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quinta-feira, 19 de julho de 2018

SERÁ QUE É POSSÍVEL MUDAR A MENTE DE UM PSICOPATA???

Psicopatas parecem processar informações sobre castigo e recompensa de uma maneira diferente do resto das pessoas ALAMY

Para melhor entender este artigo, vamos imaginar um cenário. É uma noite de sábado em um bar agitado no centro da cidade. Entediado, Antônio pega a garrafa de cerveja vazia que está na mesa em sua frente e começa a jogá-la de uma mão para a outra.

De repente, a garrafa cai e quebra na mesa, ele se levanta da cadeira e vai até o desconhecido que havia esbarrado nele mais cedo, ferindo-o no rosto com a garrafa quebrada. Um amigo do homem ferido chamado Pedro reage, empurra Antônio e continua o ataque enquanto outros tentam segurá-lo, atraindo mais pessoas para a briga.

Quando a polícia chega, Antônio domina a situação e aparenta tentar acalmar os ânimos, culpando Pedro pela confusão. Quando a polícia tenta prender Pedro, ele explode pela segunda vez e dá um soco no rosto de um policial.

É uma história fictícia, mas serve para ilustrar a diferença entre dois tipos de criminosos na prisão. As características de Antônio são as de um psicopata: frio, calculista, superficialmente charmoso e sem remorsos. "A violência é planejada com antecedência e a pessoa pode ficar empolgada e muito satisfeita ao cometê-la", diz Stephen Blumenthal, uma psicóloga que trabalha com infratores violentos na Portman, uma clínica de psicoterapia em Londres.

Pedro, por sua vez, exibe sintomas de personalidade antissocial: uma condição caracterizada por impulsividade e agressão. "A típica violência do indivíduo antissocial e não psicopata é causada por emoções fortes e é impulsiva ou reativa", diz Blumenthal.
Pessoas com transtorno de personalidade antissocial são movidas por emoções fortes e podem agir de maneira violenta ou impulsiva ALAMY

Há chance de reabilitação?

Dois homens violentos, duas motivações bem diferentes - mas o sistema criminal de justiça muitas vezes os trata da mesma maneira. Apesar de ambos serem violentos e, portanto, apresentarem um risco à sociedade, com taxas altas de reincidência, isso pode ser um erro. Cada vez mais pesquisas sugerem que seus cérebros funcionam de maneiras bastante distintas. Isso pode significar que eles precisam de tipos diferentes de reabilitação se algum dia forem voltar às ruas.

Com isso em mente, especialistas estão tentando criar novos tratamentos para infratores violentos reincidentes.

O psiquiatra americano Hervey M. Cleckley formalizou o conceito de psicopata em 1941 com seu livro The Mask of Sanity ("A Máscara da Sanidade", em tradução literal), que tinha como base entrevistas com presos em prisões de alta segurança. "Ele identificou um grupo de pessoas que pareciam muito perturbadas, mas que desafiavam a categoria padrão de desordem mental", diz Blumenthal.

A psicopatia é diagnosticada usando uma ferramenta de avaliação que classifica pessoas de acordo com uma série de critérios. Os que estão acima de certo limite são oficialmente classificadas de psicopatas - apesar de a psicopatia ser um espectro e de que a maioria dos psicopatas não são criminosos violentos (aliás, muitos são extremamente bem-sucedidos no mundo dos negócios). No entanto, aqueles que são tendem a ser criminalmente versáteis. "Eles geralmente são infratores em várias categorias diferentes", diz Blumenthal.

Entre os infratores violentos na prisão, apenas uma minoria pode ser classificada como psicopata. Um estudo britânico recente estima que exista uma prevalência de cerca de 8% dos presos e 2% das presas, outro estima que sejam 31% dos infratores homens violentos e 11% das presas.
Entre os infratores violentos presos, apenas uma minoria pode ser classificada como psicopata GETTY IMAGES

Claramente, portanto, a psicopatia não explica todos os crimes violentos. Mas, uma vez que um psicopata esteja na prisão, é importante descobrir como melhor reabilitá-lo: eles têm até quatro vezes mais chances de reincidência do que os não psicopatas.

O transtorno de personalidade antissocial (TPA) é muito mais comum que a psicopatia - afeta entre 50 e 80% da população encarcerada em geral. "Dizem que buscar esse transtorno nas prisões é como buscar 'palha em um palheiro'", diz Blumenthal.

Apesar de pessoas com TPA parecerem despreocupadas e agradáveis, diante do conflito elas podem facilmente surtar e se tornar assustadoras. "Elas são o grupo esquentadinho", diz Nigel Blackwood, um professor da universidade Kings College, em Londres. "Elas ficam frustradas e irritadas, veem ameaças onde não existem e surtam ou se tornam agressivas para resolver seus problemas."

Em uma minoria de casos, infratores violentos são diagnosticados com TPA e psicopatia. Blackwood e seus colegas identificaram diferenças nos cérebros dessas pessoas que os separam de infratores apenas com TPA e dos sem qualquer distúrbio. "As diferenças estão em áreas-chave do cérebro que estão envolvidas com o pensamento sobre nossas reputações sociais e com o uso do medo para determinar nossos comportamentos", diz Blackwood.
Muitos criminosos violentos podem ter TPA e psicopatia GETTY IMAGES

Psicopatas parecem processar informações sobre castigo e recompensa de uma maneira diferente do restante das pessoas. A maioria das crianças passa por uma fase de bater ou morder outras crianças, mas em algum momento aprendem que é um comportamento inapropriado que será punido.

Os psicopatas, porém, parecem relativamente inabaláveis com a punição, o que os torna muito difíceis de administrar. "Nossos experimentos indicam que a questão que caracteriza os psicopatas não é não ser capaz de usar a informação do castigo para definir seu comportamento", diz Blackwood. "Nosso estudo sugere que os psicopatas processam a punição de uma maneira bem diferente". Ele acredita que isso pode ter implicações importantes para reabilitação e que seja possível fazer programas para esses "grupos separáveis".

Considerando seu sistema incomum de recompensa no cérebro, uma estratégia pode ser encorajar outras atividades para prevenir a reincidência, diz Blackwood, como um emprego ou um hobby. Mas ele adverte que "ainda é muito, muito cedo" para saber se isso pode funcionar.
Terapia em grupo pode ajudar pessoas a entender melhor por que elas se comportam de certa maneira ALAMY

Reconstituição das atividades violentas

Outras pesquisas mais avançadas sugerem intervenções com foco nos infratores com TPA. Estudos sugerem que essas pessoas têm dificuldades de ler expressões faciais e apresentam outras limitações na 'mentalização': sua capacidade de entender tanto as suas quanto as ações dos outros em termos de seus pensamentos, sentimentos, desejos, crenças e desejos. Isso não apenas pode fazer com que eles interpretem ações como mais ameaçadoras do que elas realmente sejam, mas também fazer com que seja mais difícil regular essas emoções porque elas têm dificuldade de entender seus próprios sentimentos.

Peter Fonagy, um psicólogo clínico e psicanalista da University College London coordena um teste de terapia grupal com base na mentalização com infratores violentos que foram postos em liberdade condicional - a maioria tem TPA. Toda semana, eles se encontram e discutem assuntos que são importantes para eles, com o objetivo de introduzir um entendimento com mais nuances de sua posição e daqueles ao seu redor.

"Nós estamos tentando apertar um tipo de botão de pausa de mentalização: dizer 'ok, espera um pouco, o que realmente aconteceu aqui?'", explica Fonagy. Reconstruir o acontecido mentalmente muitas vezes faz com que o calor do momento dissipe, reduzindo a vontade de fazer algo no impulso.

Fonagy e seus colegas já conseguiram usar a mentalização para ajudar pessoas com outra desordem, o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), que é caracterizado por instabilidade emocional e automutilação frequente. Um estudo diz ter encontrado melhoras no humor e funcionalidade interpessoal até oito anos depois do tratamento com mentalização.
Cientistas estão buscando novos tratamentos para infratores reincidentes ALAMY

Pesquisadores na Espanha estão dando um passo à frente e encorajando infratores violentos a experimentar as reações emocionais de suas vítimas na própria pele. Na Universidade de Barcelona, Mel Slater e Mavi Sánchez-Vives têm trabalhado com homens que cometeram violência doméstica e aceitaram participar de um programa de reabilitação comunitária em vez de ir para a prisão - a oferta foi feita apenas aos réus primários.

Como parte desse programa, os homens passam por uma sessão de realidade virtual na qual eles são um avatar feminino e encontram um avatar masculino agressivo. O homem critica sua aparência, joga um telefone contra a parede e invade seu espaço pessoal. "É comum assistir a vídeos ou fazer teatro durante programas de tratamento, mas essa é uma experiência mais intensa", diz Sánchez-Vives.

Antes e depois da sessão, é feito um teste para avaliar se os agressores conseguem reconhecer emoções como medo no rosto das mulheres. A habilidade de reconhecer medo melhorou com a intervenção. "Acreditamos que experimentar essa emoção neles mesmos os ajuda a entender - de uma maneira implícita - o que realmente estava acontecendo durante esse tipo de confronto", diz Slater.

Apesar de eles não terem comprovado se essas mudanças são duradouras, outros estudos de realidade virtual sugerem que elas podem ser. Por exemplo, Slater mediu o efeito de uma pessoa branca "ser personificada" no corpo de uma negra e descobriu que isso reduz o viés de raça, uma forma inconsciente e muitas vezes não intencional de racismo. Essa redução se manteve quando os participantes foram testados uma semana depois. "Isso não comprova que o efeito se manteria para violência de gênero, mas ao menos aponta nessa direção", diz Slater.

Não se sabe, porém, se estratégias de cultivo de empatia funcionariam com psicopatas. Tratamentos que envolvem conversas demandam motivação, colaboração e participação emocional, mas os psicopatas não dispõem de um leque normal de emoções. Eles podem se ver como superiores aos seus colegas de prisão e terapeutas, e debocham ou os comprometem de outras maneiras. "Se você colocá-los em uma situação de tratamento de grupo, há um risco de que irão corrompê-la", diz Blumenthal. "Eles são muito difíceis de lidar."
Os psicopatas muitas vezes são charmosos, manipuladores e podem ter dificuldade de sentir empatia ALAMY

Em seu livro Assessing Risk ("Calulando Riscos", em tradução livre), Bluementhal descreve um psicopata, Sid, com um histórico de atacar mulheres jovens vulneráveis e de abusar de suas crianças. Ele foi transferido ao albergue de liberdade condicional onde Blumenthal trabalhou. "Ele é uma das pessoas mais charmosas e manipuladoras que eu já conheci", diz Blumenthal. Um mês mais tarde, Sid desapareceu com a faxineira do local, "uma mulher aparentemente estável e confiável". Ela havia sido avisada sobre ele.

"Eu não quero comprometer o tratamento totalmente porque a maioria dos programas são muito básicos e é preciso muito trabalho nessa área. Mas essas pessoas precisam de um bom tempo para ficarem melhor e elas precisam escolher o tratamento elas mesmas", diz Blumenthal. "Eu acho que também precisamos aceitar que há pessoas resistentes ao tratamento que são muito difíceis de serem atingidas."

Talvez exista mais esperança em reconhecer pessoas jovens com traços psicopatas para mudar a trajetória de seu desenvolvimento. Estudos indicam que a psicopatia tem um efeito herdado e que crianças com níveis altos dos chamados "traços insensíveis" têm um risco maior de se tornarem adultos psicopatas.

A ideia de que a psicopatia possa ser identificada na infância continua controversa, mas evidências apontam que há fatores de risco claros. Tanto psicopatia como TPA também estão associados a um histórico de negligência e abuso na infância. E, enquanto crianças emocionalmente reativas tendem a responder bem a limites firmes, crianças não emocionais são menos responsivas.

É por isso que intervenções podem funcionar: pesquisas recentes sugerem que eles podem ser mais suscetíveis a intervenções que focam em comportamento positivo do que sendo punidas por comportamentos ruins. O que parece estar de acordo com os resultados de Blackstock sobre adultos psicopatas.
A maior parte das crianças passa por uma parte de bater ou morder outras crianças, mas uma hora ou outra aprendem que isso não é apropriado GETTY IMAGES

"Se você pode construir aquela parte do cérebro que quer os mesmos tipos de recompensa que você tem ao agradar o outro em vez de simplesmente conseguir o que você quer, então você provavelmente tem uma chance melhor de sucesso", diz Graham Music, um psicoterapeuta de crianças e adultos que trabalha com Blumenthal na Clínica Portman.

Essas crianças também demonstram déficits na habilidade de ler os estados emocionais alheios, mas pesquisas sugerem que essa habilidade possa ser melhorada ao ensiná-los a olhar nos olhos dos outros, o que pode aumentar os níveis de empatia e laços emocionais.

É por isso que intervenções antecipadas são chave: o cérebro é mais maleável durante a infância. Isso traz seus próprios desafios, considerando que essas crianças não necessariamente passaram pelo consultório de um psicólogo.

"As crianças que geralmente chegam a nós são as que estão reagindo, jogando coisas, chutando as pessoas, gritando, entrando em brigas", diz Music. Crianças insensíveis, por outro lado, são vistas como "agressivas felizes" porque elas parecem inabaláveis pela violência.

A evidência crescente de que infratores violentos não são um "monolito" exige uma estratégia com mais nuances. Parte do desafio é identificar as pessoas que parecem que vão se beneficiar mais do tratamento e apoiar sua tentativa de mudar. Pode ser que algumas pessoas não possam ser salvas, mas muitas outras podem estar ao alcance. "Eu realmente acredito que a biologia é maleável e eu prefiro não desistir das pessoas", diz Fonagy.

AUTOR: BBC

sábado, 14 de julho de 2018

ASSISTA 7 DOCUMENTÁRIOS PARANORMAIS QUE VÃO TE DEIXAR SEM DORMIR

Se você é mais um dos fanático em histórias de terror então está no lugar certo. Mas, se esse não for o seu caso, é melhor se preparar para o que está por vir. 

Afinal, alguns relatos podem ser realmente assustadores. Principalmente se você pensar neles como fatos reais que, em algum momento, chegaram a acontecer com alguém. E, se os filmes fictícios já são perturbadores, acredite, a realidade pode ser ainda pior.

Mas, afinal de contas, você acredita em espíritos ou seres malignos que aterrorizam pessoas em nosso mundo. Para aqueles que acreditam em histórias como essas, dormir pode vir a ser um desafio depois de se deparar com esses horrores.

E, para os descrentes, acredite, esses documentários assustadores vão perturbar você. Afinal, alguns contos acabam conseguindo aterrorizar todos nós, independente das nossas crenças. E talvez seja exatamente por isso que ainda exitem tantos programas dedicados a essa modalidade.

1 - O Pesadelo - Paralisia do Sono

Esse documentário, feito no formato de um filme de terror, não é exatamente igual os demais. Ele foi lançado em 2015 e tem cerca de 90 minutos de duração. E, durante todo esse tempo, não há comentários de especialistas sobre o assunto nem nada do tipo.

Mas, ao invés disso, 8 pessoas acabam descrevendo as suas experiências com a 'Paralisia do Sono' e tendo cada um deses momentos recriados. Além disso, o documentário acaba proporcionando uma visão mais aberta daqueles que passaram pelo problema.

2 - Ghost Hunters (Brasil)

A série 'Ghost Hunters' se dedica a fazer documentários a respeito de atividades paranormais e acaba sendo bem conhecida entre os amantes do assunto. Ele era exibido no canal SyFy e mostra um grupo de caçadores de fantasmas que saem em busca de lugares assustadores para documentar.

E, em um de seus episódios, eles acabaram vindo até o Brasil para ver alguns relatos assombrados registrados em um Hotel que fica no interior de Minas Gerais.

3 - Aparições em Connecticut

Esse documentário, como o próprio nome já diz, se trata de uma família que se muda para uma casa alugada que fica em Southington, Connecticut. Quando isso acontece, muitos relatos estranhos começam a acontecer. Fazendo com que eles pesquisem e descubram o terrível passado do lugar.

E, como você pode imaginar, coisas estranhas começam a acontecer. Os filhos do casal começam a ver fantasmas e os pais relatam coisas ainda mais estranhas.

4 - Poltergeist de Enfield

Você já viu o filme 'A Invocação do Mal 2'? Bom, se sim, talvez você deva saber que esse filme foi baseado em uma história real e que existe um documentário sobre ele. O que, sem dúvida, vai deixar todo o caso ainda mais interessante. E, aparentemente, tudo teria começado quando uma mulher, mãe de 4 filhos, acabou ouvindo 2 deles reclamando sobre moveis se movendo na cozinha.

As coisas acabaram piorando, ela chamou a polícia e até mesmo eles teriam visto um cadeira se mover sem ter ninguém por perto. Outras coisas também, como brinquedos, também se moveram e as crianças chegaram a ouvir vozes.

5 - Pantry Ghost

Em 2007, uma série de vídeos intitulada como 'Pantry Ghost' começaram a ser postadas no YouTube. Eles apresentavam a história de um homem que começou a reparar algo estranho em seu armário, que abria todas as noites às 12 horas e 34 minutos, e supos que algo de sobrenatural estava acontecendo por lá.

Com o tempo, na medida que ele filmava as ocorrências e interagia com o ser que habitava o lugar, as coisas acabaram piorando. A coisa teria ficado tão grave que a família teve que mudar de casa e o casamento acabou. Apesar de sua veracidade ser debatida, um documentário sobre ele foi feito em 2013 com o nome de 'The Pantry Ghost'.

6 - Ghosts on the Underground

Se você é do tipo que se incomoda com o exagero de alguns documentários paranormais, então talvez essa composição seja perfeita para você. Ela foi publicada em 2005 e, ao contrário da maioria, não apresenta recriações fantasiosas nem atores encenando.

A ideia por trás dele era pegar pessoas reais que trabalhava em metrôs, e mostrar o depoimento delas sobre coisas estranhas que vivenciaram. Apesar de ser mais parado do que os outros vídeos dessa modalidade, ele oferece uma experiência diferente e, por isso, merece a sua atenção.

7 - A mulher de Branco

Você já ouviu alguém dizer sobre como os animais podem ser mais sensitivos do que os humanos quando se trata de entidades paranormais? Bom, a maioria das pessoas que está um pouco mais integrada nesse meio já ouviu isso em algum momento e é disso que esse documentário se trata.

Ele faz parte de um série do Animal Planet chamada 'Instinto Paranormal' e conta a história de uma família que tem os seus animais perturbados por uma entidade feminina e maligna. Que, em certo momento, chega até mesmo a machucar os coelhos.

Todas essas histórias foram documentadas por algum motivo, não acha? E, talvez por isso, mereçam um pouco da sua atenção. Elas podem ser realmente assustadoras se você der uma chance. O que, para falar a verdade, pode acabar fazendo com que você perca algumas noites de sono. Se assistir a alguns desses documentários, comente aí embaixo o que achou deles!

AUTOR: Uol Grunge Patiohype TENEBROSO CHANNEL
Imagens Movieclips Indie Verdade paranormal Juliana Marengo Matley VirgoTheyoushowfilms The Hampshire Gost Club TENEBROSO CHANNEL DeepWeb

SAIBA DE 7 COISAS DIABÓLICAS ESCONDIDAS NO VATICANO

A Cidade do Vaticano é conhecida no mundo todo por ser considerado um local sagrado e sede da Igreja Católica. É o menor estado soberano do mundo, ficando sob a responsabilidade da Itália, enquanto que o Papa tem proteção da Guarda Suíça. Pode ser que você não conheça, mas a cidade possui o que chamam de Arquivos Secretos do Vaticano, que foi fundado em 1611 pelo Papa Paulo V.

Consiste em um repositório considerado extremamente seguro, onde são armazenados os documentos mais valiosos e antigos de toda a Igreja. O acesso é restrito, sendo que apenas funcionários autorizados do vaticano podem entrar, ainda assim, precisam de uma carta de recomendação. Como se não bastasse, ainda precisam mencionar o que exatamente precisam buscar ali dentro, mesmo sem saber ao certo o que podem encontrar.

Fato é que, tudo aquilo que é guardado sob todo esse sigilo, acaba levantando inúmeras suspeitas. Existe muito material oculto guardado ali dentro, o que leva muita gente a acreditar que conteúdo diabólico é escondido. Pensando nisso, separei abaixo 7 coisas diabólicas que podem estar escondidas no vaticano. Confere aí!

1 - Detalhes sobre a linhagem de Jesus
Embora a ideia de que Jesus tenha tido família e filhos não seja aceita pela comunidade cristã, vale considerar que pouco se sabe sobre o que aconteceu em sua vida desde a infância até seus 30 anos, pouco antes de ser crucificado. Dessa forma, pode ser que ele realmente tenha iniciado uma família, o que chega a levantar questões sobre sua linhagem.

Alguns teóricos alegam que o vaticano guarda a sete chaves arquivos que revelam tais informações. Afinal, se existisse alguém vivo que fosse descendente direto de Jesus, o Papa não teria função nenhuma como intermediador entre Deus e humanidade, uma vez que aquele também seria descendente da divindade. Isso traria enormes complicações para a igreja.

Mas também não seria tão simples assim. Considerando o período em que Jesus provavelmente viveu, estima-se que cerca de 600 mil a 1 milhão de pessoas poderiam ser seus descendentes, carregando algum traço biológico. De qualquer forma, a igreja se envolveria em um grande escândalo caso algo do tipo viesse à tona.

2 - O terceiro segredo de Fátima
Foi no ano de 1917, que três crianças tiveram a visão da Virgem Maria. Ficaram conhecidos então como "os pastorinhos de Fátima". Receberam três visões proféticas, onde a primeira e a segunda falavam sobre "A visão do Inferno" e "O imaculado coração de Maria", que descreviam sobre a destruição de almas pecadoras, em uma súplica para que a Rússia se convertesse aos ensinamentos da virgem. Caso contrariassem, trariam guerras e perseguições ao mundo. Bem, parece que foi certeiro. Ambos foram publicados no ano de 1941, mas o terceiro segredo ainda permaneceu em sigilo até o ano 2000.

Foi o Papa João Paulo II que decidiu revelá-la. Chamada de "Atentado ao Papa", a terceira profecia dizia que haveria uma batalha apocalíptica entre o bem e o mal, tendo o Papa como alvo principal. Apesar disso, muitos acreditam que essa não é a verdade sobre o mistério. O próprio Papa Bento XVI chegou a sugerir em 2010, que o verdadeiro segredo não havia sido revelado... Apesar de o vaticano o contradizer.

3 - Artefatos extraterrestres
Pode parecer estranho, mas o vaticano está muito aberto à possibilidade da existência de vida extraterrestre. O Observatório do Vaticano, por exemplo, é utilizado para encontrar outros planetas parecidos com a Terra. E tudo indica que tal prática não é recente. Muito antes do Caso Roswell, ocorrido em 1947, o vaticano já colecionava artefatos extraterrestres e documentos técnicos que garantem a engenharia de armas alienígenas.

Apesar de não existirem evidências físicas que comprovem a afirmação, os Arquivos do Vaticano tem exatamente o propósito de esconder informações para o qual o mundo ainda não está preparado. Um exemplo é o terceiro segredo de Fátima, que ficou escondido durante tanto tempo.

4 - O cronovisor
Declarações do Padre Ernetti, que morreu em 1992, chocaram o mundo. Ele afirmou ter visto os discursos de Napoleão, e até mesmo Jesus na Última Ceia, até o momento de sua crucificação. Mas como isso poderia ser possível, sendo que tais eventos aconteceram há tanto tempo? Bem, segundo seu relato, tudo foi possível graças a um dispositivo chamado cronovisor... Uma espécie de TV em que qualquer evento do passado poderia ser transmitido.

De acordo com o padre, o aparelho foi desenvolvido pelos cientistas Enrico Fermi, criador do primeiro reator nuclear, e Wernher von Braun, envolvido na criação dos primeiros foguetes espaciais. Dessa forma, foi publicada uma misteriosa "foto de Cristo", no ano de 1972, na revista italiana La Domenica del Corriere. Mas é claro, as informações levantaram enorme dúvidas.

E a evidência de que o dispositivo realmente existe teria sido destruída, após o Papa Pio XII e Benito Mussolini entrarem em um acordo, alegando que aquilo seria uma ameaça à humanidade. Ernetti e os cientistas teriam encerrado o projeto do cronovisor. Mas, alguns religiosos acreditam que o vaticano ainda tenha posse do dispositivo original.

5 - O Diabo
Gabriele Amorth, que faleceu em 2016, foi o mais antigo e famoso exorcista do vaticano. Ele realmente sabia reconhecer um demônio e alegava já ter tido a oportunidade de estar cara a cara com o próprio diabo. Segundo suas palavras: "Satanás é puro espírito, embora às vezes pareça um animal furioso". Usando um ritual do ano 1614, do Papa Paulo V, Armoth afirma ter conduzido o Diabo sob circunstâncias assustadoras.

Em 2010 ele virou manchete, alegando que o Satanás estava no vaticano. E tudo indica que ele não falava no sentido figurativo. Em sua opinião, os escândalos e corrupção que assolaram a igreja nos últimos anos tiveram relação direta com o senhor do submundo, que estava aprisionado por ali. O Papa Paulo VI chegou a dizer algo parecido em 1972, alegando que "de algum lugar, a fumaça de Satanás entrou no templo de Deus".

6 - Prova de que Jesus não foi crucificado
A crucificação de Cristo é um dos símbolos mais preciosos para os cristãos. Sem ela, diversos outros fatos acontecidos na Bíblia simplesmente perderiam o sentido. No entanto, segundo Michael Baigent, nada disso aconteceu... Pelo menos, não do jeito que conta o livro sagrado. Ao contrário do que você pode estar pensando, ele não nega a existência de Jesus, pelo contrário. Apenas diz que sua crucificação foi um fraude.

Isso mesmo. Para o autor, Jesus teria feito um acordo com Pôncio Pilatos, uma vez que era do interesse de Roma mantê-lo vivo, apesar de toda a pressão que recebiam para matá-lo. Isso porque Jesus teria instruído seus seguidores a pagar os impostos. Dessa forma, o melhor que poderiam fazer seria fingir uma crucificação.

Teriam então simulado o ato, fazendo com que os inimigos de Jesus ficassem satisfeitos, ainda a tempo de salvá-lo da morte. Novamente, não existem provas para a alegação, e Baigent chegou a ser odiado por muitos cristãos que souberam de sua teoria. No entanto, ele afirmava que a prova disso estava escondida em um importante documento desenterrado pelo padre francês Berenger Saunière. Pouco tempo após a descoberta, o padre ficou muito rico, o que sugere que ele vendeu a informação para o vaticano, que escondeu o documento.

7 - Prova de que o Papa Pio XII ajudou Hitler
Pio XII ganhou o apelido de "Papa de Hitler", uma vez que nunca condenou abertamente os nazistas. Apesar disso, o vaticano acredita firmemente que o papa nunca foi a favor. Alegam que ele chegou a espalhar panfletos pela Alemanha Nazi, condenado o regime sob uma perspectiva cristã, chegando a salvar cerca de 800 mil judeus do extermínio na Europa Oriental. Os encontros que ele tinha com os líderes nazistas, portanto, não seria para apoiá-los mas sim para responsabilizá-los.

Considerando tudo isso, até parece que o Papa Pio XII foi apenas o alvo de difamações fantasiosas. A não ser que deixemos de lado dois pontos: primeiro, o vaticano até hoje se recusa a divulgar provas da atuação do papa durante o Holocausto; segundo, pessoas que viveram na época e tiveram contato com ele, definitivamente acreditam que Pio XII ajudou Hitler a conquistar poder.

Bem, de qualquer forma é questionável o que realmente aconteceu e quais eram suas intenções. Talvez ele apenas tenha permanecido neutro em uma tentativa de resguardar a igreja. No entanto, o papa era realmente a pessoa mais influente da Europa naquele período. Se alguém tinha o poder de parar a loucura do nazismo, era ele.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias aí pelos comentários!

AS 7 MORTES INEXPLICÁVEIS QUE PERMANECEM SEM SOLUÇÃO

Lidar com a morte, naturalmente, já não é algo fácil. Embora tenhamos que conviver com a ideia de que podemos perder alguém que gostamos a qualquer momento, isso não quer dizer que estamos preparados para isso. 

No entanto, existem alguns casos em que a situação apenas se agrava. Por exemplo, imagine se alguém morre de forma misteriosa e nem mesmo as autoridades, após intensas investigações, conseguem explicar o que aconteceu... É terrível, mas infelizmente, muitas mortes acabam sem solução.

Nem mesmo pessoas famosas e importantes escapam disso. Ao longo de nossa história, inúmeras tragédias já acometeram pessoas populares e até hoje esses casos permanecem em completo mistério.

Pensando nisso, separei abaixo 7 mortes inexplicáveis que permanecem sem solução. Confere aí!

1 - Edgar Allan Poe
Allan Poe foi poeta e escritor, sendo um dos precursores da literatura gótica. No dia 3 de outubro de 1849, ele foi encontrado pelo compositor Joseph W. Walker, jogado pelas sarjetas de Baltimore. Ele estava vivo, mas tudo indica que estava delirando. Durante os quatro dias seguintes, ele viveu intensas alucinações.

Segundo registros que atestam sua morte, ele faleceu devido a um inchaço no cérebro, mas não se sabe como isso poderia ter acontecido. Algumas teorias indicam que na verdade, ele pode ter sido assassinado, ou mesmo ter sofrido um coma alcoólico. Em todo caso, nenhuma destas teorias foi aceita e até hoje não há provas do que aconteceu.

2 - Dália Negra
Elizabeth Short era uma jovem e bela moça, que sonhava com o sucesso. No entanto, apenas alcançou fama após morrer de forma completamente misteriosa e brutal. Em 1947, enquanto caminhava, uma mulher encontrou o corpo da jovem jogado em meio ao mato, nu, machucado e cortado ao meio. O caso provocou um verdadeiro caos e a imprensa acabou chegando na cena do crime muito antes que a polícia. O nome "Dália Negra", faz uma alusão ao filme noir "The Blue Dalia", de 1946.

Quando a polícia chegou ao local, encontrou o corpo completamente seco. É como se tivesse sido drenado e perdido todo o sangue. No entanto, não havia nenhuma evidência do que poderia ter acontecido e pistas parecem ter sido tiradas dali. Ainda hoje, as autoridades culpam a imprensa por ter atrapalhado nas investigações, resultando no arquivamento do caso e nenhum suspeito.

3 - Tom Thomson
Thomson foi um famoso pintor do início do século 20. Adorava pintar paisagens e sem dúvida, o Algonquin Park era uma de suas maiores inspirações... Era um parque extremamente bonito. 

Ironicamente, foi neste mesmo lugar em que sua vida foi supostamente encerrada. No dia 8 de julho de 1917, sua canoa foi encontrada no lago do parque, com xaropes, geleia e um lençol, mas o corpo do pintor não foi localizado em lugar nenhum. Ninguém sabe explicar o que aconteceu com ele ao certo.

4 - David Bacon
Bacon ganhou fama repentina em Hollywood como ator, mas de forma tão repentina quanto, acabou apagando sua estrela. Ninguém sabe explicar o que aconteceu, mas no ano de 1943, testemunhas viram que o carro do ator estava indo em alta velocidade rumo a um campo de feijão. Quando foram verificar o que estava acontecendo acabaram achando o carro e David Bacon ainda estava dentro.

No entanto, o veículo estava coberto por sangue. O homem havia sido esfaqueado até ficar à beira da morte. Ele dava seus últimos suspiros quando foi encontrado e não conseguiu responder quando lhe perguntaram o que havia acontecido. Um grande mistério ainda hoje.

5 - Laetitia Toureau
Após sair de um salão de dança na periferia de Paris, Toureau pegou um trem e seguiu em direção ao centro da capital francesa. Tudo aconteceu em 1937. Ela entrou em um vagão de primeira classe, que estava completamente vazio enquanto os outros estavam cheios. No entanto, assim que o trem parou na estação seguinte e novos passageiros subiram, encontraram o corpo da jovem, já sem vida e com sinais de ter sido apunhalado no pescoço. As investigações começaram.

A polícia acabou descobrindo que ela trabalhava como informante para uma agência de detetives. Chegaram então até o esconderijo de uma organização terrorista, onde os detidos confessaram conhecer Toureau e confessaram o assassinato. Embora tenham conseguido tal informação, o mistério continua, uma vez que ainda não descobriram quem foi o exato autor do crime, e como alguém poderia ter a matado enquanto o vagão estava completamente vazio, levando apenas a jovem.

6 - Harry Oakes
Oakes foi um multimilionário, explorador de ouro e famoso filantropo. No entanto, a história que se conta a seu respeito, diz que ele fazia de tudo para sonegar impostos e manter sua fortuna. Dizem que ele convivia com inúmeros "demônios pessoais", que decidiram lhe cobrar no dia 7 de julho de 1943.

Ele estava nas Bahamas enquanto ocorreu uma violenta tempestade, e aproveitando-se do fenômeno natural, alguém o matou. Seu corpo foi encontrado completamente queimado, com 4 furos acima da orelha esquerda e rastros de sangue correndo na direção oposta, o que indica que não foi morto deitado. Tudo indica que foi mergulhado em gasolina e então recebido fogo. As investigações demoraram e foram repletas de corrupção e descuidos. Tudo isso permitiu que o assassino escapasse ileso, apesar de muitos se tornarem suspeitos. Devido a isso, acredita-se que as próprias autoridades quiseram encobrir o culpado.

7 - Dag Hammarskjold
Dag era um diplomata sueco, atuando também como secretário-geral da ONU. O próprio John F. Kennedy, presidente dos EUA entre os anos de 1961 a 1963, chegou a chamá-lo de "o maior estadista do século". 

Infelizmente, Dag morreu aos 56 anos, enquanto fazia uma viagem de avião, a caminho de uma reunião que ajudaria a negociar a paz na província de Katanga. Alguns apontam que o acidente ocorreu por falhas do piloto. 

Enquanto isso, outros acreditam que alguém teria planejado tudo para matar o diplomata. Como existem poucas evidências sobre o que realmente aconteceu, o caso foi arquivado e nunca conseguiram provar as causas da morte ou do acidente.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias aí pelos comentários!

sexta-feira, 13 de julho de 2018

NO EGITO, SARCÓFAGO COM MÚMIA DESCONHECIDA DE MAIS DE 2 MIL ANOS, INTRIGA ARQUEÓLOGOS

Dimensões do sarcófago impressionaram especialistas: tem mais de 2 metros de altura FACEBOOK MINISTÉRIO DAS ANTIGUIDADES DO EGITO

Arqueólogos egípcios descobriram neste mês um misterioso sarcófago preto de quase 2 metros de altura na cidade de Alexandria, na costa norte do Egito.

A descoberta intriga os especialistas pelas dimensões do túmulo e por ele parecer estar intacto há mais de 2 mil anos - ao contrário de outros do antigo Egito que, ao longo dos séculos, foram saqueados e danificados.

É o maior sarcófago já encontrado na região de Alexandria.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades egípcio, Mostafa Waziri.

O sarcófago de granito preto, com 1,85 metros de altura, 2,65 metros de comprimento e 1,65 metros de largura, foi encontrado em uma tumba a 5 metros de profundidade. Uma cabeça de homem esculpida em alabastro também foi encontrada no local.

Segundo o Ministério de Antiguidades egípcio, o objeto provavelmente retrata o dono do túmulo, que ainda não foi identificado - de acordo com especialistas, possivelmente se tratava de um nobre daquele período.
Cabeça esculpida em mármore também foi encontrada nas escavações e possivelmente retrata o homem enterrado no local FACEBOOK MINISTÉRIO DAS ANTIGUIDADES DO EGITO

A descoberta foi feita por uma missão de arqueólogos do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito durante escavações para inspecionar o terreno de um morador de Alexandria - ele pretendia fazer os alicerces de uma construção na área.

Acredita-se que o túmulo remonte ao período ptolemaico, que começou após a morte de Alexandre, o Grande, em 305 a.C. e durou até 30 a.C, quando a rainha Cleópatra 7ª foi derrotada e o Egito se tornou província do Império Romano.

"Há uma camada de argamassa entre a tampa e o corpo do sarcófago, indicando que ele não é aberto desde que foi lacrado na antiguidade", diz Ayman Ashmawy, o chefe do Setor de Antiguidades do Egito Antigo, em uma mensagem postada pelo Ministério de Antiguidades do Egito, em seu perfil oficial no Facebook.
Sarcófago de granito preto com 1,85 metros de altura, 2,65 metros de comprimento e 1,65 metros de largura está a 5 metros de profundidade FACEBOOK MINISTÉRIO DAS ANTIGUIDADES DO EGITO

Agora, o túmulo está sob vigilância enquanto especialistas se preparam para descobrir o que há exatamente dentro do sarcófago.

"Esperamos que este túmulo seja de um dos altos dignitários do período", disse Ashmawy, em entrevista publicada no jornal britânico The Guardian. "A cabeça de alabastro é provavelmente a de um nobre em Alexandria. Quando abrirmos o sarcófago, esperamos encontrar dentro dele objetos intactos, o que nos ajudará a identificar essa pessoa e a posição que ocupava", acrescentou.

Ashmawy observa que abrir o sarcófago pela primeira vez é um trabalho delicado e que possivelmente isso será feito no próprio local, dadas as dificuldades de movê-lo para um museu, por exemplo.

"São cinco metros de profundidade e a coisa toda pesa mais de 30 toneladas. A tampa sozinha tem 15 toneladas", exemplificou ele, ainda na entrevista ao Guardian.

Uma equipe de engenheiros deverá visitar o local nas próximas semanas. A expectativa é que forneçam os equipamentos e suportes necessários para que a tampa do sarcófago seja removida.

Especialistas em mumificação e restauração também devem participar da abertura do túmulo para garantir que o conteúdo seja preservado.

AUTOR: BBC

quinta-feira, 12 de julho de 2018

CONHEÇA OS CRIMES DA "NOIVA NAZISTA", CONDENADA À PRISÃO PERPÉTUA POR 10 ASSASSINATOS, NA ALEMANHA

Beate Zschäpe esteve no centro de um dos mais longos julgamentos da história moderna da Alemanha REUTERS

Após cinco anos de julgamento na Alemanha, uma mulher de 43 anos que ficou conhecida como "a noiva nazista", enquanto membro de uma gangue neonazista que operou durante 11 anos no país, foi considerada culpada por 10 assassinatos com motivação racial.

Beate Zschäpe era a principal ré em julgamento pelo assassinato de oito turcos, um cidadão grego e uma policial entre os anos 2000 e 2007.

A decisão do tribunal estadual de Munique a sentencia agora à prisão perpétua.

A relação ente os assassinatos foi descoberta por acaso em 2011, depois que um roubo frustrado revelou a existência do grupo neonazista - e célula terrorista - chamado National Socialist Underground (NSU).

Zschäpe, de 43 anos, integrava o grupo ao lado de dois homens com quem dividia um apartamento na cidade de Zwickau, no leste da Alemanha.
Identificados como Uwe Mundlos e Uwe Böhnhardt, os dois morreram em uma espécie de pacto de suicídio, após uma tentativa de assalto a banco.

Um incêndio no apartamento que dividiam - aparentemente em uma tentativa de destruir provas - levou Zschäpe a se entregar.

"Oi, eu sou Beate Zschäpe, a mulher que vocês procuram há dias", disse ela a um policial, por telefone, em 8 de novembro de 2011. Segundo o jornal alemão Augsburger Allgemeine, o agente que respondeu à chamada disse que não sabia nada sobre o caso e encerrou a ligação. Horas depois, acompanhada do advogado, a mulher se entregou em uma delegacia da cidade de Jena, onde havia passado a infância.
Foto divulgada pela polícia em 2009, datada de 2004, mostra Zschäpe e Böhnhardt juntos

Os sete anos de atuação da NSU expuseram graves deficiências no monitoramento de neonazistas pelo Estado alemão, e levou a um inquérito público para investigar como a polícia fracassou em descobrir o plano de assassinatos.

Mais de 600 testemunhas foram ouvidas no tribunal de Munique, fazendo deste julgamento um dos maiores na história da Alemanha pós-guerra.

Outros quatro acusados ​​também receberam penas de prisão por terem ajudado a gangue neonazista. Ralf Wohlleben foi condenado a 10 anos por auxiliar e encorajar os assassinatos - foi ele quem obteve a arma silenciada usada nos crimes. Carsten Schultze, um adolescente na época, foi considerado culpado de entregar a pistola e o silenciador à gangue. Foi condenado a três anos.

André Eminger recebeu uma pena de dois anos e seis meses por ajudar ao grupo terrorista. Holger Gerlach foi condenado a três anos por dar sua certidão de nascimento e outro documento de identidade a Uwe Mundlos.
Pistola Ceska e silenciador teriam sido usados na maioria dos assassinatos GETTY IMAGES

Mesmo antes do veredicto, o advogado de defesa de Zschäpe já disse que ela recorreria contra qualquer pena de prisão perpétua.

Durante o julgamento, a mulher negou ter participado dos assassinatos, alegando que só soube deles após terem sido cometidos por Mundlos e Böhnhardt.
Como atuou a 'noiva nazista'

De acordo com um artigo publicado em 2013 pela Deutsche Welle, a mãe de Beate Zschäpe não sabia que estava grávida até buscar atendimento em um hospital para o que pensava ser um problema nos rins.

As duas nunca tiveram um bom relacionamento e Zschäpe foi cuidada pela avó durante anos.

Ainda segundo o artigo, ela entrou em uma gangue de jovens aos 14 anos e, dois anos, depois conheceu Uwe Mundlos, que se tornou seu primeiro namorado e parceiro nos primeiros roubos de dinheiro e cigarros.

Mundlos foi para o serviço militar, e Uwe Böhnhardt, seu melhor amigo, teve um caso com Zschäpe.

Mas a história não foi motivo de conflito e os três passaram a viver juntos no apartamento em Zwickauer a partir de 2008.

Mundlos era apontado como o cérebro do grupo, Böhnhardt como o encarregado das armas e Zschäpe como responsável por cuidar do apartamento.

Após a morte da dupla, ela pegou uma lata de gasolina e ateou fogo ao apartamento, fugindo em seguida. Dias depois, acabou se entregando à polícia.
Quem foram as vítimas?

O caso da NSU engloba 10 assassinatos, dois atentados a bomba em Colônia, que deixaram mais de 20 pessoas feridas, e 15 assaltos a banco.

As vítimas dos assassinatos foram principalmente turcos, alvejados com uma pistola CZ 83 ao longo de sete anos.
Imagens de oito das 10 vítimas do grupo: (na parte de cima, da esquerda para a direita) Enver Simsek, Abdurrahim Ozudogru, Suleyman Taskopru e Habil Kilic e (na parte de baixo, da esquerda para a direita) Yunus Turgut, Ismail Yasar, Theodorus Boulgarides e Mehmet Kubasik FOLHETO DA POLÍCIA ALEMÃ

Um grego identificado como Theodoros Boulgarides também foi morto em 2005.

A última vítima foi Michèle Kiesewetter, uma policial alemã baleada e morta quando estava sentada dentro de uma viatura, em um intervalo do serviço em 2007.

A relação entre os assassinatos só seria descoberta anos depois.
Por que os assassinatos ficaram anos sem solução?

A polícia suspeitava que os assassinos fossem turcos étnicos nas comunidades das vítimas, o que lhes rendeu o apelido de "os assassinos do Bósforo", em referência ao famoso canal que leva esse nome em Istambul, na Turquia. Parte da imprensa alemã também chegou a usar o termo depreciativo "assassinos doner" - em referência ao doner kebab, um prato típico turco feito de carne assada.

Investigadores cogitavam a hipótese de parte das vítimas ter sido morta em acertos de contas por envolvimento em atividades criminosas - alegações que já foram retiradas do processo.

As famílias das vítimas, seus advogados e ativistas têm demonstrado frustração há muito tempo com o fragmentado sistema de policiamento da Alemanha, com 16 jurisdições diferentes para os 16 Estados.

Eles acreditam que o racismo institucionalizado dificultou a investigação e o julgamento.
Abdulkerim Simsek (à esquerda) e Gamze Kubasik são filhos de vítimas assassinadas pelo grupo em 2000 e 2006 respectivamente EPA

Em particular, apontam para a agência de inteligência doméstica BfV, acusada por eles de ter destruído e editado arquivos relacionados à célula terrorista depois que ela se tornou conhecida, em 2011, além de ter protegido informantes pagos no submundo neonazista.

Abdulkerim Simsek tinha 13 anos quando seu pai, um florista e primeira vítima da NSU, foi morto em 2000.

Ele disse à mídia alemã que ver o corpo do pai baleado foi "o pior dia" de sua vida.

Ele e parentes de outras vítimas acreditam que há mais envolvidos nos crimes ainda em liberdade e que deveriam ser levados a julgamento. "Havia alguém com conhecimento local observando todas as vítimas", disse Simseks ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

"Esse espião e outros apoiadores da NSU ainda estão soltos por aqui. E isso me incomoda muito."
Questões não respondidas

Jenny Hill, correspondente da BBC News em Berlim, observa que Zschäpe estava sorrindo e relaxada nos minutos que antecederam o anúncio de sua sentença à prisão perpétua. A mulher falou apenas duas vezes ao longo dos cinco anos de julgamento.

"Mas, embora as sentenças condenatórias provavelmente sejam bem-vindas pelas famílias das vítimas, nem esses processos, nem uma série de investigações oficiais responderam a questões fundamentais", diz Hill.

"Como e por que os assassinos escolheram suas vítimas?", questiona ela e vai além: "Por que as autoridades alemãs - que dependiam de informantes pagos de dentro da comunidade neonazista e são acusadas de racismo institucionalizado - aparentemente fazem tão pouco para protegê-los?"
Como a NSU foi apanhada?

Em 2011, um DVD incomum foi recebido por algumas agências de notícias alemãs contendo uma espécie de confissão do grupo pelos crimes que havia cometido.

O dispositivo mostrava imagens manipuladas junto ao famoso personagem do desenho animado Pantera Cor-de-Rosa, em que o grupo exibia mensagens se vangloriando dos assassinatos, além de imagens dos atentados.
Os neonazistas se vangloriavam dos assassinatos em um vídeo de confissão com a Pantera Cor-de-Rosa GETTY IMAGES

Em 4 de novembro do mesmo ano, Mundlos e Böhnhardt roubaram um banco em uma cidade alemã, como parte de uma série de assaltos semelhantes que haviam praticado. Desta vez, porém, a polícia conseguiu segui-los até uma van em que haviam se escondido.

Apesar de estar armada, a dupla não resistiu - e foi encontrada morta no interior o veículo. Investigadores acreditam que Mundlos atirou em Böhnhardt antes de se matar.

Zschäpe, então a única sobrevivente do trio da NSU, supostamente ateou fogo ao apartamento onde os três moravam em Zwickau. Ela se entregou poucos dias depois.
Beate Zschäpe teria incendiado o apartamento que o grupo dividia em um imóvel em Zwickau, para destruir provas. Várias, porém, foram encontradas GETTY IMAGES

Contudo, o dano que o incêndio causou no imóvel não destruiu tudo - e os investigadores encontraram uma cópia do DVD da Pantera Cor-de-Rosa, ligando o trio ao nome da NSU e aos assassinatos.

A arma que teria sido usada nos assassinatos também foi encontrada nos escombros.

O público saberia a partir de então que uma célula neonazista havia operado impunemente por 11 anos, matando 10 pessoas - e que havia permanecido durante todo esse tempo desconhecida pela polícia.

Uma indignação pública generalizada se seguiu a isso, juntamente com várias investigações parlamentares que exigiram maior vigilância das atividades neonazistas.

Em julho de 2015, o Parlamento alemão aprovou um conjunto de reformas dando maior poder ao BfV para evitar que as falhas na investigação desse caso se repitam.

Esse conjunto de reformas incluiu mudanças importantes no uso de informantes pagos, conhecidos como "V-Leute".

AUTOR: BBC

quarta-feira, 11 de julho de 2018

NOS EUA, O CONDENADO À MORTE QUE PEDE PARA MORRER LOGO

Scott Dozier foi condenado à pena de morte por ter cometido dois homicídios DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO PENAL DE NEVADA

Ele já deveria estar morto.

"Já passou muito tempo, meritíssima. Estou pronto", foi a resposta de Scott Dozier quando a juíza Jennifer Togliatti anunciou a data em que seria executado na prisão estadual de Ely, em Nevada, nos Estados Unidos.

Dozier, que em 2002 foi condenado à morte por homicídio, manteve-se calmo e, em alguns momentos, até um pouco animado durante a audiência no final de julho de 2017, conforme relatado pela imprensa local.

Levou quase um ano para que as autoridades concordassem em cumprir seu desejo: acelerar a aplicação de sua sentença de morte.

Mas esses planos foram frustrados.

A execução, originalmente prevista para 16 de outubro de 2017, foi adiada para 14 de novembro e, em seguida, suspensa por tempo indeterminado.

Paradoxalmente, esses adiamentos não atenderam aos pedidos de Dozier que, em 2016, anunciou que não apresentaria mais recursos em seu caso - ele só o faria se eles estivessem relacionados a uma disputa legal e médica sobre o método de sua execução.

Nesta quarta, 11 de julho, Dozier terá uma nova chance de morrer.
Crime em Las Vegas

O cheiro ruim de uma mala encontrada em abril de 2002 em um depósito de lixo a vários quilômetros do centro de Las Vegas era o início do processo judicial contra Dozier.
De 1.477 presos executados nos EUA desde os anos 70, 144 pediram para morrer logo, sem apresentar novos recursos GETTY IMAGES

Dentro do pacote estava o corpo mutilado e sem cabeça de Jeremiah Miller, um homem de 22 anos.

Durante o julgamento, os advogados de Dozier apresentaram a vítima como um traficante de drogas que estava tentando entrar no negócio da metanfetamina.

Os investigadores concluíram que Dozier ofereceu-se para ajudar Miller a obter os ingredientes para preparar a droga, mas, em vez disso, o matou para roubar US$ 12.000.

A cabeça da vítima nunca foi encontrada, embora um informante tenha dito à polícia que Dozier poderia tê-la colocado em um balde de cimento.

Após sua prisão, também Dozier foi indiciado pela morte de Jasen Greene, um homem de 26 anos cujo corpo foi encontrado desmembrado e enterrado no deserto do Arizona. Por essa razão, ele foi enviado para Phoenix, onde foi julgado e sentenciado a 22 anos de prisão.

Embora houvesse vários testemunhos contra ele, Dozier sempre negou ter sido responsável por essa segunda morte.

Em seu relato, ele diz que atendeu ao pedido de um amigo e hospedou Greene no trailer que usava para preparar metanfetamina. Um dia, quando chegou ao veículo, diz, Greene estava morto. Ele conta que decidiu enterrá-lo para impedir que a polícia descobrisse seu laboratório clandestino.

"Gostei da ideia de viver fora da lei", disse Dozier em uma entrevista publicada em janeiro passado na revista Mother Jones.

"Eu não estou buscando clemência. (O Estado de) Nevada me disse 'pare de se comportar assim ou vamos matá-lo se continuar'", acrescentou.
Voluntário

Em 31 de outubro de 2016, Dozier escreveu uma carta à juíza Togliatti pedindo que sua sentença de morte fosse logo levada adiante.
Dozier foi condenado à pena de morte em 2002 DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO PENAL DE NEVADA

A decisão faz de Dozier um "voluntário", como são chamados nos EUA os condenados à morte que renunciam a continuar lutando para preservar suas vidas.

Não há muitos deles. Desde que o país restabeleceu a pena de morte nos anos 1970, apenas 144 condenados se tornaram "voluntários".

No mesmo período, foram realizadas 1.477 execuções, segundo dados do Centro de Informação sobre a Pena de Morte (DPIC), organização não-governamental dedicada à pesquisa e à análise da pena de morte.

Mas o que o levou a pedir para morrer?

Meredith Rountree, pesquisadora da Faculdade de Direito da Universidade Northwestern, nos EUA, publicou em 2014 um trabalho focado em casos de "voluntários" condenados à morte no Texas para tentar investigar as razões deles.

Segundo a especialista, existem diferentes interpretações sobre o que acontece com essas pessoas. Alguns apontam para problemas de saúde mental ou para o impacto da rotina no corredor da morte, em que os presos geralmente vivem confinados e com muito pouco contato social.

Outros, pelo contrário, consideram que é uma decisão racional baseada na defesa da autonomia pessoal. Nesses casos, solicitar a execução seria um sinal de que o detento exerceria controle sobre seu destino final, reivindicando sua autonomia.
Nos últimos 40 anos, o Estado onde mais se aplicou a pena de morte nos EUA foi o Texas GETTY IMAGES

Segundo Rountree, "voluntários" compartilham algumas características com aqueles que tentam cometer suicídio na prisão. E Dozier é um deles.

Enquanto estava na prisão, ele tentou tirar a própria vida com uma overdose de antidepressivos. A tentativa o deixou em coma por duas semanas e o fez perder 30 kg. Após esse episódio, ele disse que não tentaria mais o suicídio.

Na prisão, ao contrário de outros condenados, Dozier conta com o apoio constante de seus irmãos. Pelo menos por um tempo, eles conseguiram dissuadi-lo de se tornar um voluntário.

O condenado também manteve contato com sua ex-mulher, Angela Drake, com quem tem um filho. Agora, ele também é avô.

À revista Mother Jones, ele disse que o preocupa que a neta só o conheça como um prisioneiro, bem como a possibilidade de que, permanecendo vivo, ele acabará se tornando um fardo emocional para toda a família.

"Estou cansado de ser o peão dos outros, eles (as autoridades) gastaram milhões de dólares para me condenar à morte e depois milhões de dólares não me matando. Isso não faz sentido", disse, sobre os adiamentos de sua execução.
Injeção letal

Apesar de seu desejo de ser executado, há um elemento que ainda lança dúvida sobre a possibilidade de isso acontecer: a controvérsia sobre a mistura de drogas que as autoridades planejam usar em uma injeção letal.
Caso execute Dozier nesta quarta-feira, o Estado de Nevada usará pela primeira vez a nova sala de execuções da prisão de Ely, que custou US$ 860.000 DEPARTAMENTO DE EXECUÇÃO PENAL DE NEVADA

O Departamento de Execução Penal de Nevada anunciou no início de julho que aplicará um coquetel que nunca foi testado, que mistura midazolam (um sedativo), fentanil (um opióide) e cisatracúrio (um agente paralisante neuromuscular).

Uma mistura semelhante foi alvo de contestação judicial no final do ano passado - razão pela qual a execução de Dozier foi adiada.

No centro da disputa estava o uso do cisatracúrio, uma droga que poderia causar uma sensação de afogamento em Dozier, mas sem ele estar ciente do que estaria acontecendo com ele.

Um anestesista compareceu ao tribunal e disse que o uso da substância poderia causar "sofrimento e dor cruel", levando o prisioneiro a ter "uma experiência horrível".

A União Americana pelas Liberdades Civis também questionou a aplicação do midazolam, usado anteriormente em execuções problemáticas que ocorreram em pelo menos sete estados do país, nas quais os presos demoraram a morrer e apresentaram sinais visíveis de sofrimento.

Dozier não parece se preocupar com essa discussão e segue disposto a correr o risco de uma morte desse tipo.

"Não há nada que tenha acontecido no ano passado, incluindo as discussões sobre drogas, sua eficácia... o fato de que aquelas (drogas) que foram usadas em outros Estados levaram a execuções problemáticas, longas e talvez dolorosas, nada disso te dissuadiu de me pedir para assinar este pedido (de execução)?", questionou a juíza Togliatti a ele em julho do ano passado antes de dar sinal verde para sua morte.

"Francamente, meretíssima, todas aquelas pessoas acabaram mortas e esse é o meu objetivo aqui", respondeu Dozier.

AUTOR: BBC

sábado, 7 de julho de 2018

EXCLUSIVO: 'PASSEI A INFÂNCIA EM UMA SEITA QUE INCENTIVAVA O ABUSO DE CRIANÇAS'

Verity Carter foi vítima de abusos sexuais desde os 4 anos de idade

Quando a britânica Verity Carter viu seu pai, Alexander Watt, ser condenado por ter abusado sexualmente dela e de outra criança nos anos 1980, ela passou a ter esperança de que outras pessoas venham à público para expor os crimes de membros da seita Children of God (Crianças de Deus), na qual ela cresceu.

Carter, de 38 anos, diz que sofreu abusos sexuais desde os quatro anos de idade de diversos membros da seita, incluindo seu pai. Ela afirma que crescer em meio ao grupo, que incentivava a prática, foi um "inferno na terra".

Watt foi condenado em fevereiro deste ano depois de confessar os crimes, cometidos na Escócia. A sentença determinou que ele cumpra 240 horas de serviço comunitário e compareça a um curso de reabilitação. Ele também foi incluído na lista de criminosos sexuais.

Carter diz que durante anos ouviu que era louca e que o abuso nunca havia acontecido. "Só de ter o fato reconhecimento já é uma grande coisa", afirma. "(Mas) para mim, emocionalmente, a questão não ficou totalmente resolvida. Eu esperava mais".

Carter diz que o pai não foi o único que a molestou quando ela era pequena. "Coisas muito piores foram feitas comigo por muitos outros."

Abuso sexual de crianças

A seita Meninos de Deus começou nos Estados Unidos no fim dos anos 1960, fundada pelo americano David Berg. O grupo cresceu e, no fim dos anos 1970, alegava ter 10 mil membros em 130 comunidades ao redor do mundo.

Os atores de Hollywood Rose McGowan e Joaquin Phoenix nasceram em famílias que faziam parte da seita.

Berg dizia aos seus seguidores que Deus é amor e amor é sexo, então não deveria haver limites em termos de idade ou de tipo de relacionamento.

"A seita ativamente incentivava práticas sexuais com crianças a partir dos dois ou três anos", diz Carter.

Tanto o pai quanto a mãe de Verity Carter eram participantes ativos do grupo quando ela nasceu.
Rose McGowan fez parte da seita até os nove anos de idade GETTY IMAGES

Além do abuso sexual, Carter diz que era constantemente espancada por qualquer transgressão.

"Era um inferno na terra. Mas aconteceu pouco a pouco, e muitos adultos não tinham percebido a quão extremo (o grupo) havia se tornado até ser tarde demais", afirma ela.

O pai dela saiu da seita quando ela tinha nove anos, mas sua mãe continuou dentro do grupo com Carter e seus irmãos.

No início, a família morava em um pequeno apartamento, mas tinha uma vida parecida com a dos membros que viviam em comunidade. "Não tínhamos contato com o mundo exterior", diz Carter. "Não tínhamos TV, não ouvíamos música nem tínhamos acesso à cultura. Não tínhamos ideia de como o mundo funcionava."

Carter não recebeu nenhuma educação formal. Mas aprendeu a mentir para quem era de fora – especialmente para o serviço social.

"A gente sofria graves consequências se não sorrisse e não dissesse exatamente o que mandavam", diz ela. As crianças eram ensinadas que coisas horríveis iriam acontecer com elas se saíssem de casa.

"Eu não estava confortável com as coisas que eram feitas comigo. Se questionasse, eu apanhava ou ficava de castigo", conta. "E como não conseguia ficar quieta, era sempre punida."

Fuga

Carter deixou a seita por volta dos 15 anos, em uma época em que "já não me importava se algo horrível acontecesse comigo, se eu morresse no 'mundo exterior'. Porque eu já queria morrer, então que diferença isso iria fazer?", diz ela.

No começo ela foi morar com o pai, que gastava bastante dinheiro com ela. "Acho que ele estava tentando compensar o passado", diz.

"Eu perguntei para ele sobre o que tinha acontecido e ele pediu desculpas e disse que era tudo culpa dos ensinamentos da seita."

Quando ela tinha 16 anos, os dois brigaram e Carter decidiu sair de casa.

Ela diz que teve depressão e pensamentos suicidas, além de pesadelos e insônia. Durante muito tempo, teve medo de falar a respeito, já que seus irmãos ainda estavam dentro da seita.

Sete anos atrás ela decidiu vir a público e contar o que aconteceu em sua infância. O caso criminal revelou mais sobre os estupros cometidos por seu pai do que ela imaginava.

"Ele não reconheceu o mal que causou com seus atos. Parecia não entender o impacto que teve."

Muitos casos

Desde os anos 1970, dezenas de outras pessoas cujos pais eram membros do grupo relataram os abusos sexuais que sofreram na infância.

Entre elas estão duas netas do criador da seita, David Berg. Uma delas falou sobre os abusos em um processo judicial e outra, em uma rede de televisão americana.

Um dos casos mais dramáticos da seita é o de Ricky Rodriguez, filho da segunda mulher de Berg, Karen Zerby. Ele foi molestado constantemente quando era pequeno e a seita chegou a publicar uma revista relatando os episódios como exemplo de criação de filhos.

Em 2005, aos 29 anos, ele se encontrou com uma das babás envolvidas nos abusos sexuais que sofreu na infância e a matou a facadas. Em seguida, se suicidou.

De acordo com uma reportagem da época do jornal The New York Times, Rodriguez fez um vídeo pouco antes do crime dizendo que se via como um "justiceiro buscando vingança" para crianças como "ele e suas irmãs, que foram vítimas de estupros e espancamentos".

Além de incentivar o estupro de crianças, os textos de Berg tinham conteúdo racista e antissemita.

Em 1986, depois de diversos escândalos envolvendo estupros e abusos de crianças, a Igreja revogou os ensinamentos de Berg quanto à sexualidade e proibiu o contato sexual de adultos com menores de idade.

David Berg morreu em 1994, aos 75 anos, e sua segunda mulher se tornou a líder do culto, posto que ocupa até hoje.

Ativos até hoje

Verity Carter não fala com sua mãe, mas diz ter um bom relacionamento com os quatro irmãos e duas irmãs, que depois de adultos saíram da seita.

A mãe de Carter participa até hoje do movimento, que mudou de nome e, desde 1978, se chama A Família Internacional.

Apesar de prisões de líderes e diversos processos criminais contra membros do grupo em países como México, Reino Unido e Estados Unidos, a seita continua com suas atividades em diversos países, incluindo o Brasil. A Família Internacional está no país desde 1973.

Procurada pela BBC News Brasil, A Família Internacional (AFI) disse que sofreu "uma reestruturação monumental em 2010, a qual levou ao desmantelamento de sua estrutura organizacional e lares comunitários".

"Os membros atuais são frouxamente afiliados através do site comunitário. A organização atualmente existe como uma pequena comunidade virtual com menos de 1,9 mil membros dispersos em 80 países", disse a entidade.

A porta-voz da entidade, Carol Cunningham, afirmou que não conhece a história pessoal de Verity Carter, mas pode dizer que "o pai dela foi excomungado da Família há quase três décadas, em 1989".

"A AFI expressou suas desculpas em várias ocasiões a qualquer membro que sinta que sofreu danos durante a sua afiliação, as quais também são estendidas a Verity", afirmou a porta-voz.

A entidade também diz que "embora tenha pedido desculpas a ex-membros em diversas ocasiões por qualquer dano sofrido, real ou sentido, não dá credibilidade a histórias de abusos institucionalizados, que não têm nenhuma base em fatos."

AUTOR: BBC

CONHEÇA 7 CASOS ASSUSTADORES ENVOLVENDO SEITAS, QUE JÁ ACONTECERAM NO BRASIL

Certas seitas certamente podem assustar a muitos: quem nunca ouviu falar de rituais de sangue, cultos satânicos e sacrifícios? Apesar de toda a discussão por trás desses atos ocultos, assim como em qualquer religião, existem extremos. Já ocorreram casos em que certos religiosos realmente agiram de formas horripilantes, fazendo coisas absurdas.

E esses são os 7 casos verdadeiramente assustadores envolvendo seitas que já aconteceram no Brasil:

1 – Mensagens indesejadas
A história se inicia assim que uma advogada começa a trabalhar com um jurista em São Paulo. Eles começam a receber mensagens agressivas, fotos íntimas e “invocações do mal”. Certo dia ela recebe na sua caixa de correio uma caixa contendo um coração de boi furado com pregos e uma boneca espetada com agulhas. Quem estava direcionando os supostos “presentes”?

A filha do jurista, que achava que os dois estavam em um relacionamento extraconjugal. A advogada entrou com um processo por danos morais e recebeu 30.000 reais.

2 – Crânios roubados
Vivaldino Beira-mar havia invadido túmulos para vender crânios para Zakia Andreza de Amorim. Os dois foram pegos pela polícia, mas só Vivaldino teve que responder pelo crime. A mulher declarou que sua religião não possuía relação com “satanismo” ou “magia negra” e Zakia, deixando bem claro que o homem ofereceu o crânio a ela. Ela foi solta e o homem cumpre pena por violação de sepultura e ocultação de cadáver.

3 – “SS”
Dentro de certas penitenciárias existe uma ordem chamada de nome “SS”, que significa Seita Satânica. O grupo faz rituais de tortura e assassinatos dentro da prisão. Em 2003, algumas reportagens foram divulgadas afirmando que eles teriam se juntado ao PCC – o Primeiro Comando Central. A SS está por trás de diversas atividades consideradas brutais e alguns crimes que vieram a público.

4 – Ordem de assassinato


Um homem pagou 25.000 reais para que uma seita satânica do Rio Grande do Sul sacrificasse duas crianças em um ritual. Um garoto de 8 anos e uma menina 12 foram achados esquartejados no interior de uma caixa de papelão em um local deserto do bairro. Três pessoas da seita foram presas, inclusive seu líder.

5 – Crucificação
Ao Sul da Bahia, um homem de 23 anos foi achado morto de modo crucificado escrito “satanás” perto de seu cadáver. A polícia acredita que a morte do jovem esteja ligada a algum ritual religioso.

6 – Assassinato


Em Aparecida de Taboado, no Mato Grosso do Sul, um homem que estava envolvido em seitas satânicas (segundo ele), matou a própria mãe com 7 facadas no peito. O que causou o crime foi uma briga familiar, com ele dizendo que sua mãe acreditava em Jesus.

7 – Suicídio
Um tatuador de 22 anos de idade, já por dentro de cultos por um certo tempo, tentou assassinar sua mãe, porém foi impedido por seu pai e irmão. Com a mesma arma que tentou executar sua família, ele se matou. A polícia acha que o suicídio foi induzido pela seita que participava.

AUTOR: [Estadão][Correio 24 horas]

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