Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) descobriram duas novas espécies de plantas, com a idade de 280 milhões de anos. O material foi encontrado no município de Nova Iorque do Maranhão, na Barragem Boa Esperança, nas margens do Rio Parnaíba, divisa com o estado do Piauí.
De acordo com o professor e doutor Juan Cisneros, chefe do Laboratório de Paleontologia do Centro de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí (CCN-UFPI), o projeto foi criado em 2011 e percorreu vários locais para a realização da pesquisa.
“Nos encontramos os restos de tronco petrificados às margens do Rio Parnaíba. Eles foram analisados em laboratório e também foram levados para Porto Alegre, para fazer parte de outro projeto de pesquisa. Para termos uma ideia, essas espécies são mais antigas que os dinossauros”, disse.
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Para Juan, a descoberta vai ajudar a reconstruir a história do planeta Terra e a entender como era o ambiente do Brasil no final da Era Paleozóica, quando o planeta era formado por um continente conhecido como Pangeia. “Naquele época o Piauí tinha um clima mais temperado, as plantas ajudam a entender e evidenciar que o clima era melhor naquele período”, pontuou.
Os nomes das espécies são: Novaiorquepitys, que significa “medula de Nova Iorque” e Yvirapitys, “medula da madeira”, Yvira significa madeira em Guarani. Segundo os pesquisadores, elas viveram ao mesmo tempo que as plantas da Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina.
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As plantas já extintas são do grupo das gimnospermas, parentes dos pinheiros e das araucárias de hoje em dia. A pesquisa foi divulgada na revista internacional Review of Palaeobotany and Palynology, considerada uma referência importante na área.
A pesquisa foi liderada pela doutoranda Domingas Maria da Conceição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com participação do Prof. Dr. Juan Cisneros (UFPI) e pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidad Nacional del Nordeste (Argentina).
AUTOR: G1/PI
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