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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

NOS EUA, CHARLES MANSON MORRE AOS 83 ANOS

O serial killer Charles Manson (Foto: Courtesy California Department of Corrections and Rehabilitation/Handout via Reuters)

Charles Manson, líder da seita que assassinou a atriz Sharon Tate em 1969, morreu neste domingo (19), aos 83 anos, no hospital de Bakersfield, na Califórnia. Ele teria morrido por causas naturais, mas as autoridades não confirmam a informação.

O criiminoso, condenado à prisão perpétua, estava internado desde quarta-feira (15), quando foi levado às pressas para o centro médico, escoltado por cinco policiais.

Manson, que tinha uma suástica tatuada na testa, já havia sido hospitalizado em janeiro para ser operado por lesões no intestino e uma hemorragia interna, mas seu estado foi considerado muito frágil para isto e ele retornou à prisão, onde passou mais de 40 anos.

Manson chefiou a seita denominada "A Família" e era um dos criminosos mais conhecidos dos Estados Unidos. Ele foi condenado por convencer jovens seguidores a assassinarem, "com o máximo de crueldade", pelo menos sete pessoas, incluindo uma das estrelas de Hollywood mais comentadas da época.
Foto mostra prisão de Charles Manson em 1969 (Foto: Arquivo/AP)

Condenações

Manson chefiou a seita denominada "A Família" e era um dos criminosos mais conhecidos dos Estados Unidos. Em agosto de 1969, seus seguidores invadiram a casa da atriz Sharon Tate, na época esposa do cineasta Roman Polanski, que estava grávida de oito meses e meio. Ela e quatro amigos foram mortos a facadas.

Os crimes comoveram os Estados Unidos, marcando simbolicamente a contracultura dos anos 1960 e o movimento hippie.

Em 1971, ele foi condenado, ao lado de quatro dos seus discípulos, por convencer jovens seguidores a assassinarem, "com o máximo de crueldade", pelo menos sete pessoas, incluindo Sharon Tate. As condenações foram comutadas para prisão perpétua.

No fim de 2014, Manson pediu autorização para casar com uma mulher de 26 anos, Afton Elaine Burton, mas ele desistiu da ideia.

Em 2012, apresentou uma demanda para obter liberdade antecipada, que foi rejeitada. Ele teria que esperar até 2027 para fazer um novo pedido.
Charles Manson ao lado de sua 'noiva', Afton Elaine Burton (Foto: Reprodução/Facebook/Charles Manson (Official))

Infância complicada

Manson nasceu em 12 de novembro de 1934, em Cincinnati (Ohio), e teve uma infância complicada, de acordo com relato da BBC, citando o biógrafo Jeff Guinn. Aos cinco anos, ele viu a mãe e o irmão serem presos por roubarem uma garrafa de ketchup em um posto de gasolina.

Ele chegou a contar que a mãe, alcoólatra, chegou a "dá-lo" a uma garçonete em troca de cerveja, quando era criança. A transação teria sido desfeita por um familiar dias depois. Manson passou por uma série de reformatórios e prisões.

Em 1966, ele funda a "família", uma comunidade hippie, que reunia mais de 30 pessoas, principalmente mulheres, segundo estimativas do promotor de justiça Vincent Bugliosi, que investigou a morte de Tate. Ele reunia pessoas que demostravam profunda hostilidade contra a sociedade.

Manson dizia acreditar que brancos e negros travariam uma disputa sem precedentes nos Estados Unidos.

Em suas pregações, afirmava que o White Album (Álbum Branco), dos Beatles, - e em especial a música Helter Skelter - seria uma espécie de quebra-cabeças com revelações codificadas sobre a iminência do confronto racial pelo poder no país.

O objetivo de Manson era "acelerar" esta guerra racial, por meio de assassinatos que eram falsamente associados a afro-americanos, segundo a BBC.

Em 9 de agosto de 1969, seguindo ordens de Manson, integrantes da seita invadiram a casa de Sharon Tate e a mataram com 16 facadas. Outros quatro amigos que a visitavam também foram esfaqueados - um deles com 51 golpes.

Após o ataque, seguidores da seita espalharam pistas falsas, em uma tentativa de incriminar os Panteras Negras, grupo que lutava contra o racismo e chamava atenção na época por todo país.
Foto de 16 de junho de 2011 mostra Charles Manson (Foto: CDCR/ Reuters)

AUTOR: G1

domingo, 19 de novembro de 2017

SAIBA QUEM FORAM OS 3 REIS MAGOS

(sedmak/iStock)

Os magos só são mencionados em um dos quatro evangelhos, o de Mateus. Nos 12 versículos em que trata do assunto, Mateus não especifica o número deles. 

Sabe-se apenas que eram mais de um, porque a citação está no plural – e não há nenhuma menção de que eram reis. “Não há evidência histórica da existência dessas pessoas”, diz André Chevitaresse, professor de História Antiga da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

“São personagens criados pelo evangelista para simbolizar o reconhecimento de Jesus por todos os povos.” Foi apenas no século 3 que eles receberam o título de reis – provavelmente como uma maneira de confirmar a profecia contida no Salmo 72: 

“Todos os reis cairão diante dele”. Cerca de 800 anos depois do nascimento de Jesus, eles ganharam nomes e locais de origem: Melchior, rei da Pérsia; Gaspar, rei da Índia; e Baltazar, rei da Arábia.

Em hebreu, esses nomes significavam “rei da luz” (melichior), “o branco” (gathaspa) e “senhor dos tesouros” (bithisarea). Quem hoje for visitar a catedral de Colônia, na Alemanha, será informado de que ali repousam os restos dos reis magos.

De acordo com uma tradição medieval, os magos teriam se reencontrado mais de 50 anos depois do primeiro Natal, em algum lugar da atual Turquia, onde viriam a falecer. Mais tarde, seus corpos teriam sido levados para Milão, na Itália, onde permaneceram até o século 12, quando o imperador germânico Frederico dominou a cidade e trasladou as urnas mortuárias para Colônia. 

“Não sei quem está enterrado lá, mas com certeza não são eles”, diz o teólogo Jaldemir Vitório, do Centro de Estudos Superiores da Companhia de Jesus, em Belo Horizonte. “Mas isso não diminui a beleza da simbologia do Evangelho de Mateus ao narrar o nascimento de Cristo.” Afinal, devemos aos magos até a tradição de dar presentes no Natal. 

No ritual da Antiguidade, ouro era o presente para um rei. Incenso, para um religioso. E mirra, para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a mortalidade).

AUTOR: SUPERINTERESSANTE

sábado, 18 de novembro de 2017

CIENTISTAS ALERTAM: TALVEZ SEJA A HORA DE PARAR DE DESTRUIR A TERRA

Mais de 15 mil cientistas de 184 nações assinaram uma carta aberta para a humanidade, educadamente pedindo aos seus companheiros primatas bípedes que parem de destruir o planeta, se não for muito incomodo.

“Alerta dos Cientistas do Mundo para a Humanidade: Um Segundo Aviso” é, como sugere o nome, a sequência de um aviso semelhante ao emitido em 1992. Aparentemente cientistas estão há algum tempo preocupados com a destruição da bioesfera da Terra! O primeiro aviso observou que a civilização humana e o mundo natural estavam em uma “rota de colisão”. “Estávamos diminuindo o número de peixes do mar, destruindo florestas tropicais, liberando dióxido de carbono na atmosfera e, acima de tudo, adulterando a independência da cadeia alimentar do planeta”.

Infelizmente, parece que continuamos a fazer essas coisas.

“Desde 1992, com a exceção de estabilizar a camada de ozônio da estratosfera, a humanidade falhou ao progredir na solução de desafios ambientais previsíveis, e de forma alarmante, a maioria deles têm ficado cada vez pior”, escrevem os cientistas.

“Em breve será muito tarde para mudar a rota deste trajeto, e o tempo está se esgotando”, dizem os autores da carta, claramente mais preocupados que o restante da humanidade.

“A humanidade recebe agora um segundo aviso”.

Os avisos dos cientistas evoluíram com o tempo. Enquanto em 1992 a carta focava na redução da camada de ozônio estratosférica, o consumo exacerbado de recursos naturais e o crescimento demográfico descontrolado, a revisão de 2017 dá mais ênfase na “atual tendência de uma potencial mudança climática catastrófica”, e o fato que estamos nos estágios iniciais de uma sexta extinção em massa “em que muitas atuais formas de vida podem ser aniquiladas ou pelo menos extintas até o fim deste século”.

Abaixo seguem alguns exemplos de como o planeta mudou desde o primeiro alerta em 1992:

• Recursos per capita de água potável declinaram em 25%

• O número de áreas mortas nos oceanos subiu em 75%

• Cerca de 300 milhões de hectares de florestas foram destruídos em todo o mundo

• O número total de dióxido de carbono perigosos para o clima cresceu de 20 bilhões de toneladas para aproximadamente 40 bilhões

Mas nem tudo é tão ruim. Os cientistas apontam que a taxa em que estamos destruindo florestas tem diminuído em algumas partes do mundo. Além disso, o setor de energia renovável tem prosperado. E temos feito um bom trabalho em diminuir o buraco na camada de ozônio desde os anos 1990. Inclusive, desde a implementação do Protocolo de Montreal, que baniu clorofluorcarbonetos, o buraco tem se restaurado. Bom trabalho, humanos.

Para evitar um apocalipse ecológico, os autores dizem que precisamos insistir que nossos governos tomem partido. Uma “onda popular de esforços organizados” é necessária para convencer os lideres do mundo a preservar e restaurar nossas áreas selvagens, reduzir a desigualdade econômica e promover a energia limpa. Mas dá para imaginar porque eles acham que nossos lideres não estão tomando alguma atitude.

Individualmente, todos nós podemos salvar o planeta tendo menos filhos, comendo menos hambúrgueres e tentando não juntar muito lixo.

Você pode ler a carta aberta na íntegra neste link. Ou você pode esperar por um terceiro aviso, que deve chegar depois do início do inverno nuclear.

AUTOR: GIZMODO

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

NOS EUA, CHARLES MANSON VOLTA ÀS MANCHETES COM LEGADO DE RACISMO, CONSPIRAÇÕES SOBRE OS BEATLES E SANGUE

Especulação sobre fragilidade da situação de Manson levou o assassino ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter dos EUA REUTERS

Responsável por esfaqueamentos que chocam os Estados Unidos há quase 50 anos, mesmo sem ter sujado as mãos com uma única gota de sangue, Charles Manson, aos 83 anos, estaria à beira da morte, segundo a imprensa americana.

O ex-guru hippie teria sido internado há quatro dias em um hospital da Califórnia, onde cumpre prisão perpétua desde 1971, condenado por convencer jovens seguidores a assassinarem, "com o máximo de crueldade", pelo menos sete pessoas, incluindo uma das estrelas de Hollywood mais comentadas da época.

A notícia foi publicada pelo site TMZ e replicada pelos principais jornais americanos, incluindo o Washington Post e o New York Times.

Procurado, o departamento penitenciário da Califórnia diz que segue regras locais e federais de privacidade médica e não confirma a internação de Manson. À agência Associated Press, uma porta-voz se limitou a informar que ele estava vivo nesta quinta-feira.

A especulação trouxe Manson ao topo dos assuntos mais comentados no Twitter e lançou um debate sobre um dos criminosos mais perturbados e famosos da história americana - especialmente entre jovens que não conheciam o vínculo de sua seita com a tensão racial nos EUA, reacesa recentemente por eventos como a marcha racista de Charlottesville, em agosto, ou os assassinatos por policiais que deram origem ao movimento Black Lives Matter.

Mesmo com registros oficiais associados a sete mortes (bem menos que outros assassinos em massa cujo nome ninguém se lembra, como Steven Paddock, que matou 58 pessoas a tiros em Las Vegas, no mês passado), Manson é tema de pelo menos 40 livros e há décadas atrai holofotes - e calafrios.

Da infância problemática no interior americano às orgias com roqueiros famosos e uma obsessão pelos Beatles, cujas letras seriam uma "premonição" de uma suposta guerra civil entre brancos e negros que ele tentou "antecipar", Manson é descrito por biógrafos como um homem que buscava fama e reconhecimento a qualquer custo - na maioria das vezes, sem sucesso.

Ele foi condenado à morte por câmara de gás em março de 1971, mas, no ano seguinte, após o Estado da Califórnia extinguir este tipo de pena, uma nova decisão o levou à prisão perpétua.
Sedução em troca de 'assassinatos terceirizados'

Segundo biógrafos, o maior "talento" de Manson seria sua habilidade para seduzir e convencer seguidores da seita autodenominada "Família" a cometerem assassinatos em seu lugar - sem hesitações ou arrependimentos.
Manson foi condenado à morte em uma câmara de gás em 1971, mas no ano seguinte, o estado da Califórnia extinguiu este tipo de pena Foto: California Department of Corrections

Manson não estava presente fisicamente em nenhum dos sete assassinatos promovidos pela seita e confirmados pela Justiça americana.

A vítima mais conhecida foi a atriz Sharon Tate, esposa do então já premiado diretor Roman Polanski, que morreu aos 8 meses de gravidez, depois de ganhar um Globo de Ouro.

Seguindo ordens de Manson, membros da seita invadiram a casa da atriz e a mataram em posição fetal com 16 facadas. Outros quatro amigos e conhecidos que a visitavam também foram esfaqueados - um deles com 51 golpes.

"Destruam totalmente todas as pessoas dentro da casa, da forma mais horrível possível", teria ordenado o líder.

Uma de suas seguidoras, Susan Atkins, admitiu em tribunal que outros assassinatos macabros haviam sido previstos pelo guru, incluindo os de estrelas como Frank Sinatra e Elizabeth Taylor.

As mortes foram resultado de uma tese apocalíptica de Manson, que dizia acreditar que brancos e negros travariam uma disputa sem precedentes nos Estados Unidos.

Em suas pregações, ele dizia que o White Album (Álbum Branco), dos Beatles, - e em especial a música Helter Skelter - seria uma espécie de quebra-cabeças com revelações codificadas sobre a iminência do confronto racial pelo poder nos EUA.

O objetivo de Manson era "acelerar" esta guerra racial, por meio de assassinatos falsamente associados a afro-americanos.

Ele prometia proteção aos seguidores e dizia que se tornaria um messias ao fim da guerra.

Durante os assassinatos na casa de Tate, os seguidores da seita espalharam pistas falsas, numa tentativa de incriminar os Panteras Negras, icônico grupo que lutava contra o racismo e chamava atenção na época por todo país.

Em seu livro Helter Skelter, o promotor de justiça Vincent Bugliosi, responsável pelas investigações dos crimes, conta que policiais encontraram a palavra "PIG" ("porco") escrita com o sangue de uma das vítimas em uma porta da casa de Tate.

O termo era usado pelos Panteras Negras em referência a policiais envolvidos em assassinatos e prisões preventivas de afro-americanos.
A mando de Charles Manson, membros de sua seita invadiram a casa da atriz Sharon Tate e a mataram a facadas GETTY IMAGES

Durante o julgamento, investigadores descobriram que Manson ordenou que cartões de crédito encontrados em carteiras de suas vítimas fossem deixadas em um bairro negro, na expectativa de que algum morador os usasse e fosse incriminado - o que não aconteceu.

Em uma das sessões, Manson, que tentou ser seu próprio advogado no processo, chegou a se atirar contra o juiz Charles Older, gritando que "alguém deveria cortar sua cabeça".

Beatles

Os Beatles comentaram as associações feitas pelo assassino.

"Não tenho nada a ver com isso", disse John Lennon à revista Playboy, em 1980.

Segundo o Beatle, Manson seria "apenas uma versão extrema" de fãs que embarcaram em teorias de conspiração sobre a banda, como os que acreditavam que Paul McCartney havia morrido em 1966 e sido substituído por um sósia.

"Ou os que concluíram que eu escrevi sobre ácido em Lucy in the Sky with Diamonds por que as iniciais eram LSD", afirmou Lennon.

Paul McCartney também comentou o caso no livro The Beatles Anthology.

"Manson interpretou que Helter Skelter tinha algo a ver com os quatro cavaleiros do apocalipse", disse. "Foi assustador, você não escreve músicas para isso."

No mesmo livro, George Harrison disse que "foi perturbador ser associado a algo tão desprezível como Charles Manson". Ringo Starr, que conhecia Sharon Tate e Roman Polanski pessoalmente, classificou o episódio como "um momento difícil".

A 'Família' e a banda Beach Boys

"Charlie disse que a morte era bonita porque as pessoas a temiam", escreveu em seu livro o promotor Bugliosi, que morreu há dois anos.

Ao narrar as investigações que levaram à condenação de Manson e seu séquito (no dia seguinte às cinco mortes na casa de Tate, eles mataram um casal em sua casa), Bugliosi mostra como o assassino teria manipulado a mística e as experiências com drogas da geração hippie e associados elementos como sangue e mortes ao velho lema "paz e amor".

"Suspeito firmemente que os 'poderes mágicos' (de Manson) eram nada mais que uma habilidade de despertar crenças nas pessoas certas, no local correto", diz o autor.

O ex-promotor classifica os membros da "Família", cujas estimativas variam entre 30 e 100 pessoas - principalmente mulheres -, como alvos selecionados cuidadosamente.

"Os que o acompanhavam não eram os típicos garoto ou garota da vizinhança. Quase todos traziam uma profunda hostilidade contra a sociedade antes de conhecer Manson."
Autor de livro sobre Manson afirma que o assassino manipulou a mística e as experiências com drogas da geração hippie Foto: California Department of Corrections

Em imagens do julgamento que podem ser vistas no You Tube, seguidoras do assassino caminham pelo tribunal cantando músicas em latim e sorrindo.

Em um perfil sobre o assassino, o jornal britânico The Guardian classificou Manson como uma espécie de "camaleão", sempre disposto a se transformar para convencer pessoas com perfis distintos.

"Ele podia ser o típico roqueiro quando na presença de músicos e produtores musicais, uma espécie de guru semelhante a Cristo para seus seguidores ou o arquétipo de um branco racista quando junto a bandos de motoqueiros."

Entre os "seduzidos" estão membros da banda Beach Boys, que chegaram a viver por algumas semanas com Manson e seus seguidores na casa do baterista Dannis Wilson, um ano antes das mortes em série.

Em livro publicado no ano passado, Mike Love, vocalista da banda californiana, conta que Manson provocava encontros sexuais entre seguidoras e os colegas da banda, em meio a altas doses de LSD - às quais o assassino, segundo relatos de ex-membros da Família, era "bastante resistente".

Segundo promotores, Manson teria criado uma espécie de harém, no qual mantinha relações sexuais simultâneas com diversas mulheres que acreditavam em suas "previsões".

Casamento

Uma biografia publicada em 2013 se dedicou às origens de Manson e seu histórico de problemas familiares.

Autor de Manson, o biógrafo Jeff Guinn conta que o garoto de Ohio tinha 5 anos quando viu a mãe e o irmão serem presos por roubarem uma garrafa de ketchup em um posto de gasolina.

Manson disse no passado que a mãe, alcoólatra, chegou a "dá-lo" a uma garçonete em troca de cerveja, quando era criança. A transação teria sido desfeita por um parente dias depois.

Manson passou por uma série de reformatórios e prisões, onde teria convivido com criminosos como cafetões, que o teriam ensinado a coagir mulheres a realizar seus desejos.
Cena do crime que matou a atriz Sharon Tate; 'Destruam totalmente todas as pessoas dentro da casa, da forma mais horrível possível', teria ordenado Manson GETTY IMAGES

Quando tinha 32 anos, ele já tinha passado quase metade da vida encarcerado.

Preso para sempre aos 36 anos em 1971, Manson voltou às manchetes em 2014, após receber permissão para se casar na prisão, aos 80 anos.

Elaine Burton, uma mulher de 26 anos que se apresenta como "Star" (estrela) e se mudou de Estado para viver próximo à prisão de Corcoran (Califórnia), que abriga Manson, declarou à imprensa que o amava e queria ficar com ele.

A licença para o casamento expirou em 2015 e a boda nunca ocorreu. Mais tarde, a imprensa americana noticiou que o objetivo de Star com o casamento seria ter a chance de divulgar imagens do cadáver de Manson, quando ele morresse, e vendê-las para tabloides.

Uma nova avaliação de liberdade condicional está prevista para 2027 pela Justiça americana. Manson terá 93 anos.

AUTOR: BBC

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PADRE EXORCISTA CONTA COMO É UM DIÁLOGO DIRETO COM SATANÁS

Você já imaginou como funciona uma sessão de exorcismo? Talvez todos tenhamos uma pequena noção, mas talvez não por experiência própria. O gênero de terror é excelente para nos mostrar pelo menos um pouquinho sobre esse lado sobrenatural. Se você é desses que curte esse tipo de coisa, é bem provável que já tenha assistido o clássico chamado "O Exorcista", de 1973.

Nele, podemos presenciar uma cena em que um padre exorcista tenta exorcizar uma garotinha. Certamente é algo que não chega nem perto do que realmente pode acontecer, mas serve para nos dar uma pequena ideia. Trazendo o tema para a vida real, Gabriele Amorth foi o principal padre exorcista presente no Vaticano e até na diocese de Roma. Ele resolveu contar mais sobre suas terríveis experiências.

Exorcista conta sobre suas primeiras "conversas" com satanás
Bom, embora seja um tema frequente, muita gente ainda fica com o pé atrás. Claro, sempre existem os crentes e descrentes em qualquer que seja o assunto, e não foi diferente com os relatos do padre. Ele atuou durante 36 anos, até setembro de 2016, que foi o período de sua morte, aos 91 anos. Considerado como o exorcista mais influente e famoso do mundo, sempre era convocado pela mídia para dar entrevistas e relatar sobre suas mais diversas experiências,

No ano de 2012, em uma entrevista concedida ao site Libero, ele contou como foi seu primeiro contato com o diabo, enquanto realizava uma sessão de exorcismo: "De repente eu tive a nítida sensação de uma presença demoníaca na minha frente. Senti o demônio me olhando, me examinando, se movimentando ao meu redor. O ar ficou frio. Um amigo exorcista já tinha me falado dessas mudanças bruscas de temperatura. Mas uma coisa é falar, outra é viver. Tentei me concentrar. Fechei os olhos e continuei a minha oração, de coração [...]".

Um exorcista precisa saber fazer as perguntas certas
Algo bastante intrigante sobre essas sessões, é o fato de que um exorcista sempre indaga o demônio que está ali presente. Todos reconhecem que satanás é mentiroso, e que provavelmente tudo que ele dirá usando a pessoa não será real, mas ainda assim o fazem. Quando padre Amorth foi questionado sobre o porque fazem isso, respondeu: "Temos que filtrar as respostas do diabo. O Senhor as vezes impõe que ele diga a verdade, para mostrar que satanás foi derrotado por Cristo e que ele é obrigado a obedecer aos discípulos que agem em nome Dele".

Bom, a verdade é que quando o demônio é forçado a falar quem é e o que pretende, as coisas podem se tornar ainda mais perigosas. O padre acrescenta que, quando forçado a dizer o nome, é uma enorme humilhação para a entidade ali presente. Então, tenta se vingar de todas as formas possíveis, o que pode ser um grande risco para a pessoa possuída e para todos que presenciam a cena.

O exorcista precisa se limitar e não se deixar envolver para aquilo que satanás pretende. Ele pode fazer apenas as perguntas de praxe do rito, caso contrário, tudo pode acabar mal. No ano de 2009, deu outra entrevista em que contou o seguinte: "Certa vez, me aconteceu de perguntar a um demônio por que, apesar da sua inteligência superior, ele preferiu descer ao inferno. Ele respondeu: 'Eu me rebelei contra Deus e mostrei que sou mais forte que Ele'. Para eles, a rebelião é um sinal de vitória e superioridade".

O uso do rosário
Assim como retratam os filmes, uma sessão de exorcismo é conduzida enquanto o exorcista utiliza um rosário em suas mãos. É como um instrumento que o auxilia durante o processo. O padre Amorth escreveu um livro intitulado de "Eu, o último exorcista", onde relata uma conversa com o próprio Satanás, em que ele consegue desvendar o poder da Virgem Maria. No livro, consta um trecho que diz o seguinte:

Padre: "Quais são as virtudes de Nossa Senhora que mais te enraivecem?"

Satã: "Ela me enfurece porque é a mais humilde de todas as criaturas e porque eu sou o mais orgulhoso. Porque ela é a mais pura de todas as criaturas e eu não sou. Porque ela é a mais obediente a Deus e eu sou o rebelde!"

Padre: "Por que temes mais quando eu digo o nome de Maria do que quando digo o nome de Jesus Cristo?"

Satã: "Porque me humilha mais ser derrotado por uma mera criatura do que por Ele".

Padre: "Existe uma quarta qualidade de Maria que te enfurece?"

Satã: "Ela sempre me frustra porque nunca foi tocada por mancha alguma de pecado!"
Em partes de outro trecho, o padre ainda conta que, pela boca de uma possuída escutou algo que o chocou. Satã dizia que cada Ave-Maria rezada, para ele era como se recebesse um tapa na cara. Ainda disse que se os cristãos tivessem noção do poder que o rosário tem contra ele, certamente ele encontraria seu fim. 

A dúvida que nos paira agora é: Por que satanás contaria seu ponto fraco para um exorcista? Enfim, realmente perturbador.

E então pessoal, o que acharam? Como encaram tais relatos do padre exorcista? Compartilhem suas ideias aí pelos comentários!

domingo, 12 de novembro de 2017

SAIBA DE 7 COISAS ESTRANHAS QUE PODEM ACONTECER ENQUANTO VOCÊ DORME

Associação internacional considera problemas para dormir uma 'epidemia global' GETTY IMAGES

Todo mundo adora uma boa noite de sono, mas, para alguns, conseguir isso é mais complexo do que apenas apagar as luzes e fechar os olhos.

A Associação Mundial de Medicina do Sono (WASM, na sigla em inglês) diz que problemas para dormir são uma "epidemia global" que afeta 45% das pessoas.

Conheça a seguir alguns eventos que podem ocorrer enquanto estamos dormindo e contribuir para esse fenômeno.

1. Paralisia do sono

Uma em cada 20 pessoas pode ter alucinações enquanto está dormindo ou ao acordar, ficando totalmente incapaz de se mover. A paralisia do sono ocorre durante a fase REM do sono, um estágio associado a sonhos vívidos.

Nele, nossos músculos ficam paralisados, possivelmente para nos impedir de nos movimentarmos conforme nos sonhos. Mas, na paralisia do sono, algo sai erradi e o cérebro acorda, mas o corpo não.

Quem passa por isso pode abrir os olhos e ver o que está ao seu redor, mas não consegue se mover, e vê imagens do sonho se confundirem com as do mundo real. O resultado pode ser aterrorizante: pessoas já descreveram sentir um medo profundo ou ver figuras sobrenaturais.

2. Sonhos recorrentes
Por meio dos sonhos, nosso subconsciente processa experiências GETTY IMAGES

Sonhos são uma forma do nosso subconsciente reavaliar e processar experiências, então, um sonho recorrente pode indicar um assunto mal resolvido na vida. Se ele cessa, o conflito pode ter sido solucionado.

Um tema comum desse tipo de sonho é estar nu em uma situação inapropriada, o que pode indicar que uma pessoa está preocupada em ficar exposta em um determinado contexto social.

3. Síndrome da cabeça explosiva

Costuma ocorrer quando a pessoa está adormecendo ou despertando. Conforme cai no sono, parece ouvir um barulho extremamente alto, muitas vezes uma "explosão" ou sons de fogos de artifício, gritos ou portas batendo.

Às vezes, isso vem acompanhado por um flash. Trata-se de uma alucinação que acorda a pessoa de repente.

4. Espasmos hipnagógicos

Enquanto adormecemos, uma súbita sensação de que estamos caindo nos desperta rapidamente. A causa dessa contração involuntária dos músculos ainda não é um consenso, mas uma das teorias aponta para nossos ancestrais primatas.


A sensação de queda enquanto adormecemos é fruto de uma contração involuntária dos músculos GETTY IMAGES

Seria um instinto primitivo que nos indica que relaxar os músculos nos fará cair de uma árvore?
5. Falar dormindo

Alguns de nós gostam de bater papo durante a noite, mesmo se estão dormindo. Quem fala durante o sono normalmente não sabe que está fazendo isso.

O que é dito pode ser desde algo coerente e complicado a completas baboseiras. Isso pode deixar a pessoa envergonhada ou irritar seu parceiro.

Vale lembrar que normalmente o que é dito durante o sono não é considerado como produto de uma mente consciente e racional e não costuma ser levado em consideração para fins legais.

6. Sonambulismo

Uma pessoa costuma caminhar ou realizar outras tarefas enquanto dorme em um período de sono profundo. A causa desse fenômeno é desconhecida, mas parece ser algo transmitido entre as gerações de uma família. É mais comum nos mais jovens: 20% das crianças têm sonambulismo ao menos uma vez.
Apesar do sonambulismo ser bastante comum, sua causa ainda é desconhecida GETTY IMAGES

Apesar dos sonâmbulos fazerem normalmente coisas simples e repetitivas, com sentar na cama, abrir armários ou se vestir, já houve casos em que dirigiram, assaltaram a geladeira e até mesmo subiram em um guindaste.

7. Síndrome das pernas inquietas

Enquanto dorme, a pessoa faz movimentos repetidos, com frequência usando os membros inferiores, em intervalos regulares, de normalmente 20 a 40 segundos. Esses pequenos espasmos podem ocorrer ao longo de alguns minutos ou até mesmo por várias horas. As pessoa não sabe até ser informada por alguém.

A causa ainda é desconhecida, mas cientistas acreditam ser algum mecanismo do sistema nervoso. Ainda que não seja uma condição grave, pode deixar a pessoa cansada durante o dia, porque seu sono é interrompido sistematicamente.

AUTOR: BBC

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

20 CURIOSIDADES SOBRE AS BARATAS

Sim, as baratas são nojentas e muito inconvenientes onde quer que estejam. 

Mas estes pequenos seres têm muito mais curiosidades do que você possa imaginar. Além de despertarem o nojo na maioria das pessoas normais, as baratas não são tão ruins e sujas quanto você imagina.

Confira 20 curiosidades impressionantes sobre as baratas:

1. Nem todas as baratas são prejudiciais. Apenas 1% de todas as espécies são consideradas pragas, aproximadamente trinta espécies.

2. O tempo máximo que as baratas podem viver sem água é uma semana. No entanto, elas podem facilmente viver por um longo tempo sem alimentos.

3. Não importa o que você diz, existem baratas na sua alimentação. Acredite, pernas e antenas de barata estão presentes em cada barra de chocolate, queijo e pipoca que você come. Mas não se preocupe, essa realidade é repugnante, mas é segura para sua saúde.

4. Uma barata pode viver até uma semana sem sua cabeça. Isso acontece porque ela não depende diretamente de sua boca ou narinas.

5. As baratas existem na Terra desde o período Jurássico. Elas têm mais de 200 milhões de anos!

6. As baratas começam cada novo dia sem memórias. Este fato foi revelado por um experimento realizado com sabores de baunilha e hortelã. As baratas foram ensinadas com êxito a preferir hortelã fresca à baunilha, mas elas sempre buscavam a baunilha todas as manhãs.

7. As baratas gostam de ser tocadas e apertadas.

8. As bactérias das baratas funcionam para alimentá-las com vitaminas.

9. As baratas são ruins para as pessoas que têm asma ou alergias. Elas produzem proteínas e transportam bactérias que podem espalhar doenças.

10. As baratas inspiraram estudantes de Berkeley a fazer um robô chamado Dash. Ele pode cair em linha reta de 28 m e caminhar em uma velocidade de 10 km/h.

11. Uma barata fêmea dá à luz a 400 crias por vez. O esperma é armazenado no corpo da barata por 12 meses.

12. A barata está ganhando popularidade na China. Elas são usadas na medicina e no desenvolvimento de cosméticos.

13. A barata é um desastre para os cidadãos de Nova York. Elas conseguiram se tornar resistentes ao inverno.

14. As baratas são rápidas! Elas usam suas 6 pernas para se moverem a uma velocidade de 80 cm/s.

15. Baratas tropicais são realmente grandes! As baratas da Austrália podem pesar até 33,5 gramas.

16. As baratas podem ser treinadas. Elas já foram condicionadas a reconhecerem duas fragrâncias: baunilha e hortelã.

17. Uma barata grande pode não ser tão ruim. Baratas pequenas podem ser pragas mais perigosas.

18. Já existiu uma espécie de barata que brilhava no escuro. Ela era chamada Luchihormetica luckae. A espécie era do Equador, mas foi extinta por um vulcão.

19. A limpeza não vai te salvar das baratas. Estas criaturas são atraídas pela água e por alimentos, e não pela sujeira.

20. As baratas podem comer absolutamente tudo. Elas não desprezam nem a pele de animais mortos, lixo ou fezes.

AUTOR: sitedecuriosidades

A ESTRELA QUE SE RECUSA A MORRER

Lembra daquele filme da década de 1980, chamado "Highlander", em que uma galera não morria, acontecesse o que acontecesse? Na verdade os guerreiros imortais do filme até morrem, mas eu não vou contar como para não estragar se você ainda não o viu. O filme até se desdobrou em outros dois, eu acho, mas na minha modesta opinião só o primeiro deles se salva.

Ao que parece, essa história de se recusar a morrer é ficção na Terra, mas realidade no espaço...

Recapitulando rápido, o ciclo de vida de uma estrela tem dois possíveis finais, a depender principalmente de sua massa nos estágios finais de sua existência. Ao esgotar seu combustível nuclear, estrelas que tenham até 10 vezes a massa do nosso Sol devem passar por uma fase de gigante vermelha e, ao expelir suas camadas mais externas de gás, produzem uma nebulosa planetária com uma anã branca ao seu centro.

Por outro lado, se a estrela tiver mais do que 10 vezes a massa do Sol quando esgotar sua reserva de combustível, o seu núcleo se contrai violentamente e as camadas externas são ejetadas numa explosão colossal. Esse é o evento chamado de supernova e no lugar da estrela se forma uma estrela de nêutrons, ou até mesmo um buraco negro.

Apesar das diferenças nos dois processos, no final das contas a estrela que passa por essa fase e produz seja anã branca, seja uma estrela de nêutrons é na verdade é cadáver estelar. Bom, fim de papo, a nebulosa planetária vai ficar brilhando por algumas centenas de milhares de anos até se dissipar e a explosão de supernova deve precipitar a formação de outras estrelas em outras partes da galáxia.

Mas astrônomos da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara acabam de encontrar um verdadeiro highlander espacial.

Iair Arcavi e seus colegas estavam usando um equipamento que monitora o céu para encontrar eventos transientes. Um evento transiente é tipo a explosão de supernova, ou de nova que muda o aspecto do céu repentinamente. Às vezes esse evento nunca mais se repete, como seria o caso das supernovas. E foi isso o que aconteceu em setembro de 2014. Ou quase isso.

Localização da supernova na Galáxia em 1954 e 1993

Arcavi e colegas observaram a explosão de uma supernova, batizada de iPTF14hls, em uma galáxia distante e passaram a monitorá-la a fim de classificá-la. Pelo comportamento da seu brilho, essa supernova parecia ser do tipo II-P em que o brilho aumenta repentinamente e cai um pouco, permanecendo estável durante alguns dias até que finalmente enfraquece até sumir. Em geral leva uns 100 dias para seu brilho estável se apagar de vez.

Mas com iPTF14hls não foi assim.

O brilho dessa supernova foi diminuindo gradativamente, mas depois de 2 meses da explosão ele voltou a subir atingindo outro pico depois de 5 meses da descoberta. A partir daí voltou a diminuir, mas sem enfraquecer muito, por volta de 8 meses depois da descoberta teve um novo pico de luz. Aliás, muito mais brilhante do que o primeiro!

O contínuo monitoramento dessa supernova mostrou ainda mais dois picos de luz pelo menos. Houve uma época em que a galáxia não podia ser vista porque estava atrás do Sol e a equipe de Arcavi não tem dados, mas parece que houve outros eventos como esses durante o período. No final das contas levou quase 20 meses para supernova desaparecer de vez e nesse período parece ter ocorrido 5 ou 6 explosões! Como poderia uma estrela "morrer" em uma explosão de supernova, para depois morrer de novo cinco vezes em 2 anos? Intrigante.

Mas calma que não é só isso!

Arcavi e seus colegas foram atrás de imagens antigas obtidas ao longo das décadas em projetos de monitoramento do céu e encontraram outra coisa fantástica: a estrela já tinha morrido uma vez em 1954! E com esses dados a equipe conseguiu estimar a massa da estrela em pelo menos 50 vezes a massa do Sol!

Como pode uma estrela se recusar a morrer como o Connor MacLeod do filme?

Ao que parece, a equipe de Arcavi encontrou o primeiro caso de "supernova de instabilidade de par pulsante". Esse caso é discutido na teoria de explosões de supernovas, mas nunca tinha sido visto anteriormente. Em casos como esses, o núcleo da estrela tem uma temperatura tão alta que favorece a criação de matéria e anti-matéria. Matéria ao encontrar anti-matéria (e vice versa) se aniquila em uma violenta explosão, o que ejetaria as camadas externas da imensa estrela, mas deixaria o seu núcleo intacto. Com isso o processo poderia se repetir ao longo dos anos, gerando eventos de supernova sem necessariamente matar a estrela. Depois de décadas de comportamento tipo highlander, finalmente haveria uma explosão final que deixaria para trás um buraco negro.

O grande problema encontrado pela equipe é que a quantidade de energia liberada por iPTF14hls foi muito maior do que a teoria da instabilidade de par prevê. Isso pode significar que Arcavi e seus colegas tenham na verdade identificado um novo tipo de supernova. Esse MacLeod espacial continua a ser monitorado e uma rede global de telescópios o observa praticamente todas as noites para obter mais dados que ajudem a entendê-la melhor. Vamos ver o que sai disso tudo.

AUTOR: CÁSSIO BARBOSA - G1

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

SAIBA QUEM FOI JOSEF STALIN, O MONSTRO DE AÇO

(Bundesarchiv, Bild 183-R80329/Superinteressante)

Em 1944, Serguei Eisenstein já era um cineasta renomado quando recebeu de Josef Stalin uma difícil missão: escrever e dirigir um filme sobre Ivan IV, o tirano que inaugurou a era dos czares russos, no século 16. Amante do cinema, o secretário-geral do partido comunista soviético enxergava a si próprio como o sucessor de “Ivan, o Terrível” – algo um tanto quanto contraditório para um leninista.

Mas a vida de Stalin seria marcada por contradições. Por um lado, o líder máximo soviético comandou a resistência que mudou os rumos da 2ª Guerra Mundial ao botar os nazistas para correr da URSS. Por outro, fez escolhas políticas que levaram à morte de pelo menos 20 milhões de pessoas – número que pode chegar, dependendo da fonte, a 40 milhões.

A personalidade inconstante já havia sido identificada por Lenin. Em sua carta-testamento, escrita em dezembro de 1922, o líder bolchevique expunha o receio com o que poderia acontecer caso Stalin fosse seu sucessor: “O camarada Stalin, tendo se tornado secretário-geral, tem autoridade ilimitada concentrada em suas mãos, e não tenho certeza de que sempre irá utilizá-la com prudência”.

Depois da morte de Lenin, em 1924, Stalin escondeu a carta, que só reapareceu na década de 1950, em meio à desestalinização capitaneada por Nikita Kruschev. Para Lenin, o nome de Trotsky – com quem comungava o ideal de revolução permanente – era o mais adequado para sucedê-lo. Mas acabou sendo Stalin, adepto ao socialismo de um só país, quem se tornaria o novo líder máximo da URSS.

DE PADRE A ASSALTANTE

Nascido em Gori, na Geórgia, em 1878, Iosif Vissarionovich Djugashvili só adotaria o famoso pseudônimo em 1913. Stalin, em russo, remete a “feito de aço”. E era assim que o jovem bigodudo se via: como um homem de aço, a despeito de seus mirrados 1,62 de altura. 

Filho de um sapateiro beberrão e de uma faxineira, o futuro revolucionário teve uma infância sofrida. Vítima de varíola, carregou marcas no pescoço e no rosto pelo resto da vida, além de ter nascido com duas deficiências físicas: o braço esquerdo 5 cm mais curto e dois dedos do pé colados. Foram esses fatores, aliados ao espírito de agitador, que motivaram sua dispensa do Exército quando ele se alistou para combater na 1ª Guerra.

Adolescente, Stalin frequentou um seminário da Igreja Ortodoxa Russa em Tbilisi, capital da Geórgia. Foi lá que aprendeu o idioma russo e a pensar de maneira sistemática, lendo panfletos marxistas clandestinos e adquirindo consciência política. Tudo por conta do clima repressivo que o lugar impunha. Aos 20 anos, Koba, como era chamado pelos amigos, abandonou os estudos sacerdotais para abraçar a fé comunista – mais tarde, sua mãe confessou que preferia tê-lo visto padre. 

Seu plano, agora, era se empenhar pela revolução. Hierarquia, disciplina e luta de classes viraram expressões corriqueiras em seu dia a dia. Assim como incitar manifestações, espancar adversários e roubar bancos. Stalin chegou a ser preso e enviado para a Sibéria sete vezes. E foi no isolamento que desenvolveu algumas de suas características mais marcantes: a frieza e a autossuficiência.

O primeiro contato com Lenin aconteceu em 1905, e em pouco tempo cairia nas graças do líder bolchevique. Lenin se referia a ele como “o georgiano que nos consegue dinheiro”. Cabia a Stalin fazer o trabalho sujo em toda e qualquer ação revolucionária. Na posição de capataz de Lenin – e ainda que não fosse um intelectual como Trotsky -, Stalin ganhou respeito dentro do Partido Comunista.

TERROR VELADO

Após a morte de Lenin, a propaganda oficial e os órgãos de repressão atuaram duramente contra qualquer movimento de contrarrevolução. Agora comandada por Stalin, a URSS queria se consolidar como Estado unificado, combatendo o nacionalismo de todas as formas. Pouco afeito a longos discursos e fraco de oratória, Stalin costumava dizer que qualquer problema poderia ser resolvido com o uso da força. Era o que acontecia, por exemplo, com os camponeses, vistos como capitalistas rurais que freavam a revolução. A solução era expulsá-los de suas terras e enviá-los a fazendas coletivas, cidades industriais ou mesmo a campos de trabalho forçado, os Gulags.

Ao fim dos anos 1920, a prosperidade ucraniana, a autonomia cultural do país e a resistência de seus agricultores levaram Stalin a condenar pelo menos 5 milhões de pessoas à morte pela fome. Isso porque, entre 1932 e 1933, ele ordenou a proibição da compra, troca ou venda de alimentos, num evento que ficou conhecido como holocausto ucraniano.

Para industrializar a URSS, Stalin deu início, em 1928, a uma série de planos quinquenais. Com projetos grandiosos, como a construção de canais, represas, ferrovias e formação de grandes indústrias, a URSS logo entraria na era moderna. Enquanto o resto do mundo sofria com a recessão histórica da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, a economia soviética cresceu 2.425% entre 1928 e 1937. Tamanha expansão só seria obtida pagando um alto preço: o trabalho escravo. 

Os Gulags abrigavam centenas de milhares de pessoas. Considerados criminosos e “inimigos do Estado”, os trabalhadores desses locais se resumiam a qualquer um que não agradava ao regime – camponeses, presos políticos, intelectuais e pessoas de outras etnias. A brutalidade stalinista também ganharia destaque com os expurgos, iniciados em 1934 com a finalidade de identificar membros do partido que não se mostravam suficientemente militantes ou leais.

Quem, em algum momento, tivesse discordado de Stalin poderia agora ser preso, julgado e fuzilado – mesmo que por uma trivialidade. O próprio ditador costumava deleitar-se assistindo aos chamados “julgamentos de fachada”, usados para convencer o povo de que havia inimigos por toda parte. 

Em muitos casos, antigos camaradas eram torturados e obrigados a confessar conspirações das quais nunca participaram. “Stalin exigia apoio incondicional e sem discussão, e muitas mudanças em suas posições políticas nunca seriam explicadas”, escreve o historiador Zhores Medvedev, autor de Um Stalin Desconhecido.

Estima-se que Stalin tenha assinado de próprio punho a execução de 41 mil pessoas. Além disso, autorizou o envio de pelo menos 8 milhões aos Gulags. Qualquer indivíduo era um suspeito em potencial: 

Oficiais das forças armadas, membros do comitê central, dirigentes empresariais, cientistas, escritores e até mesmo amigos próximos. Entre suas vítimas estiveram Grigori Zinoviev e Lev Kamenev, com quem Stalin compartilhou a Troika – o triunvirato que sucedeu Lenin. Não raro, o “Vojd” – líder, equivalente russo ao alemão “Führer” – era visto nos enterros daqueles que ele mesmo mandara executar.

CAMARADA “DE FAMÍLIA”

No dia 8 de novembro, em 1932, o Kremlin oferecia um banquete para celebrar os 15 anos da Revolução quando as recorrentes brigas entre Stalin e a esposa, Nadeja Alliluyeva, chegaram ao ápice. A discussão, na frente de todos, culminou com o suicídio da mulher na manhã seguinte. 

“Ela partiu como um inimigo”, teria dito Stalin. Filha de um revolucionário, Nadeja foi confidente de Lenin e não se conformava com a política conduzida pelo marido. Antes disso, Yakov, filho de Stalin com a primeira esposa, também havia tentado se matar depois de uma briga com o pai. Ao ver o jovem ferido, Stalin teria exclamado: “Não consegue sequer atirar direito!”. Anos depois, na 2ª Guerra, Yakov morreria nas mãos dos nazistas. Stalin deu de ombros.

Depois da morte de Nadeja, com quem teve outros dois filhos – Vasili e Svetlana, a sua predileta -, o tirano viveu recluso, passando a maior parte do tempo na dacha de Kuntsevo. A casa de veraneio, nos arredores de Moscou, tinha 20 aposentos e contava com biblioteca, jardim de inverno e solário. Insone, Stalin costumava ler documentos oficiais até altas horas da madrugada – especialmente durante a 2ª Guerra, quando trabalhava 15 horas por dia. 

Com o tempo, e ainda mais depois da guerra, a paranoia e a desconfiança em relação até mesmo aos mais íntimos só aumentariam. Como um déspota à moda antiga, exigia que sua comida fosse provada por outra pessoa para se certificar de que não estivesse envenenada.

Stalin envelheceu solitário e desolado, mas sempre temido. Em fevereiro de 1953, aos 73 anos, não resistiu a um derrame. A imagem de herói do povo alçou o ditador a duas indicações ao Nobel da Paz. E assim ele foi visto até 1956, quando Nikita Kruschev apresentou à cúpula do partido os arquivos secretos do stalinismo, expondo ao mundo a face desumana daquele que foi o mais contraditório estadista do século 20.

AUTOR: SUPERINTERESSANTE

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