O CASO DE DENNIS MAHER
Para piorar a situação de Dennis, ele foi acusado de outro estupro ocorrido um ano antes. Assim, com duas testemunhas e acusações fortes, o suposto estuprador foi sentenciado à prisão perpétua.
Anos mais tarde, Dennis procurou uma organização chamada “The Innocence Project”, que trabalha para ajudar pessoas inocentes que foram condenadas a crimes que nunca cometeram. Com sua influência, a ONG conseguiu que o teste de DNA fosse feito em objetos relacionados com o crime, o que revelou que Dennis não era o culpado. Após 19 anos, ele foi liberado da prisão.
Toda a confusão ocorreu devido a uma trágica e improvável coincidência. O estuprador, na noite do crime, estava usando um casaco vermelho com capuz e uma jaqueta estilo militar, além disso, ele carregava uma faca no cinto. Horas após a polícia ter recebido a denúncia do estupro da segunda mulher, Dennis estava em um bar nas redondezas, vestindo um casaco vermelho com capuz e uma jaqueta do estilo militar. Em seu carro foi encontrada uma faca…
Com tais circunstâncias, Dennis se tornou o principal suspeito dos crimes. O fato dele estar usando a mesma roupa do bandido pesou muito. Contudo, Maher era Sargento do Exército naquela época, o que explica facilmente a roupa militar e faca, mas infelizmente essa explicação não foi o bastante para desacreditar o juri. Dennis ficou preso por 19 anos, sendo totalmente inocente, e o verdadeiro estuprador nunca foi encontrado.
O CASO DE LUCIA DE BERK
Após uma investigação feita pelo hospital, ficou concluído que muitas das mortes em que De Berk estava por perto eram consideradas suspeitas e ela acabou sendo indiciada criminalmente. Em Março de 2003, ela foi condenada a prisão perpétua, pela morte de 4 bebês.
Contudo, a acusação sofria com sérios problemas, pois não haviam testemunhas, nem evidências físicas de que a mulher realmente tivesse assassinado as crianças. A única coisa que sustentava a promotoria era um cálculo matemático, que dizia que as chances da mulher ter estado presente em todas aquelas mortes eram de 1 em 342 milhões. Ou seja, era uma coincidência praticamente impossível. Mesmo com essa evidência fraca, a acusação conseguiu o que desejava.
Apesar de ter sido considerada culpada, muitas pessoas não acreditavam que a mulher era uma assassina. Diversas apelações foram feitas, até que perante a Suprema Corte da Holanda a acusação perdeu o caso. O profissional matemático que havia feito os cálculos contra De Berk não parecia ser qualificado o bastante, pois um dos melhores professores de estatística do país refez as contas e descobriu que a chance da mulher ter estado em todas aquelas cenas de morte era de 1 em 48, ou seja, não tão inexplicável assim. Na verdade, qualquer pessoa com uma pequena dose de azar poderia acabar na mesma situação.
Por isso uma nova investigação das mortes foi realizada, revelando que elas foram naturais. Em abril de 2012, De Berk foi considerada inocente e libertada.
AUTOR: MINILUA
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