Curiosamente, os chineses estão escolhendo aprender o nosso idioma e o governo chinês está investindo em peso no ensino e na propaganda para o estudo da língua portuguesa. A expansão crescente dessa disciplina pode ser observada, principalmente dentro das universidades. O interesse inusitado chama atenção.
Qual seria a causa e as vantagens chinesas no aprendizado dessa língua? O princípio desse crescimento vertiginoso do ensino tem origem em Macau, a cidade chinesa colonizada pelos conquistadores portugueses entre 1557 e 1999.
Foi nesse último ano 1999, que a região passou a ser administrada pelo governo chinês, da mesma maneira como funciona Hong Kong. Contudo, mesmo após a liberação do domínio lusitano, Macau continuou sendo um área estratégica para o país europeu, e transformou-se desde então, em uma rota marítima confortável para os portugueses pelo Pacífico.
O período longo da dominação portuguesa em Macau também pode ser examinada pelas ruas da cidade. Apesar de 94% da população falar cantonês, a presença da nossa língua está por exemplo, em placas espalhadas pela cidade, onde lê-se primeiro o nome da rua (ou do estabelecimento) na língua majoritária (cantonês) e logo abaixo a tradução para o português. Isso porque 2,4% da população macauense ainda utiliza ou fala apenas a língua portuguesa, segundo último censo de 2006, registrado pela reportagem da BBC.
“É justamente esse caráter híbrido e cosmopolita que faz de Macau uma área estratégica para o projeto de expansão dos estudos da língua portuguesa em território chinês. Tal expansão tem uma clara dimensão econômica e geopolítica, ligada a interesses estratégicos chineses na América Latina e, sobretudo, na África lusófona,” esclarece a reportagem.
Mas o interesse chinês não se restringe apenas à região latina. O mesmo investimento massivo pode ser observada nos países africanos que também foram colônias portuguesas, como Angola e Moçambique.
Segundo a rede britânica, “Nas duas últimas décadas, o volume de investimentos chineses na África cresceu mais de 20 vezes, passando de US$ 220 bilhões em 2014. Em setembro de 2016, Angola se tornou o maior fornecedor de petróleo para a China, enquanto Moçambique está entre os cinco países com maior concentração de investimentos chineses”.
O professor Carlos Ascenso André, coordenador do Centro da Língua Portuguesa do Instituto Politécnico em Macau, conversou com a rede britânica sobre a expansão do ensino de português no país.
Segundo o professor, na última década o estudo da língua nas Universidades chinesas “praticamente quadruplicou, […] “passando de seis para 23 instituições,” além do incentivo promovido pelo próprio instituto “para desenvolver centros de estudos em outras universidades do país”.
O Brasil, claro, também é uma região de interesse chinês. A atração é notada diante da engorda dos investimentos da China realizados em países latinos. “Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, substituindo o primado histórico das relações com os Estados Unidos,” relata a BBC.
Outro ponto notado pela reportagem é que se por um lado o português ainda não é a língua mais falada no mundo, “embora seja a quarta língua mais falada” […] em termos absolutos,” a sua relevância se deve ao fato de que esse é um idioma que está concentrado em regiões que possuem negócios de ordem importantes no mundo:
Foi nesse último ano 1999, que a região passou a ser administrada pelo governo chinês, da mesma maneira como funciona Hong Kong. Contudo, mesmo após a liberação do domínio lusitano, Macau continuou sendo um área estratégica para o país europeu, e transformou-se desde então, em uma rota marítima confortável para os portugueses pelo Pacífico.
O período longo da dominação portuguesa em Macau também pode ser examinada pelas ruas da cidade. Apesar de 94% da população falar cantonês, a presença da nossa língua está por exemplo, em placas espalhadas pela cidade, onde lê-se primeiro o nome da rua (ou do estabelecimento) na língua majoritária (cantonês) e logo abaixo a tradução para o português. Isso porque 2,4% da população macauense ainda utiliza ou fala apenas a língua portuguesa, segundo último censo de 2006, registrado pela reportagem da BBC.
Mas o interesse chinês não se restringe apenas à região latina. O mesmo investimento massivo pode ser observada nos países africanos que também foram colônias portuguesas, como Angola e Moçambique.
Segundo a rede britânica, “Nas duas últimas décadas, o volume de investimentos chineses na África cresceu mais de 20 vezes, passando de US$ 220 bilhões em 2014. Em setembro de 2016, Angola se tornou o maior fornecedor de petróleo para a China, enquanto Moçambique está entre os cinco países com maior concentração de investimentos chineses”.
Segundo o professor, na última década o estudo da língua nas Universidades chinesas “praticamente quadruplicou, […] “passando de seis para 23 instituições,” além do incentivo promovido pelo próprio instituto “para desenvolver centros de estudos em outras universidades do país”.
Outro ponto notado pela reportagem é que se por um lado o português ainda não é a língua mais falada no mundo, “embora seja a quarta língua mais falada” […] em termos absolutos,” a sua relevância se deve ao fato de que esse é um idioma que está concentrado em regiões que possuem negócios de ordem importantes no mundo:
Trata-se da riqueza desses mercados em óleo e gás, item fundamental para a necessidade de combustível que os países dependem.
O Brasil atualmente é o país que mais possui habitantes que falam o idioma português, isso por uma motivo óbvio da abrangência da área e consequentemente da numerosa população brasileira.
Contudo, a reportagem da BBC traz a informação que até o fim do século existirá “mais falantes de português na África do que no Brasil”. Isso aconteceria devido à desaceleração do crescimento populacional no país brasileiro. Em Moçambique e Angola acontece justamente o contrário: a explosão demográfica.
O estudo que revelou esse dado foi realizado pelas Nações Unidas e publicado no “Atlas da Língua Portuguesa” em 2016.
A estimativa prevê que juntos, os dois países africanos “somarão cerca de 266 milhões de habitantes em 2100, ultrapassando o Brasil, com população prevista de 200 milhões,” até o fim do século 21.
Fica clara a intenção chinesa, o incentivo do ensino do português através de investimentos ostensivos, com intenções estratégicas para aumentar sua área de influência e firmar-se definitivamente num futuro próximo, como a maior potência global, incontestavelmente.
Se os próprios brasileiros não reconhecem a beleza sonora e a riqueza de nossa língua, do outro lado do mundo, os chineses mostram cada vez mais um grande interesse nesse idioma tão especial.
Não esqueça de deixar o seu comentário sobre a matéria e aproveite também para compartilhar a curiosidade com seus amigos e familiares, principalmente se forem chineses ou descendentes, eles vão se interessar pela notícia.
AUTOR: BBC
IMAGENS: BBC
Contudo, a reportagem da BBC traz a informação que até o fim do século existirá “mais falantes de português na África do que no Brasil”. Isso aconteceria devido à desaceleração do crescimento populacional no país brasileiro. Em Moçambique e Angola acontece justamente o contrário: a explosão demográfica.
O estudo que revelou esse dado foi realizado pelas Nações Unidas e publicado no “Atlas da Língua Portuguesa” em 2016.
A estimativa prevê que juntos, os dois países africanos “somarão cerca de 266 milhões de habitantes em 2100, ultrapassando o Brasil, com população prevista de 200 milhões,” até o fim do século 21.
Se os próprios brasileiros não reconhecem a beleza sonora e a riqueza de nossa língua, do outro lado do mundo, os chineses mostram cada vez mais um grande interesse nesse idioma tão especial.
Não esqueça de deixar o seu comentário sobre a matéria e aproveite também para compartilhar a curiosidade com seus amigos e familiares, principalmente se forem chineses ou descendentes, eles vão se interessar pela notícia.
AUTOR: BBC
IMAGENS: BBC
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