Histórias de assassinatos e assombrações são assustadoras por si só, mas quando os casos envolvem crianças, tudo se torna ainda mais apavorante.
Em O que aconteceu com Annie, livro da autora de O Homem de Giz e, mais recentemente, As Outras Pessoas, Joe Thorne recebe um e-mail que o leva de volta para o passado: “Eu sei o que aconteceu com sua irmã. Está acontecendo de novo”. Obrigado a desenterrar segredos de décadas atrás, ele vai descobrir que algumas feridas não se fecham.
Inspirados na pequena e não-tão-meiga Annie, separei cinco casos reais de crianças macabras. Mas aviso: não me responsabilizo pelos pesadelos que você pode ter após ler essa lista.
1. Beth Thomas, a menina psicopata
Ainda pequena, Beth e seu irmão foram adotados por um casal amoroso, pronto para dar todo o carinho possível para as crianças. Poucos meses depois, porém, ela apresentou indícios de que queria matar sua família. A criança de aparência angelical batia a cabeça do irmão no concreto, esfaqueava animais de estimação e se masturbava em público compulsivamente.
Um trecho de uma entrevista de A Ira de um Anjo, documentário de 1992 feito sobre a garotinha, mostra sua falta de remorso:
Dr. Ken: Seus pais têm medo de você?
Beth: Sim.
Dr. Ken: O que você quer fazer com eles?
Beth: Esfaqueá-los.
O casal não sabia, mas, antes de serem adotadas, as crianças foram abusadas pelo pai biológico. Beth tinha sonhos constantes em que um homem estranho caía em cima dela ou escalava seu corpo. Assim que os pais perceberam o comportamento agressivo, a internaram em um clínica especializada e iniciaram o tratamento. Beth cresceu, se recuperou, e hoje em dia é enfermeira, ajudando pessoas que passaram pela mesma situação que ela.
2. Os assassinos de 10 anos de idade
Em 1993, James Bulger, de três anos, passeava com a mãe no shopping da cidade. Dois meninos, Jon Venables e Robert Thompson, o viram brincando sozinho afastado dos adultos e o levaram para longe. De mãos dadas, os três caminharam por 40 minutos, se distanciando do shopping.
Quando adultos perguntavam o que estavam fazendo sozinhos, os mais velhos respondiam que eram irmãos voltando para casa. Chegando a uma estação de trem abandonada, Jon e Robert jogaram tinta, pedras e tijolos, chutaram, bateram e até a acertaram uma barra de ferro de mais de 10 quilos na cabeça do mais jovem.
Mais de 42 lesões foram encontradas no corpo. O pequeno cadáver foi amarrado aos trilhos do trem, onde foi decepado ao meio.
Reconhecidos por testemunhas, os dois estão na lista de pessoas mais jovens a ir para cadeia, onde ficaram até atingir 18 anos, quando foram libertados e ganharam novas identidades. Em 2010, Jon Venables foi preso novamente, dessa vez por posse e distribuição de pornografia infantil, sendo condenado a dois anos de cadeia. Em 2018, ele foi preso mais uma vez pelo mesmo motivo.
3. A menina com 7.000 baratas de estimação
Desde que aprendeu a falar, Shelby Counterman pedia por insetos de estimação. Quando completou três anos, sua mãe finalmente atendeu ao pedido e a presenteou com cinco baratas.
Após Shelby secretamente misturar os machos e as fêmeas, a coleção cresceu e hoje conta com mais de 7.000 espécimes, que ficam em potes especiais e aquários com vaselina, para impedi-las de escapar e andar pela casa. Algumas baratas até dormem no quarto com a menina, que já está com 12 anos de idade. Ela tem tantos insetos que alguns servem de alimento para seu lagarto e sua tarântula.
4. A vida passada de James Leininger
O pequeno James começou a ter pesadelos frequentes em que se encontrava preso em um avião em chamas. Após meses do mesmo pesadelo, relatou para seus pais que seu avião Corsair foi abatido perto de Iwo Jima em uma base militar chamada Natoma, ao sul do Japão, e que seu colega se chamava Jack Larsen.
Curiosos, os pais pesquisaram sobre a Segunda Guerra Mundial e o local mencionado. Ao passar por imagens de Iwo Jima, o menino apontou e afirmou que aquele era o local em que havia morrido. Pesquisando mais, descobriram que em 3 de março de 1945, um homem morreu na base Natoma:
James M Hudson teve seu avião atingido, pegando fogo e caindo no Pacífico quando tinha apenas 21 anos. O jovem fora fotografado pilotando um Corsair e combateu ao lado de Jack Larsen.
Além dos pesadelos, a criança tinha um conhecimento avançado sobre aviões, estranho para um menino que só assistia desenhos animados. Quando a mãe lhe deu um avião de brinquedo, apontou e falou “aqui fica a bomba”, e o menino respondeu “Isso não é uma bomba, mamãe. É um tanque”.
Além de estar correto em sua observação, ele sabia nomes específicos de aviões de guerra americanos e japoneses utilizados na época. Os pais levaram o garoto a um encontro de veteranos de guerra, durante o qual o menino reconheceu cada um dos ex-soldados pelo nome, sem nunca ter encontrado com eles.
A família entrou em contato com Anne Barron por telefone, a irmã do falecido James Hudson. Durante a conversa, a criança contou detalhes da vida pessoal do soldado, que Anne confirmou serem verdadeiros, como brinquedos de infância e o alcoolismo do pai. Depois de falar com James, ela ficou convencida de que ele era seu irmão renascido.
5. A verdadeira história do boneco Chucky
Poucos sabem, mas o filme Chucky – Brinquedo Assassino foi inspirado em um caso real. Em 1906, uma família endinheirada tinha o costume de maltratar suas empregadas. Uma delas, que entendia de magia negra e vodu, presenteou um dos membros da família, um garotinho de seis anos, com um boneco amaldiçoado. Logo os dois se tornaram inseparáveis. A criança deu seu primeiro nome – Robert – para o boneco, e pediu para o chamarem apenas de Gene, seu apelido.
A partir de então, os fenômenos mais bizarros passaram a acontecer. O pai percebeu que Gene falava com o boneco constantemente, e respondia a si mesmo com uma voz completamente diferente. Robert fora encontrado várias vezes em lugares onde não havia sido deixado. Vizinhos relataram avistar o boneco em pé olhando pela janela. Com medo, a mãe trancou o boneco em um quarto, e os vizinhos o avistaram rindo e se movimentando. Quando entraram para verificar, o quarto estava bagunçado, mesmo sem ninguém dentro.
Anos mais tarde, a família faleceu e o boneco permaneceu na casa, sendo encontrado pelos novos proprietários, que tinham uma filha pequena. A menina o elegeu como seu boneco preferido, mas, depois de um tempo, começou a acordar gritando alegando que Robert estava tentando matá-la.
Hoje em dia, o boneco está no Museu East Martello, na Flórida, onde os visitantes precisam pedir sua permissão para tirar foto. A lenda diz que quem tirar uma foto sem a autorização de Robert será amaldiçoado.
FONTE: INTRINSECA.COM