Ou seja, pela primeira vez estávamos falando de um planeta muito parecido com a Terra, que estava numa região do espaço propícia a ter água. Desde a descoberta dos primeiros exoplanetas no início da década 1990, passaram-se 20 anos até que o primeiro candidato a “gêmeo” da Terra surgisse.
O desenvolvimento tecnológico tem expandido os limites da astronomia de exoplanetas, permitindo chegar cada vez mais perto da resposta da pergunta mais importante que fazemos: haverá vida em outro lugar do universo? Para haver vida, pelo menos assim como a conhecemos, precisamos procurar por algum lugar que possua água, pois é nela que ela se baseia. O primeiro passo foi dado, com a descoberta de Kepler 186f, mas qual é o próximo?
Para identificar assinaturas da atividade de vida em outros planetas, precisamos ter a tecnologia suficiente para observarmos os efeitos causados por atividade biológica. Em outras palavras, as observações devem detectar as assinaturas da atividade biológica em atmosferas planetárias.
Esse é o desafio tecnológico dessa década, desenvolver técnicas e instrumentos que sejam capazes de estudar a atmosfera de exoplanetas que estejam na zona de habitabilidade. Essa semana, um grande passo nessa direção foi dado.
Uma equipe de astrônomos holandeses liderados por Ignas Snellen, da Universidade de Leiden, publicou um artigo na revista Nature apresentando a primeira medida da rotação de um exoplaneta. Trocando em miúdos, a primeira medida da duração de um dia de um exoplaneta.
Trata-se de Beta Pictoris b, um planeta extremamente jovem, com 20 milhões de anos apenas, orbitando a estrela Beta da constelação de Pictor, visível facilmente no hemisfério sul. Esse planeta foi descoberto seis anos atrás e, a apenas 63 anos luz de distância, foi o primeiro exoplaneta a ser observado diretamente.
A equipe de Snellen, usando um espectrógrafo para o infravermelho descobriu que Beta Pictoris b leva apenas 8 horas para dar uma volta completa em torno de si, ou seja, seu dia tem meras 8 horas de duração. Esse é o dia mais curto conhecido na astronomia, falando de planetas é claro. A velocidade de rotação em um ponto do equador deste exoplaneta gira a 100 mil km/h! Em Júpiter, essa velocidade é de 47 mil e na Terra “apenas” 1.700 km/h. Beta Pictoris B é 16 vezes maior que a Terra e tem 3 mil vezes a sua massa, e é, portanto, um planeta gigante gasoso.
A medição do período de rotação de Beta Pictoris b é a primeira evidência de que detalhes da atmosfera de exoplanetas estão acessíveis aos instrumentos atuais. É bem verdade que se trata de um planeta gigante e muito próximo da Terra, mas toda caminhada tem seu primeiro passo. E essa semana ele foi dado. Já há técnicas que permitem analisar, de maneira indireta, algumas características de atmosferas exoplanetárias, mas nada se compara a um espectro.
Com um espectro, tal qual foi tomado de Beta Pictoris b, é possível saber com exatidão a composição química da atmosfera, além de outros dados preciosos como a temperatura, pressão e densidade. Em breve, menos do que 20 anos eu tenho certeza, estaremos debatendo a existência e a quantidade de materiais como vapor d’água, oxigênio, ozônio e metano, marcadores da existência, ou pelo mesmo da possibilidade de existir vida em outros planetas.
AUTOR: G1
O desenvolvimento tecnológico tem expandido os limites da astronomia de exoplanetas, permitindo chegar cada vez mais perto da resposta da pergunta mais importante que fazemos: haverá vida em outro lugar do universo? Para haver vida, pelo menos assim como a conhecemos, precisamos procurar por algum lugar que possua água, pois é nela que ela se baseia. O primeiro passo foi dado, com a descoberta de Kepler 186f, mas qual é o próximo?
Para identificar assinaturas da atividade de vida em outros planetas, precisamos ter a tecnologia suficiente para observarmos os efeitos causados por atividade biológica. Em outras palavras, as observações devem detectar as assinaturas da atividade biológica em atmosferas planetárias.
Esse é o desafio tecnológico dessa década, desenvolver técnicas e instrumentos que sejam capazes de estudar a atmosfera de exoplanetas que estejam na zona de habitabilidade. Essa semana, um grande passo nessa direção foi dado.
Uma equipe de astrônomos holandeses liderados por Ignas Snellen, da Universidade de Leiden, publicou um artigo na revista Nature apresentando a primeira medida da rotação de um exoplaneta. Trocando em miúdos, a primeira medida da duração de um dia de um exoplaneta.
Trata-se de Beta Pictoris b, um planeta extremamente jovem, com 20 milhões de anos apenas, orbitando a estrela Beta da constelação de Pictor, visível facilmente no hemisfério sul. Esse planeta foi descoberto seis anos atrás e, a apenas 63 anos luz de distância, foi o primeiro exoplaneta a ser observado diretamente.
A equipe de Snellen, usando um espectrógrafo para o infravermelho descobriu que Beta Pictoris b leva apenas 8 horas para dar uma volta completa em torno de si, ou seja, seu dia tem meras 8 horas de duração. Esse é o dia mais curto conhecido na astronomia, falando de planetas é claro. A velocidade de rotação em um ponto do equador deste exoplaneta gira a 100 mil km/h! Em Júpiter, essa velocidade é de 47 mil e na Terra “apenas” 1.700 km/h. Beta Pictoris B é 16 vezes maior que a Terra e tem 3 mil vezes a sua massa, e é, portanto, um planeta gigante gasoso.
A medição do período de rotação de Beta Pictoris b é a primeira evidência de que detalhes da atmosfera de exoplanetas estão acessíveis aos instrumentos atuais. É bem verdade que se trata de um planeta gigante e muito próximo da Terra, mas toda caminhada tem seu primeiro passo. E essa semana ele foi dado. Já há técnicas que permitem analisar, de maneira indireta, algumas características de atmosferas exoplanetárias, mas nada se compara a um espectro.
Com um espectro, tal qual foi tomado de Beta Pictoris b, é possível saber com exatidão a composição química da atmosfera, além de outros dados preciosos como a temperatura, pressão e densidade. Em breve, menos do que 20 anos eu tenho certeza, estaremos debatendo a existência e a quantidade de materiais como vapor d’água, oxigênio, ozônio e metano, marcadores da existência, ou pelo mesmo da possibilidade de existir vida em outros planetas.
AUTOR: G1
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