Cadê as imagens, então? Aí vão elas!
Essa primeira imagem mostra Caronte, a maior lua de Plutão com detalhes impressionantes. A superfície da pequena lua de 1.200 km de diâmetro mostra um terreno fraturado por atividade tectônica, muito parecido com o que vemos na Terra, uma planície relativamente lisa e outra cravejada de crateras. Mas as duas características mais intrigantes de Caronte são as montanhas afundadas no terreno que as rodeia (no lado direito inferior, bem na borda) e o misterioso terreno escuro, que na verdade é vermelho, no topo da lua. Chama a atenção também o gigantesco cânion visto na borda superior direita. Tudo isso junto nos indica que essa pobre criatura vivenciou momentos de muita ação no passado! Passando para Plutão, esta talvez seja a mais impressionante imagem deste pacote. Ela é apenas um zoom, mas mostra a diversidade de terrenos do planeta anão e tem para todos os gostos. Na parte de cima, a planície de gelo já conhecida das imagens de baixa resolução, que parece formar uma “ilha” escura ao centro. O detalhe intrigante dessa ilha é que, se você olhar com cuidado, vai ver uma sequência de montes alinhados, parecendo com dunas. Mas, péra, como assim? Pois é, a atmosfera de Plutão é rarefeita demais para carregar poeira. Na verdade é tão rarefeita que nem vento deve ter! Uma explicação, totalmente especulativa é que essas “dunas” sejam um enrugamento do terreno típico de quando o terreno se desloca e encontra uma barreira à sua frente. Mais para baixo, sobre o terreno bem escuro, diversas crateras. Algumas delas estão vazias, mostrando detalhes das bordas, mas outras se mostram cheias de gelo. Será um baita desafio explicar como o gelo foi parar dentro de algumas crateras, mas não de todas! Finalmente, esse mosaico de imagens tomadas separadamente que foram coladas e também deformadas para dar a noção da curvatura de Plutão. Ela é magnífica! Mostra a parte esquerda da região de Tombaugh, o coração de Plutão, uma planície de nitrogênio congelado. Na parte à esquerda, a planície está cravejada de crateras, sinais da idade mais avançada do terreno, ao contrário do lado direito da imagem, liso. A completa ausência de crateras e outros sinais de atividade sugerem que essa parte do astro foi totalmente refeita em épocas recentes, como se tivesse havido uma grande inundação e depois o material se congelasse sobre o terreno. Ou que o nitrogênio que compõe a planície fosse se depositando ao longo dos milênios, como aconteceu nos polos da Terra, com a diferença que parece que há certa atividade abaixo da superfície em Plutão. Essas imagens são fantásticas e vão dar muito pano para manga ainda. De tão impressionantes, basta você clicar nesses aperitivos de baixa resolução para irem direto para o site onde elas estão em sua plena saúde. Aí você vai poder admirar cada detalhe delas, que podem chegar a apenas 400 metros por pixel. Deixe seu pitaco aí nos comentários!
Crédito das imagens: NASA/JHU-APL/SwRI
AUTOR: G1
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