Ilustração do sistema solar Kepler-444, com cinco planetas: dois passam à frente da estrela e os restantes três são os pontos encarnados (Foto: Tiago Campante/Peter Devine )
Um grupo de pesquisadores descobriu uma réplica em miniatura do nosso sistema solar. Ou quase isso, já que o novo sistema descoberto é 7 bilhões de anos mais velho.
Foram necessários quatro anos de interpretação de imagens e dados coletados pela nave espacial Kepler, da Nasa, para compreender a dimensão deste da descoberta. Com 11 bilhões de anos, ele se formou próximo à estrela Kepler-444, que possui cerca de 75% do tamanho do nosso Sol.
Cinco planetas de tamanho pequeno -- comparados a Mercúrio e Vênus -- orbitam a estrela. Para se ter ideia da idade do novo sistema, saiba que o nosso sistema solar tem 4,6 bilhões de anos e a Via Láctea, 13,2 bilhões. Isso significa que quando o nosso Sol apareceu, esse sistema já era relativamente velho.
Sarbuni Basu, professor de astronomia de Yale e um dos pesquisadores que descobriu o novo sistema, conta que as temperaturas extremas da Kepler-444 causam o derretimento de certos materiais de suas camadas, fazendo com que a estrela inteira trema. Essas oscilações alteram o brilho da estrela por pequenos espaços de tempo, o que permitiu aos pesquisadores descobrir o tamanho, idade e composição da Kepler-444.
"Pudemos determinar quantas vezes por segundo a estrela pulsa, e esse número é relacionado à estrutura da estrela," conta Basu. "Então podemos trabalhar de trás para a frente e aprender o que é que tem dentro dela". Esse é o processo usado pela asterosismologia, o estudo do interior estrelas pulsantes.
Os pesquisadores ficaram surpresos com o fato de planetas orbitarem a Kepler-444, já que o sistema planetário nasceu "pouco" tempo depois da Via Láctea. Pesquisadores vêm teorizando sobre quais metais pesados são necessários para que planetas se formem na órbita de uma estrela, então essa descoberta pode ser uma pista para esses estudos, além de abrir a possibilidade de que muitos outros sistemas solares estejam espalhados por aí.
Com o número crescente de planetas na nossa galáxia, aumenta a chance de que vida extraterrestre esteja mais próxima do que imaginamos. "Estes planetas não estão em áreas habitáveis, mas se encontrarmos planetas tão velhos quanto estes em áreas habitáveis, existem chances de haver vida neles", diz Basu.
Na Terra, pelo menos, levou algum tempo para formas de vida simples evoluírem para seres inteligentes, então não é uma completa loucura imaginar que planetas muito mais antigos que o nosso tenham desenvolvido seres muito mais evoluídos do que os que vivem na Terra.
AUTOR: MSN
Um grupo de pesquisadores descobriu uma réplica em miniatura do nosso sistema solar. Ou quase isso, já que o novo sistema descoberto é 7 bilhões de anos mais velho.
Foram necessários quatro anos de interpretação de imagens e dados coletados pela nave espacial Kepler, da Nasa, para compreender a dimensão deste da descoberta. Com 11 bilhões de anos, ele se formou próximo à estrela Kepler-444, que possui cerca de 75% do tamanho do nosso Sol.
Cinco planetas de tamanho pequeno -- comparados a Mercúrio e Vênus -- orbitam a estrela. Para se ter ideia da idade do novo sistema, saiba que o nosso sistema solar tem 4,6 bilhões de anos e a Via Láctea, 13,2 bilhões. Isso significa que quando o nosso Sol apareceu, esse sistema já era relativamente velho.
Sarbuni Basu, professor de astronomia de Yale e um dos pesquisadores que descobriu o novo sistema, conta que as temperaturas extremas da Kepler-444 causam o derretimento de certos materiais de suas camadas, fazendo com que a estrela inteira trema. Essas oscilações alteram o brilho da estrela por pequenos espaços de tempo, o que permitiu aos pesquisadores descobrir o tamanho, idade e composição da Kepler-444.
"Pudemos determinar quantas vezes por segundo a estrela pulsa, e esse número é relacionado à estrutura da estrela," conta Basu. "Então podemos trabalhar de trás para a frente e aprender o que é que tem dentro dela". Esse é o processo usado pela asterosismologia, o estudo do interior estrelas pulsantes.
Os pesquisadores ficaram surpresos com o fato de planetas orbitarem a Kepler-444, já que o sistema planetário nasceu "pouco" tempo depois da Via Láctea. Pesquisadores vêm teorizando sobre quais metais pesados são necessários para que planetas se formem na órbita de uma estrela, então essa descoberta pode ser uma pista para esses estudos, além de abrir a possibilidade de que muitos outros sistemas solares estejam espalhados por aí.
Com o número crescente de planetas na nossa galáxia, aumenta a chance de que vida extraterrestre esteja mais próxima do que imaginamos. "Estes planetas não estão em áreas habitáveis, mas se encontrarmos planetas tão velhos quanto estes em áreas habitáveis, existem chances de haver vida neles", diz Basu.
Na Terra, pelo menos, levou algum tempo para formas de vida simples evoluírem para seres inteligentes, então não é uma completa loucura imaginar que planetas muito mais antigos que o nosso tenham desenvolvido seres muito mais evoluídos do que os que vivem na Terra.
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