Apesar disso, um novo estudo revelou algo intrigante sobre a superfície do Planeta Vermelho.
Segundo uma publicação divulgada na Scientific Reports, os pesquisadores Jennifer Wadsworth e Charles Cockell da Universidade de Edimburgo declararam que a superfície do planeta não permitiria a sobrevivência de nenhuma célula. Dessa forma, a contaminação por objetos enviados daqui não seria um grande problema, mas a presença de espécies vivas ali, talvez.
“Nós podemos ter pensado anteriormente que não seria possível ativar [perclorato] em condições marcianas”, declarou Jennifer Wadsworth. “Se nós queremos encontrar vida em Marte, precisamos levar isso em consideração.”
Eles fizeram as descobertas por meio de simulações do ambiente marciano dentro de um laboratório. Utilizando uma câmara anaeróbica, sem nenhum oxigênio, eles recriando comprimentos de ondas de luz da superfície de Marte. A partir daí, os pesquisadores monitoraram o efeito dos percloratos na condição de uma contaminação comum em objetos espaciais, por Bacillus subtilis.
“Existe muita coisa sobre o ambiente marciano que é letal para a vida como conhecemos”, disse Wadsworth. “Provavelmente o maior desafio da vida seria o alto fluxo de radiação que penetra a fina atmosfera e alcança a superfície. Além disso, nossa pesquisa mostra que algumas das moléculas da superfície também podem ser tóxicas.”
De acordo com Wadsworth, a resposta é não. Ela destaca que ainda é possível que alguma porção de vida possa sobreviver em ambientes extremos. São os organismos chamados de extremófilos, capazes de sobreviver em condições geoquímicas extremas, então poderiam viver em Marte.
“É importante que a gente ainda tome todas as precauções para não contaminar Marte”, ela explicou. “Nós devemos tomar quantas precauções forem possíveis para descontaminar todos os nossos instrumentos na Terra, antes do lançamento.”
Sobre a própria vida de Marte, ainda não é preciso perder as esperanças. Mesmo que os micróbios ou outras criaturas que a gente conheça não consiga sobreviver nas condições da superfície, abaixo do solo ainda é uma opção viável para os pesquisadores. Talvez a gente consiga mais respostas em 2021, quando veículos de escavação devem explorar o planeta.
AUTOR: IFL Science
IMAGENS: Nasa, IFL Science, NatGeo
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