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terça-feira, 9 de maio de 2017

ELE DORMIU NA CASA DE UM AMIGO, NO DIA SEGUINTE SEU PESADELO COMEÇOU

Um adolescente de 17 anos teve a vida transformada após dormir na casa de um colega. Já fazia parte da rotina de Cody Dietz constantemente passar a noite na casa de seus amigos, mas em 2008 seus pais receberam um telefonema que provocou espanto na família: o jovem tinha sofrido um derrame.

Cody é natural da Pensilvânia, nos Estados Unidos, ele mora com sua mãe, Bonnie, seu pai e sua irmã, era um adolescente como qualquer outro. Até junho de 2008, quando decidiu sair com seus amigos para se divertir e beber.

No dia seguinte seus pais ficaram preocupados com o jovem, pois até então não tinha dado sinal de vida, e decidiram telefonar para o adolescente, mas ninguém atendia. A família de Cody já estava em pânico quando um de seus amigos entrou em contato com eles, mas os parentes não conseguiram entender nada e isso os deixaram mais preocupados.
Foi quando o pai de um dos amigos de Cody falou que o menino estava desacordado. E todos correram para o hospital mais próximo da cidade. No local, os pais do jovem receberam uma notícia que os deixaram devastado: o adolescente tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no lado esquerdo do cérebro. E eles tiveram que transferi-lo de helicóptero para o Centro Médico de Milton S. Hershey.

Chegando lá, os neurologistas ficaram preocupados com a situação de Cody devido a demora no atendimento do jovem. “Muitas das terapias têm o melhor resultado quando feito dentro de seis horas. O atraso de Cody no diagnóstico foi de cerca de 12 horas”, disse o neurologista Dr. Ray Reichwein.
O adolescente precisou passar por uma cirurgia de emergência, onde removeram parte de seu crânio e esticaram o revestimento sobre seu cérebro. “O tipo de acidente vascular cerebral de Cody tem uma chance de 80 por cento de morte e o dele provavelmente estava perto de 100 por cento sem mais intervenção”.

A partir daí, os médicos trataram o adolescente com hipotermia terapêutica, um processo que reduz a temperatura do corpo a 33°C. O tratamento ajuda a prevenir a morte de células cerebrais ao mesmo tempo que diminui a inflamação no crânio.
Quando a mãe de Cody se sentou ao lado do filho percebeu que tinha ignorado alguns sintomas vitais. Semanas antes, segundo ela, os familiares repararam que o corpo do jovem tremia involuntariamente. O adolescente ficou sedado por várias semanas, e quando ele acordou os médicos perceberam que tinha perdido todo o movimento do lado direito do corpo. A situação do adolescente era crítica.

Mas, para a surpresa de todos, Cody começou a falar um mês após o acidente. Suas primeiras palavras foram dizer à sua mãe que ele a amava. Além disso, ele chegou a agradecer os médicos pelo tratamento. O adolescente ainda precisou passar por reabilitação durante três semanas para voltar a andar, escrever e comer.
Alerta

Dois anos após o AVC, Cody já estava completamente recuperado. Agora ele, juntamente com a mãe, tenta conscientizar outros jovens dos risco da doença. “Eu gostaria de ter ido a um médico antes do meu acidente vascular cerebral, mas quem sabia?” comentou Cody.

Além disso, a mãe do adolescente aconselha as pessoas a serem vigilantes sobre os principais sintomas do AVC – fraqueza nos braços, face caindo, discurso arrastado e perda de visão. “Meu conselho aos pais é não ignorar quaisquer sinais que seu filho possa ter”, alertou.
Perigos da doença

Segundo os médicos, é costume associar a doença às pessoas mais velhas, mas os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) são uma das dez principais causas de morte entre as crianças.

“Nos últimos anos, os fatores de risco comuns – coisas como obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes tipo dois, tabagismo e um estilo de vida sedentário – estão se tornando mais comuns em crianças”, explicou Reichwein. Ele conta ainda que “esses fatores de risco trazem um risco significativo de acidente vascular cerebral”.

Além disso, Reichwein conta que os adolescentes não imaginam que as escolhas de vida afetam diretamente a saúde. Por exemplo, beber, fumar, tomar pílulas anticoncepcionais e usar maconha pode colocar todos os jovens em risco de sofrer um derrame. “Os adolescentes acham que são indestrutíveis”, disse a neurologista Kathy Morrison.

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AUTOR: Scribol
IMAGENS: Scribol

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