De acordo com a Marinha, a proposta dos chineses foi a menor oferecida entre os três concorrentes (US$ 99,6 milhões, aproximadamente R$ 302,1 milhões).
Em janeiro deste ano, a instituição havia emitido parecer anunciando a escolha pela Ceiec. No entanto, a OY FCR Finland, da Finlândia, e o consórcio brasileiro-chileno Ferreira Guedes/Tecnofast apresentaram recursos judiciais contra a decisão, o que forçou a suspensão da licitação, em fevereiro. O processo foi retomado em abril.
O novo complexo científico vai substituir a antiga base, destruída por um incêndio em 2012, que causou a morte de dois integrantes da Marinha. A Promotoria pediu a acusação por incêndio culposo do suboficial Luciano Medeiros por multiplicidade de mortes, mas ele foi absolvido pela Justiça Militar.
A obra estava prevista para ser entregue em março de 2015, mas, devido aos atrasos na licitação, a entrega da estação pode ocorrer só em 2018.
Entenda o caso
Esse é o segundo processo licitatório aberto pela Marinha para essa finalidade. O primeiro, iniciado no fim de 2013 e encerrado em fevereiro de 2014, terminou sem a apresentação de propostas.
Na época, poderiam se credenciar apenas empresas nacionais ou estrangeiras que firmassem parceria com organizações brasileiras.
Após o fracasso, a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) abriu em julho do ano passado uma nova etapa, desta vez permitindo a participação de organizações com 100% de capital estrangeiro. Desta vez, a inauguração foi adiada para março de 2016.
Devido a pendências judiciais, a licitação atrasou e só foi retomada em abril passado.
Atraso no início da construção
A construção do complexo, prevista inicialmente para ser entregue em março deste ano, só deve iniciar após a assinatura do contrato, ainda sem prazo para acontecer.
A Marinha informa que a construção tem prazo de execução de 540 dias corridos, período que pode ser estendido devido a "fatores supervenientes, como é o caso das peculiaridades do clima antártico". Por isso, a entrega da nova estação pode ocorrer apenas em meados de 2018.
Até que a obra termine, módulos provisórios instalados no local dão infraestrutura suficiente para receber 60 pessoas de uma só vez. Com isso, as viagens de cientistas brasileiros até o território antártico terão continuidade, assim como seus trabalhos de pesquisa em temas como mudança climática e biodiversidade.
O projeto executivo, escolhido em 2013 em um concurso promovido pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, não deverá ser alterado. Segundo o documento, o edifício principal da nova estação terá uma área total de 4.500 m² e as unidades isoladas, como as torres de energia eólica e a área para helicópteros, somarão outros 500 m².
Serão 18 laboratórios internos, além de sete unidades isoladas para pesquisas de meteorologia e da atmosfera. Sua capacidade será para abrigar 64 pessoas.
Vista panorâmica da futura Estação Antártica Comandante Ferraz (Foto: Divulgação/Estúdio 41)
AUTOR: G1/SP
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