Ilustração mostra como era o réptil 'Sahitisuchus fluminensis', que viveu no Brasil há milhões de anos (Foto: Divulgação/Serviço Geológico do Brasil)
Pesquisadores brasileiros descreveram com a ajuda de fósseis encontrados na região de Itaboraí, no Rio de Janeiro, uma espécie de crocodilo já extinta e que viveu no Brasil há pelo menos 56,5 milhões de anos (durante o período Paleoceno).
A descoberta foi anunciada nesta quarta-feira (15) pelo paleontólogo Diógenes de Almeida Campos e pelos pesquisadores Alexander Kellner e André Pinheiro, ligados ao Museu de Ciências da Terra, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e ao Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O novo animal foi batizado de Sahitisuchus fluminensis, nome derivado de palavras da cultura indígena xavante e do latim que significa "crocodilo guerreiro fluminense" (designação dada aos que nascem no estado do Rio de Janeiro).
Segundo a descrição, publicada na edição desta quarta do periódico “PLoS One”, o Sahitisuchus fluminensis tinha aproximadamente dois metros de comprimento, possuía um crânio alto e em torno de 16 dentes serrilhados na arcada superior, o que o ajudava a dilacerar suas presas.
Os cientistas avaliam que esta espécie comia de mamíferos marsupiais a répteis menores.
De acordo com o CPRM, trata-se do mais antigo réptil fossilizado encontrado no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, o estudo aponta que essa espécie sobreviveu à grande extinção de 65,5 milhões de anos atrás, que dizimou parte dos animais, incluindo os dinossauros.
Predador
Os fósseis, incluindo um crânio em ótimo estado, foram localizados durante explorações na Bacia Calcária de São José de Itaboraí, realizadas por cinco décadas e que terminaram em 1984. No entanto, sua descrição só aconteceu agora, após um longo período de investigação.
Para os paleontólogos, é um dos espécimes mais bem preservados já encontrados de crocodiliformes, grupo de répteis a qual pertence o “guerreiro fluminense” e que compreende os maiores predadores dos mares que viveram no planeta depois da grande extinção.
Nos calcários da Bacia de São José de Itaboraí já foram descobertos fósseis do Paleoceno (do período que compreende entre 65 milhões e 55 milhões de anos atrás) e do Pleistoceno, período mais recente, entre 2,5 milhões e 11,5 mil anos atrás.
De acordo com comunicado divulgado pelo CPRM, havia ainda no local milhares de pedaços de ossos e dentes isolados de mamíferos, principalmente marsupiais que viveram na América do Sul após a extinção em massa. Restos de répteis raramente são encontrados e ainda precisam ser mais bem estudados.
A descoberta foi anunciada nesta quarta-feira (15) pelo paleontólogo Diógenes de Almeida Campos e pelos pesquisadores Alexander Kellner e André Pinheiro, ligados ao Museu de Ciências da Terra, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e ao Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O novo animal foi batizado de Sahitisuchus fluminensis, nome derivado de palavras da cultura indígena xavante e do latim que significa "crocodilo guerreiro fluminense" (designação dada aos que nascem no estado do Rio de Janeiro).
Segundo a descrição, publicada na edição desta quarta do periódico “PLoS One”, o Sahitisuchus fluminensis tinha aproximadamente dois metros de comprimento, possuía um crânio alto e em torno de 16 dentes serrilhados na arcada superior, o que o ajudava a dilacerar suas presas.
Os cientistas avaliam que esta espécie comia de mamíferos marsupiais a répteis menores.
De acordo com o CPRM, trata-se do mais antigo réptil fossilizado encontrado no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, o estudo aponta que essa espécie sobreviveu à grande extinção de 65,5 milhões de anos atrás, que dizimou parte dos animais, incluindo os dinossauros.
Predador
Os fósseis, incluindo um crânio em ótimo estado, foram localizados durante explorações na Bacia Calcária de São José de Itaboraí, realizadas por cinco décadas e que terminaram em 1984. No entanto, sua descrição só aconteceu agora, após um longo período de investigação.
Para os paleontólogos, é um dos espécimes mais bem preservados já encontrados de crocodiliformes, grupo de répteis a qual pertence o “guerreiro fluminense” e que compreende os maiores predadores dos mares que viveram no planeta depois da grande extinção.
Nos calcários da Bacia de São José de Itaboraí já foram descobertos fósseis do Paleoceno (do período que compreende entre 65 milhões e 55 milhões de anos atrás) e do Pleistoceno, período mais recente, entre 2,5 milhões e 11,5 mil anos atrás.
De acordo com comunicado divulgado pelo CPRM, havia ainda no local milhares de pedaços de ossos e dentes isolados de mamíferos, principalmente marsupiais que viveram na América do Sul após a extinção em massa. Restos de répteis raramente são encontrados e ainda precisam ser mais bem estudados.
Crânio encontrado por pesquisadores brasileiros e que ajudou a descrever a espécie 'Sahitisuchus fluminensis'. Ao fundo, painel mostra como era o réptil pré-histórico (Foto: Divulgação/CPRM)
AUTOR: G1/SP
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