VEJA IMAGENS DA CHUVA DE METEOROS PERSEIDAS
O espaço está repleto de poeira e minúsculos pedaços de rochas. Eles são resquícios da formação do Sistema Solar, do choque de pequenos asteroides contra a Lua, Marte ou mesmo entre eles próprios. E também pedaços de cometas, sem mencionar os inúmeros pedaços de sucata espacial orbitando a Terra. Volta e meia algum deles despenca sobre a Terra e se queima na atmosfera, deixando um rastro luminoso, na maioria das vezes bem rápido no céu, mas ocasionalmente um brilho intenso e demorado. São as populares ‘estrelas cadentes’, tecnicamente são chamados de meteoros e se algum deles chega ao solo, chamam-se meteoritos.
Em uma noite é possível ver alguns meteoros riscando o céu, especialmente nas noites sem luar e seus rastros podem ter cores diferentes, dependo da composição química de cada um deles. Esses meteoros são chamados de esporádicos por que não têm uma origem bem definida. Mas dá para saber de onde vem um meteoro?
Em alguns casos dá, tipo hoje à noite.
Toda vez que um cometa adentra o Sistema Solar no caminho em direção ao Sol, ele vai deixando um rastro de pequenos pedaços. Já aprendemos que os núcleos de cometas são compostos de rocha, mas principalmente de gelo e poeira. Conforme ele se aproxima do Sol, a temperatura vai aumentando e o gelo se evapora mais e mais, formando uma nuvem ao seu redor (chamada de coma) e uma cauda de vapores, às vezes até mais de uma cauda. Mas a evaporação do gelo não é um processo tranquilo e se dá com explosões e jatos que fragmentam o núcleo, lançando pequenos destroços no espaço. Os pedaços do núcleo acompanham a órbita do cometa e ficam como uma verdadeira trilha.
Vez por outra a Terra cruza uma dessas trilhas e podemos perceber um aumento nos eventos de meteoros. Essas são as chamadas chuvas (ou chuveiros) de meteoros, que podem durar até um mês, dependendo da largura da trilha deixada pelo cometa, entre outros fatores. Quando a Terra cruza a parte mais densa da trilha, ocorre o máximo da chuva, que pode chegar a mil meteoros por hora! São casos raros, mas já aconteceu.
A chuva de hoje à noite é o máximo da chuva de meteoros Perseidas, uma das mais famosas do ano. Estudando a órbita dos Perseidas, entre 1864 e 1866, o astrônomo Giovani Schiaparelli associou essa chuva ao cometa 109P/Swift-Tuttle. Foi a primeira vez que uma chuva de meteoros foi associada a um cometa e ela não leva o nome do cometa ou seu descobridor, mas do ponto no céu de onde os meteoros parecem vir, o chamado radiante. Neste caso, eles parecem vir da constelação do Perseu.
Mas vamos ao que interessa, vai dar para ver alguma coisa?
Sim, apesar dessa chuva ser mais propícia para o hemisfério norte é possível aprecia-la no hemisfério sul. Quanto mais ao norte melhor e, como esse ano a Lua estará a apenas 2 dias da fase de nova, seu brilho não deve atrapalhar. A melhor estratégia é buscar um lugar escuro e usar uma cadeira de praia para evitar um torcicolo no dia seguinte. Uma coberta para espantar o frio talvez seja necessária.
Os Perseidas podem ser vistos durante a noite toda. Na verdade, ela está ativa desde o meio de julho e vai até o final de agosto, sendo a madrugada de 12 para 13 o seu pico. A incidência de meteoros aumenta depois que o radiante na constelação de Perseu aparece sobre o horizonte, o que se dá às 3 da manhã, mais ou menos, na direção nordeste. A taxa de meteoros esperada para as latitudes da região sudeste, por exemplo, é baixa, menos de 10 por hora, mas os Perseidas têm um histórico de serem brilhantes.
Boas observações!
Crédito da imagem: Cássio Barbosa/Stellarium e Nikolay Doychinov / AP Photo
AUTOR: G1
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