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domingo, 24 de junho de 2018

CONHEÇA O MISTERIOSO CASO DO "FANTASMA DE ENFIELD", O FENÔMENO PARANORMAL MAIS BEM DOCUMENTADO DO REINO UNIDO

Até hoje, muitos acreditam que o fenômeno ocorrido com a família Hodgson se tratava realmente de um fantasma, ou poltergeist GETTY IMAGES

O endereço 284 Green Street, em Enfield, no norte de Londres se tornou conhecido por uma razão macabra: é o local de atividade do poltergeistmelhor documentado do Reino Unido.

A palavra poltergeist - utilizada em inglês e conhecida em todo o mundo por causa do filme de terror Poltergeist - O Fenômeno, de 1982 - vem do alemão. Poltern é um verbo que significa fazer barulho e Geist, um substantivo que significa fantasma.

Durante 18 meses, começando no verão de 1977, Peggy Hodgson, seus quatro filhos e mais de 30 testemunhas presenciais (incluindo vizinhos, detetives de fenômenos paranormais e jornalistas) viram e ouviram, dentro da casa da família, incidentes em que havia móveis em movimento e objetos voando sem razão aparente, ruídos inexplicáveis e até levitação.

A história atraiu o casal americano Ed e Lorraine Warren, investigadores de fenômenos paranormais retratados na série de filmes A Invocação do Mal. O enigma de Enfield é mostrado no segundo filme da série.

Na época, os fenômenos se concentraram nas filhas de Peggy, Janet e Margaret Hodgson. Em alguns momentos, Janet, que tinha apenas 11 anos, falava inexplicavelmente com uma voz misteriosa e rouca.

A BBC reuniu três das testemunhas de primeira mão do mistério, que ficou conhecido como "O poltergeist de Enfield". Com a ajuda deles e de outros depoimentos da época, nossa reportagem reconta os fatos.

A penteadeira que se movia

Na noite de 31 de agosto de 1977, Peggy Hodgson entrou no quarto de seus filhos e viu uma penteadeira movendo-se sozinha.

"Eu não conseguia acreditar. Cheguei a empurrar (a penteadeira) duas vezes, mas na terceira vez não consegui movê-la", relembra, em uma entrevista gravada na época.

O estranho episódio foi acompanhado de repetidos barulhos de batidas.

Com medo, Hodgson pediu que um de seus filhos fosse chamar seu vizinho, Vic Nottingham.

"Escutei as batidas quando entrava pela porta principal. Andei por toda a casa e não consegui entender o que estava acontecendo. Por isso, imaginei que só havia uma coisa a fazer: chamar a polícia", disse, também em depoimento na época.
A jornalista Rosalind Morris, da BBC, Graham Morris, o primeiro a fotografar as crianças levitando, e o advogado Richard Grosse, que interrogou o "fantasma", foram reunidos pela apresentadora da BBC Sue MacGregor

A policial Carolyn Heeps foi a primeira a chegar ao local, e viu uma cadeira deslizar, sem explicação, pelo quarto.

"A cadeira se levantou cerca de 1,5 cm do chão, e deslizou aproximadamente 1 a 1,2 metros para a direita, antes de parar", descreveu.

No entanto, assim como Peggy Hodgson e Vic Nottingham, Heeps não sabia o que fazer.

As primeiras fotos

O fotojornalista Graham Morris, que na época trabalhava para o jornal Daily Mirror, ainda se lembra do que aconteceu quando ele recebeu um telefonema de seu editor e foi enviado à casa dos Hodgson para um trabalho que, segundo ele, "mudou sua vida".

Para ele, era claro que os acontecimentos estranhos ocorriam quando as crianças estavam em casa - especialmente Janet.

Ao chegar na casa, ele parou na penumbra da cozinha enquanto adultos levavam, uma a uma, as crianças, que estavam dormindo.

"A última a entrar foi Janet. De repente, os objetos simplesmente começaram a voar... um pedaço de Lego, inclusive, me atingiu no olho direito".

Até hoje, Morris se diz convencido de que os objetos da cozinha não foram atirados nem levantados por ninguém. Ele diz ter se posicionado na esquina do cômodo para ter uma visão clara de todas as pessoas que estavam ali. "Nenhuma delas estava fazendo nada", afirma.
Mais de 30 testemunhas presenciais descreveram barulhos e objetos voando sem explicação aparente GETTY IMAGES

Em uma das sequências de fotos que fez na casa, ele mostra um momento em que Janet "levitava" em seu quarto.

"Na imagem principal, ela estava no ar, no momento em que voava. E havia subido deitada com a boca para baixo", descreve.

Os investigadores de fenômenos paranormais

Maurice Grosse, membro da Sociedade para a Investigação Psíquica, coordenou a investigação do que estava ocorrendo na casa dos Hodgson.

"Eu mesmo vi bolas de gude se movendo de um lado para outro. Vi a porta se mover sem ajuda. E senti uma diminuição na temperatura sem explicação", disse, em entrevista na época.

No início de novembro de 1977, ele confrontou a suposta presença na sala de estar.

"Quando perguntei: 'Você está brincando comigo?', me atirou uma caixa de papelão e uma almofada na cara."

No ano seguinte, o casal de americanos Ed e Lorraine Warren, que se consideravam demonologistas, também visitaram a casa e gravaram entrevistas com os Hodgson e outras imagens dos fenômenos aparentemente sobrenaturais.

Richard Grosse, o filho de Maurice Grosse, era um advogado recém-formado quando começou o caso do poltergeist de Enfield. Como tal, ele é provavelmente o único membro da Sociedade de Direito inglesa que pode dizer que interrogou um fantasma.

"Todos os dias, no café da manhã, meu pai me mostrava uma ou duas das fitas cassete que ele tinha gravado (na casa)", diz à BBC News.

"Elas começavam com barulhos e batidas. Em seguida, as batidas respondiam ao interrogatório."

Quando o suposto fantasma começou a falar, Richard se tornou seu interlocutor.
A jornalista da BBC Rosalind Morris foi uma das primeira a cobrir o caso; ela visitou a família diversas vezes e fez um documentário sobre os Hodgson em 1978

A repórter de rádio da BBC

Durante a investigação de Maurice Grosse, a repórter da BBC Rosalind Morris cobriu o caso para programas de rádio.

Uma noite, ela e Grosse fizeram uma vigília noturna na casa enquanto a família dormia.

"Depois que as meninas foram dormir, ouvimos um barulho enorme vindo de seu quarto, no andar de cima", relembra.

Morris subiu as escadas e parecia que alguma coisa tinha empurrado uma cadeira para o outro lado do quarto - a uma distância de 2,7 metros de onde o móvel estava.

Para ela, era impossível que as duas crianças, que estavam dormindo na cama, tivessem feito isso. Na época, Morris declarou que "estava convencida" de que "algo" tinha sido responsável.

A voz do 'fantasma'

Uma voz rouca e masculina começou a ser ouvida quando as crianças estavam em algum cômodo. Ela parecia emanar de trás de Janet Hodgson, que dizia que a voz vinha da parte posterior de seu pescoço.

A voz se identificou como um antigo morador da casa, Bill Wilkins, que morreu aos 72 anos de idade.

Interrogado por Richard Grosse, ele disse que morreu de uma hemorragia. "Morri em uma cadeira que ficava em um canto do andar de baixo", afirmou.

Quando lhe perguntaram por que Janet não podia vê-lo, a voz respondeu: "Sou invisível... porque sou um G.H.O.S.T. (a palavra fantasma, em inglês, soletrada)".

A história de sua morte foi corroborada mais tarde por Terry, o filho do ex-morador da casa que, de fato, se chamava Wilkins.
Muitos acreditam que o "poltergeist" foi invenção das duas filhas adolescentes de Peggy Hodgson GETTY IMAGES

Janet e Margaret Hodgson, as duas crianças no centro do caso, foram entrevistadas recentemente sobre suas experiências.

De acordo com Margaret, "todos estávamos em um estado terrível, muito assustados e cansados, e isso piorou na medida em que passava o tempo".

Já Janet diz que foi "usada e abusada, houve levitação, vozes e depois... a cortina que se enrolou no meu pescoço. Isso foi muito perigoso e me fez perceber que aquilo podia me matar".
Era realmente um poltergeist?

Muitos acreditam que a família inventou tudo, usando truques básicos de magia, para conseguir uma casa nova e maior.

Maurice Grosse chegou a ser criticado, depois de dizer que acreditava que parte dos fenômenos era brincadeira das meninas - Janet chegou a ser "pega na mentira" em alguns vídeos - mas que havia elementos genuínos que indicavam uma presença sobrenatural.

Peggy Hodgson era uma mãe solteira com quatro filhos pequenos, mas Rosalind Morris não acredita que uma casa melhor tenha sido sua motivação.

"Ela achava que sua casa era boa, e ficou nela: foi o local onde ela morreu, em 2003", afirma.

A jornalista admite que, no início, ela mesma era extremamente cética em relação ao fenômeno e buscava diversas maneiras de explicar o "truque". No entanto, Hodgson lhe pareceu sincera e "muito assustada".

Richard Grosse também não acredita que o motivo da família pudesse ter sido financeiro: "Eles nunca ganharam dinheiro com isso".

Ele também rejeita as afirmações de que Janet Hodgson sofria de Síndrome de Tourette - transtorno neuropsiquiátrico que pode se caracterizar por tiques vocais esporádicos.

"Quando a voz (que parecia vir da garota) começava, ela falava sem parar por duas, três horas", afirma.

Seu pai, Maurice Grosse, também não acreditava na possibilidade de que a menina estivesse fazendo um truque de ventriloquismo. "Manter esse tipo particular de voz por um período de tempo sem machucar as cordas vocais é absolutamente impossível", diz.

Janet, por sua vez, mantém uma atitude firme diante dos céticos. "Não me importa o que pensem. Eu sei o que aconteceu e sei que foi real."
Até hoje não há uma explicação científica universalmente aceita para o caso de Enfield - que foi tema de diversos filmes e livros GETTY IMAGES

A atividade do "poltergeist de Enfield", que começou em agosto de 1977, chegou ao fim em 1979.

Em um balanço do caso, Rosalind Morris explica que "há um ponto de vista espiritual sobre o que aconteceu - que tem a ver com fantasmas e forças externas - e uma teoria sobre forças interiores, baseada na psicologia junguiana".

"Esta última diz que o que gera esta energia é uma pessoa jovem que está com problemas, muitas vezes relacionados à puberdade. Janet estava exatamente nesta fase da vida."

"Não sei o que causou isso. Só sei que algo muito estranho estava acontecendo", diz, em entrevista à BBC News.

Até hoje, não se sabe qual a explicação científica para o que ocorreu no endereço 284 Green Street, em Enfield, durante o verão de 1977.

AUTOR: BBC

CONTRA SUICÍDIOS, A IMPORTÂNCIA DO APOIO SOCIAL E DO CUIDADO COM A SAÚDE DA MENTE

Depressão e transtornos mentais estão fortemente associados ao suicídio; no Brasil, há mais de 11 mil casos por ano, segundo Ministério da Saúde GETTY IMAGES

Nana Calimeris até hoje se vê diante de momentos em que fica mais retraída e isolada, suscetível a sensações de grande desilusão - e a pensamentos de suicídio.

Aos 43 anos, a escritora enfrenta a depressão e a ansiedade desde a adolescência, época em que começou a desenvolver "uma vontade muito grande de morrer".

"Me sentia uma pessoa horrível. A sensação era a de que eu estava respirando o ar que deveria ser de outro ser humano."

Casos recentes de grande repercussão de suicídio em colégios e universidades, bem como a morte de celebridades como o chef e apresentador Anthony Boudain e a designer Kate Spade - ambos no auge de suas vidas profissionais -, evidenciam a importância em falar sobre o tema e diminuir o estigma em torno da saúde mental.

Os números também são alarmantes: a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, totalizando quase 800 mil mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde.

No Brasil, segundo o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, são mais de 11 mil suicídios por ano, e alguns especialistas temem que haja uma subnotificação de casos.

Não é possível saber o que está por trás de cada uma dessas histórias, uma vez que o suicídio é multicausal, ou seja, não há um único fator ou culpado.

Mas especialistas apontam que, em grande parte dos casos, há um histórico de transtornos mentais, diagnosticados ou não: depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade, borderline (de comportamento impulsivo e compulsivo), entre outros.

"Não é possível reduzir o suicídio a uma única causa, mas a depressão causa uma disfunção dos neurotransmissores do cérebro. É parte de um conjunto de fatores psicológicos, culturais, físicos e bioquímicos", diz à BBC News Brasil Daniel Martins de Barros, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC), em São Paulo.
Momentos de isolamento e crise grave requerem atenção médica imediata; é importante estar atento GETTY IMAGES

Associados a essas doenças estão os chamados "Ds": além da depressão, há "o desespero, desamparo de grupo social, desesperança, desemprego, divórcio e dependência química. Quanto mais 'Ds', maior é o risco de suicídio", explica à BBC News Brasil o psiquiatra Fabio Gomes de Matos e Souza, coordenador do Programa de Apoio à Vida (Pravida) da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Diante disso, dizem os especialistas, é preciso sempre cuidar da saúde mental com o mesmo empenho que nos ensinaram a ter com o restante do corpo.

Corpo saudável

E isso começa por "ter uma vida saudável mesmo: sono adequado, alimentação adequada, atividades físicas e evitar o isolamento social", explica Daniel Barros.

"Os exercícios físicos aumentam as substâncias do prazer - a seratonina, a dopamina e a noradrenalina -, que ficam em níveis baixos em pessoas deprimidas", agrega Souza, do Pravida. "Então as atividades físicas funcionam como um escudo protetor. A meditação, a ioga, a natação e o exercício na academia ajudam o corpo a ter mecanismos fisiológicos de combate à depressão."

Foi o que Nana Calimeris aprendeu ao longo da convivência com a doença: ela usa a ioga e a meditação para ajudar a conter a ansiedade.

"Aprendi a respirar e a lembrar que as crises de ansiedade são cíclicas e passam", conta à BBC News Brasil.

"Algumas crises são longas. Mas, com a respiração (da meditação), elas duram menos e eu consigo distinguir meus pensamentos. Isso traz a consciência de que a angústia talvez seja fruto da minha imaginação. Tem hora que dá certo, tem hora que não dá."

O momento mais crítico da doença de Nana foi aos 28 anos, quando ela se viu prostrada na cama com uma crise de depressão profunda. "Eu não via saída para lidar com aquela dor", conta.

Nana tentou se matar, ingerindo uma dose cavalar de medicamentos. Felizmente, sua mãe a viu desacordada e a levou ao hospital.

Hoje, ela não espera mais chegar ao fundo do poço: "Quando começo a ter ideias suicidas, a sensação de que não tenho possibilidade de aceitação, ou quando me jogo na comida, vou na mesma hora ao médico, porque sei que não estou legal".

A partir daí, com a ajuda do psiquiatra, ela dosa os medicamentos e os combina com terapia. "Nenhum deles resolve (o meu problema) separadamente."
Transtornos mentais alteram a química do cérebro e podem causar disfunção na liberação de neurotransmissores específicos GETTY IMAGES

'Guardiões da vida'

Um apoio crucial para Nana vem do filho de 18 anos, que aprendeu a distinguir os momentos em que a saúde da mãe não está bem.

"Ele vê quando eu começo a me isolar, quando deixo de sair, e me alerta", conta Nana.

Da mesma forma, pessoas atentas a sinais de isolamento de quem está ao seu redor podem ajudar na prevenção ao suicídio, explica Souza, do Pravida.

Ele tem ajudado na formação de "guardiões da vida" em escolas, instituições públicas e empresas cearenses.

"Trata-se de um grupo atento e treinado para identificar pessoas que estejam faltando, se isolando, chorando. E que se perguntem: 'será que que ela está deprimida? Vou falar com ela'", diz o psiquiatra.

"É preciso ter esses guardiões também dentro da família, que percebam quando é hora de conversar, de levar (o parente) para uma avaliação médica, para que dê tempo de tratá-lo."

Os sinais a prestar mais atenção são, segundo Souza e Barros:

- Mudanças de comportamento e perda de interesse pelas coisas de que a pessoa gostava;

- Crises de choro, ideias pessimistas e de nulidade;

- Comportamentos compulsivos ao extremo;

- Pessoas que perderam alguém de que tenham grande dependência emocional;

- Pessoas que já tenham histórico familiar de depressão e suicídio.

Casos assim têm de ser "avaliados imediatamente", adverte Souza. Mas como distinguir tristezas passageiras de casos de alta gravidade?

"Na dúvida, considere aquela pessoa em perigo", opina o psiquiatra. "Pode ser uma tristeza, pode não ser. É bom buscar uma avaliação de um especialista em saúde mental. É melhor ter certeza, porque não podemos arriscar aquilo que não podemos (nos dar ao luxo de) perder."
'Guardiões da vida' em escolas, famílias e empresas podem ajudar a identificar pessoas que estejam vulneráveis à depressão GETTY IMAGES

Rede de proteção social

Ao longo do tratamento, as redes de apoio social têm um papel fundamental para pessoas com doenças mentais.

"Tenho amigos que são imprescindíveis", relata Nana. "Fez toda a diferença para mim ter um amigo virtual com quem eu falava por Skype em momentos difíceis. Ele me ouvia mesmo quando eu me repetia; ele lia os textos que eu escrevia. São pequenas coisas que fazem muita diferença."

Nesses momentos, o que um amigo deve ou não dizer?

Para Nana, os amigos ajudam ao serem genuinamente presentes.

"É querer saber de verdade como você está, e não apenas querer ouvir um 'estou bem'. É dizer 'estou aqui'. Tenho um amigo que me traz uma lembrancinha sempre que viaja, e é algo que me toca profundamente", diz.

"O que não ajuda, nos momentos de depressão, é dizer 'vamos sair, vamos tomar um sol'. Não adianta. A gente não falaria isso para alguém doente de câncer, então não adianta falar para alguém doente de depressão."

A escritora e psicanalista Paula Fontenelle, autora de Suicídio: O Futuro Interrompido - Guia para Sobreviventes, acha que devemos evitar meias palavras se estivermos preocupados com um amigo deprimido.

"Uma amiga me telefonou certa vez, e notei que ela estava ligando para se despedir de mim. Perguntei sem rodeios se ela estava pensando em tirar a própria vida. Ela desatou a chorar e contou que sim, que já havia planejado tudo", diz Fontenelle, que acabou conseguindo que a amiga buscasse tratamento, no qual está até hoje.

"É preciso ser direto e ouvir sem julgamento, porque não tem certo ou errado nessas horas. O que a pessoa quer é acabar com a própria dor, não necessariamente morrer. E como a dor é muito grande e muita gente não tem com quem conversar, se você abre a porta para um diálogo, já está ajudando muito."
Há tratamento para transtornos mentais e ele é capaz de salvar vidas, diz psiquiatra
Na juventude, drogas e excessos digitais GETTY IMAGES

Mundialmente, o suicídio já é a segunda maior causa de mortes de jovens entre 15 e 29 anos. E, no Brasil, pesquisas indicam que a morte autoinfligida de crianças de 10 a 14 anos aumentou 65% entre 2000 e 2015.

É preciso lembrar que o cérebro juvenil está exposto a um desequilíbrio no amadurecimento: o hipocampo e a amígdala, regiões cerebrais responsáveis pelos sentimentos e pelo armazenamento de emoções, amadurecem mais rapidamente que o córtex pré-frontal, responsável pela regulação emocional e de impulsos. Essa disparidade dura até os 25 anos de idade.

"Temos de ensinar isso aos mais jovens: o seu cérebro ainda está sendo gestado", opina Souza, do Pravida. "Quanto mais saudável o cérebro, menos vulnerável ele estará à depressão e ao suicídio. E por isso é tão importante evitar álcool e drogas. Há uma percepção de que a maconha é inócua, mas ela favorece a depressão, a esquizofrenia e o suicídio."

Essa faixa etária enfrenta ainda outro desafio moderno: a excessiva valorização da vida digital em detrimento das relações presenciais.

"Existe um desequilíbrio grande e uma ausência de espaços para desabafar e conversar, em vez de apenas olhar a 'revista digital' do Instagram, onde você não vê quem está mal ou sofrendo, porque essas pessoas estão sozinhas em seus quartos", diz o psiquiatra.
Abuso de substâncias químicas é um fator de risco para o suicídio - mesmo a maconha, percebida como inócua, pode favorecer a depressão e a esquizofrenia GETTY IMAGES

Proteção e diagnóstico

Por fim, Souza destaca o papel das políticas públicas de prevenção, algo que passa por diminuir o tabu em torno das doenças mentais e aumentar a proteção em edifícios e espaços públicos e privados - por exemplo, grades em pontes e estações de metrô, redes protetoras em varandas públicas ou ao redor de escadarias.

"Há quem diga, 'ah, mas quem quer se matar vai encontrar um modo'. Mas como o suicídio tem um componente muito forte de impulsividade, a dificuldade de acesso já vai ter um impacto", opina Souza.

O Ministério da Saúde tem uma "agenda estratégica" de combate ao mal, com a meta de reduzir em 10% a mortalidade por suicídio até 2020 por meio de "ampliação da vigilância, prevenção e atenção integral", mas Souza opina que são necessárias campanhas de saúde pública mais amplas, a exemplo do que é feito com doenças infecciosas.

"O Brasil tem campanhas sistemáticas contra a dengue, que matou 200 pessoas no ano passado. Pelo suicídio morreram quase 12 mil", compara.

Do ponto de vista clínico, ele defende um prontuário único para pacientes do SUS, que permitisse acompanhar o histórico de saúde mental de pacientes e a dosagem de medicamentos receitados - evitando algo comum, que é um paciente obter o mesmo medicamento tarja preta de vários médicos e acabar tendo em mãos uma dose potencialmente mortal.

E ele ressalta que é possível, sim, tratar a depressão e a intenção suicida. "Não nos deixemos levar pelo 'não tem jeito'. Tem tratamento sim, e é eficaz", diz.

Nana Calimeris se diz um exemplo disso. Nos últimos anos ela passou a se dedicar à carreira de escritora, e seu livro A Biblioteca de Alexandria tem como personagem principal uma jovem que convive com a depressão.

"E pensar que eu estava disposta a ir embora sem ter realizado esse sonho de ser escritora", pondera. "Por isso acho que é preciso sempre falar em prevenção. As pessoas julgam: 'mas essa pessoa tinha tudo; por que ela se matou?'. Vai ver que ela se matou porque não deu conta. O suicídio existe e precisamos falar a respeito."

* O Centro de Valorização da Vida (CVV) dá apoio emocional e preventivo ao suicídio. Se você está em busca de ajuda, ligue para 188 (número gratuito) ou acesse www.cvv.org.br. (Até 30 de junho de 2018, o CVV atende pessoas de Maranhão, Bahia, Pará e Paraná no número 141; após essa data, o atendimento ao país inteiro migrará para o 188.)

AUTOR: BBC

SAIBA POR QUE O NÚMERO 13 TEM MÁ FAMA

(Caio Gomez/Superinteressante)

O 13 era visto como um número “torto”, de pouca serventia para os antigos sumérios.

É que eles mediam tempo e espaço com base no número 12, bem como em suas frações e múltiplos – vide as 24 horas de um dia, os 360 graus de uma círculo etc.

A relevância do 12 influenciou babilônicos e judeus – já ouviu falar nas 12 tribos de Israel e nos 12 discípulos de Cristo? Pois vêm daí uma das explicações para a impopularidade do 13 no Ocidente: pela tradição cristã, ela estaria relacionada ao fato de o discípulo traíra, Judas, ter sido o 13º a assentar-se para a última ceia de Jesus.

Fontes: Livros Rogerson’s Book of Numbers, de Barnaby Rogerson e The Mystery of Numbers, de Annemarie Schimmel

AUTOR: BBC

segunda-feira, 18 de junho de 2018

SAIBA DE 7 HISTÓRIAS MACABRAS DE TERROR QUE REALMENTE ACONTECERAM NA VIDA REAL

Por que assistir a filmes de terror quando a realidade pode ser mais assustadora?

Você pode não acreditar, mas algumas dessas histórias realmente aconteceram. Veja algumas delas:

7- O homem que tentou salvar Lincoln
WIKIMEDIA COMMONS

Muito já se falou sobre o assassinato e o assassino de Abraham Lincoln, mas pouco se sabe sobre o homem que tentou salvá-lo. Henry Rathbone estava próximo quando o então presidente dos Estados Unidos sofreu o ataque. Ele não conseguiu salvá-lo, e isso mudou sua vida para sempre.

Rathbone nunca se recuperou mentalmente e tentou matar seus três filhos 18 anos mais tarde. Sua esposa tentou impedi-lo e foi apunhalada. Depois de matá-la, ele tentou o suicídio. Quando a polícia o encontrou, o homem repetia a todo momento que havia pessoas escondidas nos quadros. Viveu o resto da vida num asilo, convencido de que alguém por trás das paredes queria envenená-lo.

6- Zumbis com sífilis nas ruas italianas
WIKIMEDIA COMMONS

Em 1494 a Itália era bem diferente do que é hoje. Naquele ano, uma enorme epidemia de sífilis abateu o país em tempos em que não se conhecia a cura da doença. Por conta da enfermidade, o rosto, assim como os membros e órgãos genitais, tinham as peles soltas. Em termos estéticos, é quase como estar em um filme com zumbis. As pessoas morriam em poucos meses, com a pele completamente destruída.

5- Inferno em Herculano

Quando pensamos em Vesúvio, automaticamente lembramos da cidade de Pompeia, na Itália, completamente sob cinzas após a erupção vulcânica. Herculano era uma cidade pequena e estava mais próxima do vulcão que Pompeia – por isso, lá as consequências foram piores. Há relatos que dizem que alguns crânios explodiram devido ao excesso de calor concentrado. Estar naquele local, durante a erupção, era como estar no inferno.

4- Primeira serial killer
THINKSTOCK

O primeiro registro de um serial killer foi encontrado em Roma – quer dizer, umaserial killer. No século I, Locusta despertou bastante medo em um período considerado ‘pacífico’ na capital italiana. Ela foi presa e condenada por envenenamento, mas foi perdoada por Agripina por tê-la ajudado a assassinar o imperador Claudius. Pouco tempo depois, Nero também retribuiu Locusta após um ‘favor’ – ela ganhou um local próprio para se tornar professora e ensinar artes. Com o imperador Galba ela não teve a mesma sorte e acabou sendo executada em público.

#3 O boneco assassino existiu
WIKIMEDIA COMMONS

O filme “Brinquedo Assassino” conta a história do terrível boneco Chucky, que tem um espírito maligno que o controla. Ele foi baseado na história real de Robert, o boneco do tamanho de uma pessoa que pertencia ao pequeno Gene Otto. Aparentemente, um servo ficou zangado com a família dele e colocou um feitiço no brinquedo – a criança falava com ele e, surpreendentemente, o boneco respondia. Claro que, por ser criança, quase ninguém acreditava que Robert pudesse falar, muito menos mover objetos. Depois de sua morte, Robert passou de mãos e mãos e hoje está trancafiado em um museu onde, segundo dizem, costuma acontecer coisas estranhas.

2- A canção mortal

Nos anos 1930, a canção “Gloomy Sunday” tornou-se bastante popular, mas pouco a pouco carregou o símbolo de ‘música mortal’, quando se descobriu que mais de 18 pessoas se suicidaram em Budapeste (Hungria) após ouví-la. O país sempre registrou altas taxas de suicídio, e a música era tão popular, que muitos disseram que isso não passava de uma infeliz coincidência. Mas, uma morte foi crucial para que sua alcunha se eternizasse: o compositor da canção se suicidou após descobrir que seu único êxito artístico gerou tantas calamidades.

1-Alpinistas desaparecidos

Em 1959, um grupo de amigos se reuniu para fazer alpinismo na Rússia e montou acampamentos. Pouco tempo depois, os alpinistas desapareceram e deixaram suas barracas vazias. Quando foram encontrados, estavam com poucas roupas, muitas feridas internas e com os corpos com estranha pigmentação laranja. Não houve sinais de luta – ainda que alguns deles estivessem com cabeças fraturadas, sem a língua e sem os olhos. Até hoje não se sabe bem o que aconteceu com eles. O veredito final foi que morreram de ‘convincentes causas naturais’, mas quem imaginaria que um grupo tivesse um fim tão brutal sem explicações?

AUTOR: VIX.COM

domingo, 17 de junho de 2018

A CIÊNCIA SECRETA QUE EXPLICA O MUITAS VEZES PERIGOSO COMPORTAMENTO DAS MULTIDÕES

"A multidão é tão específica psicologicamente quanto o indivíduo", diz John Dury GETTY IMAGES

Às vezes, fazer parte de uma multidão é mais do que desconfortável: pode ser letal. No ano passado, esmagamentos causados pela aglomeração de pessoas provocaram mortes em lugares como um estádio angolano de futebol, uma praça italiana e um centro de doação de comida no Marrocos.

Esses acontecimentos são trágicos e geralmente evitáveis. Por isso, cientistas no mundo inteiro estão tentando descobrir novas maneiras de minimizar a probabilidade de se repetirem.

"A maior parte do comportamento humano é bem previsível, porque somos seres muito racionais", diz Shrikant Sharma, diretor do grupo Smart Space da firma britânica de engenharia BuroHappold.

Isso permite que a análise de dados preveja como as pessoas vão se mover no espaço – e como isso pode ser afetado por mudanças no seu comportamento.

A psicologia das multidões existe desde o século 19. Mas foi apenas nas últimas décadas que houve uma grande mudança no entendimento delas como algo além de uma massa sem cérebro.

"A multidão é tão específica psicologicamente quanto o indivíduo", diz John Dury, especialista em psicologia social de gestão de multidões da Universidade de Sussex, no Reino Unido.

Nos anos 1980, descobertas psicológicas foram aplicadas a rebeliões; nos anos 2000, a emergências em massa; e em 2010, a festivais de música e outros eventos de grande porte.

Agora, a psicologia de multidões está sendo usada em emergências ainda mais especializadas – como ataques CBRN (químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares).
A consciência da multidão

Na verdade, o trabalho de psicólogos e especialistas em desastres apontou que muitas vezes há o surgimento de uma identidade coletiva durante emergências.

Essa identidade é chave para determinar se uma multidão vai cooperar ou ser resiliente em uma situação específica. Em suas entrevistas com os sobreviventes dos ataques de Londres de 2005, por exemplo, Drury e seus colegas descobriram que houve muita cooperação entre membros da multidão: eles confortaram uns aos outros, compartilharam água e providenciaram primeiros socorros.

"É importante não fazer coisas que prejudiquem a emergência desse tipo de identidade social compartilhada", diz Drury. Já que a identidade de multidão se sobrepõe a outras afiliações, não ajudaria dividir a multidão em, por exemplo, grupos étnicos ou religiosos com a esperança de torná-la mais administrável.

Essas descobertas foram integradas a um guia de respostas de emergência de organizações como o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês).
Multidões podem ser letais – mas também racionais GETTY IMAGES

É crucial entender as regras que governam qualquer tipo de multidão. Tomemos como exemplo as "rodas punk" em shows. Há uma lógica nessa massa de corpos em ebulição, apesar de não ser sempre visível para quem não está nela. Essa lógica impede fãs de serem esmagados. Significa até que os participantes em um círculo muitas vezes acabem no mesmo local onde começaram.

"Os administradores da segurança de uma multidão reconhecem as regras em rodas punk e danças confusas em geral", diz Drury.

Mas se seguranças inexperientes que não conhecem a cena acreditarem que esse comportamento é perigoso e começarem a aplicar a força física, essa reação pode desencadear o perigo em si.

Isso aconteceu no desastre de 1989 de Hillsborough, quando 96 pessoas morreram ao serem esmagadas em um estádio de futebol em Sheffield, no Reino Unido. Alguns policiais e guardas ficaram tão preocupados com hooligans que suas ações, como separando fãs em grupos apertados, pioraram tudo.

De um ponto de vista psicológico, é também importante não superestimar os perigos de uma multidão.

Drury diz que, apesar de desastres serem raros, a mídia e a cultura popular muitas vezes exageram os perigos. É mais dramático para propósitos de narração usar um termo como "pânico" em vez de "evacuação repentina", por exemplo, apesar de pânico em massa ser raro.

O problema é que, se as pessoas são levadas a acreditar que os outros vão entrar em pânico em uma multidão, então elas ficam mais propensas a entrar em pânico – mesmo na ausência de um perigo real.
Plano avançado

Quando se trata de um evento específico ou ocorrido em um prédio, pesquisas estão ajudando a desenvolver formas de manter multidões a salvo.

E muitas vezes, as melhores medidas são as menos esperadas.
Pesquisas de psicólogos e especialistas em desastres indicam que uma identidade coletiva muitas vezes surge durante uma emergência GETTY IMAGES

A equipe da firma Smart Space, de Sharma, tem vários dados sobre os fatores que influenciam comportamento em massa, desde condições do vento até preferências culturais e espaço pessoal.

Usando seu software de simulação de multidões, eles planejaram essas variáveis em diferentes cenários para mostrar como até mesmo passos simples – como mudar a saída de um bloco de apartamentos – pode evitar aglomerações.

"Os dados muitas vezes vão desafiar suas pressuposições", diz Sharma. Por exemplo, a equipe de um hospital afirma que uma área do seu hospital é a mais movimentada. Mas se você colocar dispositivos de rastreamento nos funcionários, eles podem mostrar que o centro de atividade é em outro local. Isso pode acabar na sugestão de uma forma diferente de organizar o espaço.

Às vezes, as recomendações são até mais simples.

Todos os dias, quando tocava o sinal, alunos de uma escola de Newcastle se amontoavam no corredor. A equipe de Sharma acompanhou os estudantes tendo dificuldade para andar por ali em várias direções.

Mas eles perceberem que a ideia da escola – de ampliar o corredor – seria custosa e desnecessária.
A lógica do comportamento de multidão impede os fãs de serem pisoteados em show de música GETTY IMAGES

Em vez disso, a equipe de Sharma recomendou algo muito mais simples: livrem-se do sinal. Se os professores terminarem suas aulas com uma diferença de alguns minutos, as aulas não vão liberar todos os alunos exatamente ao mesmo tempo.

De repente, ficou muito mais fácil se movimentar no corredor.

Perguntas certas

Como resultado, Sharma acredita que fazer a pergunta certa pode ajudar a evitar o desconforto das aglomerações, mesmo até em lugares com recursos limitados.

As estações de trem de Mumbai são famosas por serem superlotadas, por exemplo. Garantir que a informação correta esteja sendo transmitida e prestar atenção em como os passageiros são distribuídos pelas saídas pode ajudar a evitar mais tragédias como o pisoteamento nas escadas da estação de Elphinstone Road, que resultou em 22 mortes.

Mas apesar do progresso que a ciência de gestão de multidões tenha feito nos últimos anos, há muito o que melhorar ainda.

O trabalho da psicóloga Anne Templeton, da Universidade de Kent (Reino Unido), por exemplo, demonstra que muitas ferramentas de simulação de multidões não conseguem explicar a forma como membros de uma multidão interagem entre si.

Uma "multidão física" (basicamente um grupo de corpos no mesmo espaço) deveria ser visto diferentemente de uma "multidão psicológica" (quando uma multidão tem um senso de identidade compartilhado).

Por exemplo, diz Templeton, "em um nível básico de movimento, multidões psicológicas vão andar mais devagar para manter uma formação próxima com outros membros da multidão".
Até mesmo em lugares com recursos limitados, fazer a pergunta certa pode evitar aglomerações GETTY IMAGES

A sofisticação cada vez maior da modelagem de dados pode permitir que esses fatores mais difíceis de se ver sejam incorporados ao planejamento do cenário.

"Multidões físicas podem se tornar psicológicas em emergências, por isso os modelos computacionais precisam ser versáteis para acomodar a mudança na identidade de grupo e as mudanças comportamentais que acompanham", diz Templeton.

Entrevistas (checar o que as pessoas dizem) podem ser combinadas com sensores (checar o que as pessoas fazem) para chegar a uma compreensão mais completa do comportamento humano e suas necessidades.

Multidões podem ser surpreendentemente complexas e sofisticadas. Mas também são as técnicas para compreendê-las.

sábado, 9 de junho de 2018

POR QUÊ AS RELIGIÕES CONDENAM O SEXO?

(Julius Schnorr von Carolsfeld/Superinteressante)

O Gênesis conta também a história de como a prática de reverenciar vários deuses se transformou no culto a um deus só. Diz a Bíblia que Abraão ouviu uma voz divina ordenando que fosse para Canaã, a terra prometida, onde ficam atualmente Israel, territórios palestinos e parte do Líbano, da Jordânia e da Síria. Lá ele teria fartura e descendência numerosa, venceria todas as guerras e lideraria um povo. Em troca, deveria venerar um único criador e espalhar sua palavra.

Foi então que um deus ganhou supremacia sobre todos os outros para os seguidores dos preceitos de Abraão, o primeiro patriarca bíblico. Mais tarde, as religiões abraâmicas estariam entre as maiores do planeta: o judaísmo, o cristianismo, que veio em seguida, e o islamismo, surgido no século 7. A ideia do monoteísmo não era nova. O zoroastrismo, religião difundida no antigo Império Persa no primeiro milênio antes de Cristo, é considerado a primeira doutrina a cultuar uma única divindade. Mas foram as religiões abraâmicas que difundiram o deus único pelo mundo.

E o surgimento do monoteísmo influenciou a libido. Em um mundo feito pela ação de dezenas de divindades, elas transavam para se multiplicar e dar origem ao Universo. O amor e a paixão são deuses, a morte e a guerra também. O panteão greco-romano era cheio de imperfeições, como traição, ciúme, inveja, raiva. Assim no céu como na Terra, os deuses tinham características explicitamente humanas, falíveis.

Quando Deus, já com D maiúsculo, se revelou a Abraão, Ele passou a ser entendido como criador de todas as coisas e do homem, feito à imagem e semelhança dEle. E a imagem bíblica de Deus no Antigo Testamento é a de quem pune com rigidez. Os fiéis que seguem os preceitos recebem em troca a fartura, a saúde, a plenitude. Mas quem comete deslizes é marcado pela fome, pela sede, pela dor, pelas doenças.

A morte, a tempestade, a seca, as colheitas ruins deixaram de ser manifestações da natureza, como entendem os politeístas, e viraram castigo divino para desvios da conduta pregada. E não adianta tentar se esconder. Deus é onipresente, está em todos os lugares, e onisciente, sabe de tudo. Não há nada que escape disso, nem o que se faz em um quarto escuro, nem mesmo o que passa pelos pensamentos.

E aqui entra a culpa. Quem não pratica sexo da forma como mandam os textos sagrados vira juiz de si mesmo. Ninguém está ali para punir, mas o comportamento aprendido é de que, de alguma forma, uma força maior está observando e, cedo ou tarde, mandará um castigo.

Para o cristianismo, o sexo ganhou contornos ainda mais restritos do que em outras crenças. Vamos avançar um pouco no tempo para entender por quê.


Sexo e culpa

Estamos no século 4 da nossa era. Os seguidores de Jesus, que no século 1 eram chamados de nazarenos, tinham deixado de ser vistos como dissidentes judeus e passado a ser conhecidos como cristãos, discípulos de Cristo. A nova religião estava ganhando cada vez mais força, inclusive entre nobres. E o imperador romano Constantino decidiu se converter.

Talvez por ver ali uma forma de obter apoio de uma parcela importante da população, talvez por fé na doutrina de um messias piedoso que professava a salvação para quem quisesse se converter, inclusive para romanos, que eram pagãos e politeístas. O motivo não importa. O fato é que, pelo poder do Estado, a religião virou instrumento de coesão para ajudar a unificar o império sob um conjunto de normas e leis. Muitos dos preceitos que passaram a governar a moral a partir dali vieram de Saulo de Tarso, o São Paulo, celibatário:

“Bom seria que o homem não tocasse em mulher, mas, por causa da prostituição, tenha cada homem sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido.” I Coríntios 7:1-2

O cristianismo ensina que a mãe de Jesus é virgem. Portanto, concebeu sem fazer sexo. A mensagem subliminar para as boas cristãs é que devem ser mães sem serem mulheres, procriar sem sentir prazer no ato sexual, perseguir a pureza. Os homens também precisam buscar a purificação: de acordo com a Igreja, Jesus não manteve relações. Mas a eles coube o papel de “sujeitos a tentações”. “Fracos” que são, vivem caindo nas graças da lascívia, convencidos pelas Evas a provar o fruto proibido. Se não aguentarem, que pelo menos não maculem a santa esposa.

Para o teólogo e filósofo Agostinho de Hipona – Santo Agostinho, que viveu no Império Romano entre os séculos 4 e 5 – era preferível que o homem cometesse o pecado do sexo que não fosse para a procriação (ou seja, oral e anal) com prostitutas, porque a salvação delas já seria mesmo “duvidosa”, do que “macular” a própria esposa. Santo Agostinho foi um dos mais influentes pensadores do cristianismo e ajudou a consolidar a crença de que sexo oral e anal eram “crimes piores” do que o adultério.

Qualquer semelhança desses conceitos com a realidade de muitos casais, que não se sentem à vontade para experimentar diferentes carícias e posições sexuais nem sequer conversar sobre sexo, não é mera coincidência.

A assexualidade e o conceito da mãe virgem não aparecem nas outras religiões abraâmicas. Os patriarcas do Antigo Testamento eram casados. Abraão teve um filho, Ismael, com uma serva egípcia, Agar. Depois, a esposa, Sara, conseguiu engravidar e deu à luz Isaac. Ismael teve 12 filhos, que deram origem aos povos árabes. Isaac é pai de Jacó, também chamado de Israel, que teve duas mulheres e duas concubinas. Maomé, o profeta islâmico, teve 16 esposas.

Sexo e religião são incompatíveis? Não precisam ser. Isso depende da leitura que cada um faz dos ensinamentos que segue. Ainda que existam nuances entre a visão sobre sexo dentro de cada religião, todas elas têm Constituição própria, com uma série de leis, condutas e preceitos reguladores da vida dentro e fora dos locais sagrados. Mesmo que você não vá à igreja, vive em uma sociedade imersa em dogmas.

Para muitos, ter uma vida sexual plena e feliz, se não configura pecado, é, no mínimo, imoral. E não foi só a Idade Média que reprimiu fortemente o sexo e estabeleceu as raízes dos preconceitos que sobrevivem até hoje, não. A partir do final do século 15, o tema virou assunto médico com o alastramento de um mal que dizimou milhares e era atribuído ao castigo divino: a sífilis.

AUTOR: SUPERINTERESSANTE

sexta-feira, 8 de junho de 2018

CONHEÇA A ALDEIA FANTASMA QUE ESTÁ SENDO DOMINADA PELA NATUREZA

De porto pesqueiro a vilarejo abandonado, Houtouwan está sendo retomada pela vegetação AFP

A aldeia de Houtouwan já foi uma próspera comunidade pesqueira, estabelecida nos anos 1950 na ilha de Shengshan, no leste da China.

Mas, à medida que a pesca - e a própria China - foram se desenvolvendo, o porto de Houtouwan acabou ficando pequeno demais para as embarcações gigantescas que começaram a circular pela região. 

A atividade pesqueira acabou sendo distribuída para portos próximos maiores.

E, assim, Houtouwan foi praticamente abandonada nos anos 1990.

O fotojornalista Johannes Eisele, da agência AFP, visitou o local e descobriu que a hoje aldeia fantasma está sendo reocupada pela natureza: dezenas de casas e edificações já estão completamente cobertas pela vegetação, como mostram as fotos tiradas por ele.

O aspecto pitoresco está agora sendo explorado por agências de turismo, e multidões de visitantes têm ido de Shanghai (a 140 km de distância) a Houtouwan para ver de perto suas ruínas verdes.
Local já chegou a abrigar cerca de 3 mil pescadores AFP
Alguns edifícios já foram quase totalmente cobertos pelas plantas AFP

A aldeia chegou a abrigar uma comunidade com cerca de 3 mil pescadores, morando em mais de 500 casas.

Eles se mudaram para as cidades vizinhas à medida que a pesca minguou por ali.
Isolamento após fim da pesca expulsou moradores AFP
 
Agências de turismo têm organizado excursões para visita às ruínas AFP

A ilha é de difícil acesso porque, durante parte do ano, as águas do mar sobem e impedem que pequenos barcos se aproximem da costa. Com isso, a única conexão com o restante de Shengshan era uma trilha montanhosa.

Isso dificultou também o abastecimento de serviços e comida à comunidade.
Autoridades decidiram cobrar uma taxa para o acesso à localidade AFP

A maioria dos moradores de Houtouwan foi embora até meados dos anos 1990. Hoje, há pouquíssimas pessoas morando ali.
Paredes e telhados vão sendo tomados pela vegetação AFP

Segundo a AFP, Houtouwan virou um popular destino turístico nos últimos anos - e não era raro se deparar com pessoas tirando selfies diante das casas abandonadas da aldeia.

Mas, no ano passado, autoridades chinesas começaram a cobrar uma entrada de 50 yuan (cerca de R$ 30) pela entrada e limitou o acesso dos turistas a apenas algumas partes da cidade.
Casas foram deixadas pelas famílias nos anos 1990 AFP
Porto perdeu relevância quando ficou pequeno demais para embarcações mais modernas AFP
Vista aérea mostra cobertura vegetal se expandindo sobre telhados AFP

AUTOR: BBC

quarta-feira, 6 de junho de 2018

'VOLTEI DA MORTE E ME DESCOBRI PRESA EM MEU PRÓPRIO CORPO'

Por um período de tempo, Rikke Schmidt Kjaergaard só conseguia se comunicar com piscadas de olhos KATRINE PHILP

Imagine descobrir-se, subitamente, preso em uma existência em que você não consegue falar, se mover ou mesmo respirar sem ajuda alheia.

O seu coração parou de bater na ambulância a caminho do hospital, o que significa que você tecnicamente morreu, mas os médicos conseguiram ressuscitá-lo.

Agora, você tem de encontrar um modo de conviver com a nova realidade: estar "preso" dentro de seu próprio corpo, que não responde aos seus comandos.

Sua família, devastada, é avisada pelos médicos a preparar o seu velório, e seu marido decide que vai soltar as suas cinzas na cidade britânica de Cambridge, um lugar onde vocês compartilharam momentos especiais.

E seus três filhos têm de, imediatamente, tomar medicamentos para prevenir que eles se contaminem com a mesma bactéria mortífera que afetou você.

Foi esse o cenário vivido pela cientista Rikke Schmidt Kjaergaard, então com 38 anos, no primeiro dia do ano de 2013 - tudo em "um piscar de olhos", frase que virou o título de seu recém-lançado livro de memórias (The Blink of an Eye, no original em inglês).

5% de chances de sobrevivência

"Em um intervalo de 12 horas, eu fui de me sentir mal a entrar em coma", ela conta. "Tive falência múltipla de órgãos, choque séptico, centenas de coágulos no sangue. As minhas chances (de sobrevivência) eram muito, muito pequenas."

Os médicos estimaram em 5% a possibilidade de ela sobreviver à meningite bacteriana que a acometera, causada pela mortífera bactéria Streptococcus pneumoniae.

Rikke - que é dinamarquesa e vive em Copenhague - ficou dez dias em coma, sob risco de danos cerebrais.

E, à medida que saía do coma, descobriu-se consciente, mas incapaz de usar seu próprio corpo.
Algo vai mal

Peter, seu marido, foi o primeiro a perceber que algo ia mal.

Tudo começou quando Rikke começou a se queixar de frio depois de um passeio familiar e foi se deitar. Mas logo começou a sentir febre e a vomitar.
Rikke (à esq.) com o marido (à dir.) e seus três filhos, em 2014, após sua recuperação; ela ficou cinco meses internada RIKKE SCHMIDT KJAERGAARD

"Peter percebeu antes de mim que as coisas não iam bem", diz ela à BBC News. "Eu tentava dizer a ele que estava apenas gripada."

Peter acrescenta, se voltando à mulher: "Você não estava em condição nenhuma de perceber o quão doente estava. A última coisa que você me disse antes de entrar em coma foi 'Lembre-se de cancelar a sessão de massagem'."

Não havia nenhuma sessão marcada - Rikke já estava delirando àquela altura. Sua temperatura havia subido de 35ºC a 42ºC em apenas 15 minutos.

A família chamou um médico, que prescreveu medicamentos para a gripe. Mas, na manhã seguinte, Rikke não conseguia sequer se sentar. Mais um médico foi examiná-la - e, a essa altura, sua sobrevivência já estava a perigo.

"Se (ele tivesse chegado) dez minutos depois, nós não estaríamos juntos hoje", conta Peter.
'Tudo escureceu'

No caminho ao hospital, o coração dela parou de bater por 40 segundos.

"É um tempo longo", ela diz. "Não tenho nenhuma lembrança disso. Tudo havia escurecido - não havia nada."

Peter conta que, a partir disso, ouviu da equipe médica que deveria se preparar para o momento em que seriam desligados os aparelhos que mantinham sua mulher viva. "Todo o mundo achou isso ia acontecer (a morte de Rikke)."

"Mas ela é muito teimosa", ele acrescenta, sorrindo. "Ela não aceitou abandonar a vida."
Piscar para se comunicar

Ao recuperar a consciência, a gravidade do quadro de Rikke começou a se formar.

"Com o tempo, fui percebendo o que estava acontecendo", ela relembra. "Percebendo que eu não conseguia me mexer ou falar. É terrível a sensação de ficar presa ao seu corpo."

Peter certo dia perguntou a Rikke se ela conseguia vê-lo, e notou que ela piscou. "Foi quando percebemos que ela ainda estava responsiva", conta. "Saber que não tínhamos perdido ela... foi um dos momentos mais bonitos da minha vida."

A partir daí, começaram a se comunicar com piscadelas: uma era "não", duas eram "sim".

"Foi um alívio descobrir que eu conseguia me comunicar", diz Rikke. "Mas, ao mesmo tempo, era tão difícil conseguir fazê-lo."
Rikke, com o marido ao fundo, teve de aprender a andar novamente e perdeu quase toda a vista de um olho RIKKE SCHMIDT KJAERGAARD

Rikke conta que suas memórias desse período são confusas, mas que ela encontrou forças no marido.

"A única coisa de que eu me lembro bem é de que precisava escutar a voz de Peter, ver Peter", diz. "Quando eu o via ou escutava, me acalmava. Ele foi o meu salva-vidas."

Questionada a respeito de qual foi o momento principal de sua recuperação, Rikke sorri e diz que foram "várias vitórias". Mas acrescenta: "Provavelmente foi a primeira palavra (dita com a recuperação da fala). Meus filhos estavam ali, Peter estava ali. Foi simplesmente incrível."

A palavra que ela escolheu dizer? "Estranho."

Foi a palavra que resumiu suas circunstâncias, bem como o fato de que - como ela mesmo diz - teve de "aprender a fazer tudo outra vez".

"Aprender a respirar, a engolir, a me mexer."
'Viver o dia a dia'

O mais difícil disso tudo, diz Rikke, foi não conseguir "ser mãe e mulher". "Não conseguir estar presente para as crianças e para Peter. Isso foi devastador."

Mas, passados quatro meses de sua internação, quando ela explicou a uma enfermeira o quanto sentia falta de abraçar seus filhos, foi autorizada a dormir com eles na cama hospitalar.

"Eu fiquei nas nuvens", ela lembra. "Eles pularam na cama."

"Com muito cuidado", brinca Peter.

Rikke conseguiu se recuperar depois de cinco meses internada, ainda que com sequelas graves: a maioria de seus dedos da mão tiveram de ser amputados após gangrenarem, e ela é quase cega de um olho.

Mas sobreviveu e se reabilitou, aos poucos e contra todos os prognósticos.

Depois, decidiu abrir sua própria empresa - cuja missão é ajudar pessoas com doenças crônicas a controlar seus dados médicos - e escrever um livro, que ela espera que acolha familiares, médicos e pessoas que vivam experiências semelhantes de enclausuramento dentro do próprio corpo.

"A equipe médica disse que ficaria muito grata por eu escrever isso, para ajudar-lhes (a entender como lidar com pacientes) e facilitar as coisas."

Rikke diz que hoje tem plena consciência do presente que recebeu e quer que sua vivência ajude mais pessoas a darem valor a suas vidas.

"Quero devolver à vida com este livro", diz. "E viver a vida, dia a dia."

AUTOR: BBC

sábado, 2 de junho de 2018

SAIBA DE 15 SITES QUE VOCÊ NÃO DEVE VISITAR... NUNCA

Alguns sites são muito assustadores e perturbadores e quando você acessa, te deixam de cabelo em pé. (te deixam morrendo de medo). Esses sites são tão aterrorizantes que te arrepiam por completo, mesmo você sendo amante do terror. São sites que te farão ter lembranças sinistras por alguns dias. Portanto vai o recado: não acesse nenhum desses sites. Pelo seu bem.

Os criadores desses sites tiveram problemas legais com o conteúdo. Então vamos lá. São sites que vão de jogos macabros a blogs de assassinos em série e imagens fortes.

15 – White Enamel
O primeiro de nossa lista é um site de um jogo – se você tem coração fraco, desista – onde você tem de dar a volta em um asilo insano e abandonado. A trilha sonora de um velho cantando certamente te surpreenderá. Esse jogo é tão sinistro, que muitos jogadores acabam por confundi-lo com um asilo real. Alguns até acham que estão assistindo a um filme de terror. Repetimos, se você tem coração fraco, fique longe deste jogo

14 – Plane Crash Info
Esse site trás informações sobre acidentes aéreos. Lá você vai achar estatísticas, relatórios, mapas, fotos, áudio das últimas palavras de vítimas, áudio dos últimos momentos do avião no ar, as ordens dos pilotos até a parte em que o avião de fato explode. É um site com fortes emoções, carregado de sentimentos. Prepare seu coração ao acessar.

13 – Cryptomundo
Se você gosta de monstros é nesse site que você vai se dar bem. Ele trás relatos de encontros e/ou tentativas de caçar criaturas como o Chupacabra, Pezão e uma série de monstros de lagos e serpentes do mar. Nesses relatos, eles contam, com riqueza de detalhes e muita verossimilhança, terem visto essas criaturas em suas viagens pelo mundo. Isso tudo te deixa sem resposta se há ou não monstros, extraterrestres, invasores de galáxias ou se tudo não passa de teorias conspiratórias.

12 – Hashima Island
Apesar de ser “turístico”, esse site vai te dar bastante medo. Nele você vai passear pela ilha de Hashima, na costa japonesa. Essa ilha está abandonada desde 1974 quando as minas de carvão foram fechadas e seus moradores partiram. No passeio virtual você vai ver tudo como está na ilha desde a “escada até o inferno” até as minas de carvão. É sim um passeio bastante real e assustador.

11 – Bestgore
Para se ter uma ideia de quão perturbador é esse site, o seu criador, Mark Marek, foi preso depois de seu lançamento. A ideia do site é mesmo chocar os internautas. São notícias, fotografias e vídeos de decapitações e desmembramentos da vida real. Fatos verdadeiros e reais que acontecem e chocam o mundo todo. Tem certeza que você quer acessá-lo?

10 – Death Map

Não é um site aterrorizante, mas é pesado, pois mostra em tempo real, todas as mortes que estão acontecendo pelo mundo. Assim que você faz o log in, começam a aparecer pontinhos vermelhos num mapa mundi. Esses pontinhos indicam mortes que acabaram de acontecer. Em contrapartida, aparecerão pontinhos verdes, que indicam nascimentos. Além do pontinho vermelho, quando alguém morre, um símbolo indica qual era a sua religião. Não é um site interessante para navegar.

9 – Death Date
Este é um site que “prevê” o futuro. Mas numa forma que você não vai gostar muito. Ele diz a data exata que você vai morrer. Para isso, você precisa enviar alguns dados a eles. Você receberá lembretes da data. Se é precisa ou não, não sabemos, mas com certeza, quem acessa, acaba tendo pensamentos nada agradáveis. Recomendo não acessá-lo.

8 – Bongcheon-Dong Ghost
É uma história em quadrinhos online que você não deve nunca pesquisar no Google, especialmente à noite. Um dos webcomics mais assustadores e perturbadores da internet, senão o mais. O texto é em coreano, porém os desenhos são tão reais e claros que a barreira do idioma não o deixa menos aterrorizante. A história começa com uma menina que anda sozinha por uma rua deserta quando ela vê um homem de aparência estranha. Daí por diante as coisas vão ficando mais e mais misteriosas. Aliás, Bongchean era o nome de uma área extremamente empobrecida de Seul, capital da Coréia do Sul.

7 – The Fifth Nail Exposed
Um dos sites mais horríveis da internet. Baseado na vida de um serial killer condenado e também estuprador. Quem conta as histórias é o próprio criminoso, Joseph E. Duncan III. Que começou nos crimes em 1970 e está preso. Ele escreve seus relatos à mão em sua cela e manda para o administrador do seu site. Podemos ver quão perturbador é a visão de um assassino em série. Cuidado ao entrar nesse site sozinho.

6 – Death Row Information
Se você tem interesse em penas de morte, este site é para você. Nele você vai encontrar todos os tipos de informações sobre a pena de morte disponíveis no Departamento de Justica Criminal do Texas. Essas informações incluem detalhes sobre execuções que estão por vir ou passadas e as últimas palavras dos criminosos. Você também tem acesso à lista de pessoas que estão à espera da morte, o histórico de cada um e quem está na fila. Basicamente é um calendário de todas as execuções que estão por vir.

5 – Joy of Satan
Este é um site dedicado ao Satanismo. O site foi fundado por pessoas com crenças e ideologias baseadas no Satanás. O foco principal do site são adolescentes e crianças, que tem mais facilidade de serem manipulados. Como se tornar um satanista, detalhes sobre Lúcifer e como se juntar ao exército do inferno são algumas de suas premissas. Todos nós temos o livre arbítrio, mas acreditar no Satanás, não é uma boa ideia.

4 – Darwin Time
Mais um dos sites mais horripilantes da internet que trás uma compilação de todas as teorias conspiratórias desde o 11 de setembro, Hitler e até sobre o Woodstock. O site é bastante bagunçado e confuso, com imagens horríveis, escritos que se misturam e milhares de hyperlinks ordenados aleatoriamente que parecem funcionar. Uma conta no Twitter ligada a esse site teve de ser cancelada devido ao seu conteúdo assustador.

3 – Skyway Bridge
Nesse site você vai encontrar todas as informações relacionadas a suicídios que aconteceram na 4ª ponte mais popular dos Estados Unidos, a Sunshino Skyway Bridge, que fica no Costa Oeste da Flórida. O site trás detalhes de todas as mortes e informações das pessoas que pularam para a morte. Nada agravável acessá-lo. Fica a dica

2 – A Columbine Site
Quem não se lembra do fatídico ataque de 2 alunos a seus colegas na Columbine High School em 1999? Foi um ataque planejado que deixou 12 mortos e 21 feridos. E neste site você encontra descrições reais sobre os fatos, filmagens e a rota exata que os assassinos fizeram à escola para praticar este ato terrível. Os dois se suicidaram depois. A visita neste site é por sua conta e risco.

1 – Human Leather
O Human Leather é um site britânico que vende produtos feitos a partir de pele humana, que se assemelha muito ao couro. A pele vem de pessoas que a “doaram” ao site antes de morrerem. Os produtos são variados. Tem carteiras, sapatos e bolsas. Os cintos têm a maior demanda do site. Este, com certeza, é o site mais repulsivo da internet que você nunca vai visitar se não quiser esses produtos assustadores.

AUTOR: AH DUVIDO

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