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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

NO PIAUÍ, PESQUISADORES DESCOBREM ESPÉCIES DE PLANTAS DE 280 MILHÕES DE ANOS; MAIS ANTIGAS QUE DINOSSAUROS

Espécies descobertas têm mais de 200 milhões de anos. Foto: Divulgação Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) descobriram duas novas espécies de plantas, com a idade de 280 milhões de anos. O material foi encontrado no município de Nova Iorque do Maranhão, na Barragem Boa Esperança, nas margens do Rio Parnaíba, divisa com o estado do Piauí.

De acordo com o professor e doutor Juan Cisneros, chefe do Laboratório de Paleontologia do Centro de Ciências da Natureza da Universidade Federal do Piauí (CCN-UFPI), o projeto foi criado em 2011 e percorreu vários locais para a realização da pesquisa.

“Nos encontramos os restos de tronco petrificados às margens do Rio Parnaíba. Eles foram analisados em laboratório e também foram levados para Porto Alegre, para fazer parte de outro projeto de pesquisa. Para termos uma ideia, essas espécies são mais antigas que os dinossauros”, disse.
Pesquisadores encontram espécies com 280 milhões de anos. Foto: Divulgação Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Para Juan, a descoberta vai ajudar a reconstruir a história do planeta Terra e a entender como era o ambiente do Brasil no final da Era Paleozóica, quando o planeta era formado por um continente conhecido como Pangeia. “Naquele época o Piauí tinha um clima mais temperado, as plantas ajudam a entender e evidenciar que o clima era melhor naquele período”, pontuou.

Os nomes das espécies são: Novaiorquepitys, que significa “medula de Nova Iorque” e Yvirapitys, “medula da madeira”, Yvira significa madeira em Guarani. Segundo os pesquisadores, elas viveram ao mesmo tempo que as plantas da Floresta Fóssil do Rio Poti em Teresina.
Pesquisadores encontram espécies com 280 milhões de anos. Foto: Divulgação Universidade Federal do Piauí (UFPI)

As plantas já extintas são do grupo das gimnospermas, parentes dos pinheiros e das araucárias de hoje em dia. A pesquisa foi divulgada na revista internacional Review of Palaeobotany and Palynology, considerada uma referência importante na área.

A pesquisa foi liderada pela doutoranda Domingas Maria da Conceição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com participação do Prof. Dr. Juan Cisneros (UFPI) e pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidad Nacional del Nordeste (Argentina).

AUTOR: G1/PI

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