viu a instalação elétrica, disse que um dia provocaria um incêndio. No dia anterior, o dono do hotel pedira que os especialistas da companhia de eletricidade verificassem a fiação e ela estava em excelentes condições, de modo que ele não deu atenção às palavras do homem.
Algum tempo depois, um vendedor de seguros foi ver Giorgio para oferecer-lhe um seguro para toda a família Sodder. Ao receber uma não, disse a Giorgio que todos os seus filhos morreriam e que seria uma vingança pelo fato do dono do hotel ter se permitido falar mal de Mussolini (Giorgio, na verdade, criticou o político muitas vezes).
Até hoje ainda não se sabe o que realmente aconteceu naquela noite na casa dos Sodder.
O Triângulo de Bennington © Wikimedia Commons
Este nome estranho foi dado aos bosques localizados ao redor do Monte Glastenbury no distrito de Bennington, no estado americano de Vermont. Neste lugar, como no famoso Triângulo das Bermudas, as pessoas desaparecem sem deixar vestígios. Há pelo menos cinco americanos que desapareceram misteriosamente no Triângulo de Bennington.
O primeiro desaparecimento ocorreu em 1945. O guarda-florestal de 74 anos, Middie Rivers, na companhia de quatro caçadores, caminhava por uma trilha turística e uma estrada. Em algum momento, Rivers avançou um pouco e seus companheiros o perderam de vista. Nada mais se sabe sobre o seu destino. De acordo com os caçadores, o engenheiro florestal experiente simplesmente não poderia se perder.
Um ano depois, Paula Welden, uma universitária de 18 anos, desapareceu neste bosque. A jovem tinha ido dar um passeio na trilha turística de Long Trail, mas nunca mais voltou. Paula era filha de um famoso arquiteto, e seu desaparecimento motivou a organização de um departamento policial até então inexistente de Vermont. As buscas, conduzidas por investigadores em Nova York, Massachusetts e Connecticut, envolveram o FBI e continuaram até 1947. Paula Welden/© Wikimedia Commons
Quase nenhum vestígio da garota foi encontrado. Então apareceu um suspeito, um dos moradores locais, que, segundo rumores, uma vez, bêbado, confessou que sabia o que havia acontecido com a moça; mas, como o corpo de Paula nunca foi encontrado, o homem não foi levado à justiça.
Três anos depois, talvez um dos mais misteriosos desaparecimentos do Triângulo de Bennington. James Tedford retornou de uma visita a seus parentes para sua casa de ônibus. A última vez que o viram foi no banco de trás do veículo, onde estavam suas coisas e uma brochura aberta com o cronograma de transporte. Foi na penúltima parada da rota. Mas James nunca chegou à última parada. Até hoje, não se sabe o que aconteceu com ele e como isso foi possível. De acordo com dados da polícia, nos últimos 50 anos apenas uma pessoa desapareceu na área do Triângulo de Bennington, que por isso hoje pode ser considerada um lugar tranquilo./© Vermont State Police
Um ano após o desaparecimento de James Tedford, Paul Jephson, de 8 anos, também sumiu na região. Ele estava viajando num caminhão com sua mãe. Em algum momento, a mulher parou o veículo e ficou distraída por alguns segundos. Foi o suficiente para a criança evaporar. Voluntários e policiais buscaram por todo o bosque à procura de Paul, mas não encontraram nenhuma pista. Frise-se que o menino usava uma jaqueta escarlate brilhante, que era muito fácil de ver.
Dezesseis dias depois, no Triângulo de Bennington, Frieda Langer, de 53 anos, que havia saído para passear na mata com sua prima, desapareceu. A mulher caiu em um riacho e ficou molhada, por isso deixou a prima para voltar ao acampamento e trocar de roupa. Nunca mais foi vista.
Com este, os casos dos misteriosos desaparecimentos no Triângulo de Bennington, terminaram.
Todas essas histórias intrigaram as pessoas por décadas. Alguns acham mais fácil dar a esses acontecimentos uma explicação mística, enquanto os mais insistentes continuam cavando os arquivos, na esperança de encontrar uma resposta.
Mas, não importa quantos anos se passaram, essas histórias não serão esquecidas, porque a natureza humana não permitirá que algo que despertou uma curiosidade tão forte nas mentes das pessoas desapareça sem deixar vestígios.
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